terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Partidas


Não há palavras nem conforto
Nos presentes há dor e sofrimento
Nos que partem há luz e pensamento
E Deus será o nosso entendimento
As estrelas brilham no firmamento
Oferecendo-nos olhares errantes
Elas são dor nestes dias inconstantes
Que sangram vivos cá por dentro
Nesta vida que se some e nos consome
Aumentando a nossa dor e aquela fome
Devorando os nossos dias com ausência
Não quero guerras vespertinas
Quero amar tudo quanto tu amavas
Viver os sonhos que nos davas 
Ouvir a música no som da tua voz
Naqueles cantos que fazias para nós
Quero viver a vida que tiveste 
Na partida repartida e sempre agreste
Quero amar a vida com vigor
Com a força que nos dá a própria dor.
luiscoelho

4 comentários:

  1. BOM DIA AMIGO
    TIREMOS DA DOR A RESIGNAÇÃO DE SABER PERDER...UMA ABRAÇO

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  2. Meu amigo
    Lindissimo poema, feito de dor e nostalgia...gostei muito.

    beijinhos

    Sonhadora

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  3. "Não quero ódio nem guerras vespertinas
    Quero amar tudo quanto tu amavas
    Viver os sonhos que nos davas
    Ouvir a música no som da tua vós"

    Sabe que me identifiquei imenso com este poema?
    Envolvente e belo!
    Abraço grande
    Vóny Ferreira

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  4. Tenho no meu blog a indicação de que publicaste "Férias", chego aqui e, afinal, é "Partidas".
    Este poema saiu "desconsertado". Como se diz no Alentejo, tens que o amanhar. Vou mantar-te um mail.

    Abraço
    João

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