sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Final de 2010

Anoitece lentamente
Na brisa fresca dos dias
Que fecham os meses do ano.
As imagens correm no olhar
Cansado dos dias lentos
Que fazem as dores presentes
Nestas résteas de luar.


As recordações ficam
Presas no cais a balançar
Renascendo no sopro do vento
Que nos fazem acordar
De tantos sonhos perdidos
Presentes só dos sentidos
Que fazem o pensamento.


Anoitece mais lentamente
Nos dias soltos no tempo
Passados tão cegamente
Foram vidas, foram sonhos
Foram lágrimas e sentimentos 
Que nos fazem repensar
Que a vida corre sem parar. 
Luíscoelho


Queria fazer um poema de agradecimento a todos os que acompanham o lidacoelho e me brindaram com palavras de carinho, simpatia e votos de bom ano - 2011.
As palavras e as letras formaram a melodia acima que ofereço a todos num abraço agradecido.
Sinto-vos na proximidade da amizade e respeito que a todos dedico carinhosamente.
Desejo ardentemente um bom ano de 2011 para todos.
Luís Coelho
  

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal/2010


O Natal de Jesus 
Nem sei se Ele passou por aqui
Distrai-me e adormeci
Acordei com o Sol a brilhar 
E todo o Universo a cantar
Glória a Deus
Paz na terra aos homens
Vamos todos acordar
Agradecer, dar e receber
Tanto amor que Jesus 
Nos veio oferecer.
Os olhos perdidos andaram
Nos brinquedos 
Nas luzes e cores a dançar
E os pensamentos ficaram
Vádios a navegar
Na saudade deste Deus Menino 
Que eu não vi chegar
Mas sei que irei encontrar
Para alem da festa
Do barulho e das cores  
Que não nos deixam pensar
Luíscoelho


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aquilo que te disse

Aquilo que te disse
Nasceu em mim,
Correu apressadamente
Neste rio que não tem fim.
Queria cruzar-me contigo,
Macio e silenciosamente,
Sem perder um só segundo.
Os pensamentos balançam,
Remoinham e apitam
Naquilo que não te disse, 
Mas se dissesse perdiam
O encanto e a ternura
A força e rebeldia
Que fazem esta loucura.
O teu olhar me convém
É ele que me detém
Neste viver a correr,
Amando sem entender,
Querendo este sofrer  
Luíscoelho




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Presépio/2010


Rogério Lorenzoni
(Foto google)



Natal são as noites frias, 
Húmidas de esperança,
Lembranças perdidas
Procurando a Verdade.
Natal são presépios vivos
São cristais de saudade,
Buscando a alegria
Na sã Amizade.
São crianças maduras
Que cresceram sozinhas  
Com muitas agruras.
Natal são as tardes mornas
Numa luz que renasce
E no amor ao Menino
Que nos ensinou a partilha
E nos falou do perdão,
Que transformou o mundo
Ensinando a Paz e a União
Luíscoelho

Nota
Uma noite mal dormida, muitas palavras incompletas, dores dispersas e pensamentos desalinhados   deu um primeiro poema pobremente vestido.
Nele pretendia deixar uma mensagem de muito amor e carinho para todos, vindo agora repor novo poema dentro das minhas limitações.
2010 Dezembro16 
Luís Coelho



Manhãs frias, húmidas de esperança
Construindo o Natal num sonho de amor
Presépio de pedras tristes, cinzentas 
Em vendavais poluentes de desamor
Chuvas ácidas de fome, tortura,
Guerras, roubo, violações dos inocentes 
Coisas tristes destes dias tão presentes
Tantas lágrimas de pessoas sem ternura.


Tardes mornas de chuva intermitente
Quando a luz se vai sofregamente
Nos gritos lentos das folhas adormecidas.
Presépio que se faz continuamente
Pelas mãos repetidas e crianças convencidas
Que a terra dará pão e o Sol será a razão,
A força esquecida numa súplica repetida
Que renasce cada dia com amor em oração.
Luíscoelho  

Desejo a todos quantos passam por este cantinho, um Santo Natal e um Feliz 2011.
Agradeço reconhecido as palavras de apoio e as visitas sempre agradáveis. BEM HAJAM

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Espelhos de luar




Olhei-me no espelho
Frio e silencioso da noite
Naquele lago agitado da vida. 
A Lua iluminou as sombras
Altas, confusas, esquecidas
E os pensamentos confundiram-se
Num presente do passado feito.
Os meus ouvidos ouviam 
Tantas dores num modo imperfeito
Reportagem das coisas que fiz,
As que disse e também as que vi,
As que não fiz e devia ter feito.
Os pés prenderam-se nas margens
Do passado esquecido ao presente vivido
E as mãos soltaram as imagens
Que fugiram lentas do olhar pesado
No espelho de água e luar formado


Luíscoelho

domingo, 5 de dezembro de 2010

E se o mar fosse calmo...

Navego num mar de pensamentos
Evito as correntes,
Abraço os ventos,
Seguro o leme para que a barca se aguente
Ando como posso, 
E sigo em frente.
Deus traçou a viagem 
Marcou-a seguramente.
Por vezes fico a pensar:
-  E se o mar fosse calmo...?
- E se as estrelas brilhassem sempre...?
Quando encontro outros barcos
Que acenam e cumprimentam
Pergunto ao tempo
Estarão de regresso...?
Farão uma viagem ao inverso...?
Digam-me onde vão.
Onde foram e onde estão... 
Gostaria de manter um rumo certo, 
Seguro, sem ventos nem tempestades
Até que tudo esteja concluído.
Luíscoelho





quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Olhar doce


Naquela curva da estrada
Onde nosso olhar se cruzou
Tudo em mim se transformou
Numa força desprogramada
Numa melodia encantada 
Que o meu coração tocou

Olhar doce e transparente
Que vive no meu pensamento
Hoje e em todo o momento
Transformando suavemente 
Nossa vida milagrosamente
Como a brisa suave do vento 

Este amor tem de vencer
A longa estrada da vida
Numa luta bem renhida
Assim podemos aprender
Novas formas de viver
No olhar em que se acredita
Luíscoelho