É um livro simples com relatos da vida diária na Prisão Escola de Leiria. O seu Autor é Aurélio Galamba de Oliveira que durante muitos anos foi capelão naquela Instituição pública.
O autor usa uma escrita simples mas muito cuidada de modo que todos o possam ler e entender.
A Prisão Escola de Leiria, situa-se na Quinta do Lagar de El-Rei em Leiria
Começou a funcionar em 1947 com 270 rapazes.
Durante todos estes anos o Padre Aurélio Galamba viveu os dramas e as revoltas de muitos jovens que ali cumpriram penas pelos seus delitos.
Fez do seu trabalho um campo de Missão e foi o amigo, o confidente, o pai e o professor daqueles que lhe abriram as portas do coração.
Não há pinturas nem idealismos. São relatos de acontecimentos reais vividos na primeira pessoa.
Não há pinturas nem idealismos. São relatos de acontecimentos reais vividos na primeira pessoa.
O Padre Galamba vive intensamente os problemas de todos e ate daqueles ,que fogem dele, e que lhe enviam algumas piadas indirectas. Consegue um trabalho dinâmico e coordenado.
Um grupo de católicos junta-se a ele e fundam o grupo dos Samaritanos. O seu lema é levar mais amizade a todos os que se encontram detidos e também ensina-los a serem homens regenerados .
Alguns dias por semana ensinam Catequese e preparam-nos para o Baptismo e a primeira comunhão.
A sua psicologia é encantadora. Sabe ver, ouvir e ler em pequenas palavras e até em gestos a necessidade que alguns mais rebeldes vivem interiormente.
Sabe dar-lhes a palavra certa e edificá-los para que olhem a vida com outro olhar e outra alegria. Nunca forçou ninguém a ter de ouvi-lo ou a exigir-lhe algo em troca. Apenas teve a preocupação de os tornar seus amigos e de os convencer a serem verdadeiros homens, capazes de viver com regras e de mostrar merecer toda a confiança que os guardas e toda a organização depositava neles.
A sua psicologia é encantadora. Sabe ver, ouvir e ler em pequenas palavras e até em gestos a necessidade que alguns mais rebeldes vivem interiormente.
Sabe dar-lhes a palavra certa e edificá-los para que olhem a vida com outro olhar e outra alegria. Nunca forçou ninguém a ter de ouvi-lo ou a exigir-lhe algo em troca. Apenas teve a preocupação de os tornar seus amigos e de os convencer a serem verdadeiros homens, capazes de viver com regras e de mostrar merecer toda a confiança que os guardas e toda a organização depositava neles.
Aos rapazes a quem era concedido o grau de confiança era para si também uma vitória.
Acompanhou-os em partidas de futebol, em passeios aos Domingos pelos campos.
É bom recordar todos aqueles anos em que também ajudei o Padre Galamba naquelas tarefas e também semeámos a alegria no rosto jovem de todos.
Acompanhou-os em partidas de futebol, em passeios aos Domingos pelos campos.
É bom recordar todos aqueles anos em que também ajudei o Padre Galamba naquelas tarefas e também semeámos a alegria no rosto jovem de todos.
De gratidão resta-nos uma lembrança do dever cumprido, por dar um pouco do nosso tempo e levar um novo rumo àquelas vidas perdidas e muitas abandonadas pela própria família.
É um livro que se lê com muito agrado pois o seu autor relata-nos os acontecimentos de uma rotina diária cumprindo todas as regras de modo a que não houvesse conflitos com a Direcção nem com os próprios reclusos.
O livro dá-nos ainda o testemunho de alguns que nunca se esqueceram desta passagem e dos amigos que lhes levaram horizontes de esperança.