(foto google)
Domingos Domingues viviam perto da Igreja. Habitavam uma casinha velha, igual a muitas outras aqui da aldeia. Em frente existiam duas figueiras frondosas e retorcidas pela idade.
Viviam da agricultura e tinham dois filhos. O mais velho chamava-se Domingos e o mais novo David. Entre eles havia uma diferença de idade bastante grande, cerca de dez anos ou mais.
O primeiro era um rapaz alto e bem constituído. Tinha feito o exame da quarta classe e foi aprender a profissão de carpinteiro.
Os pais, tinham muito orgulho naquele filho, pelo seu porte físico e também pelas suas conversas. Sabia apresentar-se em qualquer lado sem medo e sempre com uma postura convidativa e cativante.
Falava de muitas coisas que nem todos sabiam porque ele aproveitava os tempos livres para ler bons livros.
Quando lhe pagavam algum serviço, pela reparação de móveis ou outras coisas que ele sabia fazer, guardava o dinheiro e metia as notas dentro de um livro da escola primária.
Quando lhe pagavam algum serviço, pela reparação de móveis ou outras coisas que ele sabia fazer, guardava o dinheiro e metia as notas dentro de um livro da escola primária.
Um dia, a mãe, que sabia do seu segredo, desabafou para outras mulheres:
- O meu filho é rico....tem muito dinheiro escondido num livro...
...Assim até eu gostava de estudar...e ver tantas notas guardadas. Parecem novas....!
...Os meus pais, não me deixaram ir à escola. Apenas me deram esta enxada para cavar a terra. ...Só sei fazer isto...puxar terra para os meus pés... e, dizendo isto, a sua voz desaparecia com a emoção...
...Assim até eu gostava de estudar...e ver tantas notas guardadas. Parecem novas....!
...Os meus pais, não me deixaram ir à escola. Apenas me deram esta enxada para cavar a terra. ...Só sei fazer isto...puxar terra para os meus pés... e, dizendo isto, a sua voz desaparecia com a emoção...
O Dominguitos namorava uma moça aqui da aldeia e ambos se entendiam. Entre eles havia respeito.
Um dia, foi às sortes com os outros rapazes da sua idade e foi alistado no exército. Os pais estavam ainda mais orgulhosos daquele filho. Com a farda vestida parecia-lhes mais alto e mais formoso.
- O meu Dominguitos...dizia a mãe, é a coisa melhor que eu tenho neste mundo. Só ele me faz sentir bem. Nunca reclama de nada. Nem da roupa, nem da comida.
...Às vezes, é ele que pega no ferro, e arranja as suas camisas e calças...
...Às vezes, é ele que pega no ferro, e arranja as suas camisas e calças...
Nesses anos, rebentou a guerra em África e o Dominguitos também foi mobilizado. Era condutor auto e partiu com o contingente para Luanda.
O pai desfez-se em pedidos aqui e alem, onde podia chegar, para lhe desmobilizarem o filho. Não conseguiu. O rapaz embarcou com os outros militares com destino a Angola.
A ti Conceição andava desesperada.
Chorava e lamentava a sorte do filho noite e dia. Chegou-se mais à Igreja e rogou a todos os Santinhos da sua devoção, que lhe guardassem o seu menino.
...Meu rico filho..., meu rico filho...não há direito...
Todas as manhãs, corria descalça para a Igreja. Embrulhava-se num xaile preto e assistia à missa sentada no chão.
Por vezes as suas preces eram superiores às do Sacerdote e as suas lágrimas corriam apressadas num rosário de pai-nossos e avé-marias.
Chorava e lamentava a sorte do filho noite e dia. Chegou-se mais à Igreja e rogou a todos os Santinhos da sua devoção, que lhe guardassem o seu menino.
...Meu rico filho..., meu rico filho...não há direito...
Todas as manhãs, corria descalça para a Igreja. Embrulhava-se num xaile preto e assistia à missa sentada no chão.
Por vezes as suas preces eram superiores às do Sacerdote e as suas lágrimas corriam apressadas num rosário de pai-nossos e avé-marias.
O filho, vendo-a assim arrasada e sempre triste dizia-lhe:
- Mãe, não te amargures mais. Nós vamos para Luanda que é uma cidade grande. Lá, não há guerra. Por favor não chores. Sabes que eu também fico triste por te ver assim....
- Ai meu rico filho... se eu pudesse "deitar fora" esta dor que tenho cá dentro do peito...era a mãe mais feliz do mundo...
...não me leves a mal...mas eu nem sei onde ando. Parece que entrei no inferno...
Depois do embarque do filho, ela quase deixou de comer. O homem ralhava com ela porque nem fazia os trabalhos em casa nem no campo. A ti Conceição andava seca. Ninguém a compreendia nem ela conseguia ouvir ninguém.
No verão seguinte receberam a notícia de que o Domingos tinha sido ferido numa emboscada e que foi evacuado para o Hospital Militar de Lisboa, para ser tratado.../....
Contaram-lhe a história assim:
"Seguiam todos numa coluna militar e foram surpreendidos pelo inimigo. Os nossos soldados reagiram e mataram muitos, mas houve um preto que se escondeu atrás de uma árvore muito grande.
O Domingos pediu que não o matassem.
- «Deixai-o ir...Não o matem...»
Mas esse mesmo preto, atirou certeiro e feriu-o gravemente, deixando-o às portas da morte".
Mas esse mesmo preto, atirou certeiro e feriu-o gravemente, deixando-o às portas da morte".
Esteve cerca de trinta dias no hospital militar, mas não resistiu aos ferimentos.
Faleceu no dia 26 de Julho de 1961, com vinte e três anos.
Faleceu no dia 26 de Julho de 1961, com vinte e três anos.
Foi o primeiro soldado desta freguesia a morrer em África e um dos primeiros a nível nacional.
Recordo o seu funeral.
Levaram a urna a casa dos pais, mas não a abriram. As pessoas aqui da terra e de outras freguesias vizinhas choravam com muita intensidade, mas os militares graduados mandaram-nos calar.
Levaram a urna a casa dos pais, mas não a abriram. As pessoas aqui da terra e de outras freguesias vizinhas choravam com muita intensidade, mas os militares graduados mandaram-nos calar.
- Silêncio...Silêncio...!
Disseram eles, num tom arrogante. Todos se calaram de uma só vez.
Disseram eles, num tom arrogante. Todos se calaram de uma só vez.
A Igreja, as ruas e o adro estavam completamente cheios de povo.
Respirava-se o medo da polícia. Todos estavam com medo da PIDE, que andava por ali misturada com o povo.
Ninguém arriscava dizer mal do Estado Novo, nem da guerra que lhes roubava os filhos.
Olhavam-se nos olhos com dor e revolta.
Respirava-se o medo da polícia. Todos estavam com medo da PIDE, que andava por ali misturada com o povo.
Ninguém arriscava dizer mal do Estado Novo, nem da guerra que lhes roubava os filhos.
Olhavam-se nos olhos com dor e revolta.
Duas mães abraçadas à saída da Igreja diziam:
-Eles, os nossos filhos, não são nossos...são só emprestados. Depois seguem a vida deles...
Junto ao cemitério os soldados alinhados dispararam três salvas de fogo de espingarda em sua homenagem.
Os pais envelheceram. Ele deixou crescer a barba e a mulher sempre de preto já não ia tantas vezes à Igreja. Afinal os Santinhos não lhe atenderam os pedidos.
Agora queria ir para junto do seu menino....
A ti Conceição morreu pouco tempo depois, não conseguia comer.
- A comida não me passa daqui para baixo...e apontava a garganta.
O pai Domingos Domingues também não resistiu. O seu coração dava sinais de cansaço. O desgosto matou-os antes do tempo.
A ti Conceição morreu pouco tempo depois, não conseguia comer.
- A comida não me passa daqui para baixo...e apontava a garganta.
O pai Domingos Domingues também não resistiu. O seu coração dava sinais de cansaço. O desgosto matou-os antes do tempo.
Hoje o nome do Domingos consta de uma lista de soldados do Concelho de Leiria, que morreram em África.
A construção de um mural com o nome dos nossos heróis, foi a última homenagem que a Câmara de Leiria e Governo Civil mandaram construir junto ao Jardim Luís de Camões no coração da nossa cidade.
Luíscoelho
*Querido Amigo Luís Coelho !!! *
ResponderEliminar*Como você está ?! Tudo bem ?!
*Luís, que história TRISTE !!!
Pois é, um rapaz que poderia ter
uma vida bela, morre por causa de
ferimentos na guerra em África,
Luanda !!! Que judiação !!! :(
Mas, o que se deu com o irmão
dele , o David ?! Este último
ficou sem o irmão e sem os pais
rapidamente; né ?!
*Luís, vim aqui , também ! ,
para te desejar uma ótima
semana!
*Fiques com Deus.
*Um abraço e um beijo
dessa professora Brasileira que
te quer BEM sempre !!! :D
Tantos, amigo Luís, tantos a quem aconteceu isso. Tantos! Tudo por arrogância e autoritarismo de um senhor que já nasceu velho e velho morreu sem sair do seu palácio de muros altos e janelas fechadas.
ResponderEliminarSIEMPRE SUS RELATOS CONMUEVEN MUCHO.
ResponderEliminarUN ABRAZO HERMANO
A guerra, sempre a guerra...
ResponderEliminarE para quê? Para manter a soberania nacional? Para defender uma ideologia?
Só sei que "quando os elefantes brigam, quem é esmagada é a erva". (provérbio angolano)
É bom não esquecer esses tempos terríveis da guerra nas ex-colónias.
ResponderEliminarQuantas famílias ficaram destroçadas, quantos jovens perderam a vida e outros mutilados...
Mais uma excelente narrativa.
Estimado Amigo Luís Coelho,
ResponderEliminarSentim profundamente a história que relatou e me tocou imenso.
Eu também estive em Angola e Moçambique e meus dois irmão, o mais velho na Guiné e o mais novo em Moçambique.
Tempos de guerra em que os jovens portugueses, eram obrigados a defender a pátria e morrer por ela.
Volvidos alguns anos todas essas províncias, Angola foi bendida pelo Mário Soares e as outras entregues, nem nada terem feito para protegerem os interesses daquela que lá nasceram e tinham as suas terras, nada.
Enfim, se mal estivemos, nos dias de hoje estamos bem pior.
Um abraço amigo.
Luis
ResponderEliminarÉ com as lágrimas a cairem que leio este texto...assisti a algumas despedidas para o ultramar e ao contrário do Domingos eles todos diziam ao partirem que não voltavam mais e a verdade é que houve alguns que não voltaram mesmo, ainda hoje os recordo com grande emoção, eu fui uma das esposa e com apenas 17 anitos que me fui despedir do meu falecido marido, mas com o pedido de alguém na última hora já no aeroporto a policia militar foi buscá-lo como se fosse preso, mas era apenas uma simulação para ele não embarcar, não embarcou não foi para o ultramar onde tinha falecido um cunhado dele e foi graças a isso que ele não foi.
Mas tantas "ti Conceição" que ficaram sem os seus filhos e que nunca mais viveram algumas apenas sobreviveram ao desgosto.
E eu ainda hoje me intorrogo...o porquê.
Beijo
Meu querido Luís
ResponderEliminarHoje passando para agradecer o carinho de sempre e oferecer uma fatia de bolo de aniversário...embora virtual é de coração.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Depois passo com tempo para ler o texto.
Olá, Luís!
ResponderEliminarHistória triste, igual a muitas outras outras que então se registaram.
O pavor dos pais quando se aproximava a altura dos filhos irem para a tropa; depois a ansiedade, o medo de ouvir a notícia fatídica de que tinham sido mobilizados para África; depois a espera do aerograma; e a eterna espera do dia do regresso - que parecia não mais chegar...
Ser-se pai e mãe era angustiante naqueles tempos...!
Abraço amigo; boa semana.
vitor
Todos temos, infelizmente, algum familiar ou amigo próximo que desapareceu em África. (Dizem que morreu pouca gente, os sacanas!)
ResponderEliminarHaverá é poucos que consigam contar a história de forma tão emotiva.
Abraço
História real como a dor daquela mãe!
ResponderEliminarE eu pergunto baixinho: para quê? E porquê?
Bj.
Graça
Luís
ResponderEliminarQual era outro nome do soldado?
Tenho fotos desse mural.
Ironias do destino. Tinha um sobrinho que morreu na tropa, mas de acidente dentro do quartel, vê lá tu! Fui eu que recebi o telefonema do capelão da unidade. Há uns 10 anos, uma desgraça.
O Domingos tombou ao "serviço da Pátria" para quê?
A história de um povo é feita de muitas histórias como esta!
Dramaticamente!
Um abraço
♥ ♣ ֱֲֵֶֻ♫♪ Feliz, Feliz Natal ♪♫ ֱֲֵֶֻ♣ ♥
ResponderEliminarMerry★* 。 • ˚ ˚ ˛ ˚ ˛ •
•。★Christmas★ 。* 。
° 。 ° ˛˚˛ * _Π_____*。*˚
... ˚ ˛ •˛•˚ */______/~\。˚ ˚ ˛
˚ ˛ •˛• ˚ | 田田 |門| ˚
Um Feliz Natal e Um Ano Novo Magnífico!
A todos os Amigos do Toque de Midas, o meu
eterno agradecimento pelo vosso carinho e amizade.
Volto breve, a partir de Janeiro estarei por aqui
a visitar todos os que muito estimo
Bom Ano 2012
Abraços
Eu estive lá e andei no mato, vi gente morrer perto de mim e até mandei matar (sim, é verdade, por uma questão de humanidade, pois o homem em questão estava vivo, mas as suas vísceras estavam à vista de todos e iria morrer em sofrimento daí a horas ou minutos).
ResponderEliminarParti, com a dor no peito e vi a dor dos meus, que aqui ficaram.
O que fui lá fazer?
Por tudo isso, esta tua história sentia-a de uma forma muito especial.
Caro amigo Luis
ResponderEliminarSenti de forma muito especial mais esta tua comovente história.
Sobre ela tinha imensas coisas para dizer. Também eu cumpri 3 anos e 9 meses de tropa em Angola e sei perfeitamente avaliar os imensos dramas que a guerra colonial provocou naqueles que viam partir os seus filhos, receosos de que nunca mais voltassem.
Na altura, orgulhoso de ser português, achei que era meu dever defender a Pátria e cumpri com entusiasmo e patriotismo esse meu dever.
Ao contrário do que muita gente pensa, os soldados que estiveram mobilizados na defesa dos territórios ultramarinos, eram homens bem-dispostos, determinados, abnegados, corajosos e patriotas, capazes de enfrentar as missões mais perigosas e difíceis. Foi esse seu destemor, essa sua valentia que em muitas situações evitou maiores tragédias e a perda de mais vidas.
O que eu pensava naquela época sobre os territórios ultramarinos, era totalmente diferente do que hoje penso. Se fosse hoje, teria desertado e fugido para qualquer parte do mundo onde me pudesse esconder. Ainda assim, não estou arrependido de ter cumprido o meu dever para com a Pátria, já que nessa data, eu pensava de outra forma.
A descolonização, da forma como foi realizada, foi para mim um grande choque mas penso que o foi também para a grande maioria dos militares que como eu deram o corpo ao manifesto e passaram por inenarráveis situações e privações e sacrifícios que até descrevê-los é penoso.
Cada um é livre de agir e pensar o que quiser; no entanto, eu não aprecio aqueles que fizeram o que eu fiz e agora renegam o passado. Naquele tempo, era assim. Na escola primária aprendíamos que a Madeira, Porto Santo, Açores, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Macau e Timor eram Portugal e era assim que os jovens olhavam para esses territórios que os nossos antepassados conquistaram.
Se alguém procedeu mal, não foram os jovens que foram mobilizados para o Ultramar. Se alguém procedeu mal, foram aqueles que lhes ensinaram coisas erradas e depois os "obrigaram" a defender um território que sabiam não ter defesa...
Afinal, os portugueses foram gigantes e brilhantes marinheiros a descobrir e a dar novos mundos ao mundo mas péssimos a administrar esses novos mundos...
Não foram capazes de fundar ou refundar um novo Portugal numa dessas maravilhosas paragens por onde andaram e assim se foi o Brasil, a Índia e todos aqueles territórios atrás citados, depois de 500 anos de história de gerações e gerações de portugueses e que, no caso da descolonização dos territórios de África, foram obrigados a fugir, com a roupa do corpo, para, pelo menos, salvarem a vida.
O Brasil podia ser Portugal e Portugal uma colónia de férias desse imenso Portugal!
Angola podia ser Portugal... Moçambique podia ser Portugal...
Resta-nos a Madeira, o Porto Santo e os Açores... enquanto os naturais não reivindicarem a independência...
Amigo Luis, provavelmente excedi-me. Mas na minha idade e tendo em conta as inúmeras provações por que já passei da responsabilidade dos governantes, acho que já nada me incomoda e parece mal.
Abraço.
Que história comovente, Luis e parecida com tantas outras. Na minha casa também vivemos 2 anos de angústia, com o meu irmão na Guiné, mas que felizmente teve melhor sorte e voltou. Muitos não regressaram e como estas, muitas mães perderam o incentivo para a vida. Tempos difíceis esses! Os homens, no entanto teimam em continuar com as guerras e despedaçam a vida de milhões de mães. Será assim sempre, penso eu. Linda narrativa, como sempre. Um beijinho e espero que esteja bem e assim continue
ResponderEliminarEmília
Luiz mais um conto. Gostaria de saber se vc viveu os fatos ou ouviu contar. Sabe que quem conta um conto aumenta um ponto..dois..três...
ResponderEliminarNem sempre quem come sem reclamar é bonzinho ou sempre assim o faz.
Mas ao contexto... muito bom
Abraço
Uma história muito triste , infelizmente iguais a muitas outras! Tantos jovens que morreram, tantos pais com os corações destroçados !
ResponderEliminarMe encantó el texto, y mezcla narrativa con gtitos poéticos. UN abrazo desde Colombia
ResponderEliminar" Você é quem decide o que vai ser eterno em você, no seu coração.
ResponderEliminarDeus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena, e esquecer definitivamente aquilo que não vale... "
Padre Fábio de Melo
Amor & Paz!Beijos no coração...M@ria
Lui Este texto é uma hist´ria comovente, eu como mãe deixe me levar pela emoção, esta dor des senhora eu sentiria igual meu Deus.
ResponderEliminarLuis vou deixa-lo com esta canção, depois deste texto a música aconchega nosso coração!!
Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu
Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer, morrer não é o fim.
Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir (O Homem de Roberto Carlos)
Com carinho
Hana
"os nossos filhos, não são nossos...são só emprestados"...
ResponderEliminarEra assim, era!!! E assim se destrói um lar! tantos lares por esse país fora...E sim, o medo da PIDE, "camuflada" no meio do povo!
Uma excelente narrativa, meu querido, muito fiel ao que foi a NOSSA realidade!!!
Te abraço com carinho,
BShell
Amigo Luís!
ResponderEliminarQuantos Domingos não foram bala para canhão.
Quantos nem sequer voltaram à terra para ser sepultados.
Era criança, mas lembro-me da aflição dos meus pais com os meus dois irmãos que felizmente já não foram para o Ultramar.
Triste história a dessa pobre família, que assim pereceu antes do tempo.
Depois erguem-se estátuas ... e há ainda quem fale nas ex-colónias como se fosse uma guerra justa!!!
E tivéssemos nós algum direito de subjugar outros povos.
Meu amigo, obrigada por ter trazido o tema a lume, é bom que alguém não deixe que a memória esqueça esse tempo de horror.
Beijinhos
Ná
Uma realidade que vivi, como tu, de bem perto.
ResponderEliminarMuitos casos como este, espalhados por todo o nosso Portugal, que puseram de LUTO ao País inteiro, para quê? Sim, para quê?!
As ruas da nossa terra levam os nomes dos soldados do século XX, que desgraça mais grande!
Um abraço de emoção
Eu tenho dois cartões pra vc, no Blog: SELINHOS PRESENTES.
ResponderEliminarhttp://selinhospresentes-jacque.blogspot.com/
Beijo
EMOCIONANTE RELATO...A VIDA É BEM ASSIM A GENTE MORRE A GENTE MORRE...
ResponderEliminarSÃO PEDAÇOS DE AMOR QUE A GENTE PLANTA AQUI NA TERRA,UM POUCO DE GUERRA.
UM POUCO DE DOR CHORO E LAMENTO DOS HOMENS QUE DITAM QUE FALAM O QUE QUEREM.
VIEMOS DA LIDA DE SONHOS PERDIDOS DE GESTOS ASSIM TÃO INESQUECÍVEIS DE PESSOAS QUE TODA DIFERENÇA FAZEM.
O BOM DISSO TUDO QUE TEM GENTE QUE NASCE DA MORTE.
(ROSI ALVES)
Amigo Luís, infelizmente estas tristes histórias estão espalhadas por o nosso Portugal de Norte a Sul.
ResponderEliminarEsse ainda veio ficar na sua terra mas a maior parte nem sequer se sabe a onde ficaram, adorei mesmo sendo tão triste mas contada com tanto requinte achei uma narrativa daquelas que nos tem dado sempre ao longo deste tempo.
Obrigado por isso e, aos nossos queridos heróis a minha mais sincera homenagem, beijinhos de luz e muita paz...
Infelizmente acontece isso com tantas e tantas pessoas pela vida...abraços de bom dia pra ti meu amigo.
ResponderEliminarAmigo são pessoas que vc conhece?
ResponderEliminarO maior problema do mundo são as pessoas tomarem as dores alheias sem sequer saber o significado.
Abraço
O amor pelos filhos é um amor que não se esgota com mais ninguém.
ResponderEliminarA perda de um um filho tráz-nos rios de amargura e marcas eternas de saudade, sem esperança futura.
A tua comovente história, retrata a situagão terrível de muitas famílias que viam os seus filhos sacrificados e tantos lares destruidos.
Um abraço e um Santo Natal.
E depois disto e de todas as barbaridades cometidas pelo Estado Novo , ainda há quem defenda um novo Salazar!!!!
ResponderEliminarO meu abraço
Uma entre muitas histórias que marcaram essa época.
ResponderEliminarTantos vidas perdidas em vão, fruto da ambição, do poder do homem!
Uma história triste muito bem contada.
Beijinhos Luis
A guerra é terrível e cruel, Luis. Dizer mais o que? Adianta?...Um abraço, meu amigo!
ResponderEliminarSeu texto é, como de costume, simplesmente belo e podia ser repetido, com esse mesmo sentido, cerca de oito mil e trezentas vezes...
ResponderEliminar(fora as mortes por acidente e por doença, que deveriam ser também imputadas à guerra)
Lindo e triste texto. Tua forma de narrar me encanta. Um grande bj querido amigo
ResponderEliminarFiquei na duvida onde a realidade se cruzou com a ficção.
ResponderEliminarMuito bom este seu escrito, muitos anos passados e ainda tão actual.
Triste história...sei o que é isso...
ResponderEliminarUm beijo querido Luis.
Una historia que cala profundo.. gracias por tu visita... un abrazo hasta alli.
ResponderEliminarAmigo Luis, isto não é uma mudança é mais um apendice onde eu gentilmente venho publicar os versinhos que os meus amigos me tem vindo a deixar nos comentários e eu acho que é uma pena não os mostrar a todos mesmo até só aos amigos passante mostra que é bom ter amigos e que ainda vale a pena lutar e estimar uma amizade.
ResponderEliminarPois a minha alma estará sempre expostas nos lamentos, de qualquer modo achei graça ao seu mudas ti me fez lembrar o tal anuncio do aisty . um forte abraço de amizade e beijinhos ai para sua casa tenha um lindo fim de semana...
não saber como lidar com as mazelas deste mundo, eis a grande frustaçao...
ResponderEliminarfeliz festas para ti tambem...
Muito comovente Luís, profundo e bonito!
ResponderEliminarBeijos e bom dia!
é verdade... este cenário do pais está mau...
ResponderEliminara ver o que o futuro trás!
Obrigado, e igualmente... ;)
Luís, que lindo conto! E quanta simbologia pode-se tirar e remeter-se a partir deste.
ResponderEliminarAdorei!
Abração,
Rodrigo Davel
Querid anjo amigo, deixo vc com um poema de Natal,representando o meu carinho, minha admiração, e amor fraternal!!
ResponderEliminarUm feli Natal
Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante
Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho, ternura, reconciliação, perdão!
Tem presente de montão no estoque do nosso coração e não custa um tostão!
A hora é agora! Enfeite seu interior! Sejas diferente! Sejas reluzente! (Cora Coralina)
Com carinho
Hana
Olá, meu caro, como está?
ResponderEliminarSendo tempo de Natal,
venho simplesmente
desejar-lhe uma
óptima Quadra Natalícia.
Cordiais saudações.
Luís os verdadeiros herois são tão depressa esquecidos, uma história triste que relata a realidade de muitos meninos que estas guerras inúteis mataram, beijos Luconi
ResponderEliminarHola Luis, que historia tan triste, para una madre separarse de un hijo es horrible, mas si es a la guerra donde va, la muerte de un hijo es algo que no muchos pueden superar. Te dejo un beso, cuidate mucho.
ResponderEliminarCaro Luis
ResponderEliminarTinha-me escapado este post, tratando tu de um assunto a que sou extremamente sensível.
Não podemos deixar esquecer um período negro da nossa história que fez largos milhares de vítimas. Ainda hoje há muita gente a sofrer pelos traumas que a guerra causou.
Há uma cançãodo Adriano correia de oliveira (menina dos olhos trites) que ainda hoje me comove. Felizmente (à tangente escapei a este flagelo)
Abraço
Olá Luís,
ResponderEliminarUma bela narrativa para uma história tão triste.
É isto que a guerra traz. Somente dor e destruição.
Grande abraço.
Comovente e de uma beleza quase arrepiante!
ResponderEliminar(Pena ter sido verdade...)
Parabéns, amigo Luís!
Um Feliz Natal para ti, para a tua esposa e demais entes queridos!