Estas rosas são o meu carinho para todos
os pobres do mundo
Lembro de ouvir falar deste homem, e recordo como todos se riam das suas partidas, da sua simplicidade e dos seus dizeres.
«dá-me dez... que eu dou-te cinco»
«Maria dá-me sopa...tenho a barriga a dar horas»
Seriam expressões usadas por ele ou que lhe eram atribuídas.
«Maria dá-me sopa...tenho a barriga a dar horas»
Seriam expressões usadas por ele ou que lhe eram atribuídas.
Não sei o seu verdadeiro nome. Se era António, Joaquim ou Manuel. Apenas lhe chamavam - o Parvo da Arroteia.
Era ainda menino, e já ele passava regularmente pelas aldeias ao redor batendo a todas as portas.
Era velho e caminhava sem pressa. Para ele, parece que o tempo não tinha valor. Os dias eram todos iguais assim como as suas preocupações.
Com Sol ou com chuva ele caminhava por todos os caminhos sem se enganar ou se perder.
Não era alto nem baixo. Tinha uma estatura normal e a cor das suas roupas enquadravam-se com castanho dos caminhos de terra batida, poeirentos e cercados de grandes silvados.
Com Sol ou com chuva ele caminhava por todos os caminhos sem se enganar ou se perder.
Não era alto nem baixo. Tinha uma estatura normal e a cor das suas roupas enquadravam-se com castanho dos caminhos de terra batida, poeirentos e cercados de grandes silvados.
Agasalhava-se com roupas gastas e desajustadas do seu tamanho ou ainda da época do ano.
A mesma roupa servia para todos os dias, quer fizesse frio ou calor.
A mesma roupa servia para todos os dias, quer fizesse frio ou calor.
Por cima de todos aqueles casacos compridos trazia uns alforges. Eram dois sacos ligados entre si e com cinquenta centímetros quadrados cada um. Enfiava a cabeça por uma abertura no meio deles ficando um para a sua frente e outro para trás.
Dividia as esmolas pelos dois sacos. Na parte da frente colocava a comida: pão ou carne salgada.
No saco que ficava nas costas colocavam feijão, batatas ou mesmo hortaliças.
Dividia as esmolas pelos dois sacos. Na parte da frente colocava a comida: pão ou carne salgada.
No saco que ficava nas costas colocavam feijão, batatas ou mesmo hortaliças.
Transportava ainda uma lata para cozinhar um caldo quando não tinha mais nada para comer.
Quando lhe davam sopa, entornava-a dentro dessa lata e depois bebia-a sem pressa, saboreando cada gole como a melhor coisa deste mundo.
Quando lhe davam sopa, entornava-a dentro dessa lata e depois bebia-a sem pressa, saboreando cada gole como a melhor coisa deste mundo.
O cabelo e a barba confundiam-se na cor grisalha e emaranhada, não deixando perceber o tamanho de um, nem de outro. A completar o quadro tinha um boné com uma pala que lhe escondia os olhos.
Um dia pensei, enquanto olhava para ele:
Um dia pensei, enquanto olhava para ele:
- Que lhe terá acontecido...? Porque lhe chamam parvo...?
Será que tem uma casa...?... e família...?
Perguntas que ainda hoje se mantêm vivas e sem resposta.
Será que tem uma casa...?... e família...?
Perguntas que ainda hoje se mantêm vivas e sem resposta.
Ainda ouço o modo como chamava à nossa porta:
-Truz, truz, truz...Alguém me dá uma esmola por amor de Deus... e das alminhas que Ele lá tem...?
Depois começava numa oração de pai-nossos e avé-marias até que lhe viessem dar alguma coisa.
Recebia a oferta e fazia novas orações agradecendo a esmola.
Depois partia assim como veio no silêncio dos caminhos, apenas seguido por algum cão mais atrevido.
Para ele era indiferente o tempo ou o trabalho nos campos. Vagueava perdido, semanas a fio, correndo todas as casas.
À noite, procurava um telheiro abandonado, um palheiro cheio de feno para os animais e aí se recolhia para dormir durante a noite.
Outras vezes procurava um abrigo natural, numa encosta soalheira, protegida dos ventos frios e húmidos do norte.
Para ele era indiferente o tempo ou o trabalho nos campos. Vagueava perdido, semanas a fio, correndo todas as casas.
À noite, procurava um telheiro abandonado, um palheiro cheio de feno para os animais e aí se recolhia para dormir durante a noite.
Outras vezes procurava um abrigo natural, numa encosta soalheira, protegida dos ventos frios e húmidos do norte.
Um dia, o Parvo da Arroteia caminhava pelo Caminho de Ferro do Oeste. Não viu, nem ouviu o comboio e lá ficou despedaçado. Ninguém sabe se foi ele escolheu este fim ou se foi colhido pela pouca sorte dos seus dias.
Nesse dia o pai fez de ordenança. Foi designado pelo Regedor para estar ali de guarda ao cadáver até que as autoridades viessem e dessem ordem para o levantar e transportar para o cemitério.
A nós não nos deixaram ir ver.
A nós não nos deixaram ir ver.
Todos os dias passavam por aqui pobrezinhos pedindo uma esmola por caridade e por amor de Deus, mas este foi o que mais me marcou, talvez pelas histórias que contavam dele.
Um dia passou por aqui um pedinte que trazia um cavalo preso pelas rédeas. Dizia que um grande incêndio lhe tinha levado tudo. Só ele e o seu cavalo se salvaram.
Recebeu a sua esmola e partiu na companhia do cavalo, carregado de coisas, que nem eu sei dizer para que lhe serviam.
Parece que carregavam o que se salvou do incêndio e que, em cada coisa, havia ainda a esperança de recomeçar tudo de novo.
Cá em casa nunca duvidaram das histórias que por vezes eles contavam enquanto comiam um pedaço de toucinho cozido ou uma peça de fruta.
- Que seja tudo por amor de Deus e também das almas das nossas obrigações...dizia a mãe.
Luíscoelho
Um dia passou por aqui um pedinte que trazia um cavalo preso pelas rédeas. Dizia que um grande incêndio lhe tinha levado tudo. Só ele e o seu cavalo se salvaram.
Recebeu a sua esmola e partiu na companhia do cavalo, carregado de coisas, que nem eu sei dizer para que lhe serviam.
Parece que carregavam o que se salvou do incêndio e que, em cada coisa, havia ainda a esperança de recomeçar tudo de novo.
Cá em casa nunca duvidaram das histórias que por vezes eles contavam enquanto comiam um pedaço de toucinho cozido ou uma peça de fruta.
- Que seja tudo por amor de Deus e também das almas das nossas obrigações...dizia a mãe.
Luíscoelho
Luís, parabéns por este texto que escreveu com o coração e que tão bem retrata a realidade que eu também conheci lá na minha terra, as Galveias. Por lá também apareciam pessoas a pedir sempre por alma de quem já lá estava e a minha Avó sempre fez questão de que se sentassem à mesa connosco e colocava mais um prato de sopa e o "conduto". Não se duvidava de quem pedia, repartia-se o pouco que se tinha...
ResponderEliminarBem haja, pelo maravilhoso texto!
Beijinhos de Luz!
Ana Maria
Olá amigo Luís, mais um texto maravilhoso e quem viveu na província sabe a verdade dos factos. Eram outros tempos as pessoas tinham boa alma, eram mais sãs, mais puras e ninguém duvidava de ninguém. Mesmo que desconfiassem que talvez não fosse verdade, davam, e diziam que era por mal dos seus pecados. O pobre nada tinha e não havia a ganância que há hoje. Por vezes com tão pouco eram felizes. Adorei a sua história. Beijos com carinho
ResponderEliminarEstimado Amigo e Ilustre Escritor Luis Coelho,
ResponderEliminarEm cada um dos seus maravilhosos textos fico pregado à tela embebendo cada palavra, cada frase, e fico pensa´ndo, como é bela a escrita e suas maravilhosas histórias, que por certo são reais, esta do O Parvo da Arroteia, foi mais uma que me ficou presa no coração.
Meus sinceros parabéns.
Abraço amigo
Só mais um dos seus maravilhosos contos que me fazem lembrar ... tanta coisa.
ResponderEliminarÉ bom recordar.
Trago um trago doce de amendoas em flor e votos de Páscoa muito Feliz.
Beijo
Ná
Caro Luís
ResponderEliminarNas muitas estórias que nos vais contando dominando com mestria a narração, há sempre algo que me leva a lembrar outros personagens noutros lugares. A pobreza foi sempre uma realidade, quantos "Parvos" não andam por aí. Quantos mais não irão haver.
Grande abraço
Rodrigo
Não podemos saber se as histórias que batem a nossa porta são verdades, pois cada um tem a sua alma e seu caminho.
ResponderEliminarLindo texto, amei te conhecer e telo em meu mundo, seja sempre bem vindo.
A Ana Maria é uma irmã de alma e coração.
Pois sempre estarei por aqui.
Tenha um linda semana.
Abraços de paz.
Lua.
Pessoas assim também povoam as minhas memórias de infância.
ResponderEliminarLindo texto. Um prazer ler-te.
Um grande bj
Me encantan estas historias preciosas, tan pegadas a la realidad pero que vuelan en sueños e ilusiones de una manera fresca y cotidiana. Gracias por tus palabras las tomaré en cuenta. Un fuerte abrazo!
ResponderEliminarMais uma das suas belas histórias. Pobre destino teve esse "parvo", coitado. Há sempre figuras que ficam no imaginário colectivo de uma comunidade pequena. São sempre tão ricas as suas memórias, nem sei como não se lhe acabam os personagens ,rrss . Beijinho e boa Páscoa
ResponderEliminarO "folha seca" tem toda a razão. Gostei de ler mais esta história que me lembra os meus tempos de criança, em que se viam muitos pobres de saca às costas pedindo esmola. E vá lá saber-se porquê, eu pequena, de 6/7 anos tinha um respeito danando e um medo terrível destas pessoas.
ResponderEliminarLuis
ResponderEliminarTambém eu recordo muito bem ouvir falar do "Parvo da Arroteia" na Sismaria falava-se muito dele, mas também lá tinha-mos uns quantos que recordo as coisas que até o povo lhes fazia.
Beijinho e uma flor
Um conto emocionante. Li-o com o coração.
ResponderEliminarTanto " parvo" que ainda anda por aí, por aqui no meu Alentejo.
Uma realidade de sempre.
Uma forma dura de apelidar os menos afortunados. Tocante mesmo.
Parabéns pela narração com alma.
Mais um texto onde se "vê" a realidade dos nossos dias.
ResponderEliminarCredo, amigo Luís, uma pessoa fica com um nó na garganta a ler esta sua história... Sabe, é que eu sou muito sensível à degradação humana. Acho que não há direito. E não há!
ResponderEliminarDeus (ou sei lá quem) lhe dê uma boa Páscoa.
Beijinho.
Racconto bellissimo e molto attuale anche se antico
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminarLembrei uma personagem típica de Setúbal. Chamavam-lhe o "Zé Maluco".
A criançada era cruel com ele, um pensamento que ainda me perturba.
Acredito que vivia feliz à sua maneira, muito mais feliz que muitos que tudo têm. Belas recordações com este texto. Beijinho
Precioso y entrañable relato do Parvo da Arroteia. Siempre hay mendigos que nos dejan más huella en nuestro interior.
ResponderEliminarEl último en ser descrito por tu sutíl pluma es una fiel realidad de lo variable e imprevista que puede ser nuestra vida.
Me ha encantado, una vez más.
Un saludo, Luis.
Tempos de verdade e respeito. Tão diferente de agora...
ResponderEliminarBoa páscoa.
Abraço.
Caro Luís:
ResponderEliminarOs seus escritos tem uma magia que me transportam, a casos e factos, que me
já vi ou vivi em algum lado.
São belos pela magia e simplicidade.
Parabéns!
Caro amigo
ResponderEliminarHá pessoas
que passam por nós,
mas que a muito
tempo já se perderam
da vida.
Que haja sempre perfume
de sonhos em tua vida.
Caro amigo Luís
ResponderEliminarVou dizer-lhe que mais uma vez me emocionou de verdade. Vi, revi a minha infância, os "meus pobres" a quem eu vinha dar de comer (havia talher próprio para eles...) e ficava ali a vê-los a saborear a comida e ouvir as histórias. E era sim "Dê uma emola por amor de quem LÁ em!" Que dor que sinto, como os recordo! E havia um mealheiro naquele dia para eles e que era posto ali religiosamente em certos dias da semana. Mas lá não havia combóios. Morriam com o frio da neve ou por falta de companhia ou de amor!
Um grande abraço querido amigo
História plena de sentimentos, memória registrada pela escrita respeitosa. Emociona ler...
ResponderEliminarAbraço!
Existem esses personagens em todos os locais, Luís.
ResponderEliminarEm Coimbra, para além do Tatonas, era famosa a parva do Tovim.
Têm todos os mesmos traços característicos e são o lado pitoresco das cidades.
Aquele abraço
UNa historia muy singular, con este personaje que me hace recordar, a un llamado con el sobrenombre de El Calinga, que cargaba basura, sin saber uno para qué destino. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarConheci alguns assim, Luis, quando criança na aldeia onde vivia; ninguém lhes negava uma esmola que, na maioria dos casos, era aquilo que se tinha no quintal, pois para todos aqueles tempos eram difíceis. Havia dificuldade, mas muita mais solidariedade do que hoje. Quanto mais se tem menos de está disposto a dar. Aproveito para te desejar uma Feliz Páscoa e...muito obrigada pela partilha de casos que, infelizmente hoje ainda vemos.Um beijinho, amigo!
ResponderEliminarEmília
Estas histórias tuas estão cheias de uma humanidade que hoje é raro encontrar-se.
ResponderEliminarÉ com um grande prazer que as leio.
Eram os sem abrigos de terra saltimbancos.
ResponderEliminarNa minha aldeia quando era muito pequenina, também por lá passavam alguns.
Hoje, a sociedade nas aldeias, está mais estruturada e dá mais apoio a pessoas com sérias dificuldades e alguma loucura até.
Boa Páscoa!
Aqui chamamos os parvos de andantes, Luis e a primeira vez que vi um, ainda pequena, tive medo, hoje olho com tristeza e me faço a mesma pergunta:-O que a pessoa fez ou não fez para chegar a essa situação?
ResponderEliminarGosto muito de te ler.
Bjs
Comoveu-me a história desse primeiro homem...comoveu-me...não que houvesse lá na aldeia alguém assim...mas comoveu-me. A pobreza..lembro, sim os tempos de pobreza. E havia pobres ((não tão pobres comoe sse homem ) que batima á nossa porta e lavavam sempre algo. Nem que fosse um pão de segunda.
ResponderEliminarAbraço meu.
BShell
Lá pela minha terra passavam também muitos dessas pessoas errantes, para quem a vida foi madrasta.
ResponderEliminarPediam uma malga de caldo ou de soro, "pela alminha de quem lá tem".
O mais célebre, chamava-se Cai-Cai. Trazia sempre com ele uma corneta. A garotada não o largava e pediam-lhe: "Toca a gaita Cai-Cai"!!.
Uma Boa Páscoa, amigo Luis e obrigado por esta bela história.
Uma narrativa emocionante ! Quantos pobres havia e continua a haver ...
ResponderEliminarUma Páscoa feliz.
Um texto emocionante e cheio de sensibilidade pela fragilidade humana, fragilidade essa que somos todos responsáveis
ResponderEliminar...
Abraço e uma feliz Pascoa
Outros tempos, meu amigo. Quem
ResponderEliminarhoje mandaria um estranho
sentar-se a sua mesa?
Tenha uma Feliz e Santa Páscoa.
Bj.
Irene
MUY CONMOVEDORA HISTORIA. SIEMPRE UN GUSTO LEERLO.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Meu querido Luís
ResponderEliminarMais uma história que retrata realidades que estão na nossa memória, em todos os cantos do nosso País onde a miséria sempre imperou.
Só tenho pena que estes pedaços de vidas não fiquem eternizadas num livro.
Um beijinho
Sonhadora
Olá, como disse a Graça, fiquei com um nó na garganta, coitado desse homem..."O parvo; seus dias eram sempre iguais e sabemos como existem tantos parvos nas ruas a caminhar e pedir um pouco de comida; ...e a família? Pergunta que não tem resposta, os solitários são deixados de lado, e por qual razão?
ResponderEliminarEu tenho dó...muita dó, fico imaginando o que lhe aconteceu...
Triste mas real,
beijinhos, Mery*
Un relato bastante conmovedor, Personas así encontramos en cualquier lugar del mundo..., para poner a prueba nuestra capacidad de servicio, de ayuda...
ResponderEliminarMe ha encantado leerte Luis
Buena semana Santa
Un abrazo
Luiz triste história, uma sina a deste pobre homem que só ele mesmo poderia saber o porquê da escolha, triste, Feliz Pascoa, beijos Luconi
ResponderEliminare dizia muito a mãe.
ResponderEliminarQuem dá, não fica mais pobre e se, por acaso, está sendo enganado...antes isso do que correr o risco de não auxiliar quem necessita, podendeo fazê-lo.
Um Páscoa muito doce, em óptima companhia. desjoo
e sao lindas as rosas e sao bonitas as palavras de carinho para todo sos pobres deste mundo principalmente para aqueles que sao obrigados a ser
ResponderEliminarkis :=(
Olá Luis. Maravilhosa história. Por aqui também foi assim. Tempos bons aqueles, onde havia mais simplicidade e contato humano.
ResponderEliminarFeliz Páscoa e que só ocorram boas renovações em sua vida e de sua família. Beijos.
Amigo Luís as suas histórias são de uma ternura e sensibilidade que me levam sempre às lágrimas, talvez por eu as conhecer tão bem vindas de outras terras e de outras pessoas mas que tem sempre tanto a ver com as suas.
ResponderEliminarAté parece que em outras vidas estivemos muito perto enfim só Deus o pode saber, também pode ser por sermos moços mais ou menos das mesmas idades.
Amigo é sempre um prazer ler-te, tenha uma santa e feliz Páscoa, eu irei tentar passar da melhor maneira possível, beijinhos de luz e paz na sua vida...
Luís
ResponderEliminarPasso por aqui para lhe desejar uma Feliz Páscoa e comunicar que tenho um novo blog só com crónicas, onde terei muito prazer em recebê-lo.
Aqui fica o endereço:
http://cronicasontherocks.blogspot.pt/
Abraço
Bela história, gostei de ler
ResponderEliminarQuerido amigo,
ResponderEliminarPáscoa…
É ser capaz de mudar,
partilhar a vida na esperança,
lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
viver em constante libertação,
crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida
investir na fraternidade,
lutar por um mundo melhor,
vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
é uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje… somos melhores do que fomos ontem.
Desejo a você e a todos os seus uma Feliz Páscoa, cheia de paz, amor e muita saúde!
Beijocas sabor de chocolate!!!
Obrigado Luis por mais uma bela história.
ResponderEliminarQuanta lembrança da tua infância!
Quem no seu percurso de criança não recordará episódios como o do "Parvo da Arroteia"?
Fim inesperado e trágico ou simplesmente pensado e premeditado?
É inimaginável o sofrimento dessa gente sem eira nem beira, sem quaisquer condições de vida, farrapos humanos, morrendo em cada dia de vida.
Nesta quadra pascal que obriga à reflexão do homem, este episódio sobre o "Parvo da Arroteia" enquadra-se perfeitamente nessa reflexão, porque quadros como este não deviam ser possíveis no seio de uma sociedade justa e fraterna.
Um grande abraço pascal para ti, meu amigo, extensivo a todos aqueles que te estimam.
Gosto da sua forma perspicaz de contar as suas vivências! Há realmente pessoas pela sua diferença que nunca mais se esquecem!
ResponderEliminarGrande abraço e Feliz Páscoa!
Manuela
Uma grande historia especial para esta epoca. Muito hermoso. Um abrazo, felices pascoas.
ResponderEliminarMARAVILLOSO RELATO CARGADO DE EMOTIVIDAD, DE SENTIMIENTOS, Y DE UNA REALIDAD QUE SIEMPRE ESTÁ LATENTE.
ResponderEliminarUN BESO GRANDE.
FELICES PASCUAS.
Um belo texto com pessoas tão interessantes e histórias tão marcantes Luís.
ResponderEliminarPasso hoje para te desejar uma santa e abençoada Páscoa!!
Obrigado pelas palavras deixadas no meu blogue.
ResponderEliminarGrande abraço
Paulo
Olá, Luís
ResponderEliminarAcho que revivi, nestes momentos, tempos já distantes na minha aldeia - haverá aldeia onde não tenham vivido personagens como o que aqui nos revela? Parabéns pela bela narrativa e, na oportunidade, votos de Feliz Páscoa!
Abraço do jc
Meu amigo Luis mais uma história que nos prende e encanta pela forma maravilhosa como escreve. Para si e para a sua familia desejo uma Páscoa muito feliz, plena de paz, saúde, harmonia e amor.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Páscoa muito Feliz, amigo Luís.
ResponderEliminarBeijo doce
Ná
Um bom sábado pra ti meu amigo...abraços.
ResponderEliminarEstou passando pelo seu cantinho
ResponderEliminarPara feliz Páscoa lhe desejar
Na armadilha não cair coelhinho
Porque ser muito esperto não se deixa apanhar!
Não ser como o parvo da arroteia
Ainda menino, não pensar
Como o rato cair na ratueira
Coelho ser esperto não se deixa enganar!
FELIZ PÁSCOA PARA VOCÊ, E PARA SUA FAMÍLIA.
UM ABRAÇO
EDUARDO.
a aceitação da diferença é uma forma de inclusão
ResponderEliminarbonito o seu gesto e o seu texto!
tenha uma Páscoa Feliz!
um abraço
Belo texto! Obrigado pelo carinho; tenha uma doce Páscoa!!!
ResponderEliminarUma Boa Pascoa cheia de paz e flores,
ResponderEliminarAbraço amigo
Dar não empobrece e ajuda, mas há quem pede por desporto, aí é onde está o erro.
ResponderEliminarAconteceu, sendo eu criança nas terras de Custoias. Todos os domingos vinha um senhor entrado em anos a pedir: o meu pai dava e davam quase todos.
Nas festas do Araújo vimos dito senhor sentado à porta duma casa muito melhor do que a nossa. Quando nos viu saiu a correr e meteu-se dentro das portas. Sim dava, e bem, a arte de pedir. Nunca mais apareceu a pedir... algo milagroso.
Um grande abraço, amigo meu
.
ResponderEliminarEu acabo de me esconder aqui,
nos fundos de sua sala para
dizer que não teve problema
algum a troca dos nomes, até
porque, eu fiquei conhecendo
um cara educado e amigo.
Um abração.
silvioafonso
.