O mês de Abril era o mês das sementeiras. A vida na aldeia corria na azáfama da agricultura, único meio de sobrevivência das gentes simples do campo.
Desta vez a notícia, no rancho das mondadeiras, era o Tó. Tinha vindo passar férias a casa dos pais e acompanhava-os nos trabalhos do campo. Passava os dias colado à rabiça da charrua, atrás das vaquinhas castanhas.
Tinha sido mobilizado para a guerra na Guiné, já fazia mais de um ano. O rapaz agora vinha magro e seco, com uma cor diferente da que todos lhe conheciam.
Nesta data, entre 1960 e 1974, o serviço militar era obrigatório para todos os rapazes com 20 anos de idade ou inferior se quisessem alistar-se voluntariamente.
Aqui na nossa aldeia não havia família que não tivesse tido um filho em África, mas o pior foram as duas mortes em combate. Ambas em Angola. Morreram pela Pátria, diziam as pessoas com medo dos polícias à paisana.
Primeiro o Domingos Mestre e depois o Joaquim Repolho.
A recruta dos jovens consistia num treino intensivo, durante três meses, para lhes aumentar a resistência.
Seguiam-se outros três meses de especialidade. Uns eram atiradores, outros especialistas em transmissões, condutores, serralheiros, mecânicos, electricistas, cozinheiros, enfermeiros, médicos e todas as outras profissões de modo que a Companhia se pudesse bastar.
No final do primeiro ano eram mobilizados e enviados para a ex-colónias portuguesas Guiné, Angola, Moçambique, Timor e São Tomé e Príncipe. Países em luta pela sua independência.
Tinha sido mobilizado para a guerra na Guiné, já fazia mais de um ano. O rapaz agora vinha magro e seco, com uma cor diferente da que todos lhe conheciam.
Nesta data, entre 1960 e 1974, o serviço militar era obrigatório para todos os rapazes com 20 anos de idade ou inferior se quisessem alistar-se voluntariamente.
Aqui na nossa aldeia não havia família que não tivesse tido um filho em África, mas o pior foram as duas mortes em combate. Ambas em Angola. Morreram pela Pátria, diziam as pessoas com medo dos polícias à paisana.
Primeiro o Domingos Mestre e depois o Joaquim Repolho.
A recruta dos jovens consistia num treino intensivo, durante três meses, para lhes aumentar a resistência.
Seguiam-se outros três meses de especialidade. Uns eram atiradores, outros especialistas em transmissões, condutores, serralheiros, mecânicos, electricistas, cozinheiros, enfermeiros, médicos e todas as outras profissões de modo que a Companhia se pudesse bastar.
No final do primeiro ano eram mobilizados e enviados para a ex-colónias portuguesas Guiné, Angola, Moçambique, Timor e São Tomé e Príncipe. Países em luta pela sua independência.
O Tó dava-se bem com todos. Era uma pessoa popular.
Como os demais passou pelos treinos militares. Deram-lhe a especialidade de artilharia em Queluz e de minas e armadilhas em Tancos.
Não escapou à sorte e lá seguiu no final do primeiro ano, para a Guiné Bissau.
Com as armas de artilharia podiam apontá-las para um alvo fixo ou móvel em defesa ou em ataque.
Com as minas e armadilhas a situação era mais perigosa. Estes engenhos, pequenos em tamanho, eram colocados em lugares de passagem e eram autenticas ratoeiras para pessoas ou animais.
Pisar uma mina era sinal de morte certa ou de ficar decepado de uma perna, com rosto desfigurado ou parcialmente destruído.
Como os demais passou pelos treinos militares. Deram-lhe a especialidade de artilharia em Queluz e de minas e armadilhas em Tancos.
Não escapou à sorte e lá seguiu no final do primeiro ano, para a Guiné Bissau.
Com as armas de artilharia podiam apontá-las para um alvo fixo ou móvel em defesa ou em ataque.
Com as minas e armadilhas a situação era mais perigosa. Estes engenhos, pequenos em tamanho, eram colocados em lugares de passagem e eram autenticas ratoeiras para pessoas ou animais.
Pisar uma mina era sinal de morte certa ou de ficar decepado de uma perna, com rosto desfigurado ou parcialmente destruído.
Hoje existem muitos soldados marcados pela violência destes engenhos explosivos.
Um dia receberam a notícia da mobilização. Ordem de Serviço do dia (.../...). Número, nome, posto e companhia mobilizado para...data do embarque...
Em cada um existia a esperança de poder escapar da mobilização.
Os homens não choram. Devem ser fortes e aceitar a sorte.
Um dia receberam a notícia da mobilização. Ordem de Serviço do dia (.../...). Número, nome, posto e companhia mobilizado para...data do embarque...
Em cada um existia a esperança de poder escapar da mobilização.
Os homens não choram. Devem ser fortes e aceitar a sorte.
Nesse fim de semana foi a casa visitar os pais e deu-lhes a notícia.
Não escolheu as palavras. Foi directo:
- Fui mobilizado e vou para a Guiné no final do mês de Dezembro. Será depois do dia de Natal.
A mãe rompeu num choro que parecia que lhe arrancavam o coração pela boca. Conhecia o sabor da partida. Sabia o que era sofrer a ausência dos filhos levados para a guerra.
O mais velho esteve na Guiné três anos. O seguinte foi mobilizado para Moçambique outros três e agora este irá também para a guerra.
- A mãe só conhece os filhos quando nascem. Depois perde-lhes o direito. O estado é o dono. Levam-lhes tudo...fazem-nos carne para canhão... dizem-nos que vão defender a Pátria, mas a nossa pátria é aqui onde nascemos e vivêmos...
O pai em silêncio olhava o filho, enquanto procurava dar alento à mulher, dizendo-lhe:
- Vá lá sossega. O Tó há-de voltar como os irmãos. Assim nesse pranto estás a fazer mal a ti e a ele também. Tens de arranjar coragem e forças para o ajudar.
Sentados à volta da fogueira conseguiam ouvir o silêncio que agora os possuía a todos.
As brasas perderam o brilho e ninguém fez um gesto para as reacender. A esperança e os sonhos pareciam que se apagavam como as chamas da fogueira.
- Vou deitar-me, disse a mãe.
O Tó ajudou-a a levantar-se e o pai segui-a para o quarto.
Depois sozinho, deu um jeito à fogueira, retirando os cavacos para um lado e as brasas para o outro. Seguidamente dirigiu-se para o seu quarto .
Estava muito excitado e sem sono. Ouvia ainda o choro da mãe. Compreendia a sua dor, mas nada lhe podia fazer.
Ela procurava abafar tudo na escuridão da noite. Parecia-lhe que os santos da sua devoção a tinham abandonado.
O Tó arrumou as suas coisas na mala e depois do Natal partiu com os outros camaradas no Paquete Uige rumo à Guiné.
II
Agora, passado tanto tempo, voltou para descansar em casa. Foi nesta data que aconteceu o 25 de Abril.
A guerra tinha-o debilitado fisicamente. A fome e o calor tornaram-se grandes inimigos e os mosquitos que transmitem o paludismo faziam o resto.
O Tó arrumou as suas coisas na mala e depois do Natal partiu com os outros camaradas no Paquete Uige rumo à Guiné.
II
Agora, passado tanto tempo, voltou para descansar em casa. Foi nesta data que aconteceu o 25 de Abril.
A guerra tinha-o debilitado fisicamente. A fome e o calor tornaram-se grandes inimigos e os mosquitos que transmitem o paludismo faziam o resto.
Hoje recorda o dia 24 de Abril de 1974.
Encontrou à venda o livro Portugal e o Futuro. Sabia que estava proibido e correu a comprá-lo. À noite deitou-se a lê-lo procurando entender o pensamento do seu autor - General Spínola.
Encontrou à venda o livro Portugal e o Futuro. Sabia que estava proibido e correu a comprá-lo. À noite deitou-se a lê-lo procurando entender o pensamento do seu autor - General Spínola.
Adormeceu e voltou a acordar cerca das duas horas da manhã. Instintivamente ligou o transístor, pequeno rádio de pilhas.
As notícias ou a música ajudálo-iam a retomar o sono, mas aquilo que ouviu acordou-o completamente. O sono desapareceu.
Sentou-se na cama e com o rádio entre as mãos procurava ansiosamente esclarecer-se daquele comunicado constante.... Sintonizava outros postos para confirmar se o que acabou de ouvir era verdade...
- O Estado Maior, comando geral das forças armadas, recomenda à população em geral que devem manter-se em casa. Toda a situação está controlada e a todo o momento daremos mais notícias.
Esta foi a mensagem que gravou.
Esta foi a mensagem que gravou.
Depois ouvia-se a canção "Grândola Vila Morena" e outras que
até àquele momento também estavam proíbidas.
Não sabia o que fazer nem como obter mais notícias desta revolução que agora já começavam a chamar - revolução dos cravos.
Aqui na Aldeia havia poucas casas com TV e nem todas ainda tinham um rádio. Quando falavam de política era a medo. Sabiam que algumas pessoas eram informadores da polícia do estado. Ninguém devia falar mal de Marcelo Caetano ou de Américo Tomás que seguiam a política de Salazar.
A vida continuou nos campos e poucos ainda se atreviam a falar de uma revolução.
Silenciosamente substituíram alguns chefes das repartições públicas e noutras organizaram comissões de trabalhadores, mantendo toda a máquina do estado em funcionamento.
Durante alguns meses fizeram muitas mudanças. Umas mais perfeitas que outras.
Tomaram fábricas e bancos. Nacionalizaram empresas de transportes e ocuparam as grandes herdades do Alentejo.
Alguns conseguiram subir e instalar-se na política, fazendo-se respeitar, enchendo-se de luxos e guarda costas.
As férias encaminhavam-se para o fim. O Tó tinha de voltar para a Guiné sem saber mais pormenores nem qual seria a sua sorte. No dia da partida comprou os jornais do dia e levou-os para os seus camaradas que quisessem saber as últimas notícias do estado do País.
Silenciosamente substituíram alguns chefes das repartições públicas e noutras organizaram comissões de trabalhadores, mantendo toda a máquina do estado em funcionamento.
Durante alguns meses fizeram muitas mudanças. Umas mais perfeitas que outras.
Tomaram fábricas e bancos. Nacionalizaram empresas de transportes e ocuparam as grandes herdades do Alentejo.
Alguns conseguiram subir e instalar-se na política, fazendo-se respeitar, enchendo-se de luxos e guarda costas.
As férias encaminhavam-se para o fim. O Tó tinha de voltar para a Guiné sem saber mais pormenores nem qual seria a sua sorte. No dia da partida comprou os jornais do dia e levou-os para os seus camaradas que quisessem saber as últimas notícias do estado do País.
Os pretos, mais atrevidos, faziam-lhes frente. Alguns diziam:
- Vai lá para a tua terra. Isto aqui é nosso.
Chegaram mesmo a organizar manifestações com os meninos da escola, segurando cartazes e a pedir liberdade e independência...
Em Maio já começavam a retirar algum armamento militar e pessoal para Bissau. Esvaziaram os aquartelamentos dispersos um pouco por todo o território e organizaram transportes aéreos e marítimos para o regresso de todo o exército para a Metrópole. Lisboa.
Nos quartéis de origem era feito o espólio e a passagem à disponibilidade sem grandes cerimónias nem perdas de tempo. Eram uns a chegarem e outros a saírem.
Viva a Peluda!
Gritavam a toda a força enquanto iam saindo, rumo à liberdade e à vida civil. Agora já não eram precisos .
Luíscoelho
Gritavam a toda a força enquanto iam saindo, rumo à liberdade e à vida civil. Agora já não eram precisos .
Luíscoelho
Devo confessar que estando eu na guerra quando se deu o 25 de Abril, quando soube do mesmo, a minha primeira ideia foi a de que aquele pesadelo terminaria mais cedo para mim...estava bem enganado.
ResponderEliminarHola Luis, gracias por compartir este texto tan lleno de sentires, imagino al leerte y siento tristeza. Cuidate amigo.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarMesmo sem guerra, fiz tudo para não ir à tropa.
Não me diz nada, achava pura perda de tempo.
Não gosto de armas, não gosto de quartéis, não gosto de fardas.
Fui às sortes e safei-me!!
Aquele abraço
Caro Luis
ResponderEliminarSabemos que o 25 de Abril não tinha própriamente um guião. Nem tudo correu como devia. Mas acabar com aquela guerra, foi uma das grandes conquistas. Quantos jovens lá morreram, quantos vieram fisica e mentalmente estropriados.
Sabemos os problemas com que os jovens hoje se debatem. Não lhe é fácil olhar para o futuro. Mas sabem pelo menos que não têm uma guerra pela frente.
Abraço meu caro.
Rodrigo
Precioso este texto. Havia na aldeia , por vezes, o luto...algum dos rapazes tinha ficado por "lá".
ResponderEliminarLembras-te do programa "Adeus, até ao meu regresso?" Triste,,...muito triste! BEIJO
Muito interessante , aliás como sempre , o texto.
ResponderEliminarEra sobre estas verdades que se deviam fazer programs de hora e meia nas televisões em vez de sere, sobre futebol!!!
Um bom dia, amigo.
Lindo cravo ser
ResponderEliminarO símbolo da liberdade
Na revolução acontecer
Em Abril, foi verdade!
Colado à rabiça da charrua
Atrás das vaquinhas castanhas
Foi assim lá no campo sem dúvida
Das gentes modernas parecerem coisas estranhas
Na tropa a disciplina
Que da vida civil era diferente
Muito gente não imagina
A pasagem à peluda, se ficava mais contente!
boa quarta-feira
um abraço
Eduardo.
Quantas mães, esposas e famílias
ResponderEliminarperderam os seus entes queridos
Quantos "Tós" de alma ferida
resistem no tempo... ao sofrimento
causado por uma guerra cruel
e sem sentido...( o de perder um amigo...o de perder um familiar que entretanto faleceu e não voltou a ver...) e tudo,devido à prepotência de um regime obstinado e totalitarista...mas que,apesar de tudo...foi derrubado pela força da revolução dos cravos.
Presto homenagem a todos os "Tós" aos que partiram...e aos que resistem à dor e ao sofrimento... com eles comungo a palavra - Abril liberdade! Pelo menos agora podemos dar voz aos sentimentos...
Olá Luís,é a primeira vez que visito o seu espaço, gostei muito...Bjs!
OLÁ LUÍS
ResponderEliminarcomo sempre interessantes os seus temas - as histórias de Vida.
Eu andava pelas Áfricas quando se deu o 25 de Abril, grávida do meu filho e encostaram-me uma espingarda à barriga, estremeci de cima abaixo...
Convido-o a visitar os "Momentos Perfeitos" e acompanhar o relato da minha aventura sozinha pela Tailândia.
Beijinho da Tulipa
Triste, mas belo! Muito belo. Uma quarta abençoada! :D
ResponderEliminarAbraço, Tati.
Att.
Aprecio muitíssimo tuas narrativas, o modo como as estruturas, as palavras plenas de viver no tempo, no lugar...
ResponderEliminarQuanto à guerra, apenas direi que lastimo todas...
Desejo que possamos todos viver em paz, desfrutar da alegria de poder recordar, contar fatos, feitos, personagens que constroem a História e a nossa própria história dentro dela...
Grande abraço,Luis!
Eu estava na Secretaria do Colégio Cristo-Rei em Luanda. Meu marido estava no Comando Naval de Angola como meirinho do tribunal. Já tinhamos passado pelo Leste de angola 67/69 e Nampula 70/72. Antes de ir para o emprego logo que me levantava ligava o rádio. Na manhã do 25 de Abril, não foi diferente. Mas o estranho é que a rádio só dava marchas militares.Nem sequer interromperam para dar o noticiário que sempre ouvia antes de sair de casa.
ResponderEliminarAtravessei o bairro Vila Alice rumo ao colégio, que era frequentado na maioria por filhos de militares dos três ramos que se encontravam em serviço em Luanda. Aí achei o ambiente estranho, algumas patentes que nunca tinham ido ao Colégio com os filhos, normalmente eram os seus motoristas que os levavam, nesse dia não só acompanhavam os filhos como se reuniam com o diretor do colégio. Seriam umas 10,30 quando o meu marido me telefonou e me disse que se murmurava que tinha havido uma revolta no continente, mas ele não sabia se seria verdade. E só perto das 21 horas ouvimos a primeira notícia sobre a revolução.
Quanto à Guiné, meu marido esteve lá 9 meses em 65. Ainda não tinhamos casado. Foi substituir um jovem que tinha morrido lá, era para ficar 16 meses queera o tempo que faltava cumprir ao destacamento para onde ele foi, mas apanhou um padulismo tão forte que levou quatro meses entre a vida e a morte, e o mandaram para o continenete para não morrer lá. Nunca vou esquecer o seu aspecto quando o fui ver ao hospital da Marinha.
Um abraço
Bom Amigo Luis,
ResponderEliminarEm primeiro lugar quero pedir-te desculpa por só agora te dar conta sobre esta "estória".
De facto, tenho andado atarefado com os meninos da "Oficina da Escrita", desta feita na Sertã. Saio cedo, entro tarde, essas coisas.
O teu conto sobre o 25 de Abril é uma perspectiva com muito interesse, que revela a família amputada, dum momento para o outro, do seu elemento mais novo, cujo destino entrega às mãos do divino. A causa não é sua nem da sua família e, tampouco do seu lugar, da sua aldeia; é de outros que "administram" o seu destino... Pois gostei do teu conto e da orientação que lhe quiseste dar.
A "peluda", a disponibilidade, foi um alívio, um toca a viver...
Um forte abraço, Bom Luis!
Momentos da vida de muitos esquecidos na história por uma guerra sem sentido.
ResponderEliminarAbraço.
outros tempos outras guerras adorei o texto como sempre contado com emoçao
ResponderEliminarkis .=)
Olá, Luis!
ResponderEliminarPara alguns o 25 de Abril ainda chegou a tempo, para outros tarde demais.E tanta gente que morreu para nada ... especialmente na Guiné. Onde tantos corpos lá ficaram enterrados ao Deus dará, cobertos de mato e capim, com famílias que nunca fizeram o luto. E autêntica vergonha para o estado português - que pouco fez, e agora nada faz...preferindo gastar o dinheiro em guerras que são doutros...
Abraço amigo
Vitor
Li o seu texto, li os comentários e fiquei arrepiada dos pés à cabeça. Tenho tanta pena dos que lá ficaram para nada e das mães que ficaram sem os seus filhos. Também lamento as marcas que essa maldita guerra deixou, que ainda hoje perduram. Beijos com muito carinho
ResponderEliminarAmigo Luís
ResponderEliminarMais um texto dum realismo que emociona.
O Tó teve sorte mas muitos ficaram por lá. Foi uma página negra da nossa história.
Beijinhos
Lourdes
Lindo texto, parabéns!
ResponderEliminarQuerido amigo, tenho pouco conhecimento da história de Portugal, apenas a parte que cabe ao Brasil, mas adoro conhecer a história dos povos, e seu texto muito me sensibilizou, uma bela história pena que seja tão triste, beijos Luconi
ResponderEliminarOlá Luis,
ResponderEliminarO teu conto transmite uma fiel imagem das vicissitudes por que passaram muitas famílias, vendo partir os seus entes queridos para a guerra colonial. Alguns por lá ficaram para todo o sempre.
A mim e à minha famíla o 25 de Abril apanhou-nos em Moçambique, envolvendo-nos na debandada à terra mãe. Muitos vieram sòmente com a roupa que vestiam, tendo que recomeçar as suas vidas a partir da estaca zero.
Um abraço,
Lembro-me bem desses tempos e é bom que não se esqueçam.
ResponderEliminarTambém comecei hoje a recordá-los...
Abraço
Luis, o seu texto emocionou-me, conta-nos sempre de uma forma envolvente.
ResponderEliminarAbraço
cvb
Hola Luis, me has recordado , hace ya muchos años de esa revolución. Un claven en el cañón de cada fusil. eso me estremeció.
ResponderEliminarGracias por tu hermosa historia.
Con ternura
Sor.Cecilia
*
ResponderEliminarCaro Luiz
,
também “passei” pela Guiné !
e pelas fendas das matas,
vislumbrei as descobertas
de tempestades salgadas
em dissolvidas lágrimas,
misteriosos contemplares
de suspendidas miragens
segredos desencontrados
nos imaginários silêncios !
,
saudações,
*
Um texto bom para refletir
ResponderEliminarcomo é a via de cada um
Belo texto
Bom ter lido,gostei
Bjuss de boa tarde!!!
Felizmente, amigo Luís, não apanhou por um triz, os meus irmãos e futuro marido, mas muitas familiares, primos sobretudo embarcaram forçados e outros tantos emigraram para não irem para essa guerra maldita e injusta.
ResponderEliminarObrigada por ter deixado este legado.
Beijinho
Ná
Os seus texto, Luís, podem servir de fonte para o Historiador. Era assim mesmo o drama da Guerra Colonial.
ResponderEliminarCaro Luís, consegui reviver muitas emoções por este passeio pela histórias, que faz parte das recordações dos mais velhos.
ResponderEliminarBela narrativa.
Olá, estou aqui por conta do seu comentário lá no Espelhando e Espalhando Amigos. Agradeço por compartilhar a sua presença.
ResponderEliminarPelo visto e lido aqui es um romancista nato, sabes lidar com a narrativa desenvolvendo bem o motivo e a história.
Abraço
Luís, mais um texto emocionante com cheiro a memória e realidade.
ResponderEliminarParabéns!
Meu querido amigo
ResponderEliminarUm relato bem real do que se passava com os nossos jovens que partiam a lutar muitos nem sabiam para quê e também muitos não regressavam ou regressavam destroçados da alma e do corpo.
Como sempre adorei e deixo o meu beijinho com carinho
Sonhadora
Aprecio o seu texto principalmente por mostrar às gerações atuais os fatos, nesse caso verídicos, daqueles tempos. Os jovens agora sabem que haviam idealistas e ideais, e os fatos se davam às escancaras da autenticidade, tudo muito interessante, embora dentro da crueldade daqueles tempos. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarQuerido amigo, temos sempre que lutar por liberdade. Parabéns aos portugueses. Beijocas
ResponderEliminarRelatado de forma intensa e real, os tempos da guerra colonial.
ResponderEliminarBem merecem ser lembrados e homenageados
Obrigado
Abraço
Olá Luís,
ResponderEliminarGuerras... para que servem senão para
destruírem sonhos e ceifarem vidas?
O texto traz memórias muito bem contadas, embora de natureza nostálgica.
Grande abraço.
Meu amigo Luis é sempre um prazer imenso ler as suas histórias. Quantos jovens pereceram na guerra do ultramar, quanta dor e tristeza. Pelo finalisar dessa guerra, pela liberdade que surgiu e por muito mais, Viva Abril.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Uma narração muito boa, sobre A História contemporânea, que vivemos! Um «amor à Pátria», que para todos era uma contrariedade e uma incerteza bem dorida!
ResponderEliminarTambém familiares meus tiveram que seguir os ditames do governo e afinal para quê? Mais tarde ou mais cedo o desfecho era previsível, a justa independência desses territórios!
Abraço
É bom recordar esses tempos terríveis da guerra no Ultramar. Foi um tempo de pesadelo para todas as famílias onde havia jovens...Felizmente acabou.
ResponderEliminarUma bela narrativa.
M. Emília
É sempre bom recordarmos dos acontecimentos, para podermos mantermos vivo, a História
ResponderEliminarFelicidades
Venho deixar um beijo
ResponderEliminarBshell
É sempre assim,
ResponderEliminarDeus sempre nos abençoa ricamente mais do que pedimos...
Obrigada por fazer parte de minha fortuna e esta minha fortuna vale mais do que dinheiro,
é a sua maravilhosa amizade, feliz e abençoado final de sema Beijos no seu doce coração.
Evanir
"Podemos" escapar da lei do homem mas da lei de Deus ninguém escapa. Qto a tropa ....rs
ResponderEliminarabçs
Uma experiência que cá no Brasil poucos tiveram e isso já faz muitos e muitos anos. Não conhecemos as guerras senão por ouvir falar. Mas ao ler seu texto emocionei-me com o sofrimento dessa mãe que já passou 3 vezes pela temível experiência de ter seus filhos convocados.
ResponderEliminarBelo texto, Luiz.
Beijokas e meu carinho.
SUS HISTORIAS, SON SIEMPRE MUY INTERESANTES.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Eu fico muito triste, narraste de modo tão real, e foi assim... Meu pai veio para o Brasil, na época, um irmão q morava aqui o chamou.
ResponderEliminarEssa liberdade(?) Sim? É verdade, mas morreram tantos portugueses e me deu raiva ao ler isso, por que tanta crueldade? "As mães chorando por seus filhos, é um horror e que Deus ajude e nunca mais isso aconteça, que não seja preciso guerras, eu odeio ditadores e tudo isso que li me chocou, sabia pouco. É muito deprimente esse relato.
Somos livres? E se de repente ...NÃO!
Beijnho
Meu amigo, este texto me causou uma grande comoção...
ResponderEliminarMas estou feliz por te-lo lido, pois enriqueceu meu conhecimento.
Aplaudo-te pela forma impecável com a qual relatou esta triste história!
Fica com meu carinho viu?
Beijos floridos
Bom dia!!
ResponderEliminarDesejar o melhor para uma pessoa
amiga,é o que faço com todo prazer
Agradeço pelas belas postagens que
vejo e parabenizo,sempre
Abraços carinhosos Rita!!!
Tenha um domingo feliz!
Um belo texto amigo, sempre momentos de vida a serem sentidos e refletidos...abraços de boa semana pra ti.
ResponderEliminarBelo texto.
ResponderEliminarFico sempre horrorizada com o tamanho da ambição de alguns. Onde tantas vidas se perderam e se perdem em guerras, onde o objetivo são as riquezas alheias...
Tenha uma boa semana.
Abraços de paz.
Lua.
Olá amigo,
ResponderEliminarMomentos assim são excelente pra ser refletivos. A guerra sempre deixa marcas profunda em quem passa por ela,e dores nas familias que perdem seus entes queridos que vão lutar a favor de seu País, e os governantes quase nem reconhece esses herois.
Grande abraço !
A tão sonhada liberdade, tantas vezes levou a vida de pessoas queridas, levou a lutas por vaidades...
ResponderEliminarOs que vão a guerra para arriscar suas vidas e quando voltam mutilados, a nada tem direito, nem mesmo o direito de ser humano.
Tomara que todo grito de liberdade, seja realmente libertador.
Amigo abraços mil e uma ótima semana pra ti
Guerra! Para quê?
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarSeus textos trazem sempre uma relação entre os fatos do presente com aqueles do passado através dos seus personagens e do modo como reagiam diante das dores e provas da vida.Grande lição para o que se vê hoje,parabéns pela lucidez como os conta.
Abraços e obrigada pelo carinho para com essa mãe.
Até breve!!!
Luís, boa noite!
ResponderEliminarUma história vivida e recordada hoje, 38 anos depois. O triste aqui, são os traumas e sequelas que muitos militares ainda padecem e, como se não bastasse, esquecidos e abandonados por quem nos tem governado ao longo dos anos.
Beijinhos,
Ana Martins
Luis, magnifico texto: estremecedor, triste y nostálgico. Cuantas imágenes haz dibujado con tus letras... imagenes de una triste y cruel realidad.
ResponderEliminarGracias Luis por tu presencia en mi blog
Buen inicio de semana
Un gran abrazo
Hoje é domingo e estou passando para deixar o meu abraço e a minha alegria a você.
ResponderEliminarQue Deus te ilumine a semana que se aproxima.
Nossa amizade é mais ou menos assim...
Poema do amigo aprendiz
Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Pe. Zezinho SCJ.
Com muito Carinho,
Sandra
Como sempre uma leitura sensacional, Luis.
ResponderEliminarNão vivi nenhuma, mas acho que não existe nada pior que uma guerra.
Beijos.
Venhio so deixar um abraço sempre agradecido por maior que seja minha ausencia.
ResponderEliminarEstava eu na tropa, Cidade do Luso, Angola. Fazia escoltas aos comboios.
ResponderEliminarFoi confuso para mim, senti que Angola tinha acabado com aqueles anos doirados. Começava uma nova vida para quem perdeu tudo, difícil mas conseguimos. Foram excelentes aqueles 22 anos no planalto da água, onde todos os rios nascem e as cigarras cantam todo o ano. Parece ter mudado a estação da primavera constante.
Abraço
Retribuo com carinho as suas palavras e visita, amigo Luís.
ResponderEliminarBeijinho
Ná
Amigo Luis venho agradecer o gentil comentário que deixou no meu cantinho. Quanto ao Pedro ele adora realmente água, e nesse dia, andava especialmente a ver se conseguia tirar fotografias a peixes.
ResponderEliminarDesejo-lhe um dia lindo.
Beijinhos
Maria
Um excelente texto como é habitual !
ResponderEliminarForam terríveis esses anos de guerra no Ultramar ! Tantos jovens que perderam a Vida!
A guerra é um episódio triste de uma sociedade, onde quem briga não é aquele q a provocou. As pendengas vão além daquelas caseiras, às quais estamos acostumados. É matar ou morrer. Sentimento desconexo. Que esse mal possa ser banido do mundo o mais cedo possível.
ResponderEliminarFizeste-me retroceder no tempo, mas compensou.
ResponderEliminarForam três anos, mas sem sair dali...
Abraço imenso
Viva o 25 de Abril e o 1º de Maio!
ResponderEliminarabraço.
Luís como podes ver nos comentários já havia lido, mas gosto muito de contos e é comum em vir aqui e ler alguns mais antigos, este é muito bom, gosto de saber das histórias dos outros países, abraços Luconi
ResponderEliminar