(ruínas)
No sábado ao anoitecer falámos de assuntos pendentes da quinta de Viseu. Era necessário ir ver como estão as coisas e resolver alguns assuntos pendentes.
No Domingo saímos de Leiria cerca das 10 horas. Desta vez seguimos pela A17 até à região da Figueira da Foz e depois tomámos a A14 até à saída Norte de Coimbra. Finalmente seguímos pelo IP3 até Viseu.
Este último é famoso pelos numerosos acidentes rodoviários.
O tráfego é bastante intenso e muitos condutores não respeitam as regras de transito nem o civismo com os outros condutores.
A viagem de ida foi bastante calma. Não havia movimento.
Na A 17, numa distância de 50 km, contei cerca de nove viaturas que me ultrapassaram. Seguíamos numa média de 100 km/hora. No sentido oposto, do outro lado da autoestrada, havia mais movimento.
O Sol radiante iluminava a paisagem e fazia sobressair o colorido das acácias que bordavam todo o trajecto. O tom amarelo dourado contrastava com o verde dos ramos e dos outros arbustos mais pequenos e mais baixos.
De quando em quando algumas aves maiores pousavam na berma da estrada. Não havia movimento bastante para as assustar ou talvez elas se tenham habituado a viver por por ali em comunhão com a natureza e o trânsito automóvel.
Penso tratar-se de corvos ou outras aves de rapina que por ali vão encontrando alimentos. Existem répteis que se aventuram numa travessia das faixas de rodagem e acabam esmagados pelas rodas dos carros. Muitas vezes pequenas aves seguindo insectos em voos rasantes, esbarram-se nos vidros ou na parte lateral dos automóveis.
No final de uma viagem a nossa viatura agradece um banho. Uma lavagem completa para apagar as marcas deixadas pelos mosquitos ou mesmo os dejectos das aves que nos acertam em cheio.
O regresso também foi calmo, mas com muito mais movimento. Chegámos a casa ao anoitecer.
Muitas pessoas foram passar o fim de semana ao interior.
Depois fazem o retorno aos seus locais de estudo ou de trabalho no Domingo à tarde.
Ontem já não foi possível fazer a lavagem, mas hoje vou deixar o meu popó a brilhar. Ele merece. Teve um comportamento exemplar.
Deu-me muitas alegrias nesta viagem. Em subidas e em zonas de 2ª faixa portou-se lindamente deixando outros mais novos e potentes para trás numa boa distância.
Almoçamos em casa de familiares que nos receberam com muita alegria e no final ainda nos carregaram o carro com batatas e muita verdura fresca. Grelos e couves colhidas naquele momento.
Já não fazíamos esta viagem desde a morte da Sra Carminda. Faz este mês um ano. Fomos ao Cemitério onde colocamos um ramos de orquídeas e fizemos uma pequena Oração.
- Senhor Deus todo poderoso, depois de uma vida de luta e de sofrimento, dai-lhe o descanso eterno na Vossa Luz e no Vosso Amor. Ela que acreditou merece o prémio da Salvação.
A noite foi silenciosa e acolhedora.
Hoje revi estes apontamentos em memória e resolvi partilhá-los convosco. Espero que me desculpem a ousadia e a simplicidade.
Desejo a todos uma boa semana.
Luíscoelho
Março/2015
Simplesmente maravilhoso este seu relato, caro Luís.
ResponderEliminarAgradeço-lhe ter partilhado connosco esses momentos
que nos aquecem o coração. Sim, lembro-me da Sra
Carminda. Já se passou um ano...Deus lhe dê o descanso
eterno na sua grande Luz.
Abraço
Olinda
Teus relatos e escritos sempre nos encantam e reviver momentos vale sempre.Esse passeio foi lindo, bem aproveitado, visiotas aos parente vivos e mortos e ainda o POPÓ cheio de coisas do interior! Valeu! Valeu também te ler! abração,chica
ResponderEliminarNessa prodigiosa simplicidade, aproveitamos a "carona" fazemos uma viagem fora de série!
ResponderEliminarO seu relato é tão minucioso nos detalhes, que é realmente como estivéssemos percorrendo
todas as rodovias citadas, participássemos dos encontros com os amigos e até orássemos
juntos pela Sra Carminda, e voltando para casa tranquilamente...
Gostei da viagem, Coelho. Obrigada!
Abraço, da Lúcia
Boa semana!
ResponderEliminarBom dia Luís!
ResponderEliminarEu gosto muito desses lugares por onde voce passa
e registra aqui.
Essa sua foto me lembra um lugar ai em sua Terra
e um amigo escritor de nome Quito Arantes , aqui tem
uma matéria http://quitoarantes.blogspot.com.br/2015/01/visita-pela-manha-gelida-lamas-de-mouro.html.
Boa nova semana querido
Luís, para você e para os seus.
E eu sempre o aguardo
no Espelhando.
Bjins
CatiahoAlc,.
.
ResponderEliminar~ Fico grata pela descrição agradável que gostou de partilhar.
~ ~ Bonita a sua oração pela Sra Carminda que secundo. ~ ~
~ Afinal ela participou bastante neste blogue, indirectamente.~
Que seja excelente esta semana em que se inicia a Primavera.
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~ ~ ~ Abraços amigos para vós. ~ ~ ~
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Até sentia
ResponderEliminare parecia
ir sentado
ao lado
de quem conduzia
(Inocentes, essas aves de rapina... por aqui, não nos largam)
Essa foto fala demais. Lembrei-me dos saudosos recantos do meu nordeste brasileiro.Teus escritos sempre trazem algo construtivo. Ao ler "vou deixar o meu popó a brilhar", levei um susto, mas logo entendi que se tratava de um carro. Por cá, tem outro sentido.
ResponderEliminarAbração.
Caro Luís, é desta simplicidade no poste de hoje, e pureza de alma nessa caminhada fresca, que falta à sociedade tão sedenta de adrenalina para subir os IPs da vida que, no fim, termina com menos beleza!
ResponderEliminarEu lhe digo: obrigada pela sua viagem de hoje!
Abraço
Infelizmente não poderei estar presente no encontro. Muito obrigada!
Ruinas que deixa o tempo por essas terras de então, mas também de hoje, ainda que o Viriato já não esteja, malditos romanos!
ResponderEliminarBem contado, amigo meu, o que me aligeirou o caminho nessa passeio convosco.
Abraços de vida
Que bom que compartilhou com todos nós esse relato. Obrigado!!
ResponderEliminarAbraço
Já não me lembro da última visita que fiz a Viseu.
ResponderEliminarE se eu gosto da cidade!
Aquele abraço, boa semana
Excelente Relato que gostei muito de ler ! Viseu é uma linda cidade , onde eu vou muitas vezes , pois vou frequentemente a uma Vila perto de Viseu, onde tenho uma casa , que era dos meus Avós ! Linda toda essa região!
ResponderEliminarO teu passeio...pôs em mim uma inveja saborosa!! Há quanto tempo não dou um destes passeios?
ResponderEliminarMal chegue a dona primavera ponho pés ao caminho...e vou por aí rever tantos locais bonitos.
Já não vou a Viseu há muito tempo...Gostei do relato. Abraço amigo
Graça
SIEMPRE TUS TEXTOS TAN INTERESANTES.
ResponderEliminarABRAZOS
Adoro suas narrativas, sempre com uma estória nova a nos contar.
ResponderEliminarAbraço
O pipó estará já a brilhar e nós também com tão genuína memória.
ResponderEliminarBoa semana, Luís.
OLÁ LUÍS
ResponderEliminarDESTA VEZ CHEGUEI AQUI, E AINDA NÃO FUI VER OS MEUS BLOGS, MAS GOSTEI DA SUA NARRATIVA, ONTEM TAMBÉM FOI A MINHA FOLGA, CHOVEU TODO O DIA, FIQUEI DE NOITE NA CASINHA DO RIBATEJO E NO FIM DO ALMOÇO RUMEI AS CALDAS DA RAINHA VER UMA EXPOSIÇÃO NO MUSEU DO CICLISTA TINHA LÁ UM PRIMO A FAZER PARTE DOS TRABALHOS EXPOSTOS.
1 BEIJO LÍDIA
Espero que os assuntos tenham deixado de ficar pendentes em terra de meu Pai :)
ResponderEliminarUm forte abraço e gostei do post, como sempre :)
E eis que as causas de tantos acidentes na "estrada da morte", relataste!
ResponderEliminarMas há um encanto, muito, especial neste compartilhar de coisas que nos marcam.
ResponderEliminarEncontrei algo de poético neste teu lindo texto.
És especial Luís!
Mas há um encanto, muito, especial neste compartilhar de coisas que nos marcam.
ResponderEliminarEncontrei algo de poético neste teu lindo texto.
És especial Luís!
Habíamos leído en otros textos, especie de elegía a doña Carminda. De nuevo el viaje, a estas tierras, para dejar una flores que hablan del no olvido, en la tumba de quienes no podemos echar en el olvido. UN abrazo cálido. Carlos
ResponderEliminarQue belo fim de semana.Que venham muitos mais, com viagens bonitas e companhias agradáveis e que nos sejam relatadas como esta foi para nosso deleite. Obrigada, Luis.
ResponderEliminarObrigada também pela visita ao Jardim