Não sei como começou esta tradição nem de onde vem a sua origem. O meninos, rapazes e raparigas, juntam-se em grupos de quatro, cinco ou mais e vão de porta em porta pedir o Bolinho «Pão por Deus».
Antigamente dava-se uma merendeira a cada um, nozes, figos secos e até tremoços.
Hoje já não aceitam nada disso. É mais fácil receber dinheiro, chocolates e outros doces. Para quem dá tambem se torna mais higiénico e é vê-los radiantes de alegria.
Alguns trazem mesmo uma sacola onde vão metendo todas essas coisas.
No Outono fazem-se todas as colheitas. As vindimas tambem se fazem nessa altura e pelos Santos já está tudo arrumado nas arcas e nas pipas. Até mesmo a azeitona já foi colhida e transformada em azeite.
Pergunto-me se esta tradição tem a ver com a vida dos Santos. = pobreza e desprendimento das coisas materiais= Viver pedindo esmola de casa em casa......
-Terá este gesto sido considerado como partilha dos bens materiais?
Quem melhor colheitas fez, maior devoção deverá ter para distribuir.
Antigamente dava-se uma merendeira a cada um, nozes, figos secos e até tremoços.
Hoje já não aceitam nada disso. É mais fácil receber dinheiro, chocolates e outros doces. Para quem dá tambem se torna mais higiénico e é vê-los radiantes de alegria.
Alguns trazem mesmo uma sacola onde vão metendo todas essas coisas.
No Outono fazem-se todas as colheitas. As vindimas tambem se fazem nessa altura e pelos Santos já está tudo arrumado nas arcas e nas pipas. Até mesmo a azeitona já foi colhida e transformada em azeite.
Pergunto-me se esta tradição tem a ver com a vida dos Santos. = pobreza e desprendimento das coisas materiais= Viver pedindo esmola de casa em casa......
-Terá este gesto sido considerado como partilha dos bens materiais?
Quem melhor colheitas fez, maior devoção deverá ter para distribuir.
Pão por Deus
Que Deus lhes deu
Dê uma esmolinha
Por alma dos seus
Era costume no tempo dos meus pais cozerem o bolinho e isso era para nós uma festa. Costumavam também repartir desse pão por toda a família, tios e restante família. Em troca recebiam outros pães.
A receita do Bolinho ou do Pão por Deus é simples.
Farinha de milho e farinha de trigo em partes iguais. Abóbora amarela cozida, açucar e muitos frutos secos.
A farinha é amassada com a água da abóbora e quando está bem amassada juntam-lhes os restantes ingredientes. Depois de levedar fazem-se os pãesinhos que se levam ao forno para cozer.
As receitas são diferentes noutras regiões mas o resultado final é sempre muito agradável.
OBRIGADA!
ResponderEliminarEu fico muito feliz quando alguém elogia meus textos eu vou procurar alguns textos do mesmo estilo daquele eu vou postar pode deixar !
...é muito gostoso quando mesmo de tempos em tempos, não perdemos
ResponderEliminaras tradições, embora com certas
mudanças na modernidade,
mas sempre com a própria essencia.
fico feliz em vê-lo passeando
lá no meu cantinho.
bjussss, menino!
bolinho e castanhas...sem esquecer a água pé...
ResponderEliminarUm abraço
"Simplicidade e sinceridade" ... obrigada pela visita... olhe que estas duas qualidades que destaca são a base para a receita de uma "boa pessoa"!
ResponderEliminarSobre os tais bolinhos pode ser que além do gesto simbólico de partilha, também o dar graças, o festejar da despensa aprovisionada, a promessa de um inverno de "cigarra"... quem sabe tenham tb algum peso nesta tradição!!
Adorei a receita do bolinho! Acho que vou fazê-lo para que me suba o astral depois da decepção que sofri neste fim de semana. Para tentar superá-la, fiz post novo, sobre um filme dos anos 1980, de que gosto muito. Há poesia, imagens, como sempre. Estou à sua espera.
ResponderEliminarUm abraço,
Renata
Olá, Luís. Eu sou péssima cozinheira, mas no final da semana vou tentar fazer esse bendito pão. Posso pôr algumas castanhas de caju? Sou " vidrada" em castanhas e estamos na época dos cajus. Abraços.
ResponderEliminarPoderá usar todo o tipo de fruta seca. A castanha de caju é optima.
ResponderEliminarLembro-me de fazermos uma fogueira à noite em África e de assar aquela fruta maravilhosa.
Nesses tempos a fome era negra como os africanos e tudo o que havia e se podia trincar sabia bem. Como era gostosa a mandioca acabada de arrancar, e as mangas ?As papaias e o mamão. Pena que era pouca para tantos.