Foto de Luís Coelho junto da saída norte para Leiria da A17
O Avô Carnide era um lutador. Nesse tempo viviam apenas da agricultura. Era preciso não apenas trabalhar, mas saber trabalhar. Ser orientado e engenhoso para conseguirem ultrapassar as dificuldades de cada dia. Saber aplicar os magros rendimentos valorizando-os.
A profissão do avô era a de Carpinteiro. Ainda conservo algumas das suas ferramentas que são testemunho dessa actividade. Porem fazia a sua agricultura como todas as pessoas aqui da aldeia.
Quando havia coisas que não precisavam, iam às feiras vendê-las e guardavam parte desse dinheiro. O mesmo acontecia quando vendiam uma ninhada de leitões ou um vitelo.
As feiras eram um modo de trocarem os seus produtos e ao mesmo tempo de poderem amealhar alguns escudos.
Quando havia coisas que não precisavam, iam às feiras vendê-las e guardavam parte desse dinheiro. O mesmo acontecia quando vendiam uma ninhada de leitões ou um vitelo.
As feiras eram um modo de trocarem os seus produtos e ao mesmo tempo de poderem amealhar alguns escudos.
A avó Emília, tratava da casa e das refeições, alem de cuidar dos animais domésticos.
Mulher muito activa e dinâmica. Era sempre a primeira a erguer-se da cama.
No escuro do seu quarto vestia-se e descalça caminhava para a cozinha.
Ajoelhada no chão da lareira, remexia a cinza para encontrar o brilho das brasas escondidas. Juntava-lhe algumas carumas secas e soprava até que se acendessem. A luz da fogueira era o que mais precisava em cada manhã.
Juntava alguns paus secos e aconchegava o calor à panela de ferro.
Do outro lado da fogueira, colocava ainda o púcaro de barro ou a chocolateira cheia de água.
Não corria, mas todo o trabalho acontecia numa cadência certa.
As filhas, deitadas no quarto ao lado da cozinha, podiam ver-lhe o brilho dos olhos e ouvir-lhe a surdina das suas orações. Relembrava todos os Santos da sua devoção.
Aumentava o coro das suas suplicas a Santo Amaro e Santo António, Santo Ildefonso, São Silvestre, São Bento e todos os santos do Reino dos Céus e da Glória de Deus.
A todos suplicava que lhe guardassem a família, os animais, a casa e que a ajudasse neste novo dia. Que os livrassem das tentações do demónio e dos espíritos malígnos.
Depois continuava os pedidos por alma dos seus - pais, avós, tios e parentes.
Eram muitos Pai Nossos e Avé Marias e no final repetia: - para que descansassem em paz.- Amem
Havia uma oração que me ficou gravada e que ela sempre dizia no final:
- Estas orações são poucochinhas e mal rezadas, que o Senhor as aceite por muitas e bem rezadas.
Havia uma oração que me ficou gravada e que ela sempre dizia no final:
- Estas orações são poucochinhas e mal rezadas, que o Senhor as aceite por muitas e bem rezadas.
Quando surgissem no horizonte os primeiros fios de luz já teria acordado os filhos. «É de manhã que se começa o dia» Todos tinham de trabalhar.
Até que a sopa da manhã estivesse pronta cada um tinha tarefas a cumprir. Tratar das vaquinhas e alimentá-las ou rachar alguns cepos de pinheiro transformando-os em cavacas para se aquecerem à noite à lareira.
Não havia diferenças entre rapazes e raparigas. O trabalho era dividido por todos.
Muitas manhãs iam com a sachola às costas mondar as suas hortas ou a fazer novas sementeiras naqueles cantos onde a charrua e as vaquinhas não passavam.
Era preciso podar as videiras e limpá-las das raízes que nasciam para fora da terra - ladroeiras. Era necessário cavar a terra e adubá-las.
As raparigas eram tratadas como os rapazes e faziam os mesmos trabalhos. Nas encostas pedregosas das vinhas cavavam a terra lado a lado com os homens lá da terra e dos moçoilos cheios de energia.
Na monda do milho faziam grupos e alinhados lá iam sachando as plantas e cortando as ervas daninhas. Nunca se deixavam ficar atrás dos homens mais fortes.
Nos primeiros anos de casados, os Avós, compraram alguns terrenos na Junqueira, junto à ribeira dos Conqueiros. Já lá tinham duas courelas, a que somaram mais algumas emparcelando-as num a propriedade única.
Eram terrenos pantanosos, mas era lá que cortavam a erva verde para alimentar as vaquinhas no Inverno. No fim do Verão, quando começavam as colheitas, traziam também muitos carros de espigas de milho e de feijão seco. Era uma várzea fresca e verdejante todo o ano.
Limparam as valas para drenagem do terreno e alargaram o caminho que estava demasiado apertado pelos amieiros e os choupos que o ladeavam.
Uns anos mais tarde compraram outros terrenos que estavam em pousio no sítio dos Verdeiros.
Desbravaram-nos e plantaram aí as suas melhores vinhas.
Os Verdeiros ficavam logo a seguir à Junqueira, apenas uns metros mais a Norte.
Desbravaram-nos e plantaram aí as suas melhores vinhas.
Os Verdeiros ficavam logo a seguir à Junqueira, apenas uns metros mais a Norte.
Passavam ali muitos dias completos e só regressavam a casa já de noite. Era necessário construírem lá, um abrigo para eles e os seus animais.
Nos terrenos a nascente, construíram uma casa térrea, feita com adobes. (barro amassado e apertado numa forma de madeira que depois era seco ao sol.
A barraca estava dividida por um patamar de madeira separando os animais das pessoas.
Era aqui que se refugiavam nos dias de chuva e frio ou ainda para descansarem e dormirem a sesta nos dias de muito calor.
Era aqui que se refugiavam nos dias de chuva e frio ou ainda para descansarem e dormirem a sesta nos dias de muito calor.
Estes terrenos foram divididos em talhões de nascente para poente, por valas para drenagem. Cinquenta metros de largura por cem de comprimento, aproximadamente.
Por morte do Avô Carnide cada um dos quatro filhos herdou dois talhões. Cada um tratava o melhor que podia e sabia da sua vinha para que fosse a mais bonita de todas.
Aqueles terrenos, onde se colheram belos cachos de uvas fazem hoje parte integrante da A 17.
Expropriaram e pagaram a dois euros o metro para construírem a autoestrada.
A Barraca dos Verdeiros desapareceu da paisagem e da história da nossa família.
Luíscoelho
Luíscoelho
Linda história de família, dessa avó tabalhadeira, avô também e ela ainda rezadeira...
ResponderEliminarAdorei a frase do essa oração é poucachinha,srrs
Adoro essas histórias e uma pena que tudo sumiu... PENA!!! abraços, tudo de bom,chica
Progresso a quanto obrigas! É triste quando assim é.
ResponderEliminarOi Luís
ResponderEliminarÉ uma pena que tudo tenha se perdido em nome de uma estrada, mas o tempo ficou guardo em suas lembranças, e hoje você nos passa tão lindamente. Adoro ler sobre suas memórias.
Grande abraço
El mal llamado progreso nos ha traido muchas injusticias...a mi familia les pasó algo parecido, tambien expropiado por un dichoso tren...un saludo, me ha gustado.
ResponderEliminarUn gusto leerte. Me facinan ese tipo de casitas, me inspiran sensaciones hermosas cuando las admiro. Besos, cuidate.
ResponderEliminarLuis, estas tuas "histórias", não tarda, compiladas, dão um belíssimo ensaio etnográfico dos teus sítios e das tuas gentes...
ResponderEliminarAbraço
João
Luis
ResponderEliminarMais uma estória onde te incluis, mais a tua familia e a região onde parece que sempre viveste.
Riquissimos os pormenores.
Excelnte memória.
Para quando o livro?
Abraço
Esta história faz lembrar um pouco o que se passar por Portugal fora. Obrigada por este momento. beijos
ResponderEliminarAs suas histórias têm o dom de nos transportar pelo tempo e dar-nos a conhecer um pouco do que foi e, continua a ser, a História das nossas gentes... A última parte é triste, pois em nome da evolução, "involuimos" noutros aspectos.
ResponderEliminarAbraço
Adoro os teus contos Luis, contos que sempre me fazem lembra os meus tempos de criança na minh aldeia; hoje é ainda melhor, pois a minha avó também se chamava Emília e o seu ritual era esse mesmo; reacender as brasas era importante, pois era menos um fósforo que se desperdiçava. Ainda hoje comentei com o meu marido que muita gente hoje não necessitaria de ir às lofjas sociasi buscar comida, se fizessem como os nossos pais e avós; faço voluntariado lá e custa-me ver homens e mulheres novas a irem buscar mantimentos enviadas pela assistente social; só damos aos indicados por ela. Quando eu era criança toda a gente cultivava a hortinha, tinha galinhas e coelhos; ninguém passava fome; o meu pai era taxista, a casa tinha um quintal; pois aí minha mãe cultivava tudo e com as ervas e legumes que não conseguiamos gastar, alimentava os animais para que não passassemos necessidades. Felizmente que, dada a crise já andam a incentivar as pessoas a cuidarem de uma hortinha. E è assim, Luis...a abundância foi de tal jeito que se desperdiçou demais e até nas aldeias muita gente coloca jardim nas casas e não cultiva nem umas alfaces. Muito obrigada por mais esta partilha. Fica bem! Um beijinho
ResponderEliminarEmília
Luis
ResponderEliminarÉ com um enorme emoção que li e reli esta estória que me apercebi que se trata da sua família e isso dói, sei que as estradas e as auto são necessárias mas não consigo ser insensivel a uma estória como esta, que muitos "luis" terão nas suas vidas, nas suas memórias por todo o mundo. É triste mas infelizmente faz parte do sistema.
Abraço
Estas histórias de vida...emocionam-me! Tanto trabalho, tanta canseira...para nada!O progresso, chamem-lhe o que quiserem...são verdadeiros vampiros sugando o sangue e o suor de quem trabalhou. Recordo os meus pais...meu Deus, tanto esforço, tantas horas sem descanso...e o que ficou?
ResponderEliminarLembro-me de um amigo já daqui, com uma casa linda, o seu sonho de vida...e uma rotunda, mal amanhada e a qual ainda não percebi bem a sua utilidade...acabou com tudo, até com a vida dele!
Há coisas que mexem comigo...nunca mudarei!
Bj
Graça
Luís, caro amigo
ResponderEliminarLi com atenção, com uma atenção redobrada, diria mesmo. Fiquei a olhar, a olhar a foto da casa de apoio à faina do campo.
Senti-me um personagem do filme que descreves com tanta sensibilidade, já lá vão muitos anos, que estão sempre presentes na minha memória.
O tempo passa...
O homem está cheio de pressa...
parece que quer chegar ao fim do caminho, o mais rápido que puder.
Está continuamente a inventar necessidades que tem de satisfazer. A todo o custo. Já, sem demora!
E põe-se a desbravar a Natureza. Começando por ele próprio. A um ritmo alucinante. Superior à sua própria capacidade de apreensão do que está a fazer.
Auto-estradas, Itinerários Complementares, vias circulares (a encarreirarem-nos para os «Shoppings"...
E nós todos convencidos que estamos a contribuir para o progresso. Que progresso?
E a Natureza? E a preservação do ambiente que nos proporciona as mais elementares e insubstituíveis formas de viver a Vida?
Para onde vamos?!...
Um abraço, António
Adoro histórias de família. Volto ao passado....
ResponderEliminarBeijos,
Lu
Paso a dejarte saludos y un beso, cuidate.
ResponderEliminarSublime Amigo:
ResponderEliminarUma excelente narrativa sobre a vida sofrida de tempos atrás.
Uma descrição perfeita com o seu talento e genial capacidade de escrita sensível e extraordinária.
Os meus mais sinceros parabéns.
Escreve com beleza e literariamente perfeito.
Adorei.
Bem-Haja, pela simpatia no meu blogue.
Abraço forte de uma amizade sincera e respeitadora.
Sempre a admirá-lo de forma gigante pelo seu valor e talento enormes e divinais.
pena
Excelente!
Bem-Haja, precioso amigo.
Adorei.
É fantástico no que concebe de pureza e beleza. Precioso.
O meu amigo, sabe e bem - prestar
ResponderEliminarhomenagens - aos seus antepassados.
Muito mudou neste nosso país, mas
é bom que a nossa memória fixe
muito de bom que por nós já passou.
Beijinho
Irene
Fiquei encantada com a história não fosse o final nada feliz.
ResponderEliminarAbraço
OA.S
Sabe, Luís, adoro as postagens em que descreve a vida de outrora. Eram vidas difíceis e é bom que alguém as vá descrevendo. Hoje em dia, a vida está tão facilitada e só ouço dizer "A vida está muito difícil". Será que sabem o que são dificuldades?
ResponderEliminarAinda por cima, acontece a tantos ficarem sem os seus haveres, à custa do progresso. Ficam as memórias...
Beijinhos
Lourdes
Um testemunho de vida interessantissimo o que aqui nos oferece.
ResponderEliminarSeria bom que , actualmente, as pessoas fossem informadas das duras condições de vida que se viverma ainda há relativamente tão pouco tempo atrás.
Assim, escusvam de dizer disparates.
Um abraço.
Belissima historia contada de vida,,,de momentos passados que guardados na memoria ficam eternamente...abraços de bom dia pra ti.
ResponderEliminarOlá Luís!
ResponderEliminarMais uma linda história de vida, e da família, que era no fundo a história de muitas pessoas desse tempo, aqui muito bem escrita e contada, por alguém que a viveu de muito perto.
Era uma vida dura e sofrida, mas toda a gente trabalhava, e era muito raro, que alguém saísse, fora da linha.
Um abraço
José.
Que coisa mais linda seu jeito de contar esta história de vida tão bonita da sua familia...olhando pra trás, depois de tanto tempo, podemos ver quanta beleza, quanta fé, quanta dedicação...pena que tenha passado a auto estrada...mas que fiquem no coração as boas memórias.
ResponderEliminarBeijinhos amigo e ótimo dia...
Valéria
Voce tem uma bela história de familia Luis, ma faz lembrar a minha história. Beijos e bom carnaval
ResponderEliminarÈ o preço do tão falado progresso
ResponderEliminaramigo .
Em nome desse progresso destroem histórias lembranças e detonam com as florestas do Mundo.
Linda tarde beijos,Evanir.
http://aviagem1.blogspot.com/
Não lidacoelho, se me permites discordo de ti.
ResponderEliminarÉ que enquanto vocês, aqueles que fizeram parte integrante da vida vivida n' A Barraca dos Verdeiros, a recordarem, contarem a sua história, ela não morrerá.
Desapareceu, isso sim, mas não morrerá.
Tal como todos nós, que só morremos MESMO, quando somos esquecidos.
Aí, sim, desaparecemos definitivamente.
E que bela história, a ua.
Abraço.
É as desvantagens do desenvolvimento do nosso país, é pena, há certos tesouros que se perdem.
ResponderEliminarMas, adorei a história. Tem sem duvida alguma um talento para escrever.
Amigo Luís,
ResponderEliminarObrigada por me ter encontrado. Na mudança perdi alguns contactos, mas aos poucos, hei-de recuperá-los.
Agora o seu já lá está linkado.
Este seu fantástico conto, fez-me lembar em todos os aspecto, os contos do meu amigo António Sanches "O Rapaz da Província" que tenho vindo a publicar às sextas feiras.
Um dia vá lá conhecê-lo, vai entender logo do que falo.
A maravilha destes contos, que são um verdadeiro legado precioso para as futuras gerações, dão-nos conta das verdadeiras dificuldades que se viviam noutros tempos, mas tembém são extremamente relevantes para quem não sabe o valor duma vida simples, saudável e feliz.
Trabalhar no campo, não era fácil, eu via as minhas tias e tios com o meu avô paterno a trabalhar tal e qual como diz, arduamente e lado a lado.
Não é por acaso que ainda estão vivos alguns, um com 90 anos, o tio João e tia Júlia com 88.
Fortess e duros, assin foram os Santo Amaro, cuja quinta está dividida, já há anos, pelos filhos e netos e até bisnetos.
Alguns ainda trabalham as vinhas e as hortas, nas são poucos.
No seu caso a propriedade foi-vos "roubada" , infelizmente esta é a verdade.
No caso da Quints dos Santo Amaro, ela foi separada por duas estradas, mas resistiu porque todos têm cumprido o prometido, não vender a estranhos, só a membros da família.
Oxalá assim continue a ser.
Adorei, como sempre, o seu texto.
Beijinhos
Ná
Ainda correm em minhas veias os tempos em que nasci e vivi em fazendas, lá pelo Estado do Paraná! Naquele tempo haviam colônias. Eram criados vínculos entre os residentes das colônias.
ResponderEliminarBelas lembranças daqueles tempos!
Que bom te ler! Que bom fazer parte do teu rol de amizades. Isto é uma grande alegria para mim.
Obrigado, amigo Luís!
Abraços!...
...vc tem o dom de me
ResponderEliminarencantar com estes momentos
de vida onde eramos felizes
e não sabíamos.
ainda bem que ngm nos rouba
as boas lembranças...
bj
Hola Luis, gracias por la amistad. Te dejo un beso, cuidate.
ResponderEliminarE que história Luís!A modernidade fisicamente muda tudo mesmo,mas ficam as lembranças que partilhas aqui conosco de um modo tão especial!
ResponderEliminarAbraços,
Bergilde
Um belissimo final de semana pra ti meu amigo..abraços fraternos....
ResponderEliminarBELA NARRATIVA,TEMPOS IDOS, QUE NÃO MAIS VOLTAM,MAS EM MENTE NOSSA PERMANECEM!
ResponderEliminarBRIGADO PELO COMENTÁRIO,HINO QUASE,A MESTRES TODODS DE VIDAS NUESTRAS!
TE ABRAÇO!
VIVA LA VIE
Que lindo...
ResponderEliminare que triste!
Desapropriou.
Ainda bem que existe memória.
Conte a história.
Sempre!
Com carinho
Rosa de Fátima
Que história linda, de gente do bem e trabalhadeira.
ResponderEliminarabs
Jussara
Começam a faltar-me palavras para coentar estas belíssimas histórias que aqui nos traz, caro Luís.
ResponderEliminarNão sei se já lhe disse, mas ceio que será altura de pensar em publicá-las noutro suporte.
Fico sem vontade de voltar a passar pela A17, auto-estrada que tomei na semana passada para ir de Lisboa ao Porto! A nossa história vai pagar todos estes modernismos que tomaram conta das nossas coisas e, pior que tudo, das nossas almas!
ResponderEliminarObrigada amigo Luis, por ter lido o meu amigo Sanches, conforme lhe pedi.
ResponderEliminarSabia que gostaria. Impossível não gostar.
O António Sanches acabou de publicar o seu livro de contos, a sua vida, um sonho antigo, um verdadeiro legado precioso.
Esgotou rapidamente a sua 1ª Edição de 500 livros, mas quando decidiu publicar o livro, a expensas suas, ficou "depenado" como ele próprio diz.
Felizmente foi um sucesso.
No meu Blog tem o link para o Blog dele, onde ele publica pequenos contos muito interessantes.
Passe lá, ele adoraria conhecê-lo.
Beijinhos
Ná
Luis Coelho
ResponderEliminarComo sou leirience, nasci no distrito, o casebre até me parece conhecido. A histório do Avô Carnide é muito comum dos meus tempo de meninice que vivi. Os tempos eram outros, incomparavelmente, sofridos e muito. Tinham a vantagem de serem menos soturnos.
Abraços
Uma história de família real e contada com ternura.
ResponderEliminarRealmente com o evoluír da civilização toda a paisagem e natureza têm sido alteradas. Faz pena ver como desaparecem tantas coisas de imenso valor sentimental.
Bom ler-te e ser transportada àquele tempo em que descreveste esta história.
Bom fim de semana
bjgrande do lago
OLÁ LUÍS
ResponderEliminarAdoro essas histórias, porque infelizmente não tive a sorte de ser criada e ter crescido com os meus avós por perto.
Vim cá hoje e li esta bela história.
Admiro muito a sua boa memória.
Parabéns!
Este carnaval adiantei-me e fiz 2 posts sobre os DESFILES DE CARNAVAL DAS ESCOLAS DO CONCELHO DA MOITA.
Ontem fui para a rua fotografar!!!
Sim, por vezes é bom recordar!
Num blog só coloquei os marujinhos e marujinhas da escola Varino, onde eu trabalhei, porque o blog chama-se "Momentos Perfeitos" tem a ver com momentos da minha vivência neste mundo.
Mas no outro blog
"Deabrilemdiante" fiz a continuação do post de CARNAVAL.
Foi mesmo uma viagem no tempo!
Votos de BOM CARNAVAL.
Mas enquanto permanecer na memória e houver que conte a história, esta permanecerá viva...
ResponderEliminarUm abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro amigo
ResponderEliminarExistem histórias
eternizadas em nossas histórias,
que o tempo jamais apagará.
Ficam para sempre
em nossas lembranças
e ao fecharmos os olhos,
é como se novamente
pudéssemos revê-las
outra vez.
Que haja sempre em ti,
sonhos por sonhar.
Quase que parece que falas dos meus avós, só que o avô vivia do campo e do gado, a avó laurinha fazia siso tudo, as minhas tias ajudavam, eram 11 filhos..dois faleceram em bébés...13...e que felizes viviam todos e eu adorava lá ir.
ResponderEliminarbeijinhos, e a vida vai mudando, ora pois..
laura
Uma belissima semana pra ti amigo...abraços.
ResponderEliminarInfelizmente esse final se repete muitas e muitas vezes. Adorei ler este texto. Retrato fiel da vida de muita gente. Fez-me voltar à minha infância. Abraço.
ResponderEliminarTriste, tanta labuta tanto suor, dedicação e... de um momento para o outro somos espoliados dos nossos sonhos
ResponderEliminarbjs
Olá!!
ResponderEliminarAdoro quando se compartilha histórias de vida!! Tudo o que vivemos de importante fica tão vivo em nossa memória...
Linda história da sua família!!
Beijos!!
Bom final de semana!!
Que história de família maravilhosa!!
ResponderEliminarSua avó era mulher explêndida!
TRiste ver como tanto esforco e anos de luta e história pode desaparecer assim simplesmente por causa do progresso... Maravilhosas lembrancas, que hoje você as eterniza colocando-as no papel (virtual).
Um grande abraco e muito obrigada pela sua presenca amável no compreender!
Uma bela semana!
Meu querido amigo
ResponderEliminarComo sempre histórias de vida que vamos guardando em nós ao longo de uma vida...as nossas recordações não há estrada nenhuma que as roube, vão fazer parte de nós enquanto por cá andarmos, adoro sempre ler-te.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Linda história de família. Boas recordações
ResponderEliminarUm bj querido amigo
Olá Luís!
ResponderEliminarParabéns por mais uma excelente narrativa! Tens um estilo originalíssimo e muito rico. Para além da beleza do texto, ressalta o valor inestimável do testemunho, do registo...
A tua avó faz-me recordar a minha. Que mulher!
Avance para el progreso, progreso que arrasa con la historia, ex propio ya no es tuyo ni de tu historia, es una pena!!
ResponderEliminar