(fotos do google)
Nunca fomos meninos de ter grandes brinquedos, mas sempre tivemos muita imaginação. Todos juntos fizemos coisas que os mais velhos ficavam de olhos arregalados. Alguns exclamavam mesmo: - Como é que eles conseguem inventar estas coisas... ?
Havia as carretas, os arcos, os piões, as fundas, as ventoinhas feitas com as cascas dos eucaliptos e tantas coisas que nos deixavam viver e sonhar na mais perfeita liberdade. Não era fácil trabalhar um pau apenas com uma faca, um serrote de mão ou um simples podão.
Imaginávamos os brinquedos e tínhamos de lhe dar forma com as ferramentas que havia cá em casa. Devíamos redobrar de cuidados para não nos magoarmos, pois algumas ferramentas eram muito perigosas.
No final parecia-nos que os nossos piões rodopiavam mais e melhor do que aqueles que os pais dos nossos amigos lhes compravam na feira.
Imaginávamos os brinquedos e tínhamos de lhe dar forma com as ferramentas que havia cá em casa. Devíamos redobrar de cuidados para não nos magoarmos, pois algumas ferramentas eram muito perigosas.
No final parecia-nos que os nossos piões rodopiavam mais e melhor do que aqueles que os pais dos nossos amigos lhes compravam na feira.
Um dia pensámos em construir o nosso baloiço.
Encontramos uma corda e demos início ao projecto. Nem pensámos duas vezes.
Fomos para um barracão grande ao lado da casa. Havia lá um sótão de madeira velha e desconjuntada que servia para guardar o feno para os animais.
Subímos por uma escada e procurámos o melhor sítio para passar a corda por um dos muitos buracos existentes entre as tábuas. Depois amarrámos uma travessa de madeira na corda de modo a que a mesma aguentasse o nosso peso quando tudo estivesse pronto.
Em baixo os outros ferviam de expectativa. Todos queriam experimentar balouçando-se na corda suspensos apenas pelas mãos. Hoje lembraríamos o Tarzan na selva africana, saltando entre as árvores.
Fomos para um barracão grande ao lado da casa. Havia lá um sótão de madeira velha e desconjuntada que servia para guardar o feno para os animais.
Subímos por uma escada e procurámos o melhor sítio para passar a corda por um dos muitos buracos existentes entre as tábuas. Depois amarrámos uma travessa de madeira na corda de modo a que a mesma aguentasse o nosso peso quando tudo estivesse pronto.
Em baixo os outros ferviam de expectativa. Todos queriam experimentar balouçando-se na corda suspensos apenas pelas mãos. Hoje lembraríamos o Tarzan na selva africana, saltando entre as árvores.
Concluímos o trabalho atando na outra ponta da corda e cerca de trinta centímetros do chão, outro pau redondo, onde nos sentávamos com a corda no meio das pernas.
Foram momentos de loucura. A fila de espera mantinha-se sempre renovada. Os que saíam do baloiço iam para o último lugar. Quem tinha a missão de empurrar eram os que aguardavam a próxima viagem no pendular.
Dado este baloiço funcionar apenas com uma corda acontecia muitas vezes começarmos a rodopiar perdendo o equilíbrio. Tínhamos mesmo de pedir ajuda para não cair para o lado de cabeça tonta.
Um dos mais velhos pensou em pedir uma outra corda para equilibrar o baloiço. Aquilo com duas cordas seria muito melhor. Foi uma descoberta maravilhosa. Estávamos encantados... Já não andava tantas vezes à roda.
Foram dias de encanto numa algazarra muito grande, mas a grande descoberta ainda deveria acontecer que era aproveitar o balanço do corpo e das pernas para fazer andar o baloiço por mais tempo sem ter de pedir ajuda a ninguém.
Por vezes, o pai, tirava um pouco do seu tempo para nos aperfeiçoar os brinquedos. Isso era muito importante. Ele conseguia deixar tudo tão perfeito e seguro e acabava por nos dar as melhores lições de vida.
- É preciso lutar sempre por alguma coisa que se deseja e todos os dias retocar as arestas para aperfeiçoar as nossas conquistas.
- Não precisamos de fazer muitas coisas, mas aquilo que fizermos que seja perfeito. Nesse tempo nem sempre compreendíamos o alcance destas frases, mas hoje reconhecemos o seu valor.
Luíscoelho
Por vezes, o pai, tirava um pouco do seu tempo para nos aperfeiçoar os brinquedos. Isso era muito importante. Ele conseguia deixar tudo tão perfeito e seguro e acabava por nos dar as melhores lições de vida.
- É preciso lutar sempre por alguma coisa que se deseja e todos os dias retocar as arestas para aperfeiçoar as nossas conquistas.
- Não precisamos de fazer muitas coisas, mas aquilo que fizermos que seja perfeito. Nesse tempo nem sempre compreendíamos o alcance destas frases, mas hoje reconhecemos o seu valor.
Luíscoelho
PEQUENAS COISAS
ResponderEliminarO pião e o berlinde, o arco e a bilharda; a fisga,
a bola e o botão; a carica velha disfarçada de ciclista,
eram os satélites predilectos do meu universo
– como lhe chamo agora – todo mundo, e o mundo era a minha rua.
De longe a melhor de todas as ruas:
para as corridas intermináveis,
para a incessante procura de esconderijos únicos,
para a invenção de novas brincadeiras.
O Tó Luís era o mais inquieto e sol de pouca dura,
a Maria dos Santos e a Rosa Maria quase nunca saíam de casa,
mas com Quim Manel passava horas sem conto.
Com ele e com a minha avó Teresa,
que me deu cuidados de mãe e toneladas de Farinha Amparo,
e me levava às missas do Mês de Maria
com a fé na promessa de um gelado no regresso.
Apesar de tudo, os dias decorriam ao ritmo de carrossel de feira,
como uma festa sem data, sem termo e sem publicidade
ou outras banhas da cobra.
Havia ainda um largo e nele um chafariz
com água que apenas os animais aproveitavam
em demorados, quase intermináveis sorvos,
– como fazia o macho do Barba Danada –
que lhes matava as sedes presentes e talvez outras mais antigas
e não saciadas no exacto tempo.
Eu bebia com o olhar toda aquela água
até sentir o estômago farto e inchado de tanta imaginação.
Dos pequenos acidentes, lembro-me apenas de um braço partido,
curado em água e sal e vinte dias de paciência,
arranhões vários, sem grande significado,
e uma pelada, que o meu pai debelou com muita bonomia
e algodão embebido em Trichophytina.
Os dias eram inteiros e enormes.
Não havia meio-dia, nem as inclinações do sol faziam qualquer sentido.
O tempo corria até ao fim da rua
e regressava com a mesma pressa de chegar a lado nenhum.
Abraço
João
Passear por seus textos e como resgatar pedaços de um passado que conheci bem.
ResponderEliminarQuem, daqueles que tem mais de 40 anos de idade, nunca "fabricou" um brinquedo? E tudo tinha mais graça, era melhor aproveitado.
Até penso que os melhores engenheiros começavam a nascer ali, diante da criatividade na construção e imaginação dos brinquedos.
Texto fantástico, Luis. Grande abraço e boa semana.
Marcio
Mais uma vez me conduziu numa viagem pelas minhas memórias. Sendo criada na cidade, tinha nas férias de Verão oportunidade de aproveitar os prazeres do campo. E aproveitava-os bem. Os baloiços eram diferentes, apenas porque eram feitos nos galhos das árvores. De resto, funcionavam da mesma forma. Muitos trambolhões eu dei...
ResponderEliminarBeijinhos
Lourdes
Oi Luís!
ResponderEliminarUma lição de vida pra pais como eu cada vez que passo aqui.A criança em si precisa de pouco pra se divertir pois é dotada de grande imaginação,mas os modismos de hoje impedem muitas vezes que ela exercite esse potencial.Minha filhota entre uma boneca e seu balanço mil vezes prefere este.
Abraços e boa semana pra você!
Muitas vezes é na infância que aprendemos a lutar por nossos ideais, assim como inventar um brinquedo.Parabéns.
ResponderEliminarMe encanto em cada detalhe sempre que passo aqui...
ResponderEliminarEsses balanços(teu baloiço) fazem parte de nossas infâncias e nos fazem voar...
Lindo! abraços,ótima semana,chica
Ora aí está, mais uma lição de vida!! Sempre através das coisas simples... a vida gira e gira e dá voltas e mais voltas...mas se procurarmos retocar semre as arestas, e melhorarmos e aperfeiçoarmos... tudo correrá melhor. :) estou de volta com novo blogue é verdade(já consegui computador). Beijinho
ResponderEliminarMeu amigo, quem nao usou a imaginação quando criança não foi criança, não viveu.
ResponderEliminarPode ser mais mas sabe menos do que eu, já dizia um refrão de uma música.
Fazer curral de gravetos, vaquinhas de manga.
Dinheiro de folhas de árvores e bonecas de milho verde.
Pois é, meu amigo, creio que as crianças desse tempo eram mais criativas e felizes.
Com carinho
Boa semana
Fátima
Nossa meu amigo,,,que viagem no tempo me fizeste fazer,,,tempos que não voltam mais,,,em que a gente construia mesmo os brinquedos,,,e quanto mais simples eles eram,,mas perfeitos e mais queridos,,,hoje não temos e não vemos nada disso,,,hoje inexiste o amor em tudo,,,até num simples ato de brincar...abraços de bela semana pra ti.
ResponderEliminarBom dia, querido amigo Luiz.
ResponderEliminarVocê fala do pião feito em casa, que girava mais que os comprados. Lembro-me disso. Realmente ele tinha mais dinâmica.
Na rua, eu via o filho da vizinha empurrar um pneu de bicicleta, usando um arame grosso, e arqueado na ponta. Era bonito vê-lo brincar. Ele dominava aquele pneu, como se estivesse dirigindo um carro.
Sobre o balanço. Eu me lembro do dia em que meu pai nos chamou para o quintal, e assistimos ele escolher o galho mais alto e mais forte, para amarrar aquela imensa corda.
Em baixo, colocou uma tábua para nos sentarmos.
Eu me sentia como um pássaro. Eu me sentia como um anjo.
Um grande abraço.
Tenha uma linda semana, cheia de paz e alegrias.
(Muito obrigada pela honra da sua visita, e pelo comentário)
"Por vezes, o pai, tirava um pouco do seu tempo para nos aperfeiçoar os brinquedos. Isso era muito importante. Ele conseguia deixar tudo tão perfeito e seguro e acabava por nos dar as melhores lições de vida."
ResponderEliminar____________________
Venho aqui frequentemente.
Leio e releio e, quando comento,
faço-o porque algo mexeu comigo, por dentro.
Dou uma explicação para o que faço, porque o faço e
gostava que comentasse o efeito provocado
Eram tempos em que as crianças eram muito mais felizes.
ResponderEliminarHavia menos variedade e quantidade de brinquedos, por um lado; por outro, havia menos dinheiro e as prioridades eram outras.
Mas tudo isso servia para estimular a criatividade e engenho das crianças.
Hoje tudo lhes é oferecido de bandeja; por isso já muito pouco lhes desperta o interesse.
Boa semana. Beijinhos
Rogério
ResponderEliminarEnviei-lhe a resposta para a sua caixa de correio.
Agradeço-lhe a amizade e os comentários que completam as mensagens.
Olá amigo, já nessa altura mesmo crianças procuravam o equilíbrio... sem terem a noção de tal. Adorei a história das brincadeiras. Éramos felizes à nossa maneira...a minha avó fazia bonecas de trapo, que nos deixavam maravilhadas. Bons tempos. Beijos com carinho
ResponderEliminarMeu Amigo
ResponderEliminarQue saudades... Nunca consegui lançar o pião! Os rapazes faziam troça...mas um dia acabou-se-lhes a graça; eu era perita no jogo do berlinde! Passaram a respeitar-me!
Mas o baloiço era a nossa perdição...O Meu pai instalou-o entre duas grossas mangueiras, num terreno baldio em frente á nossa casa. A garotada do bairro era freguesia assídua e quem estava no baloiço gritava: Empurra mais alto até chegar ao céu!
Eu acho que fomos muito mais felizes que a criançada de agora!
Beijo e boa semana.
Graça
Que lindo, Luis, aqui chamamos de balanço! Meu brinquedo predileto, quem não tinha um em casa?
ResponderEliminarAh, quantas lembranças!
Beijos, amigo
Brinquedos gostosos de um tempo que não volta mais amigo, Luís. Fechei os olhos e recordei tudo. Um abraço e parabéns
ResponderEliminarAmigo Luis: Lindo texto com as recordações do tempo de menino: é certo que não tinhamos grandes brinquedos, o baloiço,o pião a bola de trapos, o arco e por fim ate faziamos motas de madeiras com rodas de madeiras e uns rolomentos, tudo servia para nos entreter.
ResponderEliminarUm abraço
Santa Cruz
Olá Luís
ResponderEliminarTivestes uma infância feliz. Eu também fiz, junto ao meu irmão, muito dos nosso brinquedos, dava muito prazer quando ficavam prontos e podíamos brincar.
Abração
Um dia cheio de poesia e paz pra ti amigo...abraços.
ResponderEliminarBrinquedos que fizeram parte da minha vida e me fizeram muito feliz,a balança é um deles que me acompanha até hoje,eu tenho uma no meu quintal. Me da asas e uma sensação de liberdade muito grande. A gente era feliz e ñ sabia rs
ResponderEliminarParabéns pelo texto,me trouxe boas recordações.
Beijossssss
Teu escrito nos remete diretamente para a infância Luis... Eu tinha na minha casa (digo de meus pais) um balanço que era feito embaixo de um pé de jaboticaba ... nossa como da saudade... Parabéns pelo teu lindo escrito! Meu carinho, Ro
ResponderEliminarAprendiamos a brincar...
ResponderEliminarQue lindas memórias de infância.
ResponderEliminarAh estes baloiços... um espetáculo... artesanais mas bem melhores que aqueles de hoje em metal... Nós (eu e as minhas irmãs) tb fazíamos destes baloiços lá pelas árvores da casa do meu avô... Era ele que nos ia ajudar nestes engenhos... depois era experimentar e ver quem "voava" mais alto. lembra-se daquela sensação de "soco no estomago"? Pois quando ele subia era o que eu sentia... boas lembranças.
ResponderEliminarabraço
...ai ai
ResponderEliminarfui láááá no passado,
quando eu e minhas irmãs
juntavamos retalhinhos
de pano que sobravam
das costuras de vovó,
e juntas costurávamos
vestidinhos para nossas
bonecas.
coitadinhas das modelos...rsrs
adoro te ler...
bj, menino!
Estimado e Notável Amigo:
ResponderEliminar"...Havia as carretas, os arcos, os piões, as fundas, as ventoinhas feitas com as cascas dos eucaliptos e tantas coisas que nos deixavam viver e sonhar na mais perfeita liberdade. Não era fácil trabalhar um pau apenas com uma faca, um serrote de mão ou um simples podão...."
Como mme lembro bem. E, o baloiço, uma realidade evidente.
Escreve com talento e magia.
Parabéns ao seu extraordinário sentir precioso numa memória de perfeição.
Sublime escrita de sonho.
Bem-Haja, pelo seu talento imenso. Lida com as palavras numa aventura sublime de encanto.
Abraço amigo de respeito.
Sempre a admirá-lo
pena
Excelente!
É exímio na pureza de si.
Bem-Haja, genial amigo.
Adorei.
É fabuloso.
Luis
ResponderEliminarMais uma bela estória que me faz reviver mais uma vez momentos da minha infãncia embora muito precoce. Recordar os berlindes as bolas de trapos metidos numa meia o pião tudo isto com que eu brincava e o meu pai dizia que eu era meia rapaz, também fazia bonecas com as espigas de milho das barbas do milho fazia as tranças, arrancava os botões da roupa para jogar ao botão. jogava-mos ás escondidas, ás corridas e quando se magoavamos tinhamos que aguentar porque senão o meu pai ainda dizia que era bem feito e oferecia-nos uma bofetada, embora nunca desse. Parabéns por mais este belo post.
Abraço
Luis
ResponderEliminarÉ impressionante como consegues através das tuas Estórias de vida, fazer a muitos dos teus comentadores, recordar muitas outras estórias que cada um viveu.
Só recordo uma faceta dos baloiços.
Vivia no Pinhal da Feira. Claro que tambem fazia-mos os nossos baloiços. Havia a parte "radical" que era empurrar o passageiro a ver até onde é que se aguentava. Era de tal forma que chegava a uma altura em que as cordas estavam quase na horizontal. Era cada voo!!!
Abraço
Abraços fraternos de bom dia pra ti amigo.
ResponderEliminarBom dia!!!
ResponderEliminarAdorei seu espaço!
ResponderEliminarSeguidora desde já!!!
BjO!
Mais um post que nos transporta ao passado...
ResponderEliminar"Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles." (Augusto Cury)
Paz e bem!!!
Obrigada pela visita!
ResponderEliminarFoi uma honra!
BjO!!!
Venho retribuir a visita que me fez. Reconheço aqui alguns nomes. Também gostei do que li e voltarei. A imaginação da outra geração era muito mais fértil. Não se dizia com tanta frequência “Estou aborrecida/o, estou chateado/a” como os miúdos o fazem hoje em dia se estão alguns momentos parados sem estímulos exteriores mesmo ali ao lado.
ResponderEliminarAbraço.
OI!
ResponderEliminarBela história para contar aos nossos meninos!
Nessa altura sim , os meninos tinham imaginação, até carrinhos faziam, agora é tudo um pouco mais diferente,´as..PCP...os computadores etc,vão acompanhando a nova geração
Gostei das suas lembranças, eram parecidas com as minhas!
Até breve
Herminia.
Até breve
Fiz uma bela viagem pela minha infância. Tínhamos pouco, mas o mundo era tão feliz e colorido!Hoje, desejo que meus filhotes não se deixem contaminar pela sociedade consumista, que não vivam das aparências externas e cultivem o amor à natureza, a simplicidade. Abraço amigo.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarDois bons amigos (José e João Amado)criaram há alguns anos aquilo a que chamaram "O brinquedo do pé descalço".
Que eram os brinquedos que eles imaginavam.
E que o José criava.
O João escreveu um livro que acompanhava a exposição que recordava a meninice a muita gente.
Essa exposição correu o país, esteve muito tempo na Gulbenkian.
Se tiver oportunidade, procure ver.
Tem, a partir de hoje, mais um seguidor no seu blogue.
Um belissimo dia pra ti amigo,,,abraços.
ResponderEliminarAmigo Luís!
ResponderEliminarQue bom foi recordar todos estes momentos consigo.
A verdade é que na cidade, onde sempre vivi até aos 40 anos, não tínhamos nem onde improvisar esses "geringonças" mas fazíamos muita coisa num terraço que havia por trás da cozinha e da sala. Pouca coisa, mas éramos quatro e eu uma Maria Rapaz total.
No entanto, nas férias grandes, vínhamos para a casa de campo, na terra do meu pai, a mesma que agora habito, e aí sim, era uma tourada todos os dias.
O que não havia, fazia-se, até porque cá na terra haviam muitos primas e primas, cada mais mais habilidoso e engenhoca do que o outro.
De vez em quando havia asneira da grossa. O meu avó dava conta de tudo e éramos castigados, mas no geral, é como diz, demos o valor a tudo o que tínhamos e ainda o fazemos hoje por essa mesma razão.
Obrigada por este momento lindo.
Beijinho
Ná
_______________________________
ResponderEliminarQue maravilha! Que saudade senti do tempo em que via um castelo, na tábua colocada com muita luta, em cima de uma árvore...Lá ficávamos, meu irmão e eu...O vento batendo no rosto e a sensação de conquista saltitando no coração.
Parece que a meninice era mais alegre naquele tempo...
Adorei o seu texto!
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Ah, pois era! Era assim mesmo amigo Luis! A bilharda, a corrincha, o carroço - nas ladeiras, o pião - com a baraça feita por cada um, o berlinde, o botão, a... fisga, o balancé e o baloiço, sim o baloiço para ver... quem voava mais alto !!! De tudo se tirava partido. São memórias sempre presentes, amigo.
ResponderEliminarUm abraço.
Jorge
Excelente como sempre meu amigo. Tudo o que fazemos na vida deve ser feito dando sempre o nosso melhor.
ResponderEliminarO inventar brinquedos fez-me lembrar os meus tempos de menina, tinha uma bonequinha de plástico que uma senhora cliente da minha mãe (que era costureira)me tinha dado, como gostava muito de ter uma boneca com cabelos, um dia decidi que se colocasse barbas de milho ela ficaria com cabelo e bem mais bonitinha, assim fiz e adorei o resultado. A imaginação não tinha limites.
Tenha um maravilhoso fim de semana
Beijinhos
Maria
Construir o próprio brinquedo, é aprendizado para a vida inteira.Encantada com teu texto...
ResponderEliminarUm dia lindo.Bjs
Poi é Luis, se queriamos brinquedos tinhamos que puxar pela imaginação e fazê-los ; quantos desses baloiços eu não via na minha aldeia; como menina, brincava muito de casinha e qualquer coisa servia para imitar o fogão, o cantaro da água, as loiças, etc e lá ficávamos horas a imitar as nossas mãess; eram brincadeiras muito boas! Hoje as crianças teem tantos brinquedos que nem aproveitam metade; gostam deles na altura em que os recebem e depois lá ficam os coitados num canto qualquer. São demais e as crianças não lhes dão o devido valor. Um beijinho e um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
Que grande frase !
ResponderEliminarLuís não consegui deixar o comentário no último post...estou passando para fazer o convite de visitar meu novo blog "Eu e o tempo", se gostar é só seguir.
ResponderEliminarhttp://www.eu-e-o-tempo.blogspot.com/
"A imaginação é mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein
Paz e bem!!!
Uma história de grandes detalhes que fazem parte da vida da gente, em um tempo lindo da infância e constroi nossa personalidade, valores...
ResponderEliminarLindo!
Beijos,
Carla