Em Novembro, as noites eram frias. Ao serão, aconchegavamo-nos à fogueira.
A mãe ia fazendo a ceia e o pai cuidava de nós, porque as nossas corridas não podiam parar.
O jogo do"31 rou-rou cá vou eu" , era o nosso preferido. Um dos quatro, com os olhos fechados, contava até trinta e um, enquanto os restantes se escondiam onde pudessem ou a sua imaginação os levasse. Por debaixo da mesa, atrás da porta, no escuro do quarto ao lado da cozinha, por debaixo de um casaco grande pendurado....
Quando o contador, repetia tinta e um, = rou- rou cá vou eu = já todos se tinham escondido. Às vezes estavam os três no mesmo lugar e, logo que pudessem, corriam para o lugar do contador batiam com os pés no chão e diziam:
- Um, dois, três já não é a minha vez..........( de fechar os olhos e contar até trinta e um para um novo jogo)
A cena repetia-se até cansar ou até que algum começasse na batota....não fechando os olhos, nem contando tudo até ao fim.
Um dia, o mais novo escondeu-se atrás da maceira do pão. Um tabuleiro de madeira rectangular onde a mãe todas as semanas amassava o pão. A maceira estava encostada à parede, ali mesmo à nossa frente.
Ninguém reparou e foi uma aflição desmedida. Ninguém o encontrava. Já não havia mais onde procurar.
O pai começou a pensar o que fazer, enquanto o contador dizia:
- Vá lá.... aparece....eu conto mais outra vez....
Então, lentamente vimos a maceira a levantar-se de um lado e ele a surgir sorridente.....Ganhei, ganhei...ganhei ....
Outro serão, o pai foi buscar o peru grande. Trouxe-o para dentro da cozinha. Com uma mão abria-lhe o bico e com a outra dava-lhe aguardente com uma garrafa.
O peru não demorou a ficar tonto e caía para todo o lado completamente embriagado.
Nós já nos rebolávamos no chão de tanto riso. Parecia que também estávamos como o peru. Embriagados.
O bicho de monco caído, andava num desassossego caindo para todo o lado. O monco já não era vermelho vivo, mas de uma cor azulada. Quando se levantava não parava. Ora andava para a frente, ora andava para trás e caía constantemente. Foi um espectáculo inesquecível.
Depois, parece que se acabaram os perus cá em casa. Não me recordo de outras cenas assim.
Nós ceámos e fomos dormir, mas o pai e a mãe fizeram serão a arranjar o peru para o dia seguinte.
Seria a matança do porco.
O dia começou mais cedo. Havia barulho no pátio. Ouvia muito bem várias pessoas que conversavam animadamente.
Esfreguei os olhos, mas estava escuro e o sono encarregou-se de me deixar dormitar.
As conversas mantinham-se animadas e a minha curiosidade aumentava.
Tenho que ir espreitar....Vou ver o que se passa hoje cá em casa.
As portas estavam abertas. O cão levaram-no para a rua e os tios estavam todos ocupados a segurar o porco, ali no meio do pátio.
Era muito cedo. O Sol ainda não tinha dado sinais de vida, mas ainda assim pude ver aquele animal enorme, deitado no chão. Estava inanimado. A boca grande deixava ver os dentes recurvados para fora.
Uns seguravam-lhes as patas da frente e outros as patas trazeiras. Com uma corda amarraram-lhe o focinho para ele não morder.
O pobre bicho já tinha esperneado tudo e nem se mexia .
Com tijolos e umas tábuas fizeram uma banqueta e colocaram-no lá em cima. Logo de seguida e com muito cuidado foram queimado algumas paveias de carqueja por cima do porco para lhe queimar os pêlos.
Engraçado foi o tio José que pegou numa telha velha, telhas romanas de meio cano e começou a raspar o porco tirando-lhe a primeira camada preta de cinza e pele queimada. Nas patas, estava outro, a raspar até as deixar limpas.
Parecia que iam assar o animal.
- Deste lado está bom! Vamos virá-lo...! Disse o tio Joaquim.
Todos "à unha" pegaram no bicho e voltaram-no para o lado oposto. Continuaram com as carquejas a queimá-lo e quando lhes pareceu que estava bom , puseram o fogo de lado e começaram a lavá-lo com água morna e raspando-o sempre com uma faca cada um.
O tio Carnide voltou-se para o pai e disse-lhe:
- Não há por aí uma aguardente para queimar a língua do porco....?
- Eh rapazes, respondeu o pai! É para já!... Dirigiu-se à cozinha e pegou numa garrafa daquela bebida e dois ou três copitos que segurava na palma da mão.
Pararam todos e iam bebendo, como que a saborear aquela bebida. Davam grandes está-los de boca...aah ...é forte...diziam !
Ficava um cheiro no ar que nos atordoava. Depois pensei com os meus botões:
- Então era para a língua do porco ou para a língua deles...?
Continuaram sempre a raspar o coiro do porco ao mesmo tempo que outros iam deitando um fio de água com um caneco. Depois de cada passagem começava a aparecer um animal mais bonito. Branco e liso, sem aquela cinza da carqueja.
Depois de lavado colocaram-no de barriga para cima e logo o tio Coelho, irmão do pai, com uma faca bem afiada abriu-lhe parte da queixada, deixando o maxilar inferior a descoberto.
Com dois toques da machada cortou aquele osso e disse-nos:
- Toma lá. Podes ir assá-lo....
Tive receio de tocar naquele pedaço onde sobressaíam uns dentes compridos e feios.
- Não presta, vai dar isso ao cão, disse o pai.
Nas patas traseiras, enfiaram uma peça de madeira curva, (chambaril) que amarraram-no com cordel.
Depois levaram-no para a adega onde o penduraram. Quando estava seguro o tio Joaquim, com a faca novamente afiada, começou a abri-lo de cima a baixo. Os intestinos rolaram-lhe das mãos para um tabuleiro de madeira, largo e comprido.
Com umas canas abriram todo o interior do porco deixando-o escancarado ao vento para que secasse as carnes. Todo este trabalho demorou até à hora do almoço.
O pai foi buscar uma bacia com água e sabão para se lavarem. Depois sentaram-se à volta da mesa e comeram e beberam sem pressas. O trabalho estava feito. Não havia corridas para outros afazeres.
O resto da tarde estiveram a rachar cepos de pinho e outra lenha que era necessária para cozer os enchidos e fazer os torresmos. Já era quase noite quando cada um foi à sua vida.
A festa maior seria na próxima noite.A ceia da matança.
Manhã cedo começavam a desmanchar o porco.
Separavam as carnes para fazer as chouriças e os torresmos.
Num canto da adega, fizeram uma braseira para irem assando algumas febras à medida que apareciam mais fáceis de cortar. Num cesto havia broa de milho cortada em pedaços. Esta era a parte mais saborosa da matança. As febras temperadas e assadas nas brasas, eram sem dúvida mais saborosas.
Num canto da adega, fizeram uma braseira para irem assando algumas febras à medida que apareciam mais fáceis de cortar. Num cesto havia broa de milho cortada em pedaços. Esta era a parte mais saborosa da matança. As febras temperadas e assadas nas brasas, eram sem dúvida mais saborosas.
Deixavam os presuntos completos e bem salgados no fundo da arca, para curarem daí a três meses. As outras peças de carne e os ossos eram distribuídos por toda a salgadeira para temperar a comida todo o ano ou ainda para o "conduto" das refeições. Toda a carne era atapetada de sal e algumas peças eram mesmo esfregadas com o sal que depois as cobria por completo.
À noite, juntavam a família toda. Irmãos, cunhados e sobrinhos.
Sentavam-se numa mesa montada para este encontro e serviam primeiro o caldo das couves cozidas com morcela e alguma carne.
Depois serviam batatas cozidas com a fritada feita em tachos de barro ao lume com pedaços de carne e fígado. Por último serviam os torresmos com broa de milho.
A festa era até altas horas da noite e sempre animada de boa pinga e muita animação.
Dizia a tia Maria, irmã da mãe:
No ano há três grandes festas - Natal, Páscoa e Ascensão, mas também existe a matança do porco que faz a sua função.
Luíscoelho,
Foto do google - Há Porco no Parque 2009
Também cresci no meio rural sabe Luís..., em que estas matanças eram naturalmente cíclicas :)Penso que esta descrição (soberba!!), pode ferir susceptibilidades citadinas, rrrss
ResponderEliminarÉ maravilhoso como em cada relato de um tempo da infância longínqua, saboreamos as memórias detalhadas, construímos um cenário e percebemos uma certa nostalgia. :) Belo texto este, dos que tenho gostado mais por aquibeijinho.
Amigo Luis,
ResponderEliminarAntes de mais o meu obrigado pelas tuas oportunas e conceituadas opiniões no Azimute e no Scorpio.
O teu "31 rou cá vou eu" e a descrição do ritual da "matança do porco" são deliciosos, tanto no conteúdo como na descriçâo, que no teu estilo peculiar descreves como ninguém.
Confesso neles revivi episódios da minha infância em Trá-os-Montes, embora com pequenas nuances.
Um abraço,
Jorge
São sempre uma delícia estes relatos que nos trazem tonalidades que se ligam ao lúdico, mas também ao trabalho.
ResponderEliminarUm beijo
Oi Luis
ResponderEliminarGrande e belas lembranças. Como nasci e me criei em cidade grande, não tive a prazer de vivenciar essa alegria toda.
Grande abraço
Querido amigo, doce novembro, lindas lembranças, é o que levamos dessa nova vida tão curtinha. Beijocas
ResponderEliminarLembranças com cheiro de infância são boas
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Belas imagens, lindas lembranças. Nasci no interior também e gosto muito de tudo que diz respeito à zona rural
ResponderEliminarBeijos,
Carla
Caro Luis
ResponderEliminarA matança do porco é das épocas da minha infância que mais memórias boas me traz. Não pela matança em si, pois isso apavorava-me. mal ouvia os guinchos do animal fugia para o mais longe possível e tapava os ouvidos até doerem... Agora o convivio era das melhores coisas... aquela azáfama para os preparativos e no final o dividir as carnes... a espetada enquanto todos trabalhavam... era qualquer coisa de fabuloso.
Bem haja (tem sempre pedacinhos das suas histórias que me fazem lembrar outros das minhas)
Abraço
Como me agradou ler este texto! Abraço.
ResponderEliminarPuxa, essa história me fez lembrar, em menores proporções,. as lembranças das matanças das galinhas na casa de minha avó.Era horrível ver...
ResponderEliminarContaste com todos os detalhes que deu pra escutar daqui até o barulho,srsr abração,sempre lindo aqui,chica
Como sempe, adorei o texto. Só tenho pena que não se cumpra a função da matança do coelho. Esta época era bem apropriada...
ResponderEliminarGostei de ler.
ResponderEliminarE fiquei com água na boca.
Os torresmos, a broa caseira, ....e tudo sem a ASAE.
Também sei o que é isso.
Mas já não volta, Luís.
E é pena
Lindas lembranças que hoje aqui encontrei...
ResponderEliminarSou citadina, mas li mil vezes
Julio Diniz e o as desfolhadas da
"Morgadinha dos Canaviais" e
me lembro que adorava.
Quando lia, desejava ter uma casa no campo...nunca tive, pertenço ao Mar!
Mas gostei tanto como do tal livro
que li mil vezes.
Um abraço,
Mª. Luísa
A sua descrição fez-me lembrar os meus tempos de criança...
ResponderEliminarAbraço,
António
Sonhos ruime é mesmo um pesadelo que devemos esquecer amigo.
ResponderEliminarBom dia para você.
Beijos,
Carla Fernanda
Vida que passa e nos reserva momentos,,,nos reserva noites em que jamais esqueceremos,,,ficarão pra sempre gravadas na retina...grande abraço de bom dia.
ResponderEliminarGostei do texto! Cinematrográfico!
ResponderEliminarBjo e paz pra ti.
Luís, tempinho bom que não volta mais... que nos deixa muita saudade!
ResponderEliminar"Acredite em você mesmo, pois é só voce que pode se alto julgar. Ouse, arrisque e nunca se arrependa. Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguem nunca precisou de restos para ser feliz." (Pâmela Rugoni Belin)
Paz e bem!
Amigo. Crescer no meio rural deve ser uma experiência ímpar. Obrigada pela visita e grande abraço.
ResponderEliminarOh, Sublime Amigo:
ResponderEliminarComo me lembro de tudo.
Sabe, que é genial?
"...O pai começou a pensar o que fazer, enquanto o contador dizia:
- Vá lá.... aparece....eu conto mais outra vez....
Então, lentamente vimos a maceira a levantar-se de um lado e ele a surgir sorridente.....Ganhei, ganhei...ganhei ...."
Foi regressar atrás, fabuloso amigo.
E, a matança do porco?
Exactamente como narra com beleza e divinal talento preciso.
Adorei.
Fiquei atónito e perplexo pela sua magia de fascínio.
Parabéns. É tão bom recordar, extraordinário amigo.
Bem-Haja, pela beleza do que escreve de forma fantástica.
Abraço forte de enorme respeito.
Sempre a admirá-lo
pena
Perfeito e sublime.
Bem-Haja, amigo precioso.
Adorei.
Regressei donde nunca saí, entende?
Olá meu bom amigo Luis, agradeço a visita e seus gentil comentário, sempre bem recebido e muito inteligente. Suas Noites de novembro me trouxe lembranças da infância, meu saudoso pai, também criava porcos para o consumo doméstico, e a matança por aqui acontecia no mês de dezembro, reunia todo a família e os agregados,era uma verdadeira festa.
ResponderEliminarGuardo muita saudade desse tempo.
um forte abraço do amigo leitor,
C@urosa
Temos muitas coisas em comum amigo,
ResponderEliminartambém eu tive da parte da mãe avôs
maternos muitas vivências como essa
da matança do porco.Essa de embebedar o peru é que eu nunca percebi. Vi isso nas preparações para o meu casamento que foi em casa, e sinceramente achei estranho.Vi muitas vezes meus pais
matarem criação(patos,frangos,coelhos) que eu depois tinha dificuldade em comer,
alías coelho era o mais difícil,enfim, hoje tenho saudades
desses tempos.
Beijinho e bom fim de semana.
Irene
Um belo final de semana pra ti amigo...abraços fraternos.
ResponderEliminarLuís amigo
ResponderEliminarEnquanto lia esta narrativa as cenas que também vivi perpassavam-me pela memória, já muito gasta, mas que convoca o passado sempre que surge a oportunidade.
E é bom recordar o passado.
Sempre se revive o que o presente substituiu ou tragou na voragem dos avanços inexoráveis da ciência e da tecnologia.
Será que algum dia ainda iremos comer e sentir os sabores de antanho com uma simples pastilha de concentrados de...porco guardado na salgadeira, chouriço pendurado nos barrotes de sustentação do telhado, por baixo a lareira/sala de reunião/cozinha, o fumo a fazer a sua função?
Saudades! Quantas recordações!
Bonito! Bom fim de semana, Luís! ;)
ResponderEliminarAmigo Luis excelente narrativa como sempre. Há recordações que nos acompanham a vida toda. Embora tenha nascido na cidade, ainda guardo com muito carinho memorias das minhas férias em criança no monte dos meus avôs no Alentejo.
ResponderEliminarTenha um excelente fim de semana pleno de alegria e paz.
Beijinhos
Maria
Amigo Luís!
ResponderEliminarSabemos bem como eram esses tempos.
Também eu os vivenciei; mesmo que só nas férias grandes.
Há poucos anos fui eu e o José convidados para assistir a uma matança do porco e posterior almoço.
Ele foi e fotografou tudo, eu só fui bem tarde, quando já só haviam pratos na mesa :)
Beijinho
Ná
Um reencontro com o vivido na harmonia daquela casa de Pedras Rubras, com cheirinho a lenha queimada; à matança do porco, às maçãs vermelhinhas e às laranjas doces, sim, ali também tínhamos laranjas: e uma tia que se chamava Maria.
ResponderEliminarUm grande abraço, bom amigo
•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*
ResponderEliminarSobre o amor
Fácil de acontecer, difícil é descrever.
Amar é sentir sem querer, é querer sem perceber.
Fugaz ou duradouro, não importa o tempo, o que vale é o sentimento.
Que o eterno seja pra sempre, mesmo que seja breve.
Sobre o amor é tudo que não sei, daquilo que já sei.
Fim de semana de luz e paz,
abraço.
ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣڿڰۣ
Brasileiros enlutados ♥♥♥♥♥♥♥♥♥...
ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ
Belas recordações, meu amigo.
ResponderEliminarMais uma vez me identifiquei com a sua narrativa. As brincadeiras e a matança, em tudo idênticas às minhas.
Bom fim de semana. Beijinhos
Lourdes
O meio ambiente rural é sempre uma relíquia na nossa memória...
ResponderEliminar*Luís, acredito que fôsse mesmo uma
ResponderEliminarfesta, MASSSSSSSSSSSSSS fiquei com
MUITO DÓ do PORQUINHO !!! Acho que
presenciando essa matança ... eu
NÃO iria comê-lo de jeito NE-
NHUM !!! *Amo os animais !!! *
*Luís, vim aqui para te desejar
um ótimo final de semana e uma
ALEGRE e PRODUTIVA semana ao lado
dos teus !!!
*Te gosto muito, meu amiguinho
de Portugal !!!
*Que Nossa Senhora de Fátima te
abençõe e te guarde !!! (*Moro aqui
pertinho do Santuário Nacional de
Nossa Senhora Aparecida !!! Daqui
a pouco irei banhar-me e vestir-me
- linda !!! kkkkkkkkkkkk - para
ir lá participar da missa das 16
horas !!!).
*Fiques com Deus.
*Um abraço.
P.S. - *Você possui uma ÓTIMA
REDAÇÃO !!! *Parabéns !!! (*Sou
professora de "Língua
Portuguesa !!! " Leciono numa
escola pública do Estado de São
Paulo !!! *Moro na cidade das
Garças Brancas ou ... na cidade
que ficou famosa por ser a terra
do primeiro santo brasileiro :
*Frei Galvão ! *Resido em
GUARATINGUETÁ !!! * ).
será que as crianças ainda sentem o prazer dessas brincadeiras, a família nesses momentos era una hoje esta tudo tão desagregado
ResponderEliminarbjs
Com a leitura desta tua excelente crónica, regressei por momentos àqueles tempos dos anos 50, em que situas o teu relato! Avivaste-me pormenores que já se me haviam apagado.
ResponderEliminarNa minha aldeia tudo se passava do mesmo modo!
Obrigado pelo bom momento!
Uma excelente semana pra ti amigo...abraços fraternos...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminareu tremia toda, só de ver matar um coelho
ResponderEliminarnão sei se aguentava uma matança do porco...
mas
a sua narração é tão real, que eu era capaz de realizar um filme
e tudo cabia
o jogo das escondidas e o jogo da vida!
gostei de ler, Luís!
um abraço
manuela
e peço desculpa pelo comentário eliminado
Oi Luis. Embora não fossemos lavradores, os meus pais criavam porcos, galinhas e coelhos para o sustento da casa. Havia a matança do porco que era sempre uma festa e depois eram aqueles enchidos pendurados na chaminé para defumarem assim como alguns presuntos. Era exactamente assim, Luis e de novo te agradeço essa volta ao meu passado. Um beijinho e uma boa semana
ResponderEliminarEmília
Obrigada amigo Luís pela partilha dos contos que fazem a história de um povo mais rica.
ResponderEliminarBeijinho
Ná
querido amigo,to precisando de sua ajuda no BBB2 do Dado,é preciso que va até o mural do BBB2 DO DADO E DEDIQUE UMA POESIA A MINHA PESSOA,NO MEU NOME SAMARA ,É APENAS UMA DEDICATORIA NO MURAL DO BB2 ,E TEM QUE SER POETA BLOGUEIRO ,PENSEI LOGO EM VC ,E SÓ PODE FAZER A MIM,NAO PODE SER PARA OUTROS DA CASA SENAO PERCO A PROVA,CONTO CONTIGO,O ENDEREÇO VO DEIXAR AKI
ResponderEliminarÉ A PROVA DO BBB2
http://dado.pag.zip.net/
desde ja muito brigaduuuuu
Amigo Luis
ResponderEliminarFez-me sudades este texto e trouxe-me á lembrança muitas recordações! Apesar de estarmos em Moçambique, os meus pais como bons transmontanos, fizeram durante muitos anos a matança do porco, numa propriedade relativamente perto da cidade. Nós éramos miúdos e escondiamo-nos com pena do porco... quase que chorávamos! Regressávamos ao pátio quando sentiamos o cheirinho agradável de carne em vinho e alho.
Cada um dos convidados levava o seu pedacinho de carne ás brasas e acompanhava com pão.
Era uma festa que durava a noite inteira. Mas o que eu gostava mais era das alheiras que a minha mãe fazia. Nunca mais as comi tão boas como ela as fazia...
Beijo
Graça
querido amigo poeta,meu blog é outro
ResponderEliminarhttp://paginasviradas.zip.net
aquele que vc foi o CAMINHOS e deixou um lindo poema que adoreiiiiiiiii com meu nome ,aquele bloguinho eu fiz pra poder comentar em blogspot ainda vou arrumar ele e deixar bonitinho,meu querido se puder é la no endereço que deixei no Dado
esse
É A PROVA DO BBB2
http://dado.pag.zip.net/
que participo e preciso de poetas para fazer um poema curtinho com meu nome é para realizar a prova do lider do BBB2,será uma honra ver vc la no mural do BBB2,fico imensamente grata,e posso te linkar para nao te perder,sao lindos suas escritas,brigaduuuuuuuuu,bjussss
Mais uma vez o Luis conseguiu fazer com que eu revivesse momento da minha infãncia, tal como o Luis também eu fui criada numa casa rural onde se comia tudo aquilo que se criava e cultivava, também existiam as salgadeiras a grande para a carne e uma pequena para o peixe, mas a maioria do peixe era apanhado nas valas e no Rio Liz quando ainda não se falava em poluição, não tinha-mos luz electrica era a petroleo, comida feita ao lume, cozia-se a broa uma vez por semana, depois de casada alterou apenas a luz e a broa, porque continuei a criar os porcos, as galinhas, coelhos, perús, pombos, e a cultivar não ia ao mercado,foi assim que criei minhas filhas com muito trabalho após um dia de trabalho na fábrica, hoje existe tanta terras e não são cultivadas.
ResponderEliminarAbraço
Em Minas Gerais também comemos muito porco à pururuca, torresmo (adoro), chouriço, pele e tal. É comum as famílias engordarem seu capado para matar no natal.
ResponderEliminarQue belas lembranças!
Muito animado e vivo, Bastante!
Beijos e boa semana!!
Carla
...eu adoro sentar no teu banquinho
ResponderEliminare ouvir as histórias de encantar.
histórias sempre tão ricas,
saudosas de um tempo que
não volta mais.
bjs, querido!
Uma bela segunda feira pra ti amigo,,,abraços fraternos...
ResponderEliminarUm belissimo dia pra ti meu amigo,,,abraços fraternos....
ResponderEliminarMeu querido amigo
ResponderEliminarTorno a dizer...para quando complilar estas recordações...são um legado de vida.
Como sempre voltei no tempo e embrenhei-me na história.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Olá, Luiz Coelho! Tudo certinho? Que tudo esteja 100% com você
ResponderEliminarEncontrei o seu blog e vim fazer uma visitinha!
Maravilhoso o post! Parabéns!
Sou expatriada; sai do Brasil em 2000 e fui para os USA estudar na Harvard, onde estudei até 2002. Desde 2003, moro na Holanda - sou casada com um holandês.
[O choque cultural existe e acaba sendo benéfico - de uma maneira ou de outra -. Sou da opinão que existem coisas boas e ruins em qualquer lugar do planeta! Nós é que temos que ressignificá-las à nossa moda!]
Será uma alegria se visitar o meu cantinho virtual, que é: http://josanemary.wordpress.com/mevrouw-jane/
E será uma outra alegria, se quiser ler o prefácio do meu livro: Mevrouw Jane (o prefácio não foi feito por mim, mas por um outro escritor, um já reconhecido no mundo literário). Se gostar – ou não - por favor, deixe um comentário; vou adorar ler a sua opinião!
Tenha um ótimo dia!
Grande abraço.
Josane Mary
AMIGO Luis
ResponderEliminar100 000visitas
Tnho festa no meu blog
tenho selo para ti
Um beijo
Como é triste ser animal no meio dos humanos!
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