quarta-feira, 6 de abril de 2011

Noites de Novembro



Em Novembro, as noites eram frias. Ao serão, aconchegavamo-nos à fogueira. 
A mãe ia fazendo a ceia e o pai cuidava de nós, porque as nossas corridas não podiam parar. 
O jogo do"31 rou-rou cá vou eu" , era o nosso preferido. Um dos quatro, com os olhos fechados, contava até trinta e um, enquanto os restantes se escondiam onde pudessem ou a sua imaginação os levasse. Por debaixo da mesa, atrás da porta, no escuro do quarto ao lado da cozinha, por debaixo de um casaco grande pendurado....

Quando o contador, repetia tinta e um, = rou- rou cá vou eu =  já todos se tinham escondido. Às vezes estavam os três no mesmo lugar e, logo que pudessem, corriam para o lugar do contador batiam com os pés no chão e diziam:
- Um, dois, três já não é a minha vez..........( de fechar os olhos e contar até trinta e um para um novo jogo)
A cena repetia-se até cansar ou até que algum começasse na batota....não fechando os olhos, nem contando tudo até ao fim.

Um dia, o mais novo escondeu-se atrás da maceira do pão. Um tabuleiro de madeira rectangular onde a mãe todas as semanas amassava o pão. A maceira estava encostada à parede, ali mesmo à nossa frente. 
Ninguém reparou e foi uma aflição desmedida. Ninguém o encontrava. Já não havia mais onde procurar.

O pai começou a pensar o que fazer, enquanto o contador dizia:
- Vá lá.... aparece....eu conto mais outra vez....
Então, lentamente vimos a maceira a levantar-se de um lado e ele a surgir sorridente.....Ganhei, ganhei...ganhei ....

Outro serão, o pai foi buscar o peru grande. Trouxe-o para dentro da cozinha. Com uma mão abria-lhe o bico e com a outra dava-lhe aguardente com uma garrafa.
O peru não demorou a ficar tonto e caía para todo o lado completamente embriagado.

Nós já nos rebolávamos no chão de tanto riso. Parecia que também estávamos como o peru. Embriagados. 
O bicho de monco caído, andava num desassossego caindo para todo o lado. O monco já não era vermelho vivo, mas de  uma cor azulada. Quando se levantava não parava. Ora andava para a frente, ora andava para trás e caía constantemente. Foi um espectáculo inesquecível. 

Depois, parece que se acabaram os perus cá em casa. Não me recordo de outras cenas assim.
Nós ceámos e fomos dormir, mas o pai e a mãe fizeram serão a arranjar o peru para o dia seguinte.
Seria a matança do porco.

O dia começou mais cedo. Havia barulho no pátio. Ouvia muito bem várias pessoas que conversavam animadamente.
Esfreguei os olhos, mas estava escuro e o sono encarregou-se de me deixar dormitar. 

As conversas mantinham-se animadas e a minha curiosidade aumentava.
Tenho que ir espreitar....Vou ver o que se passa hoje cá em casa.
As portas estavam abertas. O cão levaram-no para a rua e os tios estavam todos ocupados a segurar o porco, ali no meio do pátio.

Era muito cedo. O Sol ainda não tinha dado sinais de vida, mas ainda assim pude ver aquele animal enorme, deitado no chão. Estava inanimado. A boca grande deixava ver os dentes recurvados para fora.

Uns seguravam-lhes as patas da frente e outros as patas trazeiras. Com uma corda amarraram-lhe o focinho para ele não morder.
O pobre bicho já tinha esperneado tudo e nem se mexia .

Com tijolos e umas tábuas fizeram uma banqueta e colocaram-no lá em cima. Logo de seguida e com muito cuidado foram queimado algumas paveias de carqueja por cima do porco para lhe queimar os pêlos.

Engraçado foi o tio José que pegou numa telha velha, telhas romanas de meio cano e começou a raspar o porco tirando-lhe a primeira camada preta de cinza e pele queimada. Nas patas, estava outro, a raspar até as deixar limpas.

Parecia que iam assar o animal.

- Deste lado está bom! Vamos virá-lo...! Disse o tio Joaquim. 
Todos "à unha" pegaram no bicho e voltaram-no para o lado oposto. Continuaram com as carquejas a queimá-lo e quando lhes pareceu que estava bom , puseram o fogo de lado e começaram a lavá-lo com água morna e raspando-o sempre com uma faca cada um.

O tio Carnide voltou-se para o pai e disse-lhe:
- Não há por aí uma aguardente para queimar a língua do porco....? 
- Eh rapazes, respondeu o pai! É para já!... Dirigiu-se à cozinha e pegou numa garrafa daquela bebida e dois ou três copitos que segurava na palma da mão.

Pararam todos e iam bebendo, como que a saborear aquela bebida. Davam grandes está-los de boca...aah ...é forte...diziam !
Ficava um cheiro no ar que nos atordoava. Depois pensei com os meus botões:
- Então era para a língua do porco ou para a língua deles...?

Continuaram sempre a raspar o coiro do porco ao mesmo tempo que outros iam deitando um fio de água com um caneco. Depois de cada passagem começava a aparecer um animal mais bonito. Branco e liso, sem aquela cinza da carqueja.
Depois de lavado colocaram-no de barriga para cima e logo o tio Coelho, irmão do pai, com uma faca bem afiada abriu-lhe parte da queixada, deixando  o maxilar inferior a descoberto.

Com dois toques da machada cortou aquele osso e disse-nos:
- Toma lá. Podes ir assá-lo....
Tive receio de tocar naquele pedaço onde sobressaíam uns dentes compridos e feios. 
- Não presta, vai dar isso ao cão, disse o pai.

Nas patas traseiras, enfiaram uma peça de madeira curva, (chambaril) que amarraram-no com cordel. 
Depois levaram-no para a adega onde o penduraram. Quando estava seguro o tio Joaquim, com a faca novamente afiada, começou a abri-lo de cima a baixo. Os intestinos rolaram-lhe das mãos para um tabuleiro de madeira, largo e comprido.

Com umas canas abriram todo o interior do porco deixando-o escancarado ao vento para que secasse as carnes. Todo este trabalho demorou até à hora do almoço.
O pai foi buscar uma bacia com água e sabão para se lavarem. Depois sentaram-se à volta da mesa e comeram e beberam sem pressas. O trabalho estava feito. Não havia corridas para outros afazeres.

O resto da tarde estiveram a rachar cepos de pinho e outra lenha que era necessária para cozer os enchidos e fazer os torresmos. Já era quase noite quando cada um foi à sua vida.

A festa maior seria na próxima noite.A ceia da matança.
Manhã cedo começavam a desmanchar o porco.
Separavam as carnes para fazer as chouriças e os torresmos.

Num canto da adega, fizeram uma braseira para irem assando algumas febras à medida que apareciam  mais fáceis de cortar. Num cesto havia broa de milho cortada em pedaços. Esta era a parte mais saborosa da matança. As febras temperadas e assadas nas brasas, eram sem dúvida mais saborosas.

Deixavam os presuntos completos e bem salgados no fundo da arca, para curarem daí a três meses. As outras peças de carne e os ossos eram distribuídos por toda a salgadeira para temperar a comida todo o ano ou ainda para o "conduto" das refeições. Toda a carne era atapetada de sal e algumas peças eram mesmo esfregadas com o sal que depois as cobria por completo.

À noite, juntavam a família toda. Irmãos, cunhados e sobrinhos.
Sentavam-se numa mesa montada para este encontro e serviam primeiro o caldo das couves cozidas com morcela e alguma carne.

Depois serviam batatas cozidas com a fritada feita em tachos de barro ao lume com pedaços de carne e fígado. Por último serviam os torresmos com broa de milho.
A festa era até altas horas da noite e sempre animada de boa pinga e muita animação.

Dizia a tia Maria, irmã da mãe:
No ano há três grandes festas - Natal, Páscoa e Ascensão, mas também existe a matança do porco que faz a sua função.
Luíscoelho,

Há Porco no Parque - Vermoim
Foto do google - Há Porco no Parque 2009

51 comentários:

  1. Também cresci no meio rural sabe Luís..., em que estas matanças eram naturalmente cíclicas :)Penso que esta descrição (soberba!!), pode ferir susceptibilidades citadinas, rrrss
    É maravilhoso como em cada relato de um tempo da infância longínqua, saboreamos as memórias detalhadas, construímos um cenário e percebemos uma certa nostalgia. :) Belo texto este, dos que tenho gostado mais por aquibeijinho.

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  2. Amigo Luis,
    Antes de mais o meu obrigado pelas tuas oportunas e conceituadas opiniões no Azimute e no Scorpio.
    O teu "31 rou cá vou eu" e a descrição do ritual da "matança do porco" são deliciosos, tanto no conteúdo como na descriçâo, que no teu estilo peculiar descreves como ninguém.
    Confesso neles revivi episódios da minha infância em Trá-os-Montes, embora com pequenas nuances.
    Um abraço,
    Jorge

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  3. São sempre uma delícia estes relatos que nos trazem tonalidades que se ligam ao lúdico, mas também ao trabalho.

    Um beijo

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  4. Oi Luis
    Grande e belas lembranças. Como nasci e me criei em cidade grande, não tive a prazer de vivenciar essa alegria toda.
    Grande abraço

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  5. Querido amigo, doce novembro, lindas lembranças, é o que levamos dessa nova vida tão curtinha. Beijocas

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  6. Lembranças com cheiro de infância são boas
    Um grande bj querido amigo

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  7. Belas imagens, lindas lembranças. Nasci no interior também e gosto muito de tudo que diz respeito à zona rural

    Beijos,
    Carla

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  8. Caro Luis
    A matança do porco é das épocas da minha infância que mais memórias boas me traz. Não pela matança em si, pois isso apavorava-me. mal ouvia os guinchos do animal fugia para o mais longe possível e tapava os ouvidos até doerem... Agora o convivio era das melhores coisas... aquela azáfama para os preparativos e no final o dividir as carnes... a espetada enquanto todos trabalhavam... era qualquer coisa de fabuloso.
    Bem haja (tem sempre pedacinhos das suas histórias que me fazem lembrar outros das minhas)
    Abraço

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  9. Como me agradou ler este texto! Abraço.

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  10. Puxa, essa história me fez lembrar, em menores proporções,. as lembranças das matanças das galinhas na casa de minha avó.Era horrível ver...


    Contaste com todos os detalhes que deu pra escutar daqui até o barulho,srsr abração,sempre lindo aqui,chica

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  11. Como sempe, adorei o texto. Só tenho pena que não se cumpra a função da matança do coelho. Esta época era bem apropriada...

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  12. Gostei de ler.
    E fiquei com água na boca.
    Os torresmos, a broa caseira, ....e tudo sem a ASAE.
    Também sei o que é isso.
    Mas já não volta, Luís.
    E é pena

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  13. Lindas lembranças que hoje aqui encontrei...

    Sou citadina, mas li mil vezes
    Julio Diniz e o as desfolhadas da
    "Morgadinha dos Canaviais" e
    me lembro que adorava.
    Quando lia, desejava ter uma casa no campo...nunca tive, pertenço ao Mar!

    Mas gostei tanto como do tal livro
    que li mil vezes.

    Um abraço,

    Mª. Luísa

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  14. A sua descrição fez-me lembrar os meus tempos de criança...

    Abraço,
    António

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  15. Sonhos ruime é mesmo um pesadelo que devemos esquecer amigo.
    Bom dia para você.
    Beijos,
    Carla Fernanda

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  16. Vida que passa e nos reserva momentos,,,nos reserva noites em que jamais esqueceremos,,,ficarão pra sempre gravadas na retina...grande abraço de bom dia.

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  17. Gostei do texto! Cinematrográfico!
    Bjo e paz pra ti.

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  18. Luís, tempinho bom que não volta mais... que nos deixa muita saudade!

    "Acredite em você mesmo, pois é só voce que pode se alto julgar. Ouse, arrisque e nunca se arrependa. Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguem nunca precisou de restos para ser feliz." (Pâmela Rugoni Belin)

    Paz e bem!

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  19. Amigo. Crescer no meio rural deve ser uma experiência ímpar. Obrigada pela visita e grande abraço.

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  20. Oh, Sublime Amigo:
    Como me lembro de tudo.
    Sabe, que é genial?
    "...O pai começou a pensar o que fazer, enquanto o contador dizia:
    - Vá lá.... aparece....eu conto mais outra vez....
    Então, lentamente vimos a maceira a levantar-se de um lado e ele a surgir sorridente.....Ganhei, ganhei...ganhei ...."

    Foi regressar atrás, fabuloso amigo.
    E, a matança do porco?
    Exactamente como narra com beleza e divinal talento preciso.
    Adorei.
    Fiquei atónito e perplexo pela sua magia de fascínio.
    Parabéns. É tão bom recordar, extraordinário amigo.
    Bem-Haja, pela beleza do que escreve de forma fantástica.
    Abraço forte de enorme respeito.
    Sempre a admirá-lo

    pena

    Perfeito e sublime.
    Bem-Haja, amigo precioso.
    Adorei.
    Regressei donde nunca saí, entende?

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  21. Olá meu bom amigo Luis, agradeço a visita e seus gentil comentário, sempre bem recebido e muito inteligente. Suas Noites de novembro me trouxe lembranças da infância, meu saudoso pai, também criava porcos para o consumo doméstico, e a matança por aqui acontecia no mês de dezembro, reunia todo a família e os agregados,era uma verdadeira festa.
    Guardo muita saudade desse tempo.

    um forte abraço do amigo leitor,

    C@urosa

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  22. Temos muitas coisas em comum amigo,
    também eu tive da parte da mãe avôs
    maternos muitas vivências como essa
    da matança do porco.Essa de embebedar o peru é que eu nunca percebi. Vi isso nas preparações para o meu casamento que foi em casa, e sinceramente achei estranho.Vi muitas vezes meus pais
    matarem criação(patos,frangos,coelhos) que eu depois tinha dificuldade em comer,
    alías coelho era o mais difícil,enfim, hoje tenho saudades
    desses tempos.
    Beijinho e bom fim de semana.
    Irene

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  23. Um belo final de semana pra ti amigo...abraços fraternos.

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  24. Luís amigo

    Enquanto lia esta narrativa as cenas que também vivi perpassavam-me pela memória, já muito gasta, mas que convoca o passado sempre que surge a oportunidade.

    E é bom recordar o passado.
    Sempre se revive o que o presente substituiu ou tragou na voragem dos avanços inexoráveis da ciência e da tecnologia.

    Será que algum dia ainda iremos comer e sentir os sabores de antanho com uma simples pastilha de concentrados de...porco guardado na salgadeira, chouriço pendurado nos barrotes de sustentação do telhado, por baixo a lareira/sala de reunião/cozinha, o fumo a fazer a sua função?

    Saudades! Quantas recordações!

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  25. Bonito! Bom fim de semana, Luís! ;)

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  26. Amigo Luis excelente narrativa como sempre. Há recordações que nos acompanham a vida toda. Embora tenha nascido na cidade, ainda guardo com muito carinho memorias das minhas férias em criança no monte dos meus avôs no Alentejo.
    Tenha um excelente fim de semana pleno de alegria e paz.
    Beijinhos
    Maria

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  27. Amigo Luís!

    Sabemos bem como eram esses tempos.
    Também eu os vivenciei; mesmo que só nas férias grandes.
    Há poucos anos fui eu e o José convidados para assistir a uma matança do porco e posterior almoço.
    Ele foi e fotografou tudo, eu só fui bem tarde, quando já só haviam pratos na mesa :)


    Beijinho

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  28. Um reencontro com o vivido na harmonia daquela casa de Pedras Rubras, com cheirinho a lenha queimada; à matança do porco, às maçãs vermelhinhas e às laranjas doces, sim, ali também tínhamos laranjas: e uma tia que se chamava Maria.

    Um grande abraço, bom amigo

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  29. •*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*

    Sobre o amor

    Fácil de acontecer, difícil é descrever.
    Amar é sentir sem querer, é querer sem perceber.
    Fugaz ou duradouro, não importa o tempo, o que vale é o sentimento.
    Que o eterno seja pra sempre, mesmo que seja breve.
    Sobre o amor é tudo que não sei, daquilo que já sei.

    Fim de semana de luz e paz,
    abraço.

    ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣڿڰۣ

    Brasileiros enlutados ♥♥♥♥♥♥♥♥♥...


    ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ

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  30. Belas recordações, meu amigo.
    Mais uma vez me identifiquei com a sua narrativa. As brincadeiras e a matança, em tudo idênticas às minhas.
    Bom fim de semana. Beijinhos
    Lourdes

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  31. O meio ambiente rural é sempre uma relíquia na nossa memória...

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  32. *Luís, acredito que fôsse mesmo uma

    festa, MASSSSSSSSSSSSSS fiquei com

    MUITO DÓ do PORQUINHO !!! Acho que

    presenciando essa matança ... eu

    NÃO iria comê-lo de jeito NE-

    NHUM !!! *Amo os animais !!! *

    *Luís, vim aqui para te desejar

    um ótimo final de semana e uma

    ALEGRE e PRODUTIVA semana ao lado

    dos teus !!!

    *Te gosto muito, meu amiguinho

    de Portugal !!!

    *Que Nossa Senhora de Fátima te

    abençõe e te guarde !!! (*Moro aqui

    pertinho do Santuário Nacional de

    Nossa Senhora Aparecida !!! Daqui

    a pouco irei banhar-me e vestir-me

    - linda !!! kkkkkkkkkkkk - para

    ir lá participar da missa das 16

    horas !!!).

    *Fiques com Deus.

    *Um abraço.

    P.S. - *Você possui uma ÓTIMA

    REDAÇÃO !!! *Parabéns !!! (*Sou

    professora de "Língua

    Portuguesa !!! " Leciono numa

    escola pública do Estado de São

    Paulo !!! *Moro na cidade das

    Garças Brancas ou ... na cidade

    que ficou famosa por ser a terra

    do primeiro santo brasileiro :

    *Frei Galvão ! *Resido em

    GUARATINGUETÁ !!! * ).

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  33. será que as crianças ainda sentem o prazer dessas brincadeiras, a família nesses momentos era una hoje esta tudo tão desagregado
    bjs

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  34. Com a leitura desta tua excelente crónica, regressei por momentos àqueles tempos dos anos 50, em que situas o teu relato! Avivaste-me pormenores que já se me haviam apagado.
    Na minha aldeia tudo se passava do mesmo modo!
    Obrigado pelo bom momento!

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  35. Uma excelente semana pra ti amigo...abraços fraternos...

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  36. eu tremia toda, só de ver matar um coelho

    não sei se aguentava uma matança do porco...

    mas

    a sua narração é tão real, que eu era capaz de realizar um filme

    e tudo cabia

    o jogo das escondidas e o jogo da vida!

    gostei de ler, Luís!

    um abraço

    manuela

    e peço desculpa pelo comentário eliminado

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  37. Oi Luis. Embora não fossemos lavradores, os meus pais criavam porcos, galinhas e coelhos para o sustento da casa. Havia a matança do porco que era sempre uma festa e depois eram aqueles enchidos pendurados na chaminé para defumarem assim como alguns presuntos. Era exactamente assim, Luis e de novo te agradeço essa volta ao meu passado. Um beijinho e uma boa semana
    Emília

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  38. Obrigada amigo Luís pela partilha dos contos que fazem a história de um povo mais rica.

    Beijinho

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  39. querido amigo,to precisando de sua ajuda no BBB2 do Dado,é preciso que va até o mural do BBB2 DO DADO E DEDIQUE UMA POESIA A MINHA PESSOA,NO MEU NOME SAMARA ,É APENAS UMA DEDICATORIA NO MURAL DO BB2 ,E TEM QUE SER POETA BLOGUEIRO ,PENSEI LOGO EM VC ,E SÓ PODE FAZER A MIM,NAO PODE SER PARA OUTROS DA CASA SENAO PERCO A PROVA,CONTO CONTIGO,O ENDEREÇO VO DEIXAR AKI
    É A PROVA DO BBB2

    http://dado.pag.zip.net/

    desde ja muito brigaduuuuu

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  40. Amigo Luis
    Fez-me sudades este texto e trouxe-me á lembrança muitas recordações! Apesar de estarmos em Moçambique, os meus pais como bons transmontanos, fizeram durante muitos anos a matança do porco, numa propriedade relativamente perto da cidade. Nós éramos miúdos e escondiamo-nos com pena do porco... quase que chorávamos! Regressávamos ao pátio quando sentiamos o cheirinho agradável de carne em vinho e alho.
    Cada um dos convidados levava o seu pedacinho de carne ás brasas e acompanhava com pão.
    Era uma festa que durava a noite inteira. Mas o que eu gostava mais era das alheiras que a minha mãe fazia. Nunca mais as comi tão boas como ela as fazia...
    Beijo
    Graça

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  41. querido amigo poeta,meu blog é outro
    http://paginasviradas.zip.net

    aquele que vc foi o CAMINHOS e deixou um lindo poema que adoreiiiiiiiii com meu nome ,aquele bloguinho eu fiz pra poder comentar em blogspot ainda vou arrumar ele e deixar bonitinho,meu querido se puder é la no endereço que deixei no Dado
    esse
    É A PROVA DO BBB2

    http://dado.pag.zip.net/

    que participo e preciso de poetas para fazer um poema curtinho com meu nome é para realizar a prova do lider do BBB2,será uma honra ver vc la no mural do BBB2,fico imensamente grata,e posso te linkar para nao te perder,sao lindos suas escritas,brigaduuuuuuuuu,bjussss

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  42. Mais uma vez o Luis conseguiu fazer com que eu revivesse momento da minha infãncia, tal como o Luis também eu fui criada numa casa rural onde se comia tudo aquilo que se criava e cultivava, também existiam as salgadeiras a grande para a carne e uma pequena para o peixe, mas a maioria do peixe era apanhado nas valas e no Rio Liz quando ainda não se falava em poluição, não tinha-mos luz electrica era a petroleo, comida feita ao lume, cozia-se a broa uma vez por semana, depois de casada alterou apenas a luz e a broa, porque continuei a criar os porcos, as galinhas, coelhos, perús, pombos, e a cultivar não ia ao mercado,foi assim que criei minhas filhas com muito trabalho após um dia de trabalho na fábrica, hoje existe tanta terras e não são cultivadas.
    Abraço

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  43. Em Minas Gerais também comemos muito porco à pururuca, torresmo (adoro), chouriço, pele e tal. É comum as famílias engordarem seu capado para matar no natal.
    Que belas lembranças!
    Muito animado e vivo, Bastante!
    Beijos e boa semana!!
    Carla

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  44. ...eu adoro sentar no teu banquinho
    e ouvir as histórias de encantar.

    histórias sempre tão ricas,
    saudosas de um tempo que
    não volta mais.

    bjs, querido!

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  45. Uma bela segunda feira pra ti amigo,,,abraços fraternos...

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  46. Um belissimo dia pra ti meu amigo,,,abraços fraternos....

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  47. Meu querido amigo

    Torno a dizer...para quando complilar estas recordações...são um legado de vida.
    Como sempre voltei no tempo e embrenhei-me na história.

    Deixo um beijinho
    Sonhadora

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  48. Olá, Luiz Coelho! Tudo certinho? Que tudo esteja 100% com você
    Encontrei o seu blog e vim fazer uma visitinha!
    Maravilhoso o post! Parabéns!

    Sou expatriada; sai do Brasil em 2000 e fui para os USA estudar na Harvard, onde estudei até 2002. Desde 2003, moro na Holanda - sou casada com um holandês.
    [O choque cultural existe e acaba sendo benéfico - de uma maneira ou de outra -. Sou da opinão que existem coisas boas e ruins em qualquer lugar do planeta! Nós é que temos que ressignificá-las à nossa moda!]

    Será uma alegria se visitar o meu cantinho virtual, que é: http://josanemary.wordpress.com/mevrouw-jane/

    E será uma outra alegria, se quiser ler o prefácio do meu livro: Mevrouw Jane (o prefácio não foi feito por mim, mas por um outro escritor, um já reconhecido no mundo literário). Se gostar – ou não - por favor, deixe um comentário; vou adorar ler a sua opinião!

    Tenha um ótimo dia!
    Grande abraço.
    Josane Mary

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  49. AMIGO Luis

    100 000visitas

    Tnho festa no meu blog
    tenho selo para ti

    Um beijo

    ResponderEliminar
  50. Como é triste ser animal no meio dos humanos!

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