(foto google)
As férias do Verão eram sempre nos meses de Julho, Agosto e Setembro. Não havia Colónias de Férias nem outras organizações para ocupar algum tempo às crianças.
Afinal, eram apenas férias escolares, porque no restante eram tempos pesados demais para elas.
Os pais obrigavam-nos a levantar-se ainda mais cedo e a seguirem com eles para os campos onde lhes exigiam tarefas duras e cansativas.
Uma destas tarefas era a de tocar os bois à nora.
Quase todos os dias, de manhã e à tarde, atrelavam as vaquinhas a um madeiro comprido e que estava ligado à nora do poço. Durante duas horas ou mais, andavam seguindo o passo dos bois, sem nunca os deixar parar, fazendo a nora girar, puxando a água do fundo do poço.
Não havia sombras. O Sol e o calor parece que os enlouquecia. Não havia electricidade nem moto-bombas. Toda esta tarefa era para regar a horta e o milheiral que sem água secavam.
Andavam mecânicamente. Enxotavam as moscas e os moscardos que vinham dos animais para eles. Era uma luta desigual. Aqueles insectos levantavam voo, mas voltavam logo ao mesmo sítio. Eram às dezenas e as ferroadas doíam.
Alguns dias, ficavam em casa entregues a si próprios e embora lhes fossem dadas tarefas para fazer, ainda tinham tempo para as suas brincadeiras.
Nesses dias, ouvíamos os gritos de alegria dos filhos do Carraceno. Viviam um pouco mais acima do nosso lugar. Eram muitos e também muito traquinas.
A mãe dizia que eles eram bons até a comer e que nem era preciso servi-los. Sozinhos procuravam a panela da sopa e comiam até haver.
Muitas tardes dava gosto vê-los brincar. Eram as corridas a pé pela estrada fora.
- Vamos ver que chega primeiro !.........
Nessas horas, eles eram os donos de toda a estrada da Ameixoeira até ao Casal.
Havia pouco movimento. Quando ouviam o som de uma motoreta ou de algum carro, saltavam como pardais para a beira da estrada e outras vezes pelos terrenos laterais.
A eles juntavam-se alguns primos e ainda a vizinhas. As filhas da Maria Freira.
Quando faziam aquelas procissões religiosas, tudo era levado muito a sério. Tinham uma imaginação prodigiosa. Uma boneca de trapos servia de santa e para a transportar arranjavam quatro paus compridos com uma tábua no meio deles.
Com duas canas armavam uma cruz. Depois organizavam o cortejo com os voluntários. Um transportava a cruz e dois levavam o andor, como se fosse uma padiola.
Havia ainda os pagadores de promessas. Seguiam descalços e outros de joelhos, mas o melhor eram os cânticos religiosos.
As meninas sabiam tudo de cor e cantavam a plenos pulmões. Por vezes desafinavam, mas ainda assim, mantinham um compasso que lhes dava satisfação.
Depois de darem a volta pelas quatro casas ali em perto, regressavam ao ponto de partida.
Eram tardes em que reinava a imaginação e nem o calor sufocante os separava da brincadeira.
Mais tristes eram os funerais que improvisavam com um sapo ou outro animal que apanhassem.
Não havia cânticos, mas havia sempre que chorasse pelo morto chamando-lhe nomes queridos.
Caminhavam atrás da cruz e do caixão ora rezando ora chorando em direcção ao milheiral que servia de cemitério.
Não havia cânticos, mas havia sempre que chorasse pelo morto chamando-lhe nomes queridos.
Caminhavam atrás da cruz e do caixão ora rezando ora chorando em direcção ao milheiral que servia de cemitério.
Os sinos eram feitos com canas verdes que atavam ao pessegueiro. O som saía da garganta a plenos pulmões - dalim...dalão... mais rápido ou vagaroso conforme a inspiração.
Eram tardes de plena actividade.
Eram tardes de plena actividade.
A procissão fez tudo o percurso. Quando abriram as duas telhas de canudo (telha romana), para o adeus final ao morto, o sapo saltou assustado e eles acabaram todos numa risota pegada.
Mais um que saltou para a liberdade.
Uma vez, a história foi pior. O Henrique, lembrou-se de brincar aos carvoeiros.
Faziam montinhos de ervas secas e cobriam-nos com terra. Depois pegavam-lhe fogo com um fósforo. Ninguém sabe como, mas o palheiro que estava próximo começou a arder e foi uma confusão muito grande.
O palheiro eram grandes montes circulares de feno seco, colocado à volta de um pau que podia ir até aos quatro metros de altura por dois metros de circunferência. Era um método tradicional de guardar a palha para alimentação do gado ruminante - bois, ovelhas ou o burro.
Vieram todos os vizinhos com pás e baldes de água para apagar o fogo.
A Avó gritou quanto pode por socorro e as chamas fizeram o resto.
Juntou-se ali quase toda a freguesia.
Nunca mais os vi brincar aos carvoeiros. Esta foi uma lição que os marcou muito.
O pior estava para vir.
O pai iria castigá-lo severamente.
Então, a mãe pediu para os tios esconderem o Henrique, lá em casa, até que o pai arrefecesse o mau humor. Era fácil bater-lhe e deixar-lhe marcas muito grandes. O pai quando batia tinha as mãos muito pesadas e facilmente descontroladas.
Assim aquela dor passou ao pai e ao filho bastou-lhe o susto que sofreu sem querer.
Uma vez, a história foi pior. O Henrique, lembrou-se de brincar aos carvoeiros.
Faziam montinhos de ervas secas e cobriam-nos com terra. Depois pegavam-lhe fogo com um fósforo. Ninguém sabe como, mas o palheiro que estava próximo começou a arder e foi uma confusão muito grande.
O palheiro eram grandes montes circulares de feno seco, colocado à volta de um pau que podia ir até aos quatro metros de altura por dois metros de circunferência. Era um método tradicional de guardar a palha para alimentação do gado ruminante - bois, ovelhas ou o burro.
Vieram todos os vizinhos com pás e baldes de água para apagar o fogo.
A Avó gritou quanto pode por socorro e as chamas fizeram o resto.
Juntou-se ali quase toda a freguesia.
Nunca mais os vi brincar aos carvoeiros. Esta foi uma lição que os marcou muito.
O pior estava para vir.
O pai iria castigá-lo severamente.
Então, a mãe pediu para os tios esconderem o Henrique, lá em casa, até que o pai arrefecesse o mau humor. Era fácil bater-lhe e deixar-lhe marcas muito grandes. O pai quando batia tinha as mãos muito pesadas e facilmente descontroladas.
Assim aquela dor passou ao pai e ao filho bastou-lhe o susto que sofreu sem querer.
Luíscoelho
Uma delícia de ler como sempre. Na quinta dos meus pais, havia muitos palheiros no Verão e gostavamos de brincar a trepar etc, teria sido um grande susto se alguém tivesse posto lume, mesmo sem querer. A vida das crianças era nesse tempo, muito simples... reproduziam nas brincadeiras as suas vidas, as procissões, os funerais dos quais não eram afastadas como hoje... e quando erravam, aprendiam... e às vezes, apanhavam (a não ser que fossem escondidos por alguma vizinha, :)) Sorte a do Henrique!Beijinho e bom Domingo!
ResponderEliminarCaro luis
ResponderEliminarPara além das excelentes estórias de vidas que consegues narrar duma forma unica. obrigas-nos a profundas reflexões sobre o passado, o presente e o futuro das nossas crianças.
Tenho a ideia de que a abundãncia de brinquedos hoje existênte torna as nossas crianças muito pouco criativas. Sem criatividade não se constrói nada. É este o mundo que estamos a deixar "construír".
Abraço meu caro e um bom Domingo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBoa tarde de Domingo
ResponderEliminarGosto de mais uma história de outros tempos...
A pior brincadeira foi a do palheiro...
mas é muito bom relembrar a fértil imaginação que todos nós tinhamos para inventar brincadeiras saudáveis, uns com os outros, há 40 anos atrás.
Hoje inventaram os jogos lúdicos em livros que as crianças não ligam a mínima.
Desta vez já não o aborreço com os posts sobre feiras medievais e que tais...
Venha sim ver a super-mega reportagem que fiz de um outro super mega momento.
A vida é feita de altos e baixos e todos sabemos que os altos são mais prazenteiros que os baixos.
Fique bem.
Um abraço.
Olá, Luís!
ResponderEliminarTua narrativa é muito interessante, posto que, para além da história de vida das famílias, seus costumes e tradições, as dificuldades e simplicidade com que as pessoas se adaptavam às suas contigências, é também um convite ao questionamento sobre o rumo que tomou a simplicidade das crianças, das suas brincadeiras, em dias atuais. Quais as implicações de tais mudanças, em um mundo no qual tudo de mecanizou. Serão nossas crianças menos felizes hoje? Ou seriam as do passado?
Excelente texto. Sempre prazeroso passar por aqui.
Um abraço,
Celêdian
Casi todos los que nos hemos criado en aldeas o pueblos, hemos tenidos historias similares, aún las recuerdo como si fueran hoy, el padecimiento y las alegrias iban únidas...un saludo
ResponderEliminarHistória que muito tem a ver com a realidade da altura. Magnifico o modo como descreve, faz-nos entrar no cenário e quase vivênciar aqueles tempos. Texto que nos leva a reflectir, comparando com os tempos de hoje em dia. Penso que apesar de tudo, com vidas muito humildes e por vezes duras, as crianças eram felizes à sua maneira.
ResponderEliminarUm abraço
oa.s
Tua narrativa e lembranças prendem meu olhar até o final e fico com gosto de quero mais...
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Pois é, mas tenho caso na família
ResponderEliminarem que uma brincadeira de miúdos
deu fogo que destruiu a casa de
meus avós maternos (que eram
pessoas do campo e morreu todo o
seu gado) e não havia seguro.
Foi um primo meu ainda miúdo,
infelizmente morreu há pouco
tempo.Para os meus avós foi uma
grande tragédia que mudou totalmente suas vidas.
Beijinho e bom domingo
Irene
Oi amigo, quando ia para os meus avós de férias, era uma alegria, não custava nada levantar cedinho, queríamos ir com os tios e tias desse lá por onde desse..e lá vinha a mãe; olha o chapéu, não andes descalça, não metas os pés na água, não te sujes, ahhh menina da cidade, os tios não pediam ajuda mas nós adorávamos e pela nossa idade, fazíamos coisas leves todos armados em gente grande... E os avós nunca nos deram uma palmada, nem os tios, só a minha madrinha mas essa nunca teve filhos não sabia o que era ser mãe, enfim...belos tempos. Agora metem-se nos vicios cedo demais, nos cafés e nos cigarritos, enfim..
ResponderEliminarUm abraço extensivo a todos,
laura
Unha gran narración, é verdade que as vacacións comprendian esos tres meses, todo era distinto, a nosa xuventude tiña outras maneiras de diversión...e por suposto o traballo tamén estaba incluído.
ResponderEliminarUnha aperta dende Galicia.
Olá LUis
ResponderEliminarJá a antever o Agosto??? Não vejo a hora desse mês!!! lol
Mais uma história etnográfica sua...
Sabe o que eu fazia com as canas ?...daqueles carros de duas rodas...não sei se conhece!!! lololol
Quanto às lições que se juntam à brincadeira, são a melhor aprendizagem para que algumas partidas não se repitam pelo perigo que encerram!!! Os castigos eram muito rigidos na altura..os cintos, os vimes pelas canelas...enfim outros tempos!
Abraço
Agosto é um mês mágico para mim, pois recorda-me a infância. Não tema nada a ver com férias, até porque há vários anos que não vou de férias nem quero pois quebra o ritmo de trabalho e em especial de raciocínio. Mas isso não impede que Agosto continue a ser mágico, tal como este este... parabéns!
ResponderEliminar...mesmo em meio a grandes
ResponderEliminarsustos,
estes sepre foram os melhores
tempos de uma infância feliz,
sem estas parafernálias
da tecnologia sem graça.
vem tudo pronto, e eles não
precisam improvisar brinquedo
algum.
que graça tem?
adoro ler você!
bj, alma linda!
O conto é bom do ponto de vista da vida em locais rústicos. Por outro lado, não tem sentido bater em crianças. Um conto para refletir. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarMeu caro Luís,
ResponderEliminarJulgo que já tinha comentado consigo que as suas crónicas fazem recordar um Portugal rural, bucólico, que já não existe ou estará em vias de extinção.
Um prazer lê-las, acredite.
Um abraço
Hola, que bellos recuerdos amigo, que bellas tus letras. Besos, cuidate.
ResponderEliminarOlá Luis
ResponderEliminarSuas estórias são sempre gostosas de serem lidas. A vida no seu curso normal, de uma família que, apesar dos problemas, soube se manter e guardar boas recordações.
Grande abraço
Amigo as suas histórias de infância são sempre dignas de se ler, é um gosto passar por aqui e deliciar-se com elas.
ResponderEliminarAcho que eu já lhe disse que tudo isto para mim não é muita novidade porque tudo isto também tenho nas minhas lembranças, só que eu aos dez anos de idade tive de ir trabalhar, junto de um rancho de contratados, que vinham do Norte e do Sul para trabalhar nos arrozais. Então ai as minhas brincadeiras passaram a ser outras, mas gosto muito de ouvir as suas pois tem uma maneira única de as contar, obrigado por me fazer lembrar as minhas recordações, tenha um lindo dia com saúde, paz, e amor no seu coração...
Uma história dos tempos passados, mas que ainda se pode aplicar ao presente, porque este vive dentro de nós. Gostei muito. Um beijo grande.
ResponderEliminarO gesto por vezes faz mais efeito que a acção.
ResponderEliminarDescreves com tal vivacidade tempos que também vivi, ou presenciei, o que me leva ao encontro dum passado que, mesmo vivido na escassez, foi feliz.
Tínhamos que construir tudo sem deixar de magicar continuamente para melhorar o que impendíamos. O mau é quando algum luminoso ia mais além e acontecia-lhe como ao Henrique.
Deixo-me levar pela tua escrita e isso faz-me bem, é o reencontro com aquilo que amei.
Um grande abraço, querido amigo.
Hola amigo!
ResponderEliminarAh!! As férias!! Bons tempos de infância idos e deliciosamente recordados.
Tenha uma excelente semana.
Viajei na história, recordei momentos em que há muitos anos não vivo, triste mesmo é minha situação a tudo isso que poderia estar ocorrendo. Demais, Abrçs
ResponderEliminarOi, Luís,
ResponderEliminarNarrativa pura e simples, que nos leva a estar presente nos cenários.
Gostei muito. Foi delicioso de ler.
Grande abraço.
Seu texto é de uma narrativa única e perfeita, que me faz voltar na minha infância com lembranças de grandes alegria, e muita felicidade. Obrigada pela leitura.Desejo um ótimo começo de semana cheio de coisas maravilhosa pra você. Um Abraço!
ResponderEliminarNO SOY MUY BUENO PARA LOS ESCRITOS EXTENSOS. DE TODAS FORMAS ES UN GUSTO VISITAR SU ESPACIO.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Luis, bello leerte amigo. Bello lo que compartes. Te dejo un beso, cuidate mucho.
ResponderEliminarVir fazer uma visita é sempre motivos de alegria.
ResponderEliminarÈ incrivel como elabora seus textos tão ricos em detalhe.
Um linda semana beijos no coração,Evanir.
Olá, Luis!
ResponderEliminarFérias, não eram para todos, e brinquedos só muito poucos os tinham.
Mas acho que se ficava a ganhar quando comparado com os dias de hoje, quando tudo já está inventado.
As minhas, ainda que tivesse sempre programa para cumprir, eram bem melhores, mais folgadas, pelo que vejo.
As tuas memórias têm muito em comum com as minhas; sei do que falas, do modo de vida e dos objectos, e é com imenso prazer este recordar de tempos que já vão...
Um abraço amigo.
Vitor
Luís
ResponderEliminaré tão bom ser Agosto assim!
mesmo com o perigo dos palheiros
tantas foram as aventuras que eu vivi a trepar fardos de palha ou perdida nos labirintos, quando estes eram atirados para o chão e formavam-se túneis por onde rastejávamos à procura de uma saída...
um abraço
manuela
gostei de ler :D
ResponderEliminarLuis, paso a desexarte boas noites e agradecer a túa visita.
ResponderEliminarUnha aperta dende Galicia.
Olá Luis!
ResponderEliminarUm conto impecável pela riqueza de detalhes e lições!
Obrigada por compartilhar desse imenso tesouro!
Um beijo de luz no seu coração!
"Onde há fé, há amor, onde há amor, há paz, onde há Deus, nada falta." (Marden)
A paz esteja contigo
Yehi Or - Liene
Fabuloso Amigo:
ResponderEliminar"...Não havia sombras. O Sol e o calor parece que os enlouquecia. Não havia electricidade nem moto-bombas. Toda esta tarefa era para regar a horta e o milheiral que sem água secavam.
Andavam mecânicamente. Enxotavam as moscas e os moscardos que vinham dos animais para eles. Era uma luta desigual..."
Tal e qual como vejo os tempos sobre que escreve com veracidade absoluta.
É genial e sublime, numa escrita de sonho.
Parabéns pelo Ser Humano gigantesco que é e significa para as pessoas.
É, com veracidade, sublime numa literatura que ainda lhe irá agradecer a sua magia de uma prosa de excelência.
Abraço amigo de parabéns sinceros e gratidão pela sua amizade.
É mágico no que concebe de beleza imensa.
Sempre a admirá-lo, fantástico amigo.
pena
Excelente!
Retracta a vida da altura com encanto imenso nas palavras e metáforas sublimes que utiliza e eu adorei. Extraordinário.
Bem-Haja, talentoso amigo.
Oi Luís!
ResponderEliminarNão sou do Interior,mas tenho origem e em alguns momentos sua narração me trouxe à tona certas passagens de minha vida,muito lindo seu texto,seu modo de contar!
Abraço carinho nesse início de Verão!
Olá Luis! Eis aqui mais um dos teus lindos contos... Escreves e descreves muito bem! Um grande abraço com carinho, Rosana
ResponderEliminarQue menino não passou algum aperto,não é caro Luís? Eu passei vários. Ótimo texto. Um abraço
ResponderEliminarObrigado, Luís.
ResponderEliminarVou seguir o conselho =P
Obrigado pela visita!
Grato pela sua visita e feliz com a descoberta deste seu espaço.
ResponderEliminarDelicioso relato de um passado no qual, apesar das dificuldades, as pessoas me pareciam mais felizes.
Nota: o meu blogue principal (homepage) está em http://paulovasco.multiply.com
Luis
ResponderEliminarTarde mas não podia deixar de lhe fazer chegar o meu agrado com que leio estas histórias que a muitos de nós fazem reviver nossa infãncia,a minha é uma delas,eu nunca saboreei as férias escolares, porque as tarefas do campo e em casa aumentavam, recordo que uma noite eu e meu irmão fomos ao curral das vacas de noite e com a brincadeira viramos o candeeiro e muito rapidamente começou o pasto a arder, assim como rapidamente tocava o sino da Sismaria e lá vinha toda a população com baldes, canecos, cantaros,enfim...tudo pronto a ajudar. Isto contado aos nossos jovens vão pensar que estamos a inventar como de ficção se tratasse. Mas eu ainda acho que o mundo é o mesmo nós homens é que mudamos. Adorei e espero um dia ter o livro autografado pelo Luis.
Abraço bom Feriado
História envolvente de tempos que se vivem duas vezes, quando aconteceram e ao revive-las aqui. Luís grato por partilhar, gostei sinceramente, por estas linhas me fez lembrar as minhas linhas de Verões que guardo no coração :))
ResponderEliminarGrande Abraço ^_^
Caro Amigo Coelho,
ResponderEliminarAdorei seu relato, porém eu fui mais feliz, visto que ia sempre de férias para a praia de Sezimbra, através dos Serviços Socias de Évora.
Emboara tivesse começado a trabalhar com 14 anos de idade, sempre tive total independencia.
Jamaios esquecerei todos os ensinamentos que me foram prestado pela Mocidade Portuguesa.
Eu e meus colegas de infância sempre fomos livres, até ia-mos para o Rio Degebe nadar, rio esse que dista de Évora 5 kms.
Percusos de vida diferentes, outros tempos outros lugares.
Um abraço amigo
Riqueza de memórias Luís.
ResponderEliminarMe encanta!
Vou contar quando consequir olocar em palavras os movimentos da flor.
Beijos e feliz feriado santo de Corpus Christi!!
Carla
(E assim vão ficando coisas só mesmo na memória...)
ResponderEliminar;)
Lembranças...amei mais que amor.um abraço querido um feriado cheio de amor e paz a ti e família.
ResponderEliminarSão boas as recordações de um passado poetico,,,cheio de alegrias,,,vida...abraços de bom dia pra ti meu amigo..
ResponderEliminarEsses é que eram os tempos da geração à rasca. E as pessoas nem sabem! Nem lhes passa pela cabeça!
ResponderEliminarÉ bom lembrar-lhes.
Sempre muito bom te ler.
ResponderEliminarCriança é criança e sempre apronta alguma...
Beijos
Não é só a infância que não regressa mas todo esse tempo de liberdade e descoberta que se perdeu para sempre. Hoje as crianças são pastoreadas em rédea curta, sem espaço para a descoberta.
ResponderEliminarResta-nos estas histórias, bem contadas.
Um belo e inspirado final de semana pra ti meu amigo...abraços.
ResponderEliminarAS férias sempre voltam como destino cumprido Luís.
ResponderEliminarBom dia!!
Carla
Como consegui viajar no tempo ao compasso desta deliciosa crónica.
ResponderEliminarMagnifica a forma como me deixou viver pequenos retalhos de uma época que ainda faz parte do meu imaginário.
Vou voltar sempre.