(Foto google)
Em 1967, 12 e 13 de Maio, veio a Fátima em peregrinação oficial o então chefe máximo da Igreja Católica Paulo VI. Foram das primeiras saídas apostólicas, que os Papas de Roma então iniciaram.
Era aguardado com muita ansiedade e com um misto de alegria e fé do povo português.
Desceu no aeroporto militar de Monte Real e fez toda a viagem num carro descapotável até ao Santuário de Fátima, onde uma multidão de portugueses e estrangeiros o aguardavam.
Todas as ruas e estradas, por onde o Papa passou, de Monte Real até Leiria e depois até ao Santuário de Fátima, foram enfeitadas pelo povo das aldeias com bandeirinhas e lindos cordões feitos de verdura natural - alecrim, rosmaninho, louro e alfazema.
O dia estava de chuva, mas logo que o Papa desceu do avião e depois durante toda a viagem até Fátima o tempo manteve-se limpo e sem chuva.
Este acontecimento foi considerado por muitos um verdadeiro milagre.
Os nossos políticos compareceram em massa à recepção de tão ilustre figura - o Papa.
Salazar, com a viatura blindada estacionou no pátio interior da Casa de N. Senhora das Dores que circunda o Santuário do lado nascente e é pertença do mesmo.
Sua Santidade, Paulo VI, também pernoitou neste edifício, como o fizeram posteriormente os Papas, João Paulo II e Bento XVI, nas viagens apostólicas que se seguiram anos mais tarde.
Na manhã do dia 13, quando o Papa se dirigia para a Capelinha das Aparições, os alunos do Seminário de Leiria, que faziam o coro musical das peregrinações do Santuário, cercou aquele espaço interior, para o ver o Papa de perto e receber uma bênção especial.
Um deles, para ver melhor, subiu para o patamar lateral do carro de Salazar, guardado sempre por vários seguranças. Não se apercebeu do risco que este acto lhe podia valer, nem imaginava a origem ou o valor daquela viatura.
Foi retirado de lá e repreendido severamente.
Recordo-o com a sua cara vermelha e os seus olhos de simplicidade e desconhecimento, flamejando de medo ou de algo ainda pior.
Desculpem, eu não sabia.....foi tudo quanto lhe ouvi dizer e que foi tido em conta pelos seguranças para concluir este incidente. Estava muito longe de imaginar que aquela viatura era do então primeiro ministro português.
Salazar nestes anos atingiu o máximo da sua impopularidade. A guerra nas ex-colónias ultramarinas e a fome e miséria do povo em geral. A Pide, polícia política, e as prisões por qualquer motivo, tornaram Salazar num homem odiado pela maioria do povo.
No ano seguinte, este jovem recebeu em casa um envelope da Presidência do Conselho de Ministros. Ele tinha atingido a maioridade. Deveria ir votar, levando consigo este envelope, onde constavam apenas os nomes dos que já ocupavam o poder há cerca de quarenta anos. Eles procuravam controlar tudo e todos.
Votavam apenas os homens, chefes de família e mancebos com idade superior a 21 anos.
No encontro de Salazar com Paulo VI, ouvi contar uma frase marota .
- Tantas casas novas e bonitas no seu país !...
- Estamos a trabalhar para conseguirmos fazer ainda melhor - respondeu Salazar, primeiro ministro português.
Aquilo que mais me marcou na homilia do dia 13 de Maio de 1967 foi aquela frase repetida por Sua Santidade:
- Homens, sede homens. Sede homens cordatos e pacíficos. Sede homens de bem, de paz. Sede homens de Justiça.....um resumo que conservo de memória.
(Para os que quiserem ler a homilia original, poderão fazê-lo no final deste pequeno apontamento)
As cerimónias terminaram com a Procissão do Adeus. Milhares de lenços brancos agitavam-se no ar, saudando Nossa Senhora e o Papa.
A saída de todas as figuras públicas do Santuário fez-se em silêncio e discretamente para que ninguém se apercebesse destas viaturas nem dos seus ocupantes.
O povo voltou às suas aldeias pelas mesmas estradas e caminhos onde haviam passado dias antes.
Carregavam os cestos do farnel já vazios, mas a alma cheia de amor a Nossa Senhora a quem entregaram todas as sua preocupações numa mistura de fé e de interesses pessoais.
Luíscoelho
SANTA MISSA NA BASÍLICA DE FÁTIMA
HOMILIA DO PAPA PAULO VI
Sábado, 13 de maio de 1967
Veneráveis Irmãos e dilectos Filhos,
Tão grande é o Nosso desejo de honrar a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Cristo e, por isso, Mãe de Deus e Mãe nossa, tão grande é a Nossa confiança na sua benevolência para com a santa Igreja e para com a Nossa missão apostólica, tão grande é a Nossa necessidade da sua intercessão junto de Cristo, seu divino Filho, que viemos, peregrino humilde e confinante, a este Santuário bendito, onde se celebra hoje o cinquentenário das aparições de Fátima e onde se comemora hoje o vigésimo quinto aniversário da consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria.
É com alegria que Nos encontramos convosco, Irmãos e Filhos caríssimos, e que vos associamos à profissão da Nossa devoção a Maria Santíssima e à Nossa oração, a fim de que seja mais manifesta e mais filial a comum veneração e mais aceite a Nossa invocação .
Nós vos saudamos, Irmãos e Filhos aqui presentes, a vós especialmente cidadãos desta ilustre Nação que, na sua longa história, deu à Igreja homens santos e grandes, e um povo trabalhador e piedoso; a vós peregrinos, que viestes de perto e também de longe; e a vós fieis da santa Igreja católica que, de Roma, das vossas terras e das vossas casas, espalhados por todo o mundo, estais agora espiritualmente voltados para este altar. A todos, a todos vós Nós saudamos. Estamos agora a celebrar, convosco e para vós, a santa Missa e, todos juntos, estamos reunidos, como filhos de una família única, perto da Mãe celeste, para sermos admitidos, durante a celebração do santo Sacrifício a uma comunhão mais estreita e salutar com Cristo, nosso Senhor e nosso Salvador.
Não queremos excluir ninguém desta recordação espiritual, porque é vontade Nossa que todos participem das graças que estamos agora a impetrar do céu. Todos vós tendes um lugar no Nosso coração: vós, Irmãos no Episcopado; vós, Sacerdotes e vós, Religiosos e Religiosas, que, com amor total, vos consagrastes a Cristo; vós, Famílias cristãs; vós, Leigos caríssimos, que desejais colaborar com o Clero na propagação do reino de Deus; vós, jovens e crianças, que desejaríamos que estivesseis todos à nossa volta; e todos vós que vos sentis atribulados e cansados, vós que sofreis e chorais, e que, certamente, vos recordais como Cristo vos chama para perto de si, a fim de vos associar à sua paixão redentora e vos consolar.
O Nosso olhar abrange ainda todos os cristãos não católicos, mas irmãos nossos ao baptismo; mencionamo-los com esperança de perfeita comunhão nessa unidade que o Senhor Jesus deseja. E o Nosso olhar abraça o mundo todo: não queremos que a Nossa caridade tenha fronteiras e, neste momento, estendemo-la à humanidade inteira, a todos os Governantes e a todos os Povos da terra. Vós sabeis quais são as Nossas intenções especiais que desejamos caracterizem esta peregrinação. Vamos recordá-las aqui, a fim de que inspirem a Nossa oração e sejam luz para todos aqueles que Nos ouvem.
A primeira intenção é a Igreja: a Igreja una, santa, católica e apostólica. Queremos rezar, como dissemos, pela sua paz interior. O concílio Ecuménico despertou muitas energias no seio da Igreja, abriu perspectivas mais largas no campo da sua doutrina, chamou todos os seus filhos a uma consciência mais clara, a uma colaboração mais íntima, a um apostolado mais activo. Queremos firmemente que tão grande benefício e tão profunda renovação se conservem e se tornem ainda maiores. Que mal seria, se uma interpretação arbitrária e não autorizada pelo magistério da Igreja transformasse este renascimento espiritual numa inquietação que desagregasse a sua estrutura tradicional e constitucional, que substituísse a teologia dos verdadeiros e grandes mestres por ideologias novas e particulares que visam a eliminar da norma da fé tudo aquilo que o pensamento moderno, muitas vezes falto de luz racional, não compreende e não aceita, e que mudasse a ânsia apostólica de caridade redentora na aquiescência às formas negativas da mentalidade profana e dos costumes mundanos. Que desilusão causaria o nosso esforço de aproximação universal, se não oferecesse aos Irmãos cristãos, ainda de nós separados, e aos homens que não possuem a nossa fé, na sua sincera autenticidade e na sua original beleza, o património de verdade e de caridade, de que a Igreja é depositária e distribuidora?
Queremos pedir a Maria uma Igreja viva, uma Igreja verdadeira, uma Igreja unida, uma Igreja santa. É vontade Nossa rezar convosco a fim de que as esperanças e energias suscitadas pelo Concílio, possam trazer-nos em larguíssima escala os frutos daquele Espírito Santo, que a Igreja amanhã celebra na festa de Pentecostes e do qual provém a verdadeira vida cristã; esses frutos enumerados pelo Apóstolo Paulo: « caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e temperança » (Gál. 5, 22). É vontade Nossa rezar a fim de que o culto de Deus hoje e sempre conserve a sua prioridade no mundo, e a sua lei dê forma à consciência e aos costumes do homem moderno. A fé em Deus é a luz suprema da humanidade; e esta luz não só não deve apagar-se no coração dos homens, mas, pelo contrário, deve reacender-se por meio do estímulo que lhe vem da ciência e do progresso.
Este pensamento, que anima e estimula a Nossa oração, leva-Nos a pensar neste momento naqueles países: em que a liberdade religiosa está praticamente suprimida e onde se promove a negação de Deus, como se esta representasse a verdade dos tempos novos e a libertação dos povos. Mas, a verdade é bem diferente. Rezamos por esses países; rezamos pelos nossos irmãos crentes dessas nações, a fim de que a íntima força de Deus os sustente e a verdadeira liberdade civil lhes seja concedida.
E, assim, passamos à segunda intenção deste Nosso peregrinar, intenção que enche a Nossa alma: o mundo, a paz do mundo.
Sabeis como a consciência da missão da Igreja no mundo, missão de amor e de serviço, se tornou, no dia de hoje, depois do Concilio, bem vigilante e bem activa. Sabeis como o mundo se acha numa fase de grande transformação por causa do seu enorme e maravilhoso progresso, na consciência e na conquista das riquezas da terra e do universo. Mas, sabeis também e verificais que o mundo ,não é feliz nem está tranquilo. A primeira causa desta sua inquietação é a dificuldade que encontra em estabelecer a concórdia, em conseguir a paz. Tudo parece impelir o mundo para a fraternidade, para a unidade; no entanto, no seio da humanidade, descobrimos ainda tremendos e contínuos conflitos. Dois motivos principais tornam, por isso, grave esta situação histórica da humanidade: ela ,possui um grande arsenal de armas terrivelmente mortíferas, mas o progresso moral não iguala o progresso científico e técnico. Além disso, grande parte da humanidade encontra-se ainda em estado de indigência e de fome, ao mesmo tempo que nela se acha tão desperta a consciência inquieta das suas necessidades e do bem-estar dos outros. É por este motivo que dizemos estar o mundo em perigo. Por este motivo, viemos Nós aos pés da Rainha da paz a pedir-lhe a paz, dom que só Deus pode dar.
Sim, a paz é dom de Deus, que supõe a intervenção de uma acção do mesmo Deus, acção extremamente boa, misericordiosa e misteriosa. Mas, nem sempre é dom miraculoso; é dom que opera os seus prodígios no segredo dos corações dos homens; dom que, por isso, tem necessidade da livre aceitação, depois de se ter dirigido ao céu, dirige-se aos homens de todo o mundo: dizemos neste momento singular, procurai ser dignos do dom divino da paz. Homens, sede homens. Homens, sede bons, sede cordatos, abri-vos à consideração do bem total do mundo. Homens, sede magnânimos. Homens, procurai ver o vosso prestígio e o vosso interesse não como contrários ao prestígio e ao interesse dos outros, mas como solidários com eles.
Homens, não penseis em projectos de destruição e de morte, de revolução e de violência; pensai em projectos de conforto comum e de colaboração solidária. Homens, pensai na gravidade e na grandeza desta hora, que pode ser decisiva para a história da geração presente e futura; e recomeçai a aproximar-vos uns dos outros com intenções de construir um mundo novo; sim, um mundo de homens verdadeiros, o qual é impossível de conseguir se não tem o sol de Deus no seu horizonte. Homens, escutai, através da Nossa humilde e trémula voz, o eco vigoroso da Palavra de Cristo: « Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra, bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados fìlhos de Deus ».
Vede, Filhos e Irmãos, que aqui Nos escutais, corno o quadro do mundo e dos seus destinos se apresenta aqui imenso e dramático. É o quadro que Nossa Senhora abre aos Nossos olhos, o quadro que contemplamos com os olhos aterrorizados, mas sempre confiantes; o quadro do qual Nos aproximaremos sempre - assim o prometemos - seguindo a admoestação que a própria Nossa Senhora nos deu: a da oração e da penitência; e, por isso, queira Deus que este quadro do mundo nunca mais venha a registar lutas, tragédia e catástrofes, mas sim as conquistas do amor e as vitórias da paz.
(Texto copiado do google)
Caro Luis
ResponderEliminarEmbora assumidamente Ateu, respeito as opções de cada um quer do ponto de vista da fé, quer de outros.
Era na altura uma criança em termos de idade mas já um homem em termos de trabalho. Recordo-me do acontecimento. Na verdade estavamos tão longe do Mundo que a visita do Papa elevou qualquer coisinha o nosso orgulho Nacional.
Quanto ao votante "livremente escolhido pelo regime" a estória já é outra.
Abraço
Em Outubro desse ano assentei praça
ResponderEliminarEm Novembro foram imensas as mortes pelas chuvas e enxurradas nos arredores de Lisboa
Em dezembro eram 20% os desertores da guerra...
...e, na homilia o papa dizia:
"Homens, escutai, através da Nossa humilde e trémula voz, o eco vigoroso da Palavra de Cristo: « Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra, bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados fìlhos de Deus"
Trémula era já a voz de Salazar, mas com ela agradeceu ao Senhor tão oportunas palavras de um rei da igreja.
O Almirante terá dito: "assim seja"
Luís
ResponderEliminarnão esquecer tudo isto, é um favor que fazemos a nós próprios
e recontá-las, sempre!
um abraço
manuela
Que linda essa postagem, Luís.
ResponderEliminarEu era uma criança de 3 anos quando o Papa veio ao Brasil, minha mãe achava que Ele era um santo, ela estava grávida, foi no ano de 1.980, e a minha mãe deu o nome de João Paulo ao meu irmão, tão grande foi a admiração por esse Papa.
Gostei também do comentário anterior, de Rogério Pereira...
"Assim seja", o Almirante terá dito.
Beijinhos do Brasil/ Mery
Sua Santidade, o Papa João Paulo VI,
ResponderEliminarsempre despertou respeito e admiração
até por parte dos ateus, como meu marido.
Sua expressão doce refletia luz e paz. Deu exemplos dignificantes, conforme noticiado pela mídia à época.
"Sede homens de Justiça..."
Grande abraço.
O Papa João Paulo VI despertou, sempre, muito respeito e admiração pois era uma pessoa que tinha um semblante doce e seus olhos refletiam muita ternura.
ResponderEliminarQue maravilha esta postagem Luís.
ResponderEliminarNarrada de forma tão entusiasta que senti esse entusiasmo para chegar ao fim.
Outros tempos...
Um abraço
Um momento de muita fé e enriquecimento ao amor próximo entre nós cristãos. Temo pela escassez desses momentos em um futuro próximo.
ResponderEliminarAbração.
É impressionante: por um lado a gente simples volta para suas casas, iluminadas pela fé em algo transcendente; pelo outro, discretamente, os políticos, sempre cercados de seguranças, como se vivessem com medo de suas próprias consciências e cientes de sua impopularidade. Isto não é em Portugal, é em todo lugar. Felizes de nós que estamos do primeiro lado. Gostei do seu texto e de sua reflexão. Um abraço, Angela
ResponderEliminarhttp://noticiasdacozinha.blogspot.com
Pergunto-me muitas vezes, onde está toda essa bondade e ternura dos homens quando se juntam, por Maria, por Deus e pela fé, em Fátima? Não a sinto no dia a dia... a mesquinhez, a inveja a falsidade, os interesses próprios, grassam e crescem entre os homens desde que me conheço! Nos ultimos anos, tenho até conhecido a maldade no seu pior através da discriminação e desinteresse de grande parte da sociedade pelos mais fracos... pelos diferentes... Lamento este meu sentir mas quando as pessoas se juntam aos milhares em Fátima e noutros locais de peregrinação, deviam ter os corações mais limpos e puros em cada momento e olhar para o seu semelhante com mais amor! É que "não bate a bota com a perdigota".
ResponderEliminarAbraço
Você é um dos agraciados com um selinho no meu blog. Abraço, Angela
ResponderEliminarhttp://noticiasdacozinha.blogspot.com
"Sede homens de Justiça.....um resumo que conservo de memória."
ResponderEliminarQue palavras bonitas as do Santo Padre!
.
"Lá dizia o Frei Tomás, ouve aquilo que eu te te digo e não olhes para aquilo que eu faço".
.
Os portugueses são gente de fé, de romarias e bailaricos. E lá vão eles de toda a maneira e feitio para a Cova da Iria, como vão para um concerto do Toni Carreira.
.
Comunhão e extrema-unção cada qual toma a que quer.
Ola tudo bem?
ResponderEliminarTer VOCÊ como amigo e vistante do blog da Curiosa e dos demais mais blogs meus, é ter a certeza da conquista sincera dessa AMIZADE.
Por isso compartilho um lindo e belo final de semana, cheio de PAZ, SUCESSO E ALEGRIA.
Muito obrigada pelo seu CARINHO.
Carinhosamente,
Sandra
Muito bem senhor Luis uma forma de conhecer história do nosso país.
ResponderEliminartambém de só agora eu me aperceber que afinal também eu já estive ao lado desses dois carros no museu do caramulo e que tu tanto me chamas-te a atenção para eles.
Afinal tinhas razões para isso heheheh.
Beijinho e continua a escrever estas muito bem e o teu blog é especial.
É visivel a forma como os princípios religiosos que defendes vão ao encontro das preocupações sociais e políticas daquela altura, do meu ponto de vista muito bem colocados.
ResponderEliminarPor tudo isso, o meu abraço sincero
João
Será que os que rezam não o fazem como deve ser? A situação está mal e as previsões para o futuro próximo não são boas, infelizmente!
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
Abraço,
António
Agradeço as suas sempre belas palavras de incentivo, na agradável visita que me fez!
Papa João Paulo VI,
ResponderEliminarfoi um bom Homem...sempre cheio de sabedoria e sensatez
brisas doces para todos*
Meu bom amigo Luís!
ResponderEliminarNunca fui ver o Papa, nem puxei o manto ao Salazar.
No primeiro caso nunca lamentarei o não o ter feito ... já do segundo não digo o mesmo.
Beijinho
Ná
Nós - gente do povo- somos por natureza crentes e devotos de Nossa Senhora! Ainda bem que, de certo modo, se conserva a fé!
ResponderEliminarContudo, estou de acordo com alguns comentários aqui expostos: Hoje vai-se a Fátima, em estilo de romaria e excursão, a ouvir o Tony Carreira como alguem aqui disse.
Mas esta "leveza" não se passa "só" no santuário! É ver a saída das missas...é ver a ligeireza com que se aproximam dos sacramentos...Ficam melhores? Infelizmente não! Sou católica praticante, catequista, cursista e estou onde a Igreja precisa de mim.
Sempre levei uma vida de fé a par de uma conduta a condizer. Não poderia passar nenhum testemunho de Cristo às "minhas " crianças e aos "meus" jovens se não fosse uma pessoa alegre, comprometida com os outros, com a vida e com a fé!
Não há duas medidas! Ou se é verdadeiramente cristão ou não!Jesus não pactuava com a hipocrisia e dizia muitas vezes: "Que o teu Sim, seja Sim e que o teu Não seja Não!
Obrigada Luis por esta postagem! Bj
Graça
texto mais que informativo, mesmo eu com minhas limitações religiosas.
ResponderEliminargrande abraço.
Luís,
ResponderEliminarO meu pai nasceu e cresceu na casa ao lado de Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão).
E ainda levou uns tabefes dele.
De Paulo VI não tenho grandes memórias.
João Paulo II continua a ser, pessoalmente, quem mais se aproxima da minha visão ecuménica.
Que linda essa postagem, Luís. E um texto mais que informativo.
ResponderEliminarum abraço.
Devem ter sido anos muito complicados
ResponderEliminarAbraço
Com o carinho de sempre venho
ResponderEliminardesejar um feliz Domingo.
E hoje pedir a você se tiver um
tempinho deixar sua solidariedade.
A um amigo poeta que no momento
passa por um momento dificil.
E tenho um carinho muito grande
por ele embora nunca tenha homenageado
ele no meu blog.
Mais não devemos nos silenciar
quando um pessoa sofre uma palavra
ou um frase de carinho pode fazer a diferença.
Nossa maior virtude é amar o próximo como a ti mesmo.
Um beijo no coração,Evanir.
Uma semana de muita paz pra ti meu amigo...abraços.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarNesse célebre dia, já não me lembro se foi no dia 12 ou 13 de Maio de 1967, estava eu em Leiria, havia uns meses. Tenho umas fotos que tirei à passagem do Papa Paulo VI e à entrega das chaves da cidade no Largo 5 de Outubro de 1910, mesmo ali em frente ao Banco de Portugal (agência).
Recordo-me perfeitamente desse "milagre" que foi o tempo ficar de feição precisamente durante a visita de Paulo VI.
Como nessa altura ainda não tinha 21 anos, não tinha esse problema de ir votar na União Nacional.
Nunca me pressionaram para votar antes do 25 de Abril de 1974, mas sei de casos em que as pessoas tinham alguns problemas por não terem ido votar.
Aliás, também não percebíamos nada do que se passava em termos políticos, no país e "lá fora".
Só quando fui mobilizado para Moçambique é que comecei a ler uns livros clandestinos que me chegaram às mãos. Por acaso até iam da Metrópole, através dum camarada do meu curso SAM do Lumiar. É que fomos todos para Moçambique.
Antes, só umas amostras do que era a Pide, quando andei a estudar no Porto. Lembro-me de movimentações inesperadas, de alguns a pisgarem-se pelas janelas da casa de banho, etc. Uma bruma na minha memória...
Um abraço
Um belo texto Luís, realmente a história nos deixam com saudades. Havia momentos bons e ruins. Basta valorizar tudo o que aprendemos.
ResponderEliminarGrande Abraço, Amigo!
Bom dia, Luis,
ResponderEliminarEm 1967 estava eu bem longe, em Moçambique.
Foi muito bom ler o teu esclarecedor texto,que nos faz reflectir sobre a visita do Papa PAULO VI e das circunstâncias em que ocorreu.
Parece até que também estive presente.
Um abraço,
Jorge
Uma bela semana pra ti meu amigo...abraços fraternos.
ResponderEliminarOlá Luiz. O que me chamou a atenção nesse bem escrito texto foi o antagonismo das consciências. A gente simples, embuídas da fé, do respeito e da consciência de Deus em suas vidas, em claro contraste com as pesadas vibrações dos políticos. Isso ainda é uma realidade. Grande abraço.
ResponderEliminar*Querido Amigo Luís Coelho !!! *
ResponderEliminar*Como você está ?! Tudo bem ?!
*Luís, em 13 de Maio de 1967, eu
tinha apenas quase 07 anos de
idade !!! (*Sou do dia 02 de Julho
e este ano, completei 51 anos de
idade !!!).
*Luís, tenho vontade de
conhecer o teu país e ir rezar no
Santuário de Nossa Senhora de
Fátima !!! Em maio deste ano,
conversando com um dos irmãos
do Mosteiro Belém aqui na minha
cidade, ele observou para mim
que no Santuário de Fátima a FÉ
dos peregrinos é algo
ADMIRÁVEL !!! Ele afirmou-me com
SEGURANÇA que se trata do lugar
aonde ocorre um número maior de
DEVOTOS donos de uma FÉ
INENARRÁVEL !!!
*Mudando de assunto ...
*Luís, ao contrário de ti, AMO
bolos, chocolates e PIZZAS !!!
São DELICIOSOSSSSSSSSSS !!!
*Luís, estou FELIZ porque estou
de FÉRIAS em casa e ... minha
filha também está de férias da
faculdade e está aqui em casa
comigo !!! (*Ela mora em Itabira -
Minas Gerais ! Outra cidade !
Outro Estado !!! Ela cursa
Engenharia de Saúde e Segurança
do Trabalho na UNIFEI -
Universidade Federal de Itajubá !
Só que o curso dela fica no
Campus de Itabira, duas horas
depois de Belo Horizonte, a
capital de Minas Gerais !!!).
*Luís, por causa do tempo SÊCO
que nos envolve aqui na nossa
cidade, estou com bronquite, ASMA
e rinite ! Todavia, já estou
medicada e já começo a apresentar
melhoras ! *Graças a Deus !!! (*A
idade só dificulta "certas
situações " para nós; né ?! kkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk).
*Meu amigo, muito obrigada
pelos teus comentários no meu
amado *Caderninho e tenhas uma
ABENÇOADA semana ao lado dos
teus !!!
*Fiques com Deus.
*Beijossssssssssss.
P.S. - *Minha filha se chama
TÂNIA !!! :D
Em 1967, com 13 anos, não tinha muita noção entre o bem e o mal, muito menos concepções políticas. Hoje, aos 56, continuo sem ter convicções sobre política e religião, a não ser a de que não confio em nenhuma das duas.
ResponderEliminarAcredito na política, mas não nos políticos. Acredito em Deus, mas não na religião.
Sua narrativa tem o condão de nos incluir na aventura, no momento do fato. Saudades.
Beijokas.
Olá Luís!
ResponderEliminarEntrei e viajei com seu belo texto!Um momento que não vivi e pude conhecer através de seus olhos.
Beijos pra ti!
Olá, Luis!
ResponderEliminarNão sou propriamente uma alma religiosa, embora acredite piamente que aqueles que verdadeiramente o são terão uma vida mais fácil; especialmente nos momentos mais difíceis, de desânimo, quando já não há muita esperança na vida, nem forma de encontra consolo.Mas respeito todos aqueles que o são, desde que sejam boa gente - o que como sabes não acontece com todos.
Nem todos nascemos com esse dom de acreditar, e felizes serão aqueles que acreditam.
O enquadramento do texto é deveras adequado, fazendo o contraste entre formas opostas como dois homens eram olhados: uma amado, outro odiado.
Um abraço amigo.
Vitort
Caro Luís
ResponderEliminarPasso só para lhe deixar um abraço após o regresso.
Li este excelente post, que me fez recordar tempos que gostava que não voltassem, mas já vi que tenho muitas outras coisas interessantes para ler. Terá de ficar para mais tarde, depois de cumprir as visitas a todos os leitores e leitoras amigos.
Até breve
Isto é História, a História deve ser contada por quem a viveu...as fontes mais importantes depois do movimento da Escola dos Annales, são mesmo o testemunho do povo!
ResponderEliminarA religião era praticada em minha casa de forma muito moderada...o anti-salazarismo era uma militância dentro daquilo que na altura podia ser feito! Não vivi este acontecimento!
Abraço,
Manuela
Assunto muito interessante, Luis. Adorei os comentários todos, mas assino em baixo do da nossa amiga Graça. Há muita fé e Esperança na Srª de Fátima, mas infelizmente nem tudo o que se vê é fé, mas antes uma oportunidade para festa e passeio. Sou cristã, mas sou muito autêntica e gostaria de ver a religião a que pertenço praticar aquilo que diz nas Homilias; por não ver,me afastei um pouco; ´já muitas vezes me convidaram para ser catequista; não aceitei, não por me achar incapaz de ensinar, mas por saber que teria problemas; não seria capz de dizer às crianças muitas coisas que os nossos padres gostam de divulgar. Prefiro ficar no meu canto nesta área e deixar a catequese para outras pessoas mais capazes e que tenham nas suas paróquias chefias mais autênticas. Assunto muito pertinente, este. Luis. Obrigada pela coragem de o abordares. Um beijinho
ResponderEliminarEmília
Oi Luiz, uma linda postagem, e muito valiosa. O Papa João Paulo VI sempre foi muito respeitado e admirado pelo povo. Um abraço e ótima semana.
ResponderEliminarMi querido amigo, antes de llegar por primera vez a Fátima en 1974 me despertó una cruz inmensa
ResponderEliminarmuy cerca de los ojos, y todo extrañado comentaba y preguntaba...A la pocas semanas mi asombro fué total: Era la cruz de la cúpula-fachada de la Basílica de Fátima...He vuelto muchas veces...
Un abrazo muy fuerte y siempre unidos.
Caro Luis,
ResponderEliminarSem dúvida, seu texto é muito importante do ponto de vista da História.
Portugal não merecia ter a ditadura que teve; os nossos irmãos portugueses são por natureza de paz, amigos e solidários.
Mas, como tudo passa, essa figura horrenda do Salazar também passou.
Um grande abraço,
Pedro Luso.
Meu querido Luís
ResponderEliminarQue alguém escreva a não deixe esquecer factos que fizeram parte da história.
Deixo um beijinho
Sonhadora
MEU BOM LUÍS COELHO,POETA E ESCRIBA AMIGO FRATERNO,CRAVEIRO EM MANAUS AINDA CRIANÇA CONHECI E LONGAS HORAS,O VI COM MEU PAI DIALOGANDO,INESQUECÍVEL SUA VISÃO DO MUNDO,ISSO NA CIDADE DE MANAUS,MINHA TERA NATAL.
ResponderEliminarTE ABRAÇO
VIVA LA VIDA
Caro amigo
ResponderEliminarAs histórias
que nos falam
de fé,
tem o poder
de nos lembrar
o melhor das
esperanças
que nos habitam.
Que os sonhos te envolvam
a vida, sempre...
oi Luis,
ResponderEliminarHomens, sede homens.
Sede homens cordatos e pacíficos. Sede homens de bem, de paz.
acho que não existe nada mais significativo,
pena que nos esquecemos de lembrar dessas sábias e santas palavras...
beijinhos
Olá,Luís!!
ResponderEliminarVim lhe desejar um belo dia!
FELIZ DIA DO AMIGO!!
Que possa ter sempre em sua vida a luz da amizade!
Beijos!
Amigo Luis já voltei das férias, foram curtinhas apenas uma semanita, mas deu para descansar. Sendo hoje o dia internacional da Amizade e do Amigo, passei especialmente para agradecer a sua companhia, as gentis mensagens que deixa no meu cantinho, o seu carinho e acima de tudo a sua amizade.
ResponderEliminar“A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.” (Ralph Waldo Emerson)
Um abraço bem apertadinho e um grande beijinho
Maria
Caro Luis
ResponderEliminarVenho deixar um abraço muito especial neste dia da Amizade.
Fique bem