(foto google)
Quinta-feira depois
do almoço era dia Santo e também na parte da manhã de Sexta-feira Santa. Ninguém ia para os campos trabalhar. Era assim que se fazia nos meus tempos de menino. Não havia TV nem cerimónias religiosas onde pudessem participar.
Abriam-se as portas e as janelas e desarrumavam a sala e os quartos. Levavam as camas, as cadeiras e toda a tralha para a rua. Geralmente eram dias de muito Sol.
Os filhos ajudavam naquelas mudanças.
Depois apenas o pai ficava dentro da sala e começava a caiar as quatro paredes. Era cuidadoso para não pingar o sobrado nem as madeiras do tecto. Tinham de ser rápidos. O tempo corria e eles queriam deixar tudo pronto naqueles dois dias.
Quando aquela divisão ficava caiada, pronta, ele passava para a seguinte e logo a mãe, munida de um balde com água , uma barra de sabão azul e uma escova de piaçaba iniciava a limpeza geral. Ajoelhada no chão ia esfregando, com força, todo o sobrado. Depois passava com um esfregão que ia molhando e torcendo dentro do mesmo balde. Viam-se a gotas de suor a escorrer pelo rosto mas as suas mãos nunca paravam.
Os filhos andavam no jardim. Eram dois pequenos canteiros de terra formando dois quadrados em frente da entrada principal. Limpavam as ervas e faziam um pequeno muro de terra a toda a volta. No fim calcavam tudo, por cima e dos lados, com a pá do sacho conferindo-lhe um aspecto agradável.
Deviam ainda limpar as canas (bambu) mais miúdas para fazer uma nova cercadura.
Abriam-se as portas e as janelas e desarrumavam a sala e os quartos. Levavam as camas, as cadeiras e toda a tralha para a rua. Geralmente eram dias de muito Sol.
Os filhos ajudavam naquelas mudanças.
Depois apenas o pai ficava dentro da sala e começava a caiar as quatro paredes. Era cuidadoso para não pingar o sobrado nem as madeiras do tecto. Tinham de ser rápidos. O tempo corria e eles queriam deixar tudo pronto naqueles dois dias.
Quando aquela divisão ficava caiada, pronta, ele passava para a seguinte e logo a mãe, munida de um balde com água , uma barra de sabão azul e uma escova de piaçaba iniciava a limpeza geral. Ajoelhada no chão ia esfregando, com força, todo o sobrado. Depois passava com um esfregão que ia molhando e torcendo dentro do mesmo balde. Viam-se a gotas de suor a escorrer pelo rosto mas as suas mãos nunca paravam.
Os filhos andavam no jardim. Eram dois pequenos canteiros de terra formando dois quadrados em frente da entrada principal. Limpavam as ervas e faziam um pequeno muro de terra a toda a volta. No fim calcavam tudo, por cima e dos lados, com a pá do sacho conferindo-lhe um aspecto agradável.
Deviam ainda limpar as canas (bambu) mais miúdas para fazer uma nova cercadura.
Já
tinham ido à Igreja, cumprir a outra obrigação. Fazer, cada um a sua confissão. Era
obrigação dos católicos confessarem-se e comungarem uma vez por ano – pela Páscoa da Ressurreição.
As portas e janelas estavam abertas de par em
par. Corria um ar fresco que espalhava um aroma muito agradável no interior da
casa. Cada um fazia o seu trabalho como uma empreitada, desejosos de a
concluir. A noite aproximava-se rapidamente.
Não
se podia cantar na Sexta-Feira Santa.
O Senhor Jesus estava morto e pregado numa Cruz.
Os homens maus puseram-No lá. Algumas pessoas diziam que foram os judeus, mas outros afirmavam que foram os sacerdotes do templo. Agora dizem-nos que foram os nossos pecados que condenaram Jesus. Acredito que a maldade dos homens e as guerras que matam os inocentes também mataram Jesus.
Ele disse:
- Não matarás, nem cometerás adultério. Amarás ao Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto.
Jesus apenas fez o bem. Deu pão aos famintos, curou os cegos, os surdos e até os paralíticos andaram. Ressuscitou o amigo Lázaro e a filha de Jairo.
Os grandes tinham inveja. Não acreditavam nos Seus milagres. Jesus fazia-lhes frente pela eloquência das Suas palavras. A Sua presença era agradável. Tinha firmeza e autoridade. Até os demónios O temiam e Lhe obedeciam.
O Senhor Jesus estava morto e pregado numa Cruz.
Os homens maus puseram-No lá. Algumas pessoas diziam que foram os judeus, mas outros afirmavam que foram os sacerdotes do templo. Agora dizem-nos que foram os nossos pecados que condenaram Jesus. Acredito que a maldade dos homens e as guerras que matam os inocentes também mataram Jesus.
Ele disse:
- Não matarás, nem cometerás adultério. Amarás ao Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto.
Jesus apenas fez o bem. Deu pão aos famintos, curou os cegos, os surdos e até os paralíticos andaram. Ressuscitou o amigo Lázaro e a filha de Jairo.
Os grandes tinham inveja. Não acreditavam nos Seus milagres. Jesus fazia-lhes frente pela eloquência das Suas palavras. A Sua presença era agradável. Tinha firmeza e autoridade. Até os demónios O temiam e Lhe obedeciam.
Jesus
foi o agitador das multidões. As povoações seguiam-No e todos tinham alguma
coisa para Lhe pedir. A Sua bondade não tinha limites.
Cantaram e aclamaram-No no Domingo de Ramos e Jesus beijou as crianças.
- “Deixai vir a mim os pequeninos porque é deles o Reino dos Céus”
Cantaram e aclamaram-No no Domingo de Ramos e Jesus beijou as crianças.
- “Deixai vir a mim os pequeninos porque é deles o Reino dos Céus”
Ele
sabia quem era o traidor. Olhou-o nos olhos e disse-lhe:
- “ É com um beijo que me entregas? Melhor seria que não tivesses nascido Judas porque o teu castigo será grande”.
- “ É com um beijo que me entregas? Melhor seria que não tivesses nascido Judas porque o teu castigo será grande”.
Como
um cordeiro Jesus permite que os homens O maltratem e O torturem. Permite que O
troquem por um grande salteador e depois que O crucifiquem.
Jesus vê a justiça lavar as mãos da Sua morte. Afinal ninguém defende os inocentes, nem os justos. É mais seguro ficar do lado dos poderosos.
Jesus vê a justiça lavar as mãos da Sua morte. Afinal ninguém defende os inocentes, nem os justos. É mais seguro ficar do lado dos poderosos.
Perto
do fim Jesus grita com as forças que ainda lhe sobram: - “Pai perdoa-lhes! Eles
não sabem o mal que fazem”
Jesus sofreu, amou e perdoou.
Ninguém
poderá compreender aquele sofrimento. Jesus ofereceu-se ao Pai em troca do perdão para os pecados dos homens.
Sepultaram-No e guardaram-No, mas Ele venceu a morte, ressuscitando de entre os mortos e agora vive glorioso entre as estrelas do Céu.
Jesus ressuscitado fortificou os seus discípulos na fé e na esperança e enviou-os a ensinar este amor e este perdão distribuído gratuitamente por todos nós até ao fim dos tempos.
Sepultaram-No e guardaram-No, mas Ele venceu a morte, ressuscitando de entre os mortos e agora vive glorioso entre as estrelas do Céu.
Jesus ressuscitado fortificou os seus discípulos na fé e na esperança e enviou-os a ensinar este amor e este perdão distribuído gratuitamente por todos nós até ao fim dos tempos.
Luíscoelho,2014/04/20
Lindo o seu texto sobre a sua Páscoa. Afinal, todos temos a nossa Páscoa, feita de recordações de uma vida inteira...
ResponderEliminarBom Domingo de Páscoa!
Um abraço
Lita
Muito lindo o teu texto profundo e reflexivo, entremeado de tuas lembranças!
ResponderEliminarFeliz Páscoa! abração,chica
É vero meu caro Luis
ResponderEliminarMinha mãe era muito religiosa e todos os dias explicava um pouco da Bíblia.
Um dia ela disse: Jesus é imortal, onipotente, onisciente e Ele é além da compreensão humana.
Boa Páscoa
Beijos
Lua Singular
ResponderEliminarCaro Luís
Adorei o seu texto.
Dava uma certa segurança esses costumes, essa maneira de fazer as coisas de conformidade com as estações do ano ou as festas religiosas ou populares. Um ritual trabalhoso, mas todos sabiam que era assim que devia ser.
Páscoa é um tempo de passagem e de renovação, de reflexão e de escolhas. Gostei da sua reflexão e da mensagem aqui deixada através das suas palavras.
Boa Páscoa!
Abraço
Olinda
Como sempre uma reflexão perfeita, tudo tinha que ficar limpinho como novo para a comemoração da nova vida que Jesus nos ofereceu e oferece eternamente, costumes simples que muito significavam, adorei passar por aqui, abraços e que tua Páscoa tenha sido repleta de paz, amor e fé, Luconi
ResponderEliminarOlá Luís,
ResponderEliminarMuitas transformações já ocorreram na celebração da Semana Santa e da Páscoa. Lembro-me que quando criança havia luto total na sexta-feira da paixão. Não podíamos nem levantar o tom de voz que nossa mãe já nos olhava com repreensão. Grande parte dos costumes foram alterados, mas ainda bem que persiste nos corações de fé o verdadeiro sentido da Páscoa, quando se busca renovação no bem, no amor e na fraternidade.
Ótimo texto e muito prazeroso de ler.
Espero que sua Páscoa tenha sido abençoada e feliz.
Abraço.
Costumbres y Tradiciones que muchas se perdieron.
ResponderEliminarAfortunadamente han vuelto a resurgir aquí, en España.
Nosotros, cuando eramos pequeños, el domingo de Ramos era un día de los más especiales, donde estrenábamos ropa, íbamos a Procesiones y estábamos todo el día jugando.
Un Saludo. Abraços.
Páscoa é isso mesmo, luís - um tempo novo, russerreição.
ResponderEliminarGrande abraço e votos de boa semana!
Raras pessoas com o Senhor entendem bem o que significa a pascoa! abração, e muita paz!
ResponderEliminarOlá, Luís.
ResponderEliminarBelas memórias, sábias palavras.
Um abraço e ótima semana para você!
Hola Luis, también en mi infancia viví la Semana santa como usted describe. A partir de las 3 de la tarde ya no se podía barrer ni hacer ningún trabajo.
ResponderEliminarHoy las cosas han cambiado, pero sigue siendo un tiempo muy especial para el cristiano.
Jesús ha resucitado !Aleluya!
Un abrazo
Sor.Cecilia
Ensinamentos milenares que atravessarão por todos os séculos...Amém! Isso, apesar de todas as transformações dos bons costumes!
ResponderEliminarUm texto pleno de verdade e beleza, Coelho. Um beijo!
Um belíssimo texto que me recordou algumas coisas esquecidas na infância.
ResponderEliminarUm abraço
O tua Páscoa é linda.
ResponderEliminarAs pessoas, como tu, que acreditam e tem essa maravilhosa fé e tem o condão de a transmitir são um exemplo.
A minha admiração e agradecimento.
Gostava de ser assim!
Um abraço
Que bonita era a Páscoa antigamente! A tua e a minha! Cumpriam-se os preceitos todos: os da fé, da casa e da família! Tiravam-se os cortinados, os tapetes e tudo era limpo ao pormenor ...Durante a semana arrumava-se a alma: "Abençoai -me,padre, porque eu pequei" e no domingo andávamos de casa em casa: "Aleluia, aleluia, o Senhor ressuscitou" E lá vinha mais um pacote de amêndoas... Obrigada por mo teres lembrado.
ResponderEliminarAbraço e bom fds
Graça
Meu amigo
ResponderEliminarUm texto que me dez voltar no tempo à Páscoa da minha infância onde tudo era tão diferente, ou então era eu.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
~ Já perdi os comentários duas vezes! Vamos ver se é desta.
ResponderEliminar~ Viajei para poder passar a Páscoa com familiares, pelo que, lamento não ter confraternizado com este simpático blogue.
~ Gostei muito de ler a sua postagem. Faz lembrar-me a Páscoa da minha infãncia.
~ As limpezas profundas, estavam ligadas ao ritual de renovação. Ainda hoje guardo esse hãbito e o de decorar a casa com flores brancas.
~ Na cidade onde vivia, também havia a visita pascal, que completava o cerimonial religioso.
~ ~ Que a benção de Deus perdure no seu lar e proteja a sua família. ~ ~
~ ~ ~ ~ ~ Abraço amigo. ~ ~ ~ ~ ~
Belas recordações pascais.
ResponderEliminarCuriosamente, na minha família a Páscoa nunca foi uma festa muito importante. Lembro-me da grande "seca" que era ter de esperar pela visita do pároco no Domingo, de gostar de ver a procissão do Enterro do Senhor, e de em tempos mais recuados na minha zona, se trabalhar à sexta feira santa, mas havia segunda feira livre para se ir passar o dia para o campo, em família, com almoço em farnel, ou então para quintas de gente amiga.
Agora é apenas ocasião para visitar minha Mãe.
*Texto lindíssimo, amigo Luís !!! :))
ResponderEliminarAinda em tempo : Feliz Páscoa !!! :))