Foto do google -identificada.
Foi uma revolução há muito tempo. Tempo demais. Precisamos de uma nova revolução.
Os micróbios apoderaram-se do bolo e teimam em comê-lo todo.
Nunca estão satisfeitos. A cada dia querem mais, muito mais. Criaram impostos sobre outros impostos e roubam o pão do povo.
Depois aparecem dentro das nossas casas bem falantes, bem parecidos e convencidos que são os eleitos, os escolhidos pelo voto popular.
A TV dá-lhes carta branca e a imprensa fica em meias palavras e muito medo...
E gritam bem alto:
- Nós fomos eleitos! Não gostam emigrem...O que vier a seguir será ainda pior...
Esquecem-se das suas promessas. Dão o dito pelo não dito. Atacam o pobre e o rico.
O quadro agora completa-se com alianças. Jogos de compadrio.
Uns são poucos mas com outros poucos conseguem uma maioria. Finalmente aprovam toda a espécie de leis que os protegem.
Dobram o poder judicial e subjugam o povo.
Dobram-se ainda aos interesses do capital e aos interesses estrangeiros.
Outros que se seguem e que tudo prometem nada mais farão que continuar esta contra-dança:
- Ora viras tu, ora viro eu...
No meio de tudo isto cresce a fome nas praças e ruas e os campos estão desertos de searas e pão.
Cresce a ganância de lugares políticos onde a impunidade e futilidade lhes dão protecção.
Sobra-nos um povo triste, pacato e empobrecido com estes desmandos à saúde, à educação e ao bem estar social.
A Igreja abotoou-se num silêncio comprometido.
Chegou o tempo de falar e dizer que acabou o tempo da mentira, do roubo, da impunidade política que nos conduziu até aqui.
Só assim será Abril .
Só assim os cravos renascerão em cada boca e em cada olhar com sabor de Prosperidade, Fraternidade e Liberdade.
luiscoelho
Abril 2015,26
Hoje não há meios para se fazer uma revolução como aquela amigo. Desde logo porque não temos militares formados como outrora com um código de honra a toda a prova e treinados na guerra. Hoje os militares são na grande maioria mercenários que nunca passaram por uma formação capaz, e que só por lá andam enquanto não encontram outra coisa. Depois o povo hoje acomodou-se.
ResponderEliminarRefila, faz manifestações ( muitos deles não por convicção, mas para conviverem, já que a solidão campeia pelo país), mas na hora em que tem o destino do País nas mãos, a hora de ir às urnas e dizer basta, o que faz? Vai para a praia, para o futebol, ao cinema, namorar, ou simplesmente fica no sofá entretido com a TV. E nós, os que vivemos antes do 25 de Abril, que vemos o aqueles tempos como um precipício perigoso, para o qual vamos escorregando, estamos demasiado cansados e velhos para uma revolução.
Um abraço e um bom Domingo
ჱ‿
ResponderEliminarEssa triste história se repete em quase todo lugar.
Bom domingo! Boa semana,
com tudo de bom!!!
Beijinhos.
ჱ╮
ه°ჱ~
Acabar com as mentiras é sempre preciso, aqui, lá e acolá!! Uma data a ser lembrada! abraços, lindo domingo!" chica
ResponderEliminarCaso não se soubesse que esta crônica se refere a Portugal. dir - se - ia que trata-se do Brasil...
ResponderEliminar...As "sutis" diferenças, são as datas e o continente! É preciso protestar, ir às ruas...gritar!
Bom domingo, Coelho, mesmo com indignação...
A Igreja não se abotoou em silêncio nenhum, amigo Luís. À Igreja convém que estes fascistinhas estejam lá como lhe conveio no tempo do ditador. Quanto mais ajoelhado estiver o povo, mais reza... ...
ResponderEliminarMais não seja para podermos abertamente fazer estas críticas, o que nos vai na alma, valeu a pena.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
A revolução só poderá fazer-se em cada um de nós. Tudo o que se tem visto são intenções que passam invariavelmente pelo tão português "quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte".
ResponderEliminarO pior é que, amigo Luis, o bolo parece não chegar para todos, tal é a sofreguidão e insatisfação. Para cúmulo "as tais alianças" servem até para nos levar os dedos. A igreja faz "vista grossa" como nos tempos do "outro senhor". O voto ponderado deve ser a "arma" do povo.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana, para ti.
Jorge
Meu amigo subscrevo e concordo com tudo que escreveu.
ResponderEliminarJá é tempo de fazermos algo com a liberdade que Abril nos concedeu.
beijinho
Fê
A situação aqui não anda muito diferente, amigo. Belíssimo texto
ResponderEliminarDeve ser sinal dos tempos, pois por aqui as coisas não diferentes.
ResponderEliminarEssas palavras deveriam ecoar no Brasil, onde as mazelas provocadas estão num estado cancerígeno.
ResponderEliminar~~
ResponderEliminar~ ~ ~ Subscrevo o comentário do Pedro...
~ ~ ~ É preciso dissociar a heroicidade dos capitães de Abril e a exemplar
revolução - sem sangue que possibilitou a conquista de direitos fundamentais
de cidadania - do descalabro de governos incompetentes e da ignominiosa
abstenção nas urnas. Estas são outras histórias...
~~~~~~~~Abraço amigo-----------------------------------------
~ ~ ~
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ResponderEliminarEu vim trazer um novo abraço
para o meu amigo de todos os
dias.
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Olá Luís,
ResponderEliminarUma manifestação de indignação e insurgimento bem inflamada.
Tive a impressão de estar lendo sobre a situação atual do Brasil. Tudo igual, infelizmente.
Em meu tempo de vida é a primeira vez que vivencio uma situação tão desoladora, tanto aqui, quanto no mundo.
É certo que elegemos mal, mas quem elege também pode mudar uma situação. Estará sempre nas mãos de um povo corajoso a sua libertação, respeito e dignidade. #Oremos!!
Abraço.
Voltei a passar, como há já três anos, o filme de Maria de Medeiros.
ResponderEliminarÀ saída uma aluna, das novas, disse-me, fez-me chorar, emocionante! Respondi-lhe que a mim também me fez chorar, mas desta vez por outro motivo. Por impotência, por não ter sido possível fazer realidade tão belo sonho.
Abraços
Gosto de todo o texto, mas sublinho a frase "Os micróbios apoderaram-se do bolo e teimam em comê-lo todo."
ResponderEliminarÉ uma frase absolutamente correcta, infelizmente. Seria bom dar cabo deles antes que nada reste do bolo, e então talvez seja necessário "cozinhar" outro bolo...
Entre um governo que faz o mal, e o povo que o consente, hà uma espécie de cumplicidade vergonhosa.
ResponderEliminarVictor Hugo.
Se consentir, é ser cúmplice, votar neles é o quê?
A nação é de todos! A nação tem de ser igual para todos! Se a nação nao é igual para todos é porque o estado se tornou ... Todos devem saber o que dizia Aquilino Ribeiro In quando os lobos uivam.
Um povo resignado, humilde, macambúzio sem a energia de um coice, um mostrar de dentes que nem força tem para sacudir as moscas com as orelhas. (Guerra Junqueiro In patria em 1896.