Preso nas minhas asas doridas
Pelas lutas do vento e do tempo
Aquieto-me no silêncio escuro
Ouvindo apenas o barulho das letras
Correndo em descargas electricas.
Quero reter e guardar estes gemidos
Numa folha de papel pardo
Transformado em saco ou pacote
Onde fiquem as palavras e as letras
Que já não cabem em mim.
Preso na saudade que areja o quarto
E levanta o pó e as folhas desalinhadas
Vou sacudindo umas palavras frias
Nas letras desagregadas que me fogem.
Lentamente o som fica moribundo
Com o peso das letras sobrepostas
Que me escapam entre os dedos
Rebeldes e saturados destas ventanias.
luiscoelho
"... E de novo acredito que nada do que é
ResponderEliminarimportante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares
Abraços com todo meu carinho.
Um lindo final de semana com muito amor e carinho
As letras que guardamos são preciosas, carregadas de tanto desentendimento, tanta loucura...
ResponderEliminarAs vezes eu as descarrego, o meu saco se torna por demais pesado rs
Obrigada por esse belíssimo poema.
olá amigo,passei pra desejar um abençoado fim de semana e me deparei com este lindo poema escorregadio,bem assim o é,quando os sentimentos já não cabem em nosso limitado ser.ficamos como se fossemos explodir de tantas emoções. sai em confetes de luz como o seu. parabens,um abraço.
ResponderEliminarTriste , mas muito belo poema ...adorei
ResponderEliminarUm beijo
Sonhadora