Cantando lindas canções
Trabalhavam todo o dia
Fazendo novas camisas
Outras mais gastas cosiam
Faziam calças e calções
Saias, blusas e combinações
Cantavam para não chorar
Dias de grandes aflições
As mãos guiavam o tecido
Os pés em baixo pedalavam
Só as gargantas cantavam
Num coro de fino gemido
Costureiras da minha aldeia
Moças simples de verdade
Cortando na vida alheia
Com a tesoura da maldade
Alinhavavam os fatos
As provas estavam feitas
Depois de cosidas à maquina
Nunca mais eram desfeitas
luíscoelho
PS - homenagem a todas aquelas que viveram desta profissão e que nos davam os carrinhos de linhas que faziam as nossas delícias.
M. Joaquina Branca da Lagoa, Tereza Mestre da Ortigosa, Beatriz da Ruivaqueira, Anália do Rio do Casal (única sobrevivente).
Todas trabalhavam por conta própria e eram pagas à peça ou ao dia quando se deslocavam a casa das freguêsas.
Que bonita homenagem, as costureiras, peças importantes da antiga economia. E a imagem é linda lembra me a velha maquina da minha avó.
ResponderEliminarNos dia de hoje parecem uma reliquia.
ResponderEliminarum abraço
tulipa
Um poema cheio de ritmo a lembrar o "corridinho" do pano na máquina dominada pela mão feminina.
ResponderEliminarBonito!
E como eu ainda cantei, a canção da costureirinha.
ResponderEliminarÓ linda costureirinha
de agulha e dedal
tens a vida presa à minha
debaixo do meu beiral.
Que linda a sua homenagem feita ás costureiras,
beijinhos de luz e paz em seu coração
Uma linda homenagem num lindo poema.
ResponderEliminarFez-me recordar a máquina que existia em casa dos meus pais,vigualzinha, que todas as semanas costurava as nossas roupas. Naquela época, era habitual a costureira ir às casas particulares uma ou duas vezes por semana...hum, e acabava sempre por ganhar um gato feito de pasta escura, utilizada para fazer os chumaços dos casacos.
Vir aqui foi voltar à minha infância.
Obrigado.
um abraço
Que linda homenagem às costureiras de antigamente.
ResponderEliminarNa minha aldeia também havia várias mas era em Lisboa, onde fui criada, que eu ia a casa da costureira mandar fazer o meu vestuário.
Na aldeia ainda tenho uma relíquia parecida com a da fotografia que o meu pai conserva religiosamente a trabalhar.
Beijinhos
Tens sempre algo de belo a nos passar, sinto-me homenagiada por ser prendada nesta arte, um abraço.
ResponderEliminarMeu querido amigo
ResponderEliminarUma bonita homenagem, mas eu ainda tenho uma máquina de costura parecida com essa.
Beijinhos
Sonhadora
Que show de homenagem lindo, adoro!!Que época maravilhosa eram anos dourados...
ResponderEliminarcom carinho
Hana
Oportuno e bem elaborado poema de homenagem a essas laboriosas artesãs do nosso vestuário de outrora...
ResponderEliminarAs costureiras, marcaram uma época.
Foi uma costureira, da minha terra, [Olinda da Gravelina]- aqui lhe presto homenagem - que fez o meu "enxoval", quando me matriculei, como aluno interno, no Colégio Almeida Garrett, no Porto.
Em minha casa, há uma famosa máquina "Singer" e ainda se costura.
Algumas costureiras, vão reaparecendo nos centros comerciais e fazem oportunos arranjos nas roupas.
Agradecendo o carinho da sua visita.
ResponderEliminar"... Farei o possível para não amar demais
as pessoas, sobretudo por causa das pessoas.
Às vezes o amor que se dá pesa, quase como
responsabilidade na pessoa que o recebe.
Eu tenho essa tendência geral para exagerar,
e resolvi tentar não exigir dos outros senão
o mínimo. É uma forma de paz..."
(Clarice Lispector)
Um abraço amigo prá voce!!
Lindo...muito bela esta homenagem.
ResponderEliminarForte abraço
Mer
Amigo e estimado Luis,
ResponderEliminarNão só uma bonita homenagem como muito bem conduzido do principio ao fim. E esses carrinhos de linha (penso que de madeira), também fizeram as delicias da minha meninice.
Um forte abraço e um excelente fim de semana!
Tocante!
ResponderEliminarTenho uma máquina dessas em casa da mamãe, que ainda funciona. Era da vovó e guardamos com muito carinho porque faz parte da identidade da família.
Estas saudades é que nos faz sentirmos mais humanos.
Beijinhos
Olá amigo!
ResponderEliminarQue linda homenagem! A minha mae tinha uma destas, e como eram úteis num tempo em que nao havia tanta tecnologia como hoje. E o seu poema deu o toque especial e leva-nos a uma gostosa nostalgia...
Grande abraco e um feliz fim de semana!
Luís
ResponderEliminarainda hoje, vem à casa da minha sogra, uma costureira como as do seu poema! Domina a arte de transformar coisa nenhuma num belo casaco ou vestido...
Da minha infância, guardo a memória da Menina Luísa, que não sendo menina era assim chamada e que nos costurava as batas da escola.
Obrigada por nos recordar as coisas e as pessaos boas desta vida!
um abraço
Manuela
Lindissimo poema, uma homenagem muito bonita às costureiras.
ResponderEliminarAo ler fez-me voltar muitos anos atrás e lembrei-me da minha mãe que era costureira e passava longas horas, numa máquina de costura semlhante à da fotografia, não eram tempos fáceis.
Adorei o seu espaço, vou seguir com imenso prazer.
Bom fim de semana
Um abraço
Maria
Linda homenagem. Aqui na minha casa temos uma máquina bem parecida. Já não mais costura, mas a guardamos com carinho pois é uma lembrança da vovó.
ResponderEliminarAbraços,
Cida.
Esta máquina foi-nos oferecida pela minha sogra.
ResponderEliminarFoi reparada e funciona.
A Senhora Carminda ainda gosta de coser ali uns trapos.
Aos 90 anos ainda consegue pedalar e coser com perfeição.
A máquina faz parte da nossa família assim como outras coisas que por aqui guardamos.
A minha mãe teve uma máquina assim...onde costurava a nossa roupa!
ResponderEliminarBonita homenagem, num poema quase ao ritmo do pedal da máquina...Hoje, compra-se tudo já feito, repetitivo e sem aquela vaidade que nos fazia sonhar.
Beijo amigo
Graça
Bom dia.
ResponderEliminarQue homenagem linda. Nossa, minha mãe tinha uma máquina de costura igualzinho a esta (rs). Ela quase nem usava, não tinha tempo.
Passando para dar uma olhadinha nas novidades, como sempre correndo por causa do tempo na lanhouse.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um bom final de semana para você.
Saudações Florestais e Educacionais !
Inaugurei esta semana o meu CADERNO DE RECEITAS, onde pretendo postar, na medida do possível, receitinhas de meus antepassados.
MINHAS RECEITAS:
http://www.blodasreceitas.blogspot.com/ MEU CADERNO DE POESIAS :
http://www.blogdasilnunes.blogspot.com/
Na Ruivaqueira era a Ti Beatriz, lembro-me bem, até porque levei uma sova da minha mãe num dos dias em que foi costurar para nossa casa;ela não tinha dentes e a minha mãe comprava aquele pão fino e macio para lhe dar ao almoço; era caro e mais ninguém, lá em casa, tinha direito a trincar aquela iguaria.Eu, ás escondidas, cortei uma fatia muito fina, para provar; a tentação voltou em força e lá vai mais uma fatia...olha, foi o pão todo...meu Deus, que surra eu levei...
ResponderEliminarUm abraço