segunda-feira, 30 de março de 2015

Pascoa 2015

(foto google)


Nesta Páscoa quero enviar uma mensagem de amor e paz para todos os meus amigos no facebook, no google + e  no blogue – Lidacoelho .
Fomos muitos que nos cruzámos por aqui.
Ninguém é perfeito e eu, simples mortal, não fujo à regra.
as minhas limitações deixam marcas que me ajudam a crescer, rectificar, aprender e compreender.
Cada dia faz parte de uma caminhada que faço com todos vós e a quem quero agradecer o carinho e a amizade.
Bem-hajam pelas vossas visitas, presença amiga e comentários construtivos.
Finalizo com votos de uma Santa Páscoa entre todos os povos da terra = Paz e Bem.

PS = A pedido da Dorli alterei o tipo de letra. A anterior era mais difícil de ler e interpretar. Apresento as minhas desculpas aos que tiveram dificuldade.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Pai e Mãe




Pai

Desenhei o silêncio do teu rosto
Palavras nunca ditas nos teus olhos
Tempo que juntos construímos  
Dias férteis de ledos desenganos
Grandes sonhos de que nunca desistimos.

Desenhei o silêncio do teu rosto
Sorrisos tracejados pelos anos
Estradas longas por onde caminhamos
Nervuras onde o tempo já fez danos
Distâncias onde sempre nos ligamos.

Desenhei o silêncio do teu rosto
Nas palavras escritas no meu ser
Aquelas que guardo e dou valor
Ser Pai é um ser grande com amor
E vivendo se transforma em criador.
Luíscoelho
2014/março/19

=Reeditado= Estas fotos datam de 1940 aproximadamente.
Lá no Céu onde se encontram que Deus os guarde.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Viagem a Viseu - Março/2015


(ruínas)

No sábado ao anoitecer falámos de assuntos pendentes da quinta de Viseu. Era necessário ir ver como estão as coisas e resolver alguns assuntos pendentes.
No Domingo saímos de Leiria cerca das 10 horas. Desta vez seguimos pela A17 até à região da Figueira da Foz e depois tomámos a A14 até à saída Norte de Coimbra. Finalmente seguímos pelo IP3 até Viseu.

Este último é famoso pelos numerosos acidentes rodoviários.
O tráfego é bastante intenso e muitos condutores não respeitam as regras de transito nem o civismo com os outros condutores.
A viagem de ida foi bastante calma. Não havia movimento. 
Na A 17, numa distância de 50 km, contei cerca de nove viaturas que me ultrapassaram. Seguíamos numa média de 100 km/hora. No sentido oposto, do outro lado da autoestrada,  havia  mais movimento.

O Sol radiante iluminava a paisagem  e fazia sobressair o colorido das acácias que bordavam todo o trajecto. O tom amarelo dourado contrastava com o verde dos ramos e dos outros arbustos mais pequenos e mais baixos.
De quando em quando algumas aves maiores pousavam na berma da estrada. Não havia movimento bastante para as assustar ou talvez elas se tenham habituado a viver por por ali em comunhão com a natureza e o trânsito automóvel. 

Penso tratar-se de corvos ou outras aves de rapina que por ali vão encontrando alimentos. Existem répteis que se aventuram numa travessia das faixas de rodagem e acabam esmagados pelas rodas dos carros. Muitas vezes pequenas aves seguindo insectos em voos rasantes, esbarram-se  nos vidros ou na parte lateral dos automóveis.
No final de uma viagem a nossa viatura agradece um banho. Uma lavagem completa para apagar as marcas deixadas pelos mosquitos ou mesmo os dejectos das aves que nos acertam em cheio.

O regresso também foi calmo, mas com muito mais movimento. Chegámos a casa ao anoitecer. 
Muitas pessoas foram passar o fim de semana ao interior.
Depois fazem o retorno aos seus locais de estudo ou de trabalho no Domingo à tarde. 
Ontem já não foi possível fazer a lavagem, mas hoje vou deixar o meu popó  a brilhar. Ele merece. Teve um comportamento exemplar.
Deu-me muitas alegrias nesta viagem. Em subidas e em zonas de 2ª faixa portou-se lindamente deixando outros mais novos e potentes para trás numa boa distância.

Almoçamos em casa de familiares que nos receberam com muita alegria e no final ainda nos carregaram o carro com batatas e muita verdura fresca. Grelos e couves colhidas naquele momento.
Já não fazíamos esta viagem desde a morte da Sra Carminda. Faz este mês um ano. Fomos ao Cemitério onde colocamos um ramos de orquídeas  e fizemos uma pequena Oração.
- Senhor Deus todo poderoso, depois de uma vida de luta e de sofrimento, dai-lhe o descanso eterno na Vossa Luz e no Vosso Amor. Ela que acreditou merece o prémio da Salvação. 

A noite foi silenciosa e acolhedora.
Hoje revi estes apontamentos em memória e resolvi partilhá-los convosco. Espero que me desculpem a ousadia e a simplicidade.
Desejo a todos uma boa semana.
Luíscoelho
Março/2015

sábado, 7 de março de 2015

Despertar

Foto minha- a anterior não sei porque desapareceu.

Despertar

Vim devagarinho para não te acordar.
Quis ver-te, olhar-te sem te incomodar
Os teus olhos meigos deixaram-me sonhar.
Foi o teu silêncio que me veio despertar
Esta força de amor que me faz caminhar.

Há caminhos diferentes em cada pessoa
São momentos nossos que Deus nos doa,
Sonhos que nascem num tempo que voa,
Amantes e amor jamais nos magoa
Em jardins proibidos, floridos à toa.

Meus olhos cansados, fechados não vão,
Transportam a luz que nos dá razão,
Semearam amor e carinho no teu coração.
E agora peço ao Bom Deus protecção:
- Que te guie e guarde.
Luíscoelho
Março/2015

Que Deus abençoe todas as mulheres

domingo, 1 de março de 2015

Domingo à Tarde - 2ª parte

Hoje não fomos fazer nenhum passeio. Decidimos ir às compras. Precisamos de reabastecer o frigorífico para a semana. Os almoços, as merendas e o jantar têm de ficar programados.
Começámos pelo Banco. Depois de actualizar a caderneta e ver o saldo, levantámos o indispensável para as necessidades de cada dia.
De seguida fomos comprar charcutaria, peixe e alguma fruta. Não nos importa a quantidade, mas a qualidade daquilo que compramos. Menos e melhor.
Também já fomos enganados.
Comprámos leite mais barato – promoção, que depois ninguém conseguiu beber. Azedava simplesmente.
Hoje tivemos necessidade de levar o saco. Já lançaram mais uma tacha sobre os sacos de plástico. Não sabemos para quê e nem porquê. Uma tacha que não tem cabimento nos nossos magros vencimentos.
Os políticos em vez de baixarem as suas mordomias, vencimentos e regalias vão lançando tachas e impostos que nos sobrecarregam a todos.
Já nos prevenimos. Agora andamos com sacos no carro e com uma moeda para os carrinhos do exterior. Depois do pagamento é mais fácil transportar tudo e arrumar as coisas como gostamos.
Nada se faz sem trabalho, mas juntemos a tudo boa disposição e espírito de organização.

A minha mulher sugeriu:
- Passemos pelo Lidil para ver se existem promoções. Já lá encontrámos diversas coisas para o lar e a preços compensadores.
- Calha em caminho. Respondi. Vamos até lá.
Depois de dar uma volta pelos corredores centrais, verificamos que não havia nada do que procurávamos.
Comprámos apenas dois chocolates. Quando passamos eles riem-se para nós e lá nas prateleiras, chamam baixinho:
- Leva-me! Estou em conta!...
Ui, aqueles com avelãs cegam-me. Nem sempre lhes resisto, mas também nem sempre os ouço chamar naquela melodia de encantamento.
Muitos dias entro surdo, cego e mudo.
Apenas vejo o que procuro e desapareço muito rapidamente, não vá o diabo tentar-me com aquilo que não preciso…

Estávamos no parque, junto do carro e com as portas abertas, quando se aproximou Skoda branco. Buzinou e dirigindo-se a mim, perguntou se estava tudo bem.
Depois saiu do carro e  veio estender-me a mão, num cumprimento um pouco estranho.
- Não se lembra de mim? Fui levar muitas cartinhas a sua casa. Eu trabalhei nos CTT.
- Não, respondi. Não conheço não.
 - Sabe eu tinha bigode. Agora estou diferente. Imediatamente pergunta:
- Posso cumprimentar a sua esposa?
Nem esperou pela resposta. Meteu-se à conversa com a minha mulher que já estava sentada dentro do carro, mas ainda com a porta aberta. A minha mulher confirmou que também não o conhecia.
- Olhe, continuou, agora sou chefe de vendas na Vorten. Se precisarem de alguma coisa procurem-me. Vou estacionar o meu carro e trazer-vos um cartãozinho.

Assim que ele virou costas, eu sentei-me ao volante e  saí dali acelerando o que podia. Depois fui vendo, pelo retrovisor, se estava a ser seguido…
A minha mulher dizia:
- Grande filho da mãe. Estafermo! Aquilo era um assalto. Ele deve-nos ter seguido desde o Banco. Não atacou antes para não criar desconfiança…

Em casa, contámos a história e todos confirmaram as nossas suspeições. Eles andam por aí. Atacam onde podem. As pessoas não desconfiam e depois é tarde demais.
Deveria haver ainda outros cúmplices na retaguarda deste fulano, mas não tive mais tempo para verificar. Era urgente sair dali.
Desta vez livrei-me de muitos problemas e aborrecimentos…
Sorte? Simplicidade?!...
Não sei mesmo, mas nesta tarde o meu Anjo da Guarda, estava perto e foi meu protector.
Luíscoelho
Março/2015