domingo, 30 de agosto de 2009

Ondas do Mar

Olhei o mar na sua imensidão
Os meus olhos seguiram as ondas
O ondular da água em corrente
Vi-o rebolar-se na areia fina e quente
Perguntei-me o porquê do movimento
A toda a hora e todo o momento.
Com o mar me rebolei e me embriaguei
Seguindo-lhe os movimentos na areia
Fui ao fundo escuro e voltei à tona
Naveguei sem remo nem dona
Perdido na imensidão da água
Vi no mar em luta na minha mágoa
Vi a dor de nada mais poder fazer
Contra as vagas grandes a valer.
Relembrando este mar encantado
Supliquei que me deixe sossegado
Nestes dias que temos para viver.
luiscoelho

Rio Liz da nossa cidade
Ponte Pedonal dos Anjos. Dá acesso ao Bairro dos Anjos.
Existem hoje várias pontes mas esta parece-me ser de todas a mais movimentada. À esquerda temos a Estação de Camionagem de Autocarros e à direita havia o antigo Hospital, hoje desactivado. Posição da foto - olhando para Norte Posted by Picasa


Festa na Praia do Pedrogão-Andores com ofertas na procissão
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Fonte das Três Bicas ou Fonte Grande
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Camara Municipal de Leiria
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Silêncio
O meu silêncio amordaçado
Preso em conveniências tais
Regado e sempre alimentado
Nos falsos princípios morais
De respeito pelos que nos oprimem.
Quisera eu rasgar este silêncio
Desamarrá-lo e deixá-lo voar
Permitir que fuja desta cadeia
Cheia de hipocrisia e burocracia.
Quisera eu dar asas e tempo
Ao meu silêncio de certa rebeldia
Procurando abrir as portas
Que os costumes e as tradições
Nos impõem como regras e lições
Quisera eu fazer deste silêncio
Uma bandeira desfraldada ao vento
Correndo sempre embora lento
Nas estradas que construimos
Abrimos e amamos como nossas
Mas nunca impostas por regras
Nem ideias que são apenas vossas.
luiscoelho

sábado, 29 de agosto de 2009

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A nossa cidade- Leiria
Zona Nobre da Cidade

Sentidos

Que sentido o sentido tem
Se não crês que o amor vem ?
Devagar vem chegando quem
Sempre nos ama e só por bem.
Amor com amor se paga,
Mas nunca o amor de mãe.
Se algum no tempo se apaga
Outro com a saudade vem.
Um abraço cheio de carinho
No olhar de ternura tambem
Quisera ter-te sempre assim
Neste amor que do coração vem.
As lágrimas sincéras nascem
No olhar daqueles que amam
Regando o desgosto de amor
Na alegria do regresso tambem.
O grito de amor tem sentido
Nascendo em amor verdadeiro
Ele nunca será vencido
Se o amor for o seu conselheiro.
luíscoelho

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Palavras

No silêncio das palavras nunca ditas
Guardadas no túmulo frio das recordações,
Arrancadas lentamente em catadupas
E movimentadas por lutas e contradições .
As frases renascendo formam cordas,
Parecem vultos saindo da escuridão,
Agarram-se como pedras mortíferas
Que atiradas à toa matam sem razão.
O barulho das palavras inúteis e em vão
Ensurdecem o silêncio matando a paz,
Mergulhando em mistérios sem razão
Aquelas vidas que o amor já não apraz.
As palavras são flores simples e reluzentes
Colhidas em jardins de amor e sinceridade,
Caindo em cascatas finas e transparentes
Daqueles que as usam com sabedoria e verdade.
Pedi a Deus palavras mais justas e bonitas
Para dizê-las a todos sem cor ou educação.
Mostrando ainda que o amor e o carinho
São palavras vivas e com muita animação.

luíscoelho

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O meu poema

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Os meus poemas escorrem
Entre os dedos como espuma
Queria que eles fossem
Mais fortes que razão alguma.
Me recordam tantas vidas
E me levam mais além
Queria que eles me dessem
O teu amor sem desdém.
Os meus poemas são simples
Transparentes como a água
Por eles venho cantando
O meu amor e a minha mágoa
No papel só sei escrever
O meu amor esquecido
Vê como seriam belos
Se eu fosse o teu querido.
luíscoelho

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Rosas Vermelhas

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O perfume destas rosas é encantador e as cores são mesmo estas. Dão flor quase todo o ano.
Reproduzem-se muito bem por estaca, basta que lhe dêem terra fértil e água suficiente.
Geralmente são podadas em Janeiro, três dias ou mais depois da Lua Cheia. Durante o ano devem cortar-se as hastes que floriram pela 3ª folha a contar de cima. Na poda que se faz em Janeiro devem ser maiores, cortando todas as hastes a 15 cm da base - chão. É um tratamento para que depois renove com mais vida e novos rebentos com mais rosas.Este ano não me foi possível sulfatar todas as semanas com os produtos próprios e se ampliarem a fotografia verão as folhas cheias de pó branco e retorcidas pelos fungos.Quando este pó branco ataca as plantas elas deixam de florir e parece estarem cheias de sede.Estes são os cuidados que as minhas rosas requerem e que eu vou fazendo aos sábados e domingos todas as semanas. Depois para que as rosas não desfolhem em poucos dias podemos usar adubo próprio para elas. Estes produtos vendem-se por aí mas são um pouco caros e nem sempre dão um bom resultado.
Podemos usar adubos normais distribuindo-os em circulo pelos pés da roseiras e depois misturar bem com a terra.
Isto é aquilo que eu faço. Não sou técnico. Sou um amigo de todas as rosas, todas as flores e de todas as árvores.
Castelo de Leiria visto do lado poente
foto de luis coelho
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Nestas madrugadas mornas
Em que me roubas o sono leve
E me despejas ideias tortuosas,
Desalinhadas, confusas ou formosas
Só te peço que me ajudes como deves
A escrever correctamente no papel
Para que outros possam ler e entender
Tudo isto que me obrigas a dizer.
Nada disse, nada fiz nem nada quis,
Nem sei se meus olhos ainda dormem
Ou se os dedos estão ainda presos
Naqueles pensamentos que me invadem.
Queria escrevê-los construindo um castelo
E as letras como pedras e como pesos
Combinadas entre si em construção.
As palavras são soldados em defesa
Da moral, dos princípios e da razão.
luiscoelho

domingo, 23 de agosto de 2009

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O meu amor se escondeu
Me abandonou e fugiu.
Queria que me dissesse
O que foi que ele viu
Pois tão cedo me largou
Neste penar que entristece.
Se vivo só para ti
Bem ligado ao teu amor
Não me uses e abuses
Me causando maior dor
Neste vida tão tecida
Por suplícios e cruzes.
Não tens culpa se te amo
Pois de ti eu sei fugir
Talvez um dia acordes
E o meu amor venhas pedir.
Nesse dia saberei
Porque andaste a fugir.
luiscoelho

Queria mais

Queria amar-te mais
Sem esperar por ninguém
Ter-te só para mim
E levar-te mais além
Queria beijar teu sorriso
Contido numa mão cheia
Bebendo-o numa taça de luz
Em noites de Lua Cheia.
Queria que o tempo parasse
No tempo que a juventude nos faz
E estar sempre contigo
No prazer que tu me dás.
Queria levar-te comigo
Num barco de muita saudade
Domando as ondas do mar
Só mesmo por nossa vontade


luiscoelho
Posted by Picasafoto de luis coelho


Serão estas as flores do amor ?
Floresce e encanta a vida
Dando-lhe magia, alegria e cor
Transformam-se em cálices de purpura
Que o nosso olhar anima e tortura.
Desaparecem na brisa do vento
Caindo nos chão do caminho
Nunca aturando no tempo
Tudo quanto não seja carinho
Do amor que se quer de mansinho.
As cordas seguras não partem
Deixam rebentar novas flores
Renascendo o amor em saudade
Guardado no tempo em cores
E nunca mais será só vaidade.
luiscoelho
Uma das entradas na nossa
cidade de Leiria
Posted by PicasaFoto de luis coelho

sábado, 22 de agosto de 2009

Posted by Picasafoto de luis coelho
Quando me acordares
Chama-me de mansinho
E deixa-me levantar devagarinho
Olhar dento dos teus olhos azuis
Sonhar esse amor sem fim
E encontrar-te assim em mim.
Quando me chamares
Não levantes a voz
Nem te afastes de nós.
Abraça-me com o teu olhar.
Deixa-me beber o teu perfume
Saborear a carícia das tuas mãos
Afagando os meus lábios de lume.
Enquanto me esperas
Senta-te junto a mim
Estende-me os braços assim
E nestes silêncios cruzados
Com os raios de Sol iluminados
Vamos acordar lentamente
Num só beijo unicamente.

luiscoelho

sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Flores bonitas
Flores catitas
Neste canto perdidas
Por meus olhos encontradas
E por tanta beleza amadas.
Quem as teceu de formosura
E as aprimorou de tanta candura?
Os favos amarelos na base branca
As hastes leves de ternura
A minha vida encanta.
luiscoelho
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Fim de semana

Como é bom este fim de semana
Voltar a casa, ao jardim, às flores.
Anda no ar um aroma suave e leve
Já perfumado de agradáveis odores.
Todos partiram deixando-nos a paz.
Em cada canto encontro o silêncio,
Traduzido nos sons dos sapatos,
Cadenciado, pesado ou apressado
No murmúrio animado de sons cordatos.
O nosso silêncio e as nossas conversas
Sobre os temas e também os dilemas
Que nos falam de tantos problemas
Carregados de vidas e coisas diversas.
Em casa encontramos amor e calor.
Nossos olhares se trocam e se chocam
Na busca de tudo e procura de nada
Indagando as coisas concretas
Que nos faz amar os acordes do silêncio
E adormecer no canto das rosas perfumadas
Nas perguntas sem respostas nunca certas.
luiscoelho

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Orações da avó Carminda

5 de Setembro, dia de Nossa Senhora das Dores


(também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como 'Beata Maria Virgo Perdolens', ou 'Mater Dolorosa')

Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, aquando da Paixão e Morte do seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor. 

O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). 

Para fazer companhia à nossa querida Mãe é tradição rezar um Pai-nosso e sete Ave-marias por cada uma das 'dores' de Maria: 

1ª. - As profecias de Simeão na apresentação de Jesus no templo
         (Lc 2,34-35);
2ª. - A fuga da Sagrada Família para o Egipto
         (Mt 2,13);
3ª. - O Menino Jesus perdido e encontrado no Templo
         (Lc 2,43-45);
4ª. - O Doloroso encontro de Maria com Jesus no caminho do Calvário
         (Lc 23,26);
5ª. - Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz
         (Jo 19,25);
6ª. - Maria recebe o corpo de Jesus nos braços aos pés da Cruz
         (Mt 27,57-59);
7ª. - Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro
         (Jo 19,40-42).


Tradições – das orações e expressões orais II

Na senda de recolhas de Orações Tradicionais da Religiosidade Popular
-  Oração ao Justo Juiz Divinal (para proteger nas viagens) 

"Justo Juiz Divinal, filho da Virgem Maria,
Em Belém fostes nascido,
em Nazaré fostes criado.
Crucificado entre toda a judiaria.
Peço-vos, meu Deus e Senhor,
pelo Vosso santo dia,
Que me guardeis de noite e de dia;
Que o meu corpo não seja preso,
ferido, nem morto,
Nem na justiça envolto.

Pax tecum, pax tecum,
Disse Jesus aos seus Discípulos.

Se vierem para me ofender
Tendo olhos, não me vejam,
Tendo boca, não me falem,
Tendo mãos e não me peguem;
Tendo braços, não me prendam,
Tendo pernas, não me alcancem.
Com as chaves de São Pedro serei fechado,
Para que os meus inimigos não me possam ver,
Nem ferir, nem matar,
Nem sangue do meu corpo tirar,
E nem em pensamento me possam fazer mal.

Por aqueles três sacerdotes revestidos ao altar,
Por aqueles três Cálices Benzidos,
por aquelas três hóstias consagradas,
que consagrastes ao terceiro dia,
Peço-vos meu Deus e Senhor
Que me dês aquela doce companhia,
A que deste sempre à Virgem Maria,
quando veio desde Belém até Jerusalém.
Que eu vá e venha na mesma alegria.

Em louvor de Nosso Senhor
e da Virgem Maria,
Um Pai-Nosso e uma Ave-Maria..."



Tradições – das orações e expressões orais I


Aproveitando as reuniões diárias, para as rezas do terço do rosário neste mês de Maio, na capelita da aldeia, procurei recuperar, junto das participantes, algumas orações antigas tradicionais transmitidas oralmente de uma geração para outra.

A que se segue foi-me ensinada, em criança, pela minha avó paterna, que me a fazia recitar ao pôr-do-sol. Com o passar dos anos acabei por me esquecer de algumas partes e do seu encadeamento. 
Ei-la agora recuperada:

"Já o sol se vai escondendo, lá por detrás daquela serra;
Com uma capelinha vermelha que lhe deu a Madalena.
Madalena escreveu uma carta a Jesus Cristo;
O portador que a levava era o padre São Francisco.
O padre São Francisco, vestidinho de burel,
Vai beijar as cinco chagas ao divino Emmanuel:
O divino Emmanuel cheio de chagas e feridas.
Vai-se lavar, o divino Emmanuel, nos braços de Margarida.
Margarida não está lá, está para a Senhora da Luz;
Estão os Anjos cantando na capela de Jesus:
Na capela de Jesus, filho da Virgem Maria.
Rezemos um Pai-Nosso e uma Ave-Maria..."


para as viagens
Justo Juiz Divinal
Filho da Virgem Maria 
Nasceste em Belem 
Entre toda a judiaria
Livrai-nos de todas as injustiças 
E dos inimigos e inimigas 
Se tem olhos que não nos vejam 
Se tem boca que não nos falem
Se tem pernas que não nos alcancem
Se tem braços que não nos agarrem
Paz tec paz tec 
Jesus disse aos seus discípulos
Que ninguém os prendesse 
Nem o seu sangue derramasse
Na Arca de Noé estamos fechados 
Com as armas de S. José estamos armados 
Com o leite da Virgem Maria estamos saciados
No sangue de N S Jesus Cristo fomos batizados
Entre três sacerdotes revestidos 
E três hóstias consagradas ao terceiro dia
Que nos dê tal companhia 
Como S José deu à Virgem Maria
Ao Céu subiste e divinas-Te 
Pelos séculos sem fim ámen


Oração da horas
À uma nasci 
Às duas fui batizado 
Às três fui namorado
Às quatro fui casado
Às cinco fiquei doente 
Às seis amortalhado
Às sete no cemitério 
Às oito enterrado
Às nove já era pouco
Às dez já não era nada 



De manhã ao levantar deves rezar:
= Deus nos livre das águas correntes
Dos fogos ardentes
E das linguas de más gentes.=

A seguir reza também três Avé Marias


Hoje durante o jantar recomendou bem o seu neto David para que se cruze com Deus e que também reze para que a vida lhe corra bem.

Sempre que for ouvindo as suas histórias e orações vou procurar escrevê-las e partilha-las com todos os que seguem este blogue, com o titulo acima.


Lembrei de outra


Rompe a aurora bronze o Santo
Lembra Deus ao pecador
S. João é o maior santo
Que no mundo se criou
É padrinho do Rei da Glória
Nunca entrará no Inferno
Quem o trouxer na memória.


Mais outra ainda


Santa Ana Mãe de Maria
Maria Mãe de Jesus
Jesus filho de Deus altíssimo

Onde estas tês palavras forem ditas toda a doença seja curada e todo o mal excumungado, excumungado e excomungado.
Pedir aquelas coisas que necessitamos e rezar também três avé Marias


Reza para curar o Cobrão


Eu te corto febre
Eu te corto lobo
A cabeça, o rabo
E o corpo todo
Para que aqui morras
E daqui não passes
Nem aqui voltes em fases.

Rezam em Silêncio a Salvé Rainha..

Enquanto reza vai fazendo no ar uma cruz com uma faca.

Outra reza do Cobrão


Eu te corto febre, eu te corto lobo, a cabeça, o rabo e o corpo todo.
Zona e zonão, cobra e cobrão, sarda e sardão, sapo e sapão, aranha e aranhão e todo o bicho de má criação.


Reza do mau olhado
Na tangenina passei e tudo o que encontrei matei.
Em louvor de São Silvestre e São arcipreste e seu Divino Mestre e quanto se faça tudo lhe preste.
Salve Rainha


Para onde vais Josefa?.........
Vou a casa ………. Comer a carne e chupar o sangue.
Vira lá para trás Josefa. Para outro caminho voltarás, nem a minha carne comerás, nem o meus ossos roerás nem o meu sangue beberás.
Volta para trás para o teu posto porque tenho uma faca na mão e te corto o pescoço

escadas da vida

Posted by Picasafoto de luis coelho


Os degraus por onde passas,
Onde sobes e também desces
Terão sempre a mesma base
Esta terra que conheces.
Os degraus são em altura
Para o bem poder fazer
Pratíca sempre a bondade
Que bons frutos há-de ter.
Para a perfeição alcançar
Não subas rapidamente
Sobe sempre em segurança
Que lá chegarás certamente.
As virtudes são os degraus
Por onde devemos subir
Ajudando os mais tristes
Até que possam sorrir.
Se tiveres de regressar
E alguns degraus descer
Nunca percas a coragem
Vamos lutar para vencer.
luiscoelho

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sonho

O meu sonho de amar
A todos sem escolher
A hora ou o tempo de dar
Aquele abraço a sonhar,
Um sorriso certo e aberto
Para a todos quer cativar.
Estar sempre presente
Nos bons momentos
E até nos dias cinzentos
Sem nunca ficar ausente
Sem amor para partilhar.
Neste sonho a brincar
Queria um mundo melhor,
Mais justo com mais amor.
Todas as crianças a sorrir
Com a esperança a dobrar
Num suave amanhecer
De sonhos sempre a valer.

luiscoelho

domingo, 16 de agosto de 2009

alegria do lar

Coisas simples e pequeninas

Mas sempre cheias de amor

Por todas elas me prendo
Com muita vida e ardor.
Se soubesses quanto custa
Viver sem gosto nem brio
Certamente voltarias
Livrando-me deste frio.
A vida tem destas coisas
Dias bons e sorridentes
Outros porém são mais tristes
Sendo em tudo tão diferentes.
Em todos se colhem frutos
Que é preciso estudar
Para nunca mais repetir
Aqueles modos de errar .
Posted by Picasafoto de luis coelho

Emigrantes

Nestes meses de Verão
Quando nos reencontramos
E com amor recordamos
Os que temos no coração

Os trabalhos foram pesados
E as lutas foram constantes
Mas tudo isso foi antes
Nesses meses já passados

Os dias agora são calmos
Passados com os amigos
Os mais novos ou os antigos
Pois a todos recordamos

Das nossas velhas aldeias
Recordamos o bom viver
Com saudade a crescer
Naquelas simples ideias

Partimos cheios de esperança
Mas tão presos na saudade
Chorámos por tanta vaidade
Que o dinheiro sem amor cansa

Nesta vida vamos continuar
Com a força que nos dá o amor
Mas sempre cheios de vigor
Lutando para nunca parar.
luiscoelho

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bondade

A bondade é uma semente
Que deverá germinar,
Crescer e se multiplicar,
E esta grande qualidade
Seja também o fruto
Do que somos na verdade.
Neste jardim florido
Onde vivemos e passamos,
Onde vemos e falamos
Esteja sempre colorido
Por tantas flores brilhantes
De mansidão e bondade.
Não é o outro que vemos
Somos nós que o fazemos
Com grande simplicidade
De amor e de verdade
Semeando neste tempo
Sementes de qualidade.
luiscoelho

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Vou escrevendo
Vou aprendendo
Em cada dia que Deus me dá,
Os pensamentos saem correndo
Como água na fonte nascendo
Matando a fome e a sede
E voltando sempre à corrente.
Nestes dias cinzentos
Amarelecidos do tempo
Que Deus ajuda a carregar
Os pensamentos são ventos
Apressados e constantes
De mudanças sem parar,
As coisas que temos em mente
E que queremos continuar.
Sou prisioneiro deste tempo
Sem ser chuva nem ser vento
Lutando com sofrimento
Para a verdade encontrar.

luiscoelho

domingo, 9 de agosto de 2009

Raul Solnado

Na minha juventude habituei-me a vê-lo em programas de TV. A sua voz, a sua figura , os seus gestos prenderam-nos muitas horas frente à televisão.
Era magnifico naquele jeito de falar e contar histórias. Nunca recorreu a linguagem indecorosa nem leviana. Falava com simplicidade a língua de Camões que todos os portugueses falam e entendem com naturalidade.
A sua partida deixa saudades e o seu lugar vai ser difícil de preencher até que o tempo nos traga alguém com aquela fibra e cunho próprio dos artistas.
Não chorei com a notícia da sua morte, mas sinto que perdemos alguém que nos animava e que era considerado um familiar, um amigo.
Não havia novos nem velhos que não gostassem do Solnado.
Penso que o Raul também gostava de todos com quem trabalhou e conviveu.
Gostei da carta que escreveu a um Ser Superior, Deus, naquela tarde em que ocasionalmente entrou e rezou numa Igreja.
Aqui mais uma vez se mostrou tal como sempre foi-aberto e sincero.
Se Deus estava lá tenho a certeza que o ouviu.
Hoje não nos contará mais histórias, mas estará mais perto de Deus.
Muito mais perto desse Deus que não conheceu mas que ainda assim procurou amar.
Esta vida é muito curta e nem sempre nos apercebemos da caducidade.
Nesta viagem levaste contigo todos os teus amigos e a coragem de a todos respeitar.
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Manhãs silenciosas e frias

Neste tempo sem sol nem ventos
Escrevo aqui com simplicidade
Tristes ou alegres pensamentos
Cheios de ternura ou verdade.
Procurando-os no fundo da alma
Bem perto ou por dentro do coração
Qual árvore frondosa de rama
Que os guarda em recordação.
Escrevo as coisas em finos momentos
Que na sombra me vão acordando,
Passados mas presentes os lamentos
Que em folhas se vão transformando
Ressecando os ramos e as folhas caídas
Nestas manhãs silenciosas e frias.
Já não escrevo as promessas traídas
Nem os desejos do amor que farias
Em tudo quanto recorda o passado,
Já nada passa de um pensamento
Levado na força agreste do vento
Que no amor me prendeu apressado.

luiscoelho

sábado, 8 de agosto de 2009

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o teu olhar

Quisera eu entrar no teu olhar
Mergulhar nesse azul infinito
Beber dessa luz em chama,
Quisera eu ter força para entrar
E coragem de falar ouvindo
Tantas coisas simples e boas
Que sempre nos quiseste dar.
Quisera eu também adivinhar
As coisas que tu vês em teu olhar
Percebendo esses silêncios
Que rasgam a roupa da alma
E nos transportam lentamente
Nestes campos de pura chama
Onde nos encontramos claramente
No azul celeste do teu olhar.
luiscoelho

Jardins da vida

Neste jardim onde me prendo,
Medito, e com desvelo me entendo,
Na relva verde e fresca me deito
Cama segura e suave leito.
As rosas são sábios livros abertos
Cheias de conselhos puros e certos.
As frutas são coisas da terra
Que muitos segredos encera.
Nossas mãos são as obreiras
De todas estas maneiras
Cuidando sempre no tempo
Tudo quanto nos traz o vento
Das mudanças e pensamentos
Às vezes rápidos e outras lentos.
Estes segredos dos meus recebi
E ensaiando-os sempre conclui
Que tudo renasce do amor e carinho
E tudo segue sempre o seu caminho.
A vida se renova naquelas manhãs
Com Sol e com chuva de vidas sãs,
Que nunca se percam ou se esqueçam
Nem nos cansem ou aborreçam.
luiscoelho

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Pera rocha. Está quase boa! É tão doce.................
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Não sei o nome. Penso que é uma qualidade de moratini. Ainda estão bastante verdes.

Uva moscatel rosa.
Também existe a uva branca. Estas são maravilhosas. Os passaritos vão debicando.
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Alguma fruta do meu jardim e própria desta epoca do ano - Pêssegos
Maracotão vermelho. Além de belos também são muito saborosos.
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