terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pensamentos de Natal

Natal de silêncio e paz
De amor e sofrimento.
Natal de quem procura
A paz e o entendimento.
Natal com sorrisos de alegria
No olhar de cada criança.
Natal com pensamentos de magia
Daqueles que vivem na esperança.
Natal dos sonhos que tem vida
De todos os que acreditam.
Natal dos pobres e dos ricos
Dos sãos e dos doentes.
Natal a festa da família
Dos presentes e dos ausentes.
Natal a festa da partilha.
Com sorriso e com amor.
Natal juntando as mãos
Erguendo-as em liberdade.
Natal com alegria e fraternidade
No coração de todos os irmãos


luiscoelho

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Menino

Na simplicidade duma gruta abandonada
Está Jesus numa cama de palhinhas deitado
É velado pelo olhar de José e de Maria
E desejado por todas as crianças com alegria.
Menino Jesus Nu, sem abrigo é assim apresentado.
Os Teus olhos sorrindo e mais amor estão pedindo.
Maria com panos Te vestiu e em seu colo Te guardou
Diz a lenda que em Te ver tão pequenino também chorou.
Menino Jesus quero perguntar-Te - Porque estás Nu...?
Foram os homens que as Tuas roupas Te tiraram...?
Neste Inverno rigoroso veste lá as Tuas roupas
Ficarás mais aconchegado por todo o amor que Tu nos dás.
Manda tambem aos Teus anjos umas vestes para usar
Não devem aparecer nus para sua beleza mostrarem.
Meu atrevimento é grande, mas vais me perdoar
Manda também os políticos de boas roupas usarem
Aquelas de não roubarem nem os ladrões protegerem
Aquelas dos bons princípios o respeito e a fraternidade.
A roupa branca é da paz, do pão e da igualdade,
O azul é da esperança da concórdia e da amizade
E todas estas roupagens os políticos devem usar.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Natal-2008

Um sonho esperado com muita vontade de amar,
Um desejo muito colado de quem quer recomeçar.
As estrelas nos guiam nesta caminhada constante,
Os amigos que nos escutam neste nosso andar errante

O caminho é Jesus, que procuramos descobrir
No Seu olhar peregrino Ele nos faz sorrir.
Nossos passos de silêncio é preciso conservar
Para a todos transmitir esta Paz que nos veio dar.

Neste tempo de mudanças é preciso acordar e ver
Que aquilo que queremos nem sempre podemos ter
Há muitos que nada tem e que muito nos oferecem
E outros que tudo tem mas de egoísmo padecem

«GLÓRIA A DEUS E PAZ NA TERRA»
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Mami

Haverá algo melhor do que o colo da Mami para descansar a cabeça...?
Haverá algo mais reconfortante do que as mãos da Mami quando temos uma dor e ela nos reconforta...?
E a doçura do teu olhar Mami...?
Deus me deu força quando partiste, mas a saudade nunca se apagará.
Hoje dou aos teus netos tudo o que me deste e ensinaste e se os conhecesses ficarias feliz.
Aqui te deixo muitos beijos Mami

Serões à Fogueira

Recordo as noites frias e chuvosas
Quando um vento agreste nos gelava.
E sentados à lareira nos aconchegávamos,
Ouvindo histórias de bruxas e gigantes,
De lobisomens, monstros e animais.
Cantávamos, riamos e tambem chorávamos.
Viamos palhaços e tantas coisas mais
E nos nossos mundos, partiamos em viagens reais.

Como foram bons esses tempos em família
Ouvindo histórias, sonhando com os nossos heróis.
Quantos dias o Pai procurava mais uns cavacos
Para avivar as chamas e o calor da fogueira,
Para nós despertármos e comermos a ceia.
Que coisas boas e reconfortantes.
Cada um com seu prato comia em silencio
Procurando ganhar e ser o primeiro.

Eu já ganhei dizia um qualquer
E logo outro acescentava eu comi primeiro.
E depois outro eu tambem quero ganhar
Levantava-se o Pai: - Meninos vamos rezar
Agradecer esta refeição a saúde e o Pão
E logo a Mãe começava uma longa oração
E todos nós iamos repetindo com o sono a pesar.
«Senhor esta orações são poucas e mal rezadas
Aceitai-as por muitas e bem rezadas»

O sono era tanto que quase caíamos
A mãe pegava no mais pequenino e a cara lhe lavava
Lhe vestia o pijama e na caminha o deitava
Depois o outro e outro tambem ensinava a cuidar-se
A roupa trocar e na cama se deitar aconchegado
Antes de nos dar as boas noites, ainda ensinava
Aquela oração ao Santo Anjo da Guarda
E assim com tanto amor adormeciamos na paz do Senhor

luiscoelho

sábado, 29 de novembro de 2008

Inverno

O Inverno chegou neste fim de semana do mês de Novembro.
A chuva caiu copiosamente toda a tarde e toda a noite e ainda vai continuar pois o arrefecimento acentuou-se. É tempo de Inverno!
O vento sopra com alguma força, sacudindo a água nas vidraças das janelas e nos beirais dos telhados.
Os relâmpagos e os trovões cortam a escuridão com reflexos que nos mostram, bem longe outras imagens e outros horizontes.
De repente começou a cair granizo e tudo à nossa volta ficou coberto de um manto branco como se tivesse nevado durante algumas horas. A chuva voltou a cair e todo o gelo se acumulou ainda mais nos pontos mais baixos.
Recordo aqueles dias de Inverno em que vínhamos da Escola Primária, no período do almoço, e chegávamos a casa gelados. O pai pegava nas nossas mãos e esfregava-as para as aquecer junto ao calor da fogueira.
Cantarei em acção de graças ao nosso Deus que nos manda esta chuva que lava e que que rega, que renova as nossas fontes e toda a natureza.
Depois de toda esta tempestade, uma paz interior se apodera de todo o nosso ser e até dos nossos pensamentos, deixando-nos numa meditação que nunca poderemos transcrever, pois muitas vezes, nem nós saberíamos dizer em que pensávamos naqueles instantes. Parece termos viajado no tempo mas não sabemos onde nem por onde andamos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Final de 2008

Pouco falta para o final do ano e, como todos fazem, também me preocupo ver a analisar as situações que vivi durante todos estes meses.
Pólos negativos e pólos positivos. O que foi erro e que será necessário corrigir e o que foi bom mas será necessário aperfeiçoar.
Passo em revista a minha vida profissional, familiar, social e também a saúde física e espiritual. Sei que os dias vão passando e também sei que um dia tudo acabará. O meu espírito voará para o Infinito. As minhas memórias serão cinzas atiradas ao vento.
Não sei de onde vim nem sei para onde vou. Não acredito que tenha sido uma reincarnação e ainda menos que tudo acabe numa cova de um qualquer cemitério.
Preocupa-me muito deixar este mundo melhor do que o vemos na actualidade e contribuir sempre por uma natureza bem cuidada com muitas árvores e os rios limpos.
Que as aves possam voltar a cantar e que as nossas fontes não estejam poluídas e onde todos possam saciar a sede.
Preocupa-me que a violência esteja a matar tantos inocentes e que a política esteja cada dia mais suja e desavergonhada. Defendem-se uns aos outros impondo regras apenas para eles poderem explorar mais os pobres e indefesos.
Outros inventam religiões para explorar os simples e humildes, deixando-os mais pobres e ainda com uma consciência de pecados que não cometeram.
Poderá haver um Deus que mande matar o meu próximo ?
Poderá haver um Deus que mande tirar o pão aos pobres para o dar aos poderosos que depois o vendem e negoceiam com a miséria humana ?
Nem tudo foi bom em 2008 mas continuo a acreditar que no próximo ano haverá mais justiça , paz e pão para todos. Haverá mais cuidados de saúde e na educação.
Continuarei a acreditar num Mundo Melhor.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Perdão

Porque me perseguem e me procuram ?
Porque me batem à porta e me torturam ?
Querem tudo o que não tenho,
Levam tudo o que procuram.
Em casa não tenho portas
Nem trancas nem fechaduras.
Em casa temos amor, temos paz e temos Pão,
E a todos eu posso dar o que tenho no coração.
O respeito e a amizade são o prato principal
E na mesa todos se servem desse dom primordial.
O silêncio é uma arma que usamos com prudência
Escutando todas as partes com infinita paciência
Não há razão maior ou verdade superior
Que despreze os bons princípios
Ou que nos faça parar nesta nossa caminhada.
A fraternidade é um dom que se vive com amor.
E o perdão é um gesto de partilha com sabor.

luiscoelho

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os Braços

Os braços são molas que suportam os fardos da vida,
Que levantam as pedras, que fazem as pontes, as casas e as fontes.
Os braços que chamam e se agitam no ar
À procura de alguém, em busca de amor.
Os braços são as forças que semeiam e que plantam as florestas
E os verdes campos de trigo maduro de ouro puro.
Os braços que agarram e que soltam o amor de um olhar.
Os braços que nos abraçam e nos apertam com carinho
O abraço da saudade para a dor suavizar e a alegria repartir.
Tantas horas estes braços se levantaram
E outras tantas se baixaram
Revirando as leiras de terra e fazendo muitas sementeiras
Tantas horas procurando o pão no mar pescando
E outras tantas na Escola ensinando e corrigindo
Quanto mais poderão nossos braços querer fazer...?
Amar embalando um sono de menino
Amparar o corpo frágil de um velhinho
Amar amando e a todos querer bem com os braços segurando.
Os meus braços são o pão que me sutenta e que o sonho alimenta

luiscoelho

domingo, 9 de novembro de 2008

Imaginação

Hoje estive a ler durante uma boa parte do dia. Passei por diversos blogues e encontrei coisas maravilhosas. Não vou comentar nada, apenas me obrigo a dizer que sou muito pequenino neste mundo virtual, e que, se tivesse esse dom,escreveria com todo o brilho e força que as palavras devem ter.
Muitos dias parece que queremos dizer algumas coisas que nos moiem cá por dentro, mas não encontramos as palavras certas e mesmo depois de vermos o que ficou escrito não nos parece bem. Talvez se possa dizer por outras palavras. Talvez as coisas pareçam melhor se forem ditas de maneira diferente.
Pergunto ainda se quem lê entende exactamente aquilo que se escreveu. Poderá um pensamento ser melhor entendido do que isso mesmo??
Costuma dizer-se que contra factos não há argumentos.
Gosto muito de ler e de descobrir no pensamento dos outros aquilo que me quiseram dar. Sim, ninguém se põe a escrever só por escrever. Quem tem o dom da escrita tem sempre um fim, ainda que remoto - que os outros leiam, e que entre si troquem opiniões.
Que belos são os poemas que um dia alguém construiu vendo-os como estradas abertas para que todos possam amar, sonhar, viver, sorrir ou até chorar combinando os seus sentimentos aos de esse alguém que os escreveu.
Há histórias contadas, como se da primeira pessoa se tratasse. Seguimos a linha de pensamento e estamos quase a ver como tudo vai acontecer. O suspense das situações, as frases inacabadas, os projectos que se desenham na imaginação de cada pessoa que lê e estuda.
Os relatos de guerras e ódios, de terramotos e de perseguições políticas.
Em quantas dessas crónicas nos perdemos e imaginámos fazer justiça com as próprias mãos como se fossemos os mais poderosos e nos fosse possível resolver as Guerras por esse mundo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Português


Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta e escreveu assim:

«Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres».

Morreu antes de fazer a pontuação.
Eram quatro os concorrentes, pergunta-se: a quem deixava a fortuna ?

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
Bush
'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.

Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença...'











terça-feira, 4 de novembro de 2008

As minhas mãos são a arte de trabalhar
No barro, na pedra ou nos campos.
As minhas mãos são encanto e são magia,
Que afagam e acariciam, alimentam e saciam.
As minhas mãos me doiem de tudo entender,
Mas que muito pouco podem construir
Fazendo a beleza e a arte renascer.
Como são felizes estas mãos que seguram o pão
Que o bebé levantam e ao velhinho sustentam.
As flores que florescem nas mãos que ensinam
Que ditam e que pintam quadros da vida.
As minhas mãos, as tuas e todas as mãos
Que marcam e tecem as melhores roupas
No coração de todos os que amam a liberdade
A justiça e a igualdade e tambem a fraternidade.
Mãos juntas a orar e outras a suplicar
O perdão e o amor, o sorriso e o calor
Para todos os que procuram o caminho da Verdade
Mãos juntas que se estendem por um pouco de Pão.

luiscoelho

domingo, 2 de novembro de 2008

O Bolinho

Não sei como começou esta tradição nem de onde vem a sua origem. O meninos, rapazes e raparigas, juntam-se em grupos de quatro, cinco ou mais e vão de porta em porta pedir o Bolinho «Pão por Deus».
Antigamente dava-se uma merendeira a cada um, nozes, figos secos e até tremoços.
Hoje já não aceitam nada disso. É mais fácil receber dinheiro, chocolates e outros doces. Para quem dá tambem se torna mais higiénico e é vê-los radiantes de alegria.
Alguns trazem mesmo uma sacola onde vão metendo todas essas coisas.
No Outono fazem-se todas as colheitas. As vindimas tambem se fazem nessa altura e pelos Santos já está tudo arrumado nas arcas e nas pipas. Até mesmo a azeitona já foi colhida e transformada em azeite.
Pergunto-me se esta tradição tem a ver com a vida dos Santos. = pobreza e desprendimento das coisas materiais= Viver pedindo esmola de casa em casa......
-Terá este gesto sido considerado como partilha dos bens materiais?
Quem melhor colheitas fez, maior devoção deverá ter para distribuir.
Pão por Deus
Que Deus lhes deu
Dê uma esmolinha
Por alma dos seus
Era costume no tempo dos meus pais cozerem o bolinho e isso era para nós uma festa. Costumavam também repartir desse pão por toda a família, tios e restante família. Em troca recebiam outros pães.
A receita do Bolinho ou do Pão por Deus é simples.
Farinha de milho e farinha de trigo em partes iguais. Abóbora amarela cozida, açucar e muitos frutos secos.
A farinha é amassada com a água da abóbora e quando está bem amassada juntam-lhes os restantes ingredientes. Depois de levedar fazem-se os pãesinhos que se levam ao forno para cozer.
As receitas são diferentes noutras regiões mas o resultado final é sempre muito agradável.

sábado, 25 de outubro de 2008

Lirios na Lama

É um livro simples com relatos da vida diária na Prisão Escola de Leiria. O seu Autor é Aurélio Galamba de Oliveira que durante muitos anos foi capelão naquela Instituição pública.
O autor usa uma escrita simples mas muito cuidada de modo que todos o possam ler e entender.
A Prisão Escola de Leiria, situa-se na Quinta do Lagar de El-Rei em Leiria
Começou a funcionar em 1947 com 270 rapazes.
Durante todos estes anos o Padre Aurélio Galamba viveu os dramas e as revoltas de muitos jovens que ali cumpriram penas pelos seus delitos.
Fez do seu trabalho um campo de Missão e foi o amigo, o confidente, o pai e o professor daqueles que lhe abriram as portas do coração.
Não há pinturas nem idealismos. São relatos de acontecimentos reais vividos na primeira pessoa.
O Padre Galamba vive intensamente os problemas de todos e ate daqueles ,que fogem dele, e que lhe enviam algumas piadas indirectas. Consegue um trabalho dinâmico e coordenado.
Um grupo de católicos junta-se a ele e fundam o grupo dos Samaritanos. O seu lema é levar mais amizade a todos os que se encontram detidos e também ensina-los a serem homens regenerados .
Alguns dias por semana ensinam Catequese e preparam-nos para o Baptismo e a primeira comunhão.
A sua psicologia é encantadora. Sabe ver, ouvir e ler em pequenas palavras e até em gestos a necessidade que alguns mais rebeldes vivem interiormente.
Sabe dar-lhes a palavra certa e edificá-los para que olhem a vida com outro olhar e outra alegria. Nunca forçou ninguém a ter de ouvi-lo ou a exigir-lhe algo em troca. Apenas teve a preocupação de os tornar seus amigos e de os convencer a serem verdadeiros homens, capazes de viver com regras e de mostrar merecer toda a confiança que os guardas e toda a organização depositava neles.
Aos rapazes a quem era concedido o grau de confiança era para si também uma vitória.
Acompanhou-os em partidas de futebol, em passeios aos Domingos pelos campos.
É bom recordar todos aqueles anos em que também ajudei o Padre Galamba naquelas tarefas e também semeámos a alegria no rosto jovem de todos.
De gratidão resta-nos uma lembrança do dever cumprido, por dar um pouco do nosso tempo e levar um novo rumo àquelas vidas perdidas e muitas abandonadas pela própria família.
É um livro que se lê com muito agrado pois o seu autor relata-nos os acontecimentos de uma rotina diária cumprindo todas as regras de modo a que não houvesse conflitos com a Direcção nem com os próprios reclusos.
O livro dá-nos ainda o testemunho de alguns que nunca se esqueceram desta passagem e dos amigos que lhes levaram horizontes de esperança.

Amizade

Passei por alguns blogues e vi coisas lindas
Que nos fazem pensar, repensar e meditar.
Poemas, ideias e textos de gente nova
Que quer construir e reunir no seu mundo
Todos quantos nos seus sonhos acreditam.

Outros de anos mais avançados que procuram
Amigos e companheiros de viagens em veleiros
Cruzando o Mundo de sonhos verdadeiros
Buscando todo o amor e calor do seu viver
Dando todo o seu saber de um querer nunca acabar.

O tempo passa a correr e não o podemos parar
É preciso andar depressa e tudo compreender.
É preciso olhar e ver o que devemos fazer
Que tudo na nossa vida tem um sentido a valer
E que até o insignificante devemos valorizar.

Nem sempre o tempo nos sobra para tudo se fazer
Vamos dar prioridade ao que é nossa obrigação
Estudar e aprender de tudo e sem limitação
Vamos todos construir este mundo de mudança
Mais justo e mais humano onde more a AMIZADE

luiscoelho

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sonos e sonhos

São duas horas da manhã. Acordei e não consigo adormecer sem que esteja um pouquito por aqui desnudando os pensamentos que me enchem a alma .
Queria tanto ser capaz de os expressar de uma forma ordeira e com capacidade de os tornar leves e agradáveis para os que tiverem a paciência do os ler.
Os pensamentos são muitos dias difíceis de domar e de organizar.
Porque nascem alguns homens sem nada e a quem todos negam tudo....? Crescem lutando por nada e vivem procurando apenas um pouco de felicidade.
Muitas vezes quando nas suas vidas começa um sonho por um pedaço de pão alguém se apressa a destruir esse sonho como se a esses nada lhes estivesse reservado ou pior ainda como se a nada tivessem direito.
Esta situação me corroi a alma. Aos adultos podemos dizer lutem e organizem-se mas , às crianças que poderemos nós dizer.......?
Hoje dizem-nos os políticos de fato e gravata = produzam mais e melhor. Sejam competitivos....
Nós responderemos com outras perguntas:
- Onde estão os tais empregos nas fábricas que fecharam e nos deixaram de mãos atadas ?
- Onde estão aquelas escolas com cantinas e onde todas as crianças possam beber um copo de leite e comer um pão que não encontram em suas casas ?
- Onde estão aqueles que em campanhas tudo nos prometeram e nada nos deram....?
Para que nos serve um computador se não tem livros nem cadernos para ler e escrever..?
É fácil enganar quem nada tem e nada pode exigir.
Um país poderá ser pobre, mas se for livre haverá trabalho. Haverá pão e sorrisos no rosto de todas as crianças.
Todos os Governos das nações devem ajudar a construir e reorganizar a vidas dos povos ajudando-os a trabalhar em segurança e com salários de dignidade. Deverão apoiar as fábricas de modo a que elas sejam um meio de vida às populações e não destruindo postos de trabalho e substituindo-o por subsidio de desemprego temporário.
Os governos das nações deverão também ajudar aqueles que se dedicam à pastorícia e à agricultura de modo que possam livremente transaccionar os seus produtos em feiras e mercados como sempre fizeram e de onde provinham os seus magros salários.
Será mais importante criar um burro ou uma ovelha..?
Será mais importante semear os nossos campos com o trigo loiro ou abandona-lo às silvas e todo o tipo de mata..?
Os pequenos que toda a sua vida se dedicaram aos campos, não esperam subsídios mas liberdade de poderem transaccionar todos os produtos que o seu trabalho lhes dá.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Aniversário - Parabens

Maria José= MÃE
15/10/1950


Maria Mãe que se dá com carinho e com muito amor
Que sofre e que luta sem nunca parar
Que se dá e se multiplica com muito calor
Olhando e cuidando de nós sem nunca chorar


José de Jesus que sofreu na Cruz
Abrindo seus braços para nos receber
Ouvindo e sorrindo com olhar sereno
Sempre aconselhando o seu melhor saber


Mãe estamos contigo nesta data querida
Pedimos a Deus que te guarde e proteja,
Que tenhas saúde e muitos anos de vida
E que a nossa alegria no teu rosto esteja.


Neste dia bonito queremos mostrar-te
O amor que nos dás e que está dando fruto
Não temos presentes para te cativar
Mas estamos presentes para te acarinhar

luiscoelho

sábado, 11 de outubro de 2008

Dormindo e Construindo

O pai já tinha iniciado a construção da sua casa e lá andava todos os dias com o pedreiro =Luís Miguel= .
Alguns dias o Américo, seu sobrinho mais velho também dava uma ajuda mas nem sempre podia fazê-lo pois havia em casa de seus pais outros trabalhos a que tinha de dar resposta.
Trabalhavam de Sol a Sol e lá andavam até concluir toda a estrutura da casa.
Para poderem acompanhar a altura das paredes iam fazendo andaimes e como não havia gruas, todos os materiais tinham de passar pelas mãos dos serventes.
Um dia, depois de acabarem o trabalho o pedreiro disse ao pai:
Amanhã não venho pois não há pedra aqui em cima. Respondeu-lhe o pai: Não se preocupe Sr Luís Miguel que quando chegar terá tudo pronto para poder trabalhar.
Foram cada um para sua casa e depois da ceia o pai deitou-se e adormeceu de cansaço.
Quando acordou e ouviu as badaladas no sino da torre da Igreja e levantou-se de um pulo, fez o sinal da cruz e veio logo aqui para a obra.
Carregou o primeiro andaime de pedra até estar quase a rebentar
Mudou esta pedra para o segundo andaime e quando estava a meio desta tarefa voltou a ouvir as badaladas no sino da Igreja e foi contando...uma, duas, três...
Não é possível!
Como é que me enganei e vim tão cedo para aqui. Quem ouvir que ando a trabalhar a estas horas certamente pensará: - Deve estar a enlouquecer........
Já não me vou deitar, disse para consigo. Vou continuar com este trabalho de modo que quando o pedreiro chegar esteja já com o trabalho adiantado.
Moveu as pedras para o primeiro andaime e depois para o segundo e ainda para um terceiro.
Amassou a cal e juntou-lhe areia. Naquele tempo também não havia cimento e a cal que era pedra cozida em fornos próprios que depois era morta juntando-lhe água em grandes poços abertos na terra. Só depois de fazer esta operação se podia utilizar a cal como hoje se vê fazer com o cimento.
Juntar a cal com a areia também era uma operação que exigia bastante força e pressistência.
Quando o pedreiro chegou e viu todos os andaimes carregados com pedra ficou surpreso e disse ao pai: - isto está perigoso, está muito peso em cima das tábuas e eu vou cair com tudo em cima.
- Suba descansado! Disse-lhe o pai que subindo primeiro, e fazendo gestos de que estava tudo em segurança e afoitando-se primeiro ao perigo.
O sr Luís Miguel subiu e foram utilizando aquela pedra nas paredes exteriores.
Felizmente não aconteceu o pior.
O pai contava-nos que muitos dias,depois de dormir um sono, e ficando acordado algum tempo, ia pensando a melhor maneira de executar os trabalhos que tinha de fazer durante o dia.
Dizia-nos com o ar da sua simplicidade: - um trabalho bem estudado resolve-se com mais facilidade e em menos tempo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Girassol

 




Nasceu sozinho e já fora de tempo este girassol.
Estava tão bonito e tão florido no meio da horta
Os passarinhos vinham aos bandos banquetear-se
Arrancavam as pétalas e as sementes até à ultima que vissem.
De nada valia fazer barulho, mandá-los embora.
Voltavam sempre às mesmas flores debicando-lhes as sementes,
Desistindo apenas quando já nada havia para bicar.
As sementes caídas no chão não eram aproveitadas.
Talvez com medo dos gatos, quem sabe ?... que outros motivos.
As flores mais tardias que iam abrindo e mostrando a sua beleza
Depressa estavam reduzidas a nada.Seria fome....?
A natureza é pródiga e certamente na próxima Primavera
Voltarão a nascer novas plantas e novas flores
Voltarão estes passaritos ou talvez outros
Este ciclo voltará a repetir-se....Quem sabe..???
A vida será sempre uma agradável surpresa.
Os passarinhos podem comer tudo, mas a beleza destas imagens
Vai perdurar nas minhas recordações até à próxima estação.
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sábado, 4 de outubro de 2008

Outubro

 



Um dia foi do Idoso. Outro foi de S. Francisco. Outro foi o dia da sorriso.
Todos os dias são nossos e em todos podemos agradecer e cantar o dom da vida.
Deus esteve presente em cada um desses momentos e vai continuar olhando por todos nós.
Não importa se merecemos ou se pensamos nisso. ELE está aqui agora e sempre.
Oferece-nos o Sol, A Lua e as Estrelas que povoam o firmamento.
Deus dá-nos os alimentos e as águas refrescantes que dão vida à natureza.
Ele dá-nos a beleza da vida vivida em liberdade e também com responsabilidade.
Deus está presente em todos os meus actos, palavras e pensamentos. A Ele Pertenço.
Ainda que amparado pelas gavinhas às rochas ou vivendo em meios diferentes,
Deverei oferecer-Lhe sempre todas as flores que os meus olhos vêem e as mãos cultivam.
Ainda que os políticos O queiram esquecer e banir da nossa sociedade e família
Ainda que os bens materiais se sobreponham e O façam esquecido, ELE viverá sempre dentro de nós
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Lições de Vida

Um dia apareceste aqui em casa, nas nossas vidas e preocupações e começámos uma amizade que nos parece ter ainda um longo caminho para fazer.
Aos poucos fomos ouvindo pequenas palavras que nos deixavam inquietos e ao mesmo tempo com uma mistura de curiosidade e de preocupações.
- Não me falem das minhas origens.
- Não quero lembrar-me de nenhuma das situações.
- Quero ir para diante, construir uma vida digna, de respeito por mim e por todos os que me deram as mãos.
-Naquele dia estava sozinha e abandonada.
-Não vou morrer. Vou lutar até poder. Hei-de conseguir...!!
-Tinha acabado o ensino secundário e através de outras colegas, consegui pequenos trabalhos nos fins de semana e nas férias para seguir o meu sonho:
= Concluir um Curso Superior =
Fiz a matricula e trabalhei com todas as minhas forças para atingir esse sonho.
Muitos dias, um sofrimento cruel me queria vencer pois precisava de pagar os livros, apontamentos, propinas e tudo o mais e não tinha nada, nem pais a quem recorrer.
Não desanimes e vamos continuar, dizia -me um anjo interior.
Apareceu também aquela tia que me deu a mão e que me ouvia a dor de querer e não poder. É uma amizade que não tendo, nem podendo me foi encorajando. = OBRIGADO =
Será que um dia vou poder compensar-te ?
Não sendo muito dotada, mas sendo muito persistente fui conseguindo subir os diversos patamares e no ano de 2008 conclui o meu curso superior.
Aceitei trabalhar longe de casa para fazer o Estágio Profissional.
Tudo o que consigo juntar já está a ser programado para tirar o Mestrado.
Força minha grande amiga. Que bela lição nos dás!
Quantos andam por aí perdidos sem se preocuparem como tu e tendo tudo aquilo que tu nunca tiveste nada aproveitam. Tantos por aí que não se preocupam em concluir os Cursos que a família lhes oferece de bandeja.
Esse teu gesto me fez acordar e recordar muitos outros que vão lutando também para concluírem as suas licenciaturas.
Sabes...? Há muitos que passam por nós diariamente, carregando esse peso que tu nos falaste de uma maneira tão sábia.
E quantos também se cruzam connosco descontraídos mas que nada querem fazer das suas vidas. Que tendo muitas capacidades e possibilidades se deixam errar numa indiferença mórbida.
Espero que continues a subir e a ser uma pessoa dinâmica e responsável nunca te deixando ir por caminhos fáceis e mostrando-nos que o verdadeiro valor da vida é o nosso trabalho honesto e digno e uma vontade que nos leva onde for preciso.
Para concluir quero ainda dizer-te que existem aqueles pais que sofrem porque os filhos não quiseram estudar.
Muitos homens e mulheres de valor se se vão perdendo....E tantos outros conseguem agarrar as poucas oportunidades que lhes aparecem. FORÇA

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recanto




Neste canto com recanto,
Vou dar-lhe um novo encanto.
Um vaso aqui e mais uma planta ali
Talvez outra além ficará muito bem.

As rosas como são formosas
Bonitas e bem cheirosas
As suas cores são primores
Que conquistam meus amores

E os brincos de princesa
São de alta realeza
A sua simplicidade
São prova de lealdade

O manto verde no chão
É tratado com ternura
É regado e aparado
Muitas vezes com brandura.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

jardim

 



Poderá o Jardim virar um vício ?
Não sei mas eu gosto de estar por ali
Podar uma haste de roseira aqui
Arrancar umas ervas daninhas ali
Encaminhar as guias da trepadeira
Recolher bolbos e fazer nova sementeira.
Ali descanso o espírito e faço esforço físico
Ali medito e olhando tanta beleza acredito
Que Deus existe e que toda a vida e beleza
São uma ínfima parte desta certeza.
Alguns dias trago novas plantas
Que cruzadas com outras tantas
Ajudam a criar outras flores
Que nos trazem muitas cores
Tudo isto me encanta e me levanta
Por tudo agradeço ao nosso Deus
E sempre nesta certeza levanto os olhos ao Céus
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Educação com Regras




Ontem iniciei novo ano de trabalho após as férias. Alguns ainda continuam ausentes, mas a maioria já está ao serviço.
Cumprimentos, novidades e algumas "cusquices".
Tudo isso normal pois acabamos por ser uma segunda família.
Organizei a secretária para ver o que havia e o que era mais urgente fazer.
A nossa Chefe entretanto poupou-me o trabalho e trouxe uma montanha de coisas que deveriam ser feitas naquela ordem e o mais rápido possivel.
« Manda quem pode e obedece quem deve »
Durante o período de descanso e como hoje também era o primeiro dia de regresso às aulas, o tema da conversa foi a «educação».
- Porque é que hoje há tanta violência e porque é que muitos ensinam os filhos a responder na mesma moeda.
- Bateram-te...? Bate também...
- Roubaram-te...? Rouba também ... Não sejas mole...
Parece que este esquema instalado na nova educação não será a melhor caminho e que os resultados estão já aos olhos de todos.
Não vou dar a minha opinião nem basear-me naquela educação que recebi nem ainda naquela que procurei dar aos meus filhos e aos meus sobrinhos que cresceram aqui ao lado.
Gostaria de ouvir e ler todos os comentários, como ontem, e deixar que as pessoas pensem e nunca sejam levadas na corrente instalada - e os outros....??
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domingo, 14 de setembro de 2008

Henrique

Data de nascimento 25/10/1943
O nosso menino.!!!
Nasceu de madrugada e foi assistido pela Teresa Caixeira( era a parteira daquele tempo). Uns dias de cama e a mãe recomeça a sua vida diária. O rapazote era bem constituído e lá foi resistindo e com o leite materno foi vê-lo medrar de dia para dia.
Os pais viviam da agricultura e para que tudo funcionasse bem o pai foi falar a uma moça das Lavegadas - Monte Redondo - para vir trabalhar aqui em casa.
Chamava-se Emília e era uma rapariga muito desembaraçada. Tratava da roupa do bebé, da comida e ainda tinha de acompanhar o patrão nas lides agrárias.
Um dia foram sulfatar as vinhas, nas encostas viradas para os campos do rio Liz e junto à linha do Oeste e levaram o bebé dentro de um cesto. Quando o comboio passou a Emília toda contente levantou o menino para ver o comboio e também para ele não ter medo, mas esqueceu-se de guardar os bois que estavam presos ao carro e quando veio o comboio, que naquele tempo fazia muito barulho, os bois assustaram-se e viraram o carro e a dorna.
Uma outra ocasião os pais saíram cedo de casa para tratar das sementeiras e pediram às suas sobrinhas que moravam na casa ao lado se podiam guardá-lo algum tempo.
Estava frio e deitaram o Henrique em cima de um banco grande junto à lareira onde ardiam uns paus grossos por baixo da panela de ferro onde coziam o feijão e a carne para o almoço. O bebé virou-se e zás ficou com o rabinho nas brasas.
Coitadas das primas o trabalho que isto lhes deu, mas conseguiram salvá-lo. As cicatrizes essas ficaram pelo tempo como marca da sua primeira aventura.
Cresceu depressa e cedo lhe foram dando mais tarefas e sempre mais arriscadas.
Tinha de guardar os irmãos pois era o mais velho e ainda tratar dos animais.
Havia cá em casa o porco macho. As vizinhas e conhecidas vinham com as porcas. Quando os pais não estavam o Henrique conseguia abrir a portinhola do curral e o animal saía e andavam por ali até que completasse a tarefa.
Um dia o porco atirou-se ao rapaz e levou-o na boca pelo pátio fora. Valeu-lhe a coragem da cliente que pegou num pau e conseguiu que o porco o largasse. Desta vez as cicatrizes foram um pouco maiores e lá o levaram ao Barbeiro. - O Sr Sousa.
Na aldeia todos tinham uma avença com ele e nestas situações só pagavam os materiais-
compressas, ligaduras e desinfectantes, outras vezes nem levava nada por atenção aos clientes.
Fez a escola primária numa sala ao lado da Igreja onde cabiam todas as classes desde a primeira até à quarta classe e só com uma única professora - A senhora Nogueira de Leiria.Faziam um intervalo ao meio da manhã e depois à hora do almoço. De tarde não havia intervalo.Acabavam ás 16 horas. Traziam trabalhos para fazer em casa e tinha de ir bem feitos porque senão havia reguadas nas mãos.
Esta escola era só para rapazes. As meninas era uma escola construída no tempo da minha mãe e onde ela fez a terceira classe.
Não repetiu nenhum ano e no final ainda fez o exame de admissão.
O pai estava na dúvida em deixá-lo ir estudar, mas a insistência foi tanta que acabou por ceder e foram fazer a matrícula na Escola Comercial e Industrial de Leiria.
Disse-lhe o pai: - Olha Henrique o primeiro ano que perderes é o primeiro ano que ficas em casa.
O seu gosto pelos estudos foi tanto que nunca reprovou e com 16 anos já tinha o curso concluído.
Concorreu para a Cuf no Barreiro mas, já nesse tempo, só entravam com padrinhos e ele não conseguiu. Inscreveu-se como aprendiz de electricista na Base Aérea de Monte Real e aí ficou até ser chamado para o serviço Militar.
Foi incorporado num batalhão para a Guiné onde permaneceu dois anos.
Ainda me recorda aquele olhar alegre no seu regresso. Recordo as suas construções de rádios sem pilhas nem corrente eléctrica em que conseguíamos ouvir músicas e notícias da época. O nome desses aparelhos parece-me que era «galhena»
O pai comprou-lhe uma bicicleta para ele poder sair aos Domingos. Na data uma bicicleta já era um luxo que nem todos podiam ter.
Era uma coisa tão importante que nos primeiros tempos estava ali junto ao quarto dos pais.
Poderia lembrar ainda outras situações como aquelas em que o pai se sentava ao pé dele e ambos tentavam resolver os problemas de matemática e outras coisas simples, vistas hoje.
Recordo também quando os professores exigiram um pincel para os trabalhos manuais e o pai cortou os pelos na cada do cão e fez um pincel muito original.
Recordo as suas corridas para apanhar o autocarro. Corria sempre como se estivesse a acelerar uma moto.À tarde a nossa gata ia esperá-lo ao pinhal. O Henrique dava-lhe sempre um pouco do seu farnel.
Gostaria que este pequeno retrato de família fosse completado pelos seus filhos pois foram eles que retiveram as últimas memórias

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pensamentos

Abrindo o correio electrónico encontrei o Tantra Chinês.
Será de todos os povos e também do Português
Primeiro me diz - não acredite em tudo o que ouve,
Nem gaste tudo o que tem, pois ainda fará a sua vez.
Não julgue ninguém pelos seus parentes,
Nem perca as oportunidades de se dar e amar de verdade.
Ame com o coração e também com lealdade.
Se errou peça desculpas e não culpe ninguém pelos seus actos
Fale devagar e pense com rapidez.
Passe algum tempo sozinho e aproveite-o para reflectir
Pois as oportunidades e as situações não se voltam a repetir.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Amanhã - Um Mundo Melhor

Quero ter o dia de amanhã com mais amizade
Cumprimentando e sorrindo para todos com igualdade
E desejando-lhes o melhor, com a maior sinceridade.
Quero um dia com muita acção, muita alegria e animação,
Acredito que tudo irá correr bem e com muita perfeição.
Vou ajudar os que precisam aceitando-os como são
Quero dar e receber,sorrir e partilhar o amor
Quero tambem agradecer os sorrisos recebidos
Eles serão sempre maiores se forem bem repartidos.