quinta-feira, 30 de abril de 2009

Chuva

Nas tardes de chuva lenta
Bem soprada pelo vento
Vem caindo e vai regando
Da horta até ao pomar.
E tudo fica mais fresco
Mais bonito e a brilhar
Neste tempo tão cinzento
Onde a chuva tem lugar.
Acordei a ver chover
E deitei-me a vê-la pingar
Por mais voltas que dê
Dela não me consigo safar.
Mas este tempo de chuva
Já me está a saturar
E por mais que dela fuja
Sempre me hei-de molhar.
Choveu de manhã à noite
Sempre a chover sem parar
Já pedi ao meu S Pedro
Para outro dia a guardar.

luiscoelho

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lágrima de Mãe

Uma lágrima perdida naquele olhar
Por tudo quanto o fazem sonhar
Nunca vê razões para aquele chorar
Nem para o amor que lhe querem roubar
Uma lágrima que teima em sorrir
Sem tempo nem hora marcada para vir
Mas sempre teima e tem de sair
Quando as dores não querem partir
Uma lágrima sempre a brilhar
No rosto de alguém a cantar
Esse amor que tem de dobrar
Para os outros poder animar
Essas lágrimas não caiem em vão
Elas vão caindo sempre com razão
Nos momentos de dor e aflição
Quando se vive o amor com doação
As tuas lágrimas são cristais
De beleza pura e doação tais
Que sendo pequenas também são reais.

luiscoelho

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Salvé dia 28 de Abril de 2009

Neste teu aniversário pedimos a Deus
Que tenhas muita saúde, muitos amigos
Que vivas em paz e não sofras castigos
E que satisfaças o amor de todos os teus.
Nem sempre alcançamos as metas ideais,
Mas na luta constante vamos conseguindo
Alcançar vitórias em sonhos florindo
Transformando-os em prémios muito reais.
Tu sabes a história do amor que vivemos,
Dos desencontros que também travámos,
Mas foi com carinho que sempre te amámos
E muita ternura sempre te oferecemos.
Vinte e cinco anos é uma idade catita
Vive-a com respeito por boas razões.
Vai marcando no tempo com boas acções
Pois a juventude é sempre bela e bonita.
Viemos dar-te um abraço de muita amizade
Com muito carinho, respeito e lealdade.
Partilhamos contigo o bolo da verdade
Das palavras, do amor e da fraternidade.



Beijinhos ao David Samuel

Pai , Mãe e Mana

28 de Abril de 1984/2009

domingo, 26 de abril de 2009

Guiné - 2

P


Preparando um petisco para todos da minha secção. Talvez uma galinha que tenha comprado na aldeia.
Os Montes das formigas fazem lindas construções.
Dois amigos do Batalhão. O Manuel Gomes, natural de Mangualde e o Vieira natural de Ilhavo. Nunca mais os vi nem tenho os contactos. Um abraço para eles e votos de que estejam bem com as suas famílias.

A Mulher Grande era uma anciã que devia impor às outras mulheres mais novas respeito e dignidade. Uma figura que sempre nos tratou com carinho e respeito. Via chorar quando partimos de regresso a Portugal. Nós davamos-lhe do nosso pão e ela trazia-nos cestos de mangas muito saborosas.

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sábado, 25 de abril de 2009

Abril

Abril de doces recordações
De poemas e lindas canções
De Primavera que a vida lidera
Da revolução para a liberdade
De tudo o que vimos e ainda impera
Com força, esperança e sã lealdade
Temo que alguém a queira roubar
Destruindo as raízes para a matar
E oprimindo o povo para o escravizar.
Abril, Primavera, sonho de liberdade
Grito solto a pedir igualdade
Para todos o pão e a fraternidade.
Tristes daqueles que foram levados,
Tirados da cama, da família e da fama
Metidos em prisões e outras masmorras
Morrendo amassados e maltratados
Pela PIDE e os carrascos da liberdade.
Cantarei Abril que nos devolveu a paz
Renovou a esperança que nos satisfaz
luiscoelho

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Entardecer

Entardecendo as cores se misturam
O Sol já não brilha e o dia anoitece.
As nuvens errantes se dispersam no tempo
Levadas pelo vento que o tempo arrefece.
Neste entardecer que sempre acontece

Abraço os campos dos vales aos montes
Agarro os momentos de finos encantos
E tudo recordo desses belos horizontes.
O entardecer traz tristes pensamentos
Que quero transformar em alegria e cor
O que recordamos foram só momentos
Dos dias felizes e das horas de amor.
Este entardecer tem dupla magia
Tudo quanto recordamos e nos fez amar
Tudo quanto temos e queremos dar
E que um lindo sorriso nos façam soltar.

luiscoelho

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sonho

Madrugadas frias, silenciosas e sem cor
Descem lentamente no meu interior
Calcorreando caminhos de sofrimento
Abrindo as feridas vivas e não saradas.
Com voz suave ou com fria agressividade
Acordam o animal adormecido cá dentro
E me deixam cair num triste lamento
São estes momentos que me pesam
Que me acodem e me repreendem
Desejando aquele sono que nada tem
E ninguém sonha por onde foi ou vem.

Madrugadas frias onde o cantar me dói
E o silêncio natural não faz nem constrói
Um mundo de paz, de pão e de amor
Sonho que as guerras não façam mais dor
Sonho que as crianças aprendam a amar
A crescer, compreender e a perdoar
E que este sonho se torne realidade
Nestes tempos de tanta maldade.
Caminhamos empurrados e humilhados
Por gente sem respeito nem dignidade
Que usa o poder para sua vaidade.

luiscoelho

domingo, 19 de abril de 2009

Hoje fomos ao Museu do Pão à cidade de Seia que fica situada na base da encosta Norte da Serra da Estrela.
Saímos de Leiria às 08H00 da manhã pela A1 em direção a Coimbra . Deixámos a A1 em Coimbra Norte e seguimos pela IP3 até Santa Comba Dão onde mudámos para a A 24 até Nelas e depois até Seia.
O Motorista estacionou o Autocarro e logo um outro meio de transporte - Um comboio - nos levou encosta acima até ao Museu do Pão.
Começaram por fotografar todo o grupo e após uma explicação simples mandaram-nos entrar para um salão onde está representada toda a história do trigo desde a sementeira até ao fabrico da farinha.
Está tudo devidamente ilustrado com bonecos gigantes, moinhos movidos pela água e ainda as alfaias utilizadas em épocas passadas, mas ainda recentes.
Numa sala anexa e também recheada de coisas utilizadas no fabrico do pão podiamos ver o Padeiro na luta diaria de amassar o pão até a cosê-lo no forno e a ir de porta em porta vendê-lo.
A visita ao Museu durou cerca de uma hora, sempre acompanhada pela guia que nos foi contando a história do Pão e ainda das raizes que levaram à criação daquele espaço.
Descemos para a zona do restaurante onde nos foi servido um optimo almoço.
Nas entradas cada um serviu-se do que quiz. Havia presunto, broa de milho e bola caseira rodelas de paio e morcela, saladas, queijos, bolos e muitas outras coisas.
À mesa serviram-nos bacalhau no forno com migas e pedaços de Kiwi .Quando todos já tinham comido colocaram um novo prato e serviram cabrito assado acompanhado de arroz frito com castanhas. Os dois pratos servidos estavam deliciosos e todos estavam maravilhados.

O almoço foi um pouco demorado. Eram quase três horas da tarde e queriamos ainda subir até ao ponto mais alto da Serra da Estrela.
Vai estar frio por lá! Diziam. Agasalhem-se como poderem.
Passados 45 minutos de viagem começamos a ver a neve mas o verdadeiro espectáculo foi mesmo lá no cimo junto à Torre.
O tempo era de nevoeiro e viam-se um fiapos de neve a cair.
Todo o monte em quilometros de extenção era de uma brancura maravilhosa.
A espessura da neve estaria perto de um metro de altura. Muitos miúdos brincavam com os trenós e faziam bonecos.
O tempo corria e já estava na hora do regresso.
Descemos a Serra pelo lado da Lousã e viemos entrar na A 23 em direcção a Castelo Branco e Depois a Torres Novas.
Era quase noitinha quando entramos na A1 em direcção a Leiria.
Via-se no rosto de todos a satisfação pelo passeio e por todas as descobertas deste dia. Preço por pessoa 30 euros ao funcionário e 40 euros ao familiar, viagem e almoço.
Há quem pense em voltar talvez em Junho para recordar todos estes recantos de Portugal.

Esta fotografia estava guardada. Hoje quis mostrar as minhas romãs. Costumam estar maduras no fim do Verão e são deliciosas. Os ramos pendem para o chão dando-lhe uma graça natural e uns bicos bem aguçados protegem estes frutos que saltam à vista pela cor rosada. 
Se não forem colhidas na altura certa elas rebentam e mostram o seu interior vermelho vivo onde os pardais e as pegas matam a fome e a sede.
Aquele sabor adocicado é muito gostoso e uma sobremesa de romã nunca se recusa.
Estão presentes em todas as nossas saladas de frutos, de alface com tomate, de cenoura e ainda a enfeitar aquelas tartes para o lanche do domingo à tarde.
Também se abrem e se comem simplesmente e com muito agrado.
Uma vez por acaso não é crime.
Este ano podei os ramos mais baixos e parece que ficou mais bonita a romanzeira.
Espero que floresça e dê muitos frutos saborosos.

sábado, 18 de abril de 2009

fingir

Este viver a correr e a fingir ser
Sempre o melhor e querer parecer
Ainda mais forte que o seu próprio ser
Será melhor parar e procurar pensar
Se alguma coisa vale este labutar
Onde tudo se quer ter e recolher
No celeiro construído para guardar
Tudo quanto podemos albergar
De conhecimentos e outras a par
E tudo o mais que queremos ter
E só para nós procurar viver
Com um olhar mais profundo
Reparamos que neste mundo
Nunca vivemos nem estamos sós
Todos precisam de todos para vencer
E construir um mundo melhor
Onde os homens sejam irmãos
Se respeitem e se dêem as mãos.

luiscoelho

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Reviver

Procuro nesta madrugada as palavras
Que se adivinham por semear no tempo
As que rasgam os céus com vendavais
E as que transformam correntes e rios
Que passam por mim e me levam ao cais
Onde ficaste ancorada no meu pensamento

Os gritos que ardem no meu coração
Roubam aos poucos o brilho da voz
E me vai matando numa luta constante
Que me trás perdido nesta guerra feroz
Não te quero esquecer nem por um momento
Nem aquela luz do teu olhar brilhante

Nas feridas abertas pela saudade do tempo
Mais preso me sinto no amor que vivemos
Os carinhos recordo como fios de lamentos
E aqueles pensamentos que nos acordavam
Tudo saboreio em recordações perdidas
E no passar do tempo nunca serão esquecidas

luiscoelho

domingo, 12 de abril de 2009

sexo/blog

Ontem nos noticiários referiam que muitas Senhoras escreviam em blogs com pseudónimos e que este era um campo já muito explorado, mas ainda assim numa fase de crescimento.
Também há muitos homens a escreverem e expressarem os seus pensamentos. Aqui publicamos o que queremos. Não há censura, mas há o direito de resposta de concordarem ou não com certas publicações. Modos de ver e entender a vida de todos os dias, a política, a religião etc.
Parece-me ser uma realidade e não uma ficção.Encontrei amigos de verdade por aqui e sempre acabo por me preocupar com eles, as suas vidas e os seus problemas.
Encontrei poetas que desconhecia totalmente.
Li e cultivei o meu conhecimento com opiniões dispersas e diferentes do que estava habituado.
Não quero entrar no mundo de sexo masculino nem feminino pois aí os assuntos são tratados nisso, por isso e sempre e só com isso........./................
O sexo é bom, mas tudo o que é demais enjoa e parece mal. Depois como poderemos dar valor a alguma coisa quando acabamos em saturação ?
O homem é o único animal que tem o sexo na própria cabeça.
Não o procura quando precisa, mas sempre. Desejando-o e vivendo-o como se mais nada fosse bom ou melhor que isso.
Claro que esta é a minha opinião. Tenho o direito de expressá-la.
Ninguém é obrigado a concordar comigo.
Sei também que muitos se pudessem me batiam e me mandariam calar.
Apenas quero dizer que me referi apenas aqueles blogues que vendem sexo para todo o mundo ver e se deixar andar.
Pronto ! Vou deixar este assunto encerrado.
Mas porque não falamos de Amor...?
Agora fiquei sem palavras diante deste tema.
Pensava eu que amor era o mesmo de sexo. Não é não....../.... !
O amor vem cá de dentro.
Não se vende nem se compra. Vive-se. E quanto mais se dá, mais ainda se quer dar.
O amor não é possessivo, invejoso, desconfiado, a prazo, de certas idades ou classes..../....
Como o amor é importante na vida de cada pessoa.
Poderei viver sem pão mas sem amor nunca !
Os homens lutam por dinheiro e poder, mas morrem sem nada ter. Porem os que vivem por amor mesmos mortos continuam com valor e a ensinar ao mundo toda a beleza do ser.
Se alguns erros fiz na minha vida este terá sido o maior:
«ensinei os meus filhos a amar com respeito e dedicação começando pela família e acabando nos outros sem cor, raça ou nação»

sábado, 11 de abril de 2009

Jesus de Nazaré

Homem lenda, Homem mito
A Verdade em que acredito,
Difícil entender a Tua Mensagem
Neste mundo de passagem
Onde vivemos e caminhamos
Sempre e em tudo procuramos
Viver de boas razões
Onde se tenha prazer,
Onde nada nos aborreça
Nem nos faça sofrer.
Quero poder entender
Porque não quiseste fugir
Das mãos daqueles ingratos
Que a Ti quiseram vir ?
Quero poder compreender
O Teu amor sem barreiras
Sem cores nem outras bandeiras
Que muitos fazem de Ti.
Ensinaste os homens a amar,
A crescer e a perdoar
E pediste para contar
A Tua história de amor.
Outra não há igual,
Mas ainda assim duvidamos.
Os homens são sempre iguais
Aos teus amigos reais
Aos que estavam lá Contigo
E que Te negaram
E aqueles que curaste
E também Te abandonaram
Mas a Tua força é grande
É tudo quanto pedimos
E suplicamos - Dá-nos FÉ !
luiscoelho
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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Semana Santa

Recordo os meus tempos de menino em que brincávamos aos carrinhos. Uma cana com uma roda de madeira e uma estaladeira que nos fazia correr sem parar. Era um luxo ter um brinquedo assim. O meu carrinho era sempre o melhor de todos. O Pai parava para nos ajudar a construi-lo. Alguns dias conseguíamos roubar-lhe o seu tempo de descanso a que chamavam a «sesta». Depois do almoço, ao meio dia, cada um recostava-se como podia e se conseguisse fechar os olhos dormia uma hora.
Nunca tivemos brinquedos da loja, mas os nossos ainda eram melhores.
Quando subíamos a encosta de Riba D`Aves e construíamos as ventoinhas com as cascas dos eucaliptos. Depois corríamos encosta abaixo segurando com uma mão aquele brinquedo que nos deliciava pelo movimento e nos deixava sonhar com outros voos.
Recordo que na minha infância eram considerados dias santos de guarda: Quinta Feira Santa de tarde e Sexta Feira Santa de manhã.
Nestes espaços de tempo o Pai arranjava o jardim. Cavava a terra em frente da casa, junto à porta principal. Depois dividia em dois canteiros iguais separados por um corredor com cerca de um metro de largura.
Nesse tempo plantavam os craveiros, semeavam os goivos e ainda os malmequeres brancos.
O nosso trabalho consistia em limpar as canas com uma faca, deixando-as limpas e brilhantes.
No final o pai cortava todas as canas pelo mesmo tamanho e começava a construir uma cercadura a toda a volta do jardim entrelaçando-as umas nas outras .
Fazia um ripado maravilhoso não deixando que as galinhas ou os outros animais entrassem naquele espaço.
A mãe já tinha colhido dois molhos de junco verdinho e fresco nas valas junto ao rio Lis.
Este junco era espalhado pelo chão, na divisória central, de modo a que o nosso calçado não levasse terra para dentro de casa.
Fazia um tapete maravilhoso a que ainda juntavam folhas de louro e alecrim que deixava um aroma no ar durante alguns dias.
Nos Cantos deste ripado de canas era fixados no chão braças de loureiros dando a beleza natural e ainda como convite à visita Pascal do Senhor Padre Gaspar que na data era o nosso capelão.
Os tempos hoje são outros e todas as casas tem um jardim bonito todo o ano.
A visita Pascal perdeu um pouco o sentido e estes dias são ocupados por outras escolhas.

Gripe

Pergunto a esta gripe
Que invadiu a nossa casa e a nossa cama
Porque me segue e me persegue sem razão
Não me deixando numa normal respiração
Com ataques de tosse e convulsão
Empurra-me para a cama que me acolhe
Mas os membros me afecta e me tolhe
Contorcido de dores e com grande aflição
Me faz rodopiar e de novo levantar
Não suportando esta tosse que me tira o ar
Me carrega de dores e de calafrios
Não suporta agasalhos nem outros conselhos
Agarra-me, bate-me e amordaça-me
Não lhe posso fugir e tão pouco lhe resistir
Peço ao doutor que me salve por favor
Me retire estas dores se me tem amor
Se me curar, eu lhe pagarei quando puder
Com moedas de ouro e tudo quanto tiver
Mas a gratidão nunca lhe poderei dar

luiscoelho

Noite

A noite vem caindo sobre nós
A escuridão traz interrogações
Que suavemente nos abraçam
Nos apertam e nos sufocam.
Os meus medos crescem,
Transformam-se em monstros
Que abafam a voz e os pensamentos.
Nesta esuridão que me cerca

Que deverei fazer ou procurar
Nunca poderei desanimar

Nem fugir para outro lugar.
É preciso estar atento

E cuidar do pensamento
Nunca perdendo o norte,

Nem o amor a qualquer sorte.
A noite é leve e passageira
Muitas vezes boa conselheira
Não vou perder por asneira
Quanto procurei na vida inteira
A Paz, o Bem e o Amor


luiscoelho

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Páscoa/Perdão

Este tempo que vai e vem
São coisas que o tempo tem
A todos desejo muita saúde
Muita paz e muito bem

Sei que nem tudo é perfeito
E nem tudo fica bem feito
Mas tudo quanto fazemos
Seja sempre o mais perfeito

Neste dias de passagem
Todo o bem devo fazer
Para mais tarde não dizer
Que perdi o bom viver

Estes versos desligados
São escritos a pensar
Que neste tempo devemos
Só ter tempo para amar

Na simplicidade dos versos
Apenas quero cantar
O amor que tenho na alma
E que a todos quero dar

luiscoelho

domingo, 5 de abril de 2009

Espelho

Querido espelho onde me vejo
Fiel retrato e puro encontro
Em tudo quanto te dei e te desejo
Até os sonhos que procuro cá por dentro
Quero ver refletidos na tua sombra
Aqueles que no tempo permanecem

E nem nos dias de calma adormecem
Mostras os dias de glória e de alegrias

Mas ainda tantos de tristeza e cobardias
A tua ousadia chega a ser puro desdem
Tantas vezes te desejo ver partido
Em mil pedaços ou ainda mais além
Tantas dores e tristes recordações
Com afronta me atira sem piedade.
Não quer nem aceita lamentações
Pois em tudo mostra apenas a verdade.
O teu reflexo é fiel companheiro
Não te posso abandonar quando queira,
Não se troca nem se vende por dinheiro,
O meu espelho é fruto do meu ser
Onde a alma procuramos e devemos ver
Procurando ser felizes com o bom viver.


luiscoelho

sábado, 4 de abril de 2009

Jesus

Nestes dias em que o Sol brilha e aquece
Desejo abrir as portas do coração ao calor

Aquele que no tempo vem de Deus
Desejo que o odor da Primavera lave a angústia
E apague as feridas onde permanece a dor
Desejo que a saudade que me arrasta
E me deixa a alma contorcida de incapacidade
Me liberte os desejos e os pensamentos
Quero sentir as flores frescas me lambendo o rosto
E sentir o seu perfume embebedar-me a dor
Que me conduza ao encontro do Teu Amor
Quero abrir estas portas que me isolam

Me sofocam e desesperam esta ansiedade
Não deixando a Tua Luz pousar em nós
Nem aceitar o Teu Amor com lealdade


luiscoelho

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Recordações

Caminhamos neste tempo
Contra a vontade e os ventos
Recordando as tristezas
Feitas de sonhos e lamentos
Percorrendo aqueles trilhos
Onde fomos construindo
O nosso lar e nossos filhos.
Tantos dias em viagens
De histórias e aventuras
Por terras e outras paragens

Com suor e amarguras
Tantas delas foram camas
Onde dormimos e sonhámos
E curámos nossos dramas
Partimos e te deixámos
Voltamos para te ver
Sempre te quizemos ter
Bem dentro do nosso peito.
Nosso sentir é doloroso
Mas também o mais formoso
Pois nestes dias sentimos
Todas as coisas que vimos
E voltamos a acreditar
Que juntos vamos estar.


luiscoelho

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Amor

Quero cantar o amor
Aquele que se faz com dor
O que nos dá gosto e sabor.
Quero viver com alegria
E muita sabedoria
Dando ao tempo o seu valor.
Tanto queriamos fazer
Nesses dias de prazer
Que sendo nosso o queriamos ter.
Quero cantar esse amor incompleto
Que me deixou vazio mas repleto
De saudades do que vivi
Dos sonhos que não conclui
Das palavras que não te disse
Por todo o amor onde eu visse
O teu rosto a ser feliz.
Há se eu pudesse voltar no tempo
Recuperar o que mais queria
Contigo embarcaria
Numa viagem distante
Procurando em cada canto
Ser feliz mesmo com pranto
Mas nunca perdendo o encanto
Desse amor que nos unia
E nos fazia voar para amor
Numa infinita alegria.

luiscoelho