domingo, 31 de maio de 2009

crianças

Ser criança é tão belo e encantador
A simplicidade é prova do seu amor
A agilidade torna-os vivos e verdadeiros
E nas traquinices um certo ar de guerreiros.
Desejo que as crianças sejam felizes de verdade.

Para mais tarde reviver tudo isso com saudade.
Ser menino é sonhar muito e amar cada vez mais
Querer um mundo melhor são tudo coisas normais.
Os meninos pequeninos recebem muitos miminhos
E os que não tem ninguém sempre esperam por carinhos.
Ser menino é uma parte da vida que já tivemos

Vamos viver hoje ainda o melhor que nós soubermos
Nas recordações que temos estará a nossa Mãe
Por tudo quanto nos deu e sempre só nos quis bem
Ser menino só é possível se por perto houver a Mãe

luiscoelho

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Família Lopes

Recordo o ti Lopes, a mulher, e a filha. Eram nossos vizinhos e como todas as pessoas aqui da aldeia viviam da agricultura, procurando algum rendimento com a venda de animais que criavam, de produtos que lhes sobravam ou ainda de alguma madeira no seus pinhais.
Ele era um homem baixo, magro e com muita vida.
Na Primavera gostava de os ver a semear os campos aqui ao redor. Tinham de aproveitar os meses mais frescos para que as culturas produzissem bem. Os meses de Abril, Maio e Junho eram os indicados para estas sementeiras.
Primeiro os terrenos arenosos e onde não havia água, depois iam com todas alfaias para o Vale do rio Liz e por lá passavam os dias.
Como era engraçado o Ti Lopes agarrado à rabiça do arado e segurando na outra mão a vara para tocar os bois ao rego. Passava horas a ralhar com as vaquitas que não andavam e que com as moscas e o calor paravam constantemente.
A mulher, Maria Ferreira, seguia ao lado do homem com um cesto de milho pendurado no braço e com a outra mão atirando os bagos de milho contados para cada sementeira.
Com os anos e a prática fazia-o quase de olhos fechados. As sementes tinham de cair no virar da terra sem se perderem no fundo ou ficarem à superfície pois os pássaros comiam os bagos que ficassem à vista.
Paravam só na hora do calor mais forte. Deixavam os bois descansar. Davam-lhe um molho de palha seca e depois levavam-nos a beber água no ribeiro mais próximo.
Para eles quando andavam longe de casa comiam um farnel e bebiam uma pinguita de vinho também da sua lavra.
Encostados à sombra do carro de bois dormiam ainda uma sexta para aguentarem o resto do dia a árdua tarefa da sementeira.
A meio da tarde faziam ainda uma curta paragem para a merenda. Chegados a uma ponta do rego paravam e sentavam-se como podiam para comer uma «bucha» e molhar a garganta com agua pé.
Já rente á noite tiravam as vaquitas do arado e metiam-nas a puxar uma grade de madeira e assim deixavam o terreno liso e com todas as sementes bem abafadas.
Por vezes semeavam uns poucos de feijões antes de passar com a grade. Atiravam-nos de lanço de modo a que ficassem bem divididos pelo terreno todo.
O dia terminava quando já nada se via e no céu brilhavam as primeiras estrelas.
Então recolhiam tudo e preparavam a partida. Parece que os bois sabiam o caminho de regresso a casa e descansados sentavam-se como podiam em cima do carro.
Muitos dias à noite ainda o ouvíamos a falar com a sua Maria Ferreira.
_ Trás-me o lampião para acomodar os animais.
O homem não dormia sem deixar as suas vaquitas bem tratadas. A manjedoura bem cheia de feno e mato fresco no chão do curral.
Seguiam depois para a cozinha à luz do Lampião. Era um candeeiro a petróleo muito utilizado nesse tempo pois não havia luz eléctrica aqui na aldeia.
Depois de comerem uma sopa quente lavavam os pés e a cara num alguidar de barro e assim completavam o seu dia.

domingo, 24 de maio de 2009


Maio mês da flores
Das rosas de muitas cores
De perfumes mil e tantos odores
Tantas e tão grandes maravilhas
Que nos enchem a alma de encanto
E os olhos se confundem de tanta beleza
Que nos levam a exclamar em alegria e pranto
Bendito sejas Deus Criador
Que tudo nos dá com tanto AMOR

luiscoelho

(foto ocasional na encosta poente do Castelo de Leiria. Uma pereira florida)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Ti Vicente

Reportamos-nos na data de 1925. Éramos uma família muito pobre. Muitos filhos e todos pequenos e com muitas necessidades. Distanciados uns dos outros por um período de 13 /14 meses. As jornas eram poucas e mal davam para comprar os alimentos essenciais.
Os pais viviam da agricultura de subsistência. Semeavam batatas, ervilhas, favas, milho e feijão e cultivavam ainda uma vinha na encosta da Saxieira. As uvas eram esmagadas e pisadas com os pés e a meio da fermentação juntavam-lhe uns cântaros de água da Fonte de StºAmaro e ficava uma água-pé que os remediava.
De manhã quando se levantavam comiam um caldo de couves temperadas com azeite ou toucinho salgado e bebiam um copo dessa água pé. Para acompanhar a sopa era distribuído um naco de broa, pão de milho cozido em casa, a cada um. Este pão tinha de chegar para toda a semana.
Quando havia jorna o pai comia um pouco melhor para aguentar o dia de trabalho a cavar nos campos ou a carregar madeira nos pinhais.
Com tantos filhos sem ter com que lhes matar a fome, tratou de mandar o Manuel, que era o mais velho, para casa dos Carnides na Ortigosa. Era uma casa farta . Tinham muitos animais e uma junta de bois para lavrar os campos. Não recebia ordenado ao fim do mês. Estava ali só para trabalhar e lhe darem um prato de sopa todos os dias. Era menos uma boca a sustentar em casa. O Manuel não estava longe dos seus pais e irmãos. Via-os diariamente mas tinha de estar ali às ordens do Patrões.
A comida também não era melhor do que em sua casa pois estas pessoas até a água poupavam para não perder tempo em ir buscá-la á fonte.
Um dia, a patroa, mandou o rapazito cegar erva verde à Serradinha para dar de comer aos bois. Levava uma foice e um poceiro de vime às costas para fazer o transporte da erva cortada para casa. O poceiro é um grande cesto muito usado nestas paragens.
Ele foi e procurou fazer o seu melhor trabalho. Havia por ali umas forragens boas para os porcos e por sua iniciativa cortou umas poucas e carregou o cesto de vime até poder com ele às costas.
Caminhou para casa com fome e também na expectativa que a patroa lhe ficasse grata pelo seu gesto de trazer a comida para os bois e os porcos.
Quando tirou o cesto das costas disse-lhe a patroa:
- Bonito trabalho!...Não tens vergonha ?...
Vê só, nem trazes para os bois nem para os porcos....Não foi isto que eu te mandei fazer, pois agora voltas para lá e fazes como eu te disse.
Cabisbaixo, o Manuel voltou para a Serradinha com o cesto às costas e por pá ficou até quase ao anoitecer. Carregou o cesto com toda a erva que tinha cegado e veio caminhado para casa.
Os olhos do Manuel tornavam-se brilhantes ao contar-nos esta e outras histórias da sua vida.
Sabia que os seus pais não o queriam em casa e que não havia comida para ele e sabia também que nesta nova casa apenas queriam a sua força de trabalho. Não podia queixar-se a ninguém e ninguém entendia o seu sofrimento.
Os anos passaram e começou a ser homem amigo de todos e muito trabalhador.
O Carreira viu ali uma força de trabalho e convidou-o para o ajudar a gerir a sua casa agrícola.
Naquele tempo até pagava bem. O Manuel era o homem de confiança e sabia da sua tarefa.
Conhecia melhor que ninguém todas as actividades da casa e ainda dos assalariados.
Quando pediu aumento pelo dobro do trabalho e da responsabilidade o patrão enganou-o, prometendo-lhe tudo de bom, mas nada lhe deu, nem aumentou o seu salário.
Dizia o Manuel: - Quem nasce pobre nunca vai ser rico !....
Trabalhou até poder e sempre com um sorriso amável para todas as pessoas. Faleceu em 2007 com oitenta e picos de idade.
Não se queixou da vida, mas sim de ter sido enganado e não ter tido coragem para emigrar como os demais. Teria tido uma vida melhor !...

sábado, 16 de maio de 2009

Festa dos 62

Recordar é viver, amar e também sonhar
Pois nesta vida vivemos um canto de embalar.
Juntando os amigos para com eles cantar
E para que todos juntos possamos recordar.

Sessenta e um já passou e dois já vem a ser
Sem de tal me lembrar nem me aperceber.
As coisas que dissemos e as que devíamos dizer
Tantas que não fizemos e deveríamos fazer.

Aos que nos deram lindos e belos presentes
Jamais serão esquecidos e nunca serão ausentes.
E aqueles que recordamos nas nossas mentes,
Pela saudade serão os mais fortes presentes.

Estas festas de família tem alma e coração,
Vivemos como sabemos e com alguma razão,
Repartimos o que temos com sabor a doação,
Esperando novos encontros numa perfeita união.

Queria a todos dizer o meu muito obrigado
Mas naquela grande alegria fiquei embriagado.
A todos estou agradecido, foi um dia bem passado
Se nem tudo foi tão bom espero ficar desculpado.

luiscoelho

15/maio/1947

Nessa madrugada fria com dores do parto
Acordaste o pai no desejo de te amparar,
Chegou a tia Joaquina para te valer
A Maria Caixeira para te ajudar
E uma fogueira para a casa aquecer.
No silêncio do teu olhar estavam as dores.
Mais um esforço recomenda a tia
Dando-te a mão e a força da razão.
Comecei a mostrar-me às cinco da manhã
Já está ! Parabéns ! É um rapaz
Tu e o Pai se olharam de felicidade e paz.
Com carinho aconchegaste-me ao peito
Conservando o calor e o amor do teu jeito.
Recordarei as frases que me dizias:
Tantas noites a velar a ver se dormias,
Eras gordinho, choravas bastante.
Mãe descansa agora no Céu com o pai
E com tanta recordação que daí cai
Aceita os beijos que te roubei delicadamente
E a gratidão por seres Mãe infinitamente.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vento

O vento que sopra e embala
Algumas vezes suavemente,
Mas outras com tanta força
Que nos tomba bruscamente.
O vento que ninguém
E ninguém pode agarrar,
Ele sopra fortemente
Sem ninguém nele mandar.
O vento sacode as árvores
Varre as folhas do terreiro,
Junta e espalha a desgraça
Como um louco desordeiro.
O vento é brando e leve
Ele nos suaviza o calor,
Leva no ar as sementes
Fazendo de semeador.
O vento é traiçoeiro
Ele faz muitas partidas,
Umas vezes engraçadas
Outras vezes repetidas.
Gosto do vento a soprar
Ele faz os barcos navegar,
Nas Serras move os moinhos
Anda sempre sem parar.

luiscoelho

segunda-feira, 11 de maio de 2009

História da Festa de Santo Amaro

Santo Amaro

Dia 15 de Janeiro  festejámos Santo Amaro.
Foi discípulo de S. Bento. Frades monásticos dedicados à oração.
Nasceu em 493 depois de Cristo e faleceu a 15 de Janeiro com 72 anos.
As regras de vida destes monges são simples:
oração, obediência, pobreza e castidade.

Nasci e vivo numa terra onde este Santo é o nosso Padroeiro.Ortigosa - Leiria

Desde os meus tenros conhecimentos, este dia era como um feriado nesta terra e nas mais próximas para prestar homenagem ao nosso Padroeiro.
As pessoas de mais longe começavam a chegar na véspera da grande festa que tinha o seu pico principal no dia 15 de Janeiro com a Missa solene celebrada na Igreja, às 12 horas e seguida de procissão com a Imagem de Santo Amaro e dos outros Santos .
Era realmente o momento mais nobre. Os sinos repicavam musicas muito agradáveis ao ouvido e nos ares estalavam os foguetes convidando à oração e à festa.
Ao longo dos tempos houve modificações mas a celebração central ainda se mantém.
Hoje na procissão desfilam os andores de ofertas dos devotos de Santo Amaro. São primorosamente enfeitados e decorados pelos jovens da terra que querem mostrar sempre um melhor trabalho. Competição entre grupos. Qual o mais bonito e também o que apresenta mais valor em dinheiro de ofertas. 
Alguns andores levam mais de um mês a decorar com papel de prata colorido e lindos balões e flores a flutuar ao vento. No cimo de cada andor ou bandeira expõe-se toda a quantidade de dinheiro.
A procissão percorre algumas ruas da aldeia acompanhada pelas fanfarras e demora cerca de quarenta a sessenta minutos. No final fazem ainda um leilão para a venda de fogaça - bolos, frango assado e chourichos caseiros.
O dinheiro apurado é entregue a uma comissão de festas que depois fará a sua entrega à comissão da Igreja.
Durante a tarde as pessoas passam o tempo pagando as suas promessas .
A parte profana destes festejos são os conjuntos musicais que transformam o arraial em festa de dança e de convívio agradável entre todos.
O frio é uma constante todos os anos pois estamos em pleno Inverno. A chuva também costuma fazer algumas partidas. Quando não chove a alegria da festa é sempre redobrada.
Os milagres de Santo Amaro.
Saúde - animais - colheitas e desavenças.
Os devotos oferecem objectos de cera representando braços, pernas, mãos ou pés, ou em sua substituição, o mesmo valor em dinheiro.
Pessoas com maiores dificuldades oferecem milho e trigo que depois é vendido em leilão.
Os antigos contavam-nos que havia noutros tempos uma casa grande onde existia uma balança e os devotos ofereciam o seu peso em cereais que ali era pesado à frente do mordomo.
De um lado o devoto e do outro as sacas com os cereais até equilibrar a balança. Esta tradição perdeu-se e penso que são poucos os que ouviram falar dela.
Esta festa é conhecida ainda pela qualidade das chouriças caseiras que são feitas exclusivamente para esta ocasião e que ficam famosas pelo preço e também pelo sabor.
Em tempos houve promessas em que se prometia dar ao Santo uma telha roubada e outras coisas que são autenticas anedotas, mas quem promete tem que pagar ainda hoje se repetem algumas dessa cenas.

domingo, 10 de maio de 2009

Recordação que se prolonga no tempo
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sábado, 9 de maio de 2009

Queima das Fitas

Regressámos agora a casa. São 20 horas. A festa foi muito bonita. Trouxemos a alma e o coração a transbordar de alegria. Pena que nesta última cerimónia a chuva tenha estragado um pouco a festa dos estudantes.
Começámos pela Eucaristia com a bênção das pastas às 10.30 da manhã. As leituras foram escolhidas para esta cerimónia e o Padre celebrante recordou que esta meta que concluiram, foi mais uma das suas vidas. Haverá agora muitas outras que se abrem e se fazem acontecer no dia a dia e que também é preciso vencer com coragem e dinamismo.
Aproveitámos os jardins para fazer umas fotografias e convívio com outras alunas e os seus familiares.
Depois fomos de carro para a zona das Salinas de Rio Maior. É um lugar bonito com os tanques da água rasos e de onde ainda vão retirando mensalmente muitas toneladas de sal. No Verão a paisagem é mais branca e agradável.
Almoçámos por ali numa daquelas tascas típicas.
Não foi nada do que estávamos à espera. O importante era descansar um pouco e retemperar as forças. Pagámos a conta e saímos pois a Lia ainda queria dormir antes de começar o espectáculo da tarde. 
Já na cidade de Rio Maior, quando seguiamos a pé para a zona da festa, fomos surpreendidos por um grupo de estudantes que nos dedicaram um canção acompanhada à viola , bandolim e batuques.
A festa começou com palavras de incentivo aos estudantes pelo Presidente da Câmara de Rio Maior e logo a seguir e para animar o que foi dito houve uma actuação da Tuna- Vozes Doces - que foi muito aplaudida.
Foram chamando ao palco os alunos de cada turma para queimarem a respectivas fitas.
A festa estava muito animada e na maioria dos casos os pais acompanhavam os filhos.
Havia alunos que não tinham por ali os seus familiares e então juntavam todos os amigos que os acompanhavam naquele gesto.
A chuva começou a cair lentamente e sempre a aumentar de intensidade. A temperatura arrefeceu bastante e como também estava na hora tivemos de partir e deixar aquele local cheio de vida e de cor.
Despedimo-nos e rumámos para Leiria. Uma hora de viagem. Com a chuva a estrada torna-se ainda mais perigosa.
Queria salientar o gesto de uma aluna que recordou e pediu uma salva de palmas para a colega de curso -Sandrine - falecida por atropelamento numa passadeira junto à escola.
As palavras ficaram presas na garganta mas todos lhe retribuíram no pedido e ouviram-se muitas e muitas palmas
Espero que todos os alunos finalistas consigam entrar no mercado do trabalho e que sejam felizes.
A minha filha quer estudar por mais dois anos. Fazer o Mestrado.
Nós continuaremos a apoiá-la, como sempre fizemos. Só damos o que podemos e a Lia também tem sido incansável não se poupando a esforços para conseguir trabalho e rendimentos para concluir este sonho. As colónias de Férias no Cadaval tem sido uma aposta muito positiva.
Foi esta a prenda que ontem nos pediste e que nós não te recusámos.
Um dia, mais tarde, se leres estes apontamentos que quis aqui partilhar com todos, espero que os interpretes com todo o carinho e dedicação que te quisemos dar. Não é pouco, nem muito. É tudo quanto podemos e vamos lutando para que tenhas sempre o suficiente em cada dia.
Terminamos com um beijinho de ternura e carinho a juntar aos que já te demos e aos que ainda te queremos dar.............................
luiscoelho

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Queima das Fitas em Rio Maior




 Queria adivinhar o que te vai na alma
 Quais e quantos são os teus desejos
 Aquilo que procuras com tanto amor
 E quanto conseguiste com muito labor.
 Da família e amigos nunca te esqueceste
 Mas para a Escola e o desporto viveste
 As dificuldades foram sempre trabalhadas
 Desejamos que vivas desportivamente
 Alcançando o que procuras intensamente.


 Beijos de ternura do Pai , Mãe e Mano

 Escola Superior de Desporto e Turismo Activo de Rio Maior
 Aos nove dias do mês de Maio de dois mil e nove
luíscoelho

terça-feira, 5 de maio de 2009

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Nesta madrugada em que os cães me acordaram, procuro nas recordações algo que possa dividir com todos os meus amigos.
Penso que nada há melhor que as cores de uma flor.
Esta não tem cheiro e é de uma beleza ímpar. Foi mais um trabalho, aqui em casa, do Sr Curioso por Conta Própria, meu bom amigo.
Aos poucos se vai libertando dos seus medos interiores e procurando na beleza das fontes, dos prados, dos rios e dos montes para nos oferecer tudo quanto vai descobrindo com essa máquina inteligente.
O cansaço é grande e o silêncio voltou a abraçar este espaço.
Havia alguma coisa na rua que não consegui nem descobrir nem identificar. As luzes do jardim vão continuar acesas.
Ouvi barulho por duas vezes mas não consegui ver  nada. Os cães latiam com muita intensidade e uma fúria desesperada.
Penso que poderão ter sido os gatos. Os meus cães são inimigos naturais desses felinos que durante a noite andam á solta pelos telhados e durante o dia me revolvem a terra dos canteiros das flores

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Manhãs Pensativas

Os meus pensamentos atropelam-se desordenados
Muitos dias não consigo descrevê-los como os sinto,
Cantá-los para melhor os viver e recordar amando
Chorá-los no silêncio da partida que eu não consinto.
Poderia pegar num só pensamento e desenvolvê-lo
Ainda que fosse absurdo pouco importa a definição,
Faria um estudo programado até à última solução
Veria o tempo a castigar-me nestas coisas sem razão.
Ainda assim a minha luta não dá tréguas a ninguem
Nem deixa de pesar nesta bela e profunda procura,
Para alguem que ama poderá ser arte dispersa em rimas,
Para outros que nada querem entender será loucura.
Escrevendo os sentimentos me esvasio cá por dentro,
Mas não sabendo nunca explicá-los como entendo,
Assim como não poderei dar esta dor a mais ninguem,
Tudo faz parte desta vida e com tudo isto me prendo.
O silêncio das palavras me pesa na hora da partida,
Aquelas que não disse mas estavam nestes pensamentos
Carregados dessa mágua muito clara e bem sentida
E sem querer se desfazem como ventos por momentos.

luiscoelho

sábado, 2 de maio de 2009

19/Abril/2009

Domingo à tarde recebemos a visita do nosso amigo «Curioso por Conta Própria»
Andava a tratar das minhas flores no jardim e ele foi fotografando como quis e onde lhe deu prazer.
Não consegui perceber a sua revolta e nervosismo.
Já outras vezes me disse que é uma coisa genética, mas seria muito melhor se o conseguisse transformar no homem generoso que é e de uma alegria contagiante.
Vivemos nesta tarde recordações dos nossos tempos de meninos.
Recuámos nas nossas infâncias e nos tempos de estudantes. As férias aqui na Aldeia. Os amigos comuns e o que desde então se passou.
Na mesa, para lo lanche estavam tremoços, sumos e e outras bebidas. Ainda havia paio, queijo e chouriços que trouxemos de Seia e tudo foi repartido com sabor de partilha.
Chegaram entretanto o Sr Manuel Coelho e a esposa, Mariazinha.
O tema da conversa virou para «Religião Católica»
O meu amigo Curioso rebobinou-se todo. O que entende e muito mais do que não entende.
Também tenho muitas dúvidas e muito gostaria de encontrar respostas, explicações, mas tal não será possível.
Em cada pergunta que se faça fica sempre algo mais por dizer e nem sempre as respostas encontradas nos satisfazem por completo deixando muitas outras dúvidas e perguntas por satisfazer.
Perguntou-se como pode o Papa falar de preservativos em África  ou em qualquer outra parte do globo ?
Como pode hoje a Igreja Católica impôr a confissão nos moldes em que está a ser feita.
Como pode esta Igreja não ver que está a perder clientes para outras seitas e religiões e que não consegue cativar a juventude e levá-los a uma participação mais activa e consciente...? Baptizado e Casamento católicos...
Como pode esta Igreja afastar do seu seio os casais divorciados, os padres que não suportaram o celibato nem outras exigências da sociedade que é a Igreja.
Era já um pouco tarde. Cada um teve de ir à sua vida, mas as dúvidas e o gosto desta conversa amiga deixou-nos muito que pensar.
Iremos continuá-la num futuro próximo tenho a certeza.
Estes Domingos à tarde são sempre bons para juntar os amigos e deixar que a conversa flua naturalmente.
Obrigado «Senhor Curioso» pelo envio das fotografias. Publicarei conforme puder e for conseguindo fazê-lo.
Ninguém sonha o trabalho e a luta que ontem travei para conseguir postar esta rosa maravilhosa que o Sr Curioso quis fazer do meu jardim.
Continuarei aguardando as tuas visitas bem como as dessa máquina inteligente.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

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Mãe - 03/Maio/2009

Não tenho palavras para te cantar Mami
Queria ver-te feliz e estar ao pé de ti.
Nestes dias a tristeza nos agarra e surpreende,
E tudo quanto vivemos com a saudade se prende.
Os teus olhos se abrem em claras manhãs
Quando me acordas como o melhor dos teus fãs
Quando me deito no teu regaço e adormeço,
Voando em sonhos pequeninos e já me esqueço
Desse tempo perdido num passado muito querido
Mas que agora revivo de coração agradecido.
Não te trouxe prendas nem outras oferendas
Aqui estou eu e só peço que me prendas
Aperta-me com os teus braços para que os sinta
Passa as mãos pelos meus cabelos acastanhados
Olha-me nos olhos e nunca deixes que te minta
Nestes anos de lutas e desgostos consumados.
Mami a beleza do teu rosto para mim nunca mudou
Vejo-te sempre a melhor e tão bela como a rosa
Nunca serias melhor sendo ainda tão formosa.
Não sei cantar como tu nem tão pouco compreender
Esse amor que tu nos dás e que ninguém pode perder.
Queria neste poema dar-te tudo o que tenho em mim
Mas o poema é pequeno e o meu amor não tem fim.
Beijos de luz Mami

luiscoelho



UM BEIJINHO DE CARINHO A TODAS AS MÃES