Não sei controlar estes pensamentos que correm no meu interior, formando um caudaloso rio de emoções com quedas de água vertiginosas ferindo as pedras nas sua passagem repentina.
Às vezes paro e pergunto, porque me ocupo destes pensamentos colados como lapas no meu peito.....???
Porque me deixo molhar nestas correntes que aumentam de velocidade a toda a hora e me deixam numa carência aflitiva por uma explicação ?
Porque procuro uma palavra amiga ou um pouquinho de afecto dos nossos laços familiares.........??
Porque procuro uma palavra amiga ou um pouquinho de afecto dos nossos laços familiares.........??
Não encontro nada...nada que me faça renovar ânimo e ultrapassar estas correntes que aumentam o sofrimento silencioso. Teimamos em esconder este desânimo numa qualquer curva do rio onde possa recompor-se e renovar-se.
Como mudaria todas as coisas se pudesse entrar pelas tuas portas abertas e mostrar-te a dor que me traz a tua indiferença e o silêncio em que te escondes assim como os teus projectos.
Se pudesse parar esta corrente e falar das nossas coisas, da saudade que me mata com a tua distância, do desejo de te voltar a ouvir nos sons da viola, dos projectos e das dificuldades.
Prendo-me naqueles pensamentos de que não queres ouvir-me e fazes a tua passagem apressada não criando um espaço ou uma hipótese de um pequenino diálogo.....
Pressinto a tua corrida mais rápida, esquivando-te às perguntas que não queres ouvir nem dar-nos uma resposta que nos tranquilize.
Vejo-te passar na voragem do tempo que cada vez nos afasta mais tornando o nosso silêncio assustador.
Onde foi que errei e porque te escondes.....???
Quando damos tudo e depois recebemos indiferença algo estará errado.
As águas deste rio tendem a transbordar. É a tua mãe, com todo o cuidado, vai dizendo coisas que me tiram as palavras e me fazem mergulhar nesse rio turbulento. Palavras que me amarram às margens, esperando aquela oportunidade do nosso reencontro.
Quando...de que modo e quais os efeitos..........???
Os filhos deste tempo, tem tempo para os amigos, o cinema e os concertos, mas evitam os pais. Falam-lhes com aspereza e pensam que são eles os donos do mundo e do destino.
Onde errámos e te soltámos as asas para voares tão orgulhosamente livre...esquecendo o nosso esforço para te acompanhar ....sem que nada te faltasse...
Luíscoelho
Percebo
ResponderEliminarNão sei o que lhe diga
É preciso que não falte nada
É preciso que falte tudo
Sei que quando o meu neto
me pede a bola que está ali ao canto, digo para ele a ir buscar. Só tem que a ir buscar...
É que os rio, mesmo muito pequenos, não podem depender das suas margens. Estas apenas orientam o leito.
Calma, isso passa, eu fico com o coração a mil, procurando resposta ou entender alguém, rs rs rs , aquele amigo vez por outra me dá bronca, e nem sempre entendo,mas tenho carinho por ele...rs.
ResponderEliminarvim deixar flores, as minhas com um beijo no coração. te gosto, e tu some tbm as vezes as vezes,,,rs.
Profundo sentir... Sábias palavras extraídas do coração em momento de muita emoção... Entendo do que falas meu amigo... Eu entendo... Mas sigamos a caminhada com fé e perseverança, pois é longa a nossa estrada... Carinhos... Bjsss
ResponderEliminarOlá meu caro amigo, nós todos que temos um compromisso em pensar o corpo em movimento, vemos que, não só o corpo fala.O compromisso é com o ser integral e pleno.Parabéns pelo texto.
ResponderEliminarforte abraço
C@urosa
Entendo o teu pesar e o quão profundamente essa saudade e esse distanciamento podem magoar. Sei o quanto a vida se esvazia de repente e nos vemos procurando dentro de nós os motivos para isso, apesar de sabermos que não somos o problema e muito menos o criamos. O egocentrismo, a arrogância, a imaturidade deles é a causa e não conseguimos aceitar isso em nossos filhos.
ResponderEliminarMeu querido amigo, quem dera pudesse confortá-lo e arrancar do seu coração de pai amoroso o medo e as dúvidas. Mas tenho certeza que é uma fase e que, antes do que vc imagina, tudo se resolverá.
Tomara... é o que desejo de coração.
Beijos e minha solidariedade.
Olá Luís.
ResponderEliminarTodos nós somos atacados por essa ansia de angústia tentando encontrar respostas para várias perguntas. O mundo tem andado muito rápido e as vezes não acompanhamos seu ritmo. Não se culpe, tudo um dia se acerta.
Abração
O amor nasce de um beijo, cresce de um sorriso, alimenta-se de um carinho e ressuscita de um perdão."
ResponderEliminarUma boa semana
Bjs com carinho
Olá amigo, claro que não errou... a juventude de hoje tem pressa em percorrer todos os caminhos e como tal existem caminhos que eles deixam para outro dia. É bom que parem para pensar, pois há caminhos, que deviam percorrer para dar o que receberam, mas é tal a pressa... vamos fazendo votos que amanhã esse caminho seja recuperado. Beijos com carinho
ResponderEliminarOlá, amigo.
ResponderEliminarSe passássemos por essa vida sem questionamentos não poderíamos dizer que vivemos. Pois ela é cheia de altos e baixos, erros e acertos, alegrias e tristezas. Que atire a primeira pedra quem nunca errou. Sonhe mais, amigo, deixa a vida te levar...
Abraços
Compreendo demais a sua angústia.
ResponderEliminarDificil ditar ementas que possam ter ingredientes diferentes... por isso só acrescento: calma que tudo vai passar. O mundo deles cresce tanto e a uma velocidade tal, quando o nosso se vai tornando mais pequeno. talvez nestas alturas fosse bom não nos terem assim por perto, sempre "à mão" para que possam "desdenhar" (desculpe, mas atrevo-me a dizer isso mesmo... estamos sempre tão disponíveis para eles. E nós?
Muito complexo.
Remeto-me agora ao silência que o ajudará a pensar.
Soluções? virão no dia a dia.
abraço
like your blog!
ResponderEliminar"rio de emoções com quedas de água vertiginosas"
ResponderEliminarÉ este o facetado espelho onde, por vezes, nos revemos com um olhar ceguinho de choro...
Abraço
Paulo
Quando tudo é tão tudo
ResponderEliminare ao mesmo tempo é nada,
equilibro a rebeldia do tempo,
no consumo das horas
onde minha alma se reveste de paz
Conceição Bentes
Boa Noite!Beijos primaveril! M@ria
...sei bem do que falas
ResponderEliminarpq tbm sinto na pele este
desatar de nós que os filhos
nos impõem por conta de
sonhos e caminhos que buscam
percorrer a sós.
cabe então entendermos e
aceitarmos que nesta vida
entre pais e filhos, somos
apenas um veículo para o
aprimoramento do espírito
nesta esfera terrestre.
logo, os filhos não nos
pertencem, muito embora
seja difícil romper estes
laços...
é a vida...
bjbjbj
Um desabafo, humano e sincero...
ResponderEliminarMeu caro, nem sempre os que merecem mais, sao os que mais alcansam.
Fica o meu carinho e aquele meu abraco, que o conforte.
Francisco Vieira
Pura verdade essas suas palavras.Ainda tenho os meus filhos muito pequenos e por isso tenho tentado viver e crescer mais junto deles porque sei que um dia eles seguirão suas próprias estradas e se não estiver presente,terei(teremos) boas recordações a nos ligar pra toda a vida...
ResponderEliminarMeu abraço e apreço pelos seus registros,Bergilde
Querido amigo, sabe eles criam asas e voam mas o mais legal é que eles retornam sempre, acredite, na experiencia de uma mãe de 6 filhos sendo 3 do coração, espera só um pouquinho de tempo tudo volta, nada do que plantamos aki neste universo deixa de crescer e dar frutos seja coisas boas ou ruins, mas sei que é abençõado e plantou coisas boas aguarde amigo meu!
ResponderEliminarSabe sumi né, fiquei sem net, me mudei de novo, e agora apesar do trabalho estou sempre dando um jeitinho de responder os amigos, obrigada querido amigo meu!!
com carinho
Hana
Olá Luis!
ResponderEliminarSente-se que a sua "confissão" é dolorosa, repassada de amargura, perante aquilo que não consegue compreender, e entende não merecer. E tudo isso faz doer, muito; tem o sabor amargo da ingratidão.
E não há manual que nos indique como lidar com tal situação, infelizmente; como conseguir ficar próximo de quem aparentemente quer estar longe.
No fundo, tudo o que podemos fazer é dar tempo ao tempo, estar bem com a nossa consciência, sentir que fizemos o nosso melhor - e acreditar... esperando.
Um abraço amigo.
vitor
Pensamentos correm pelas nossas almas com a velocidade do vento,,,as vezes ficamos assim, meio tristes,,,mas tudo é passageiro,,,e tudo volta ao normal...abraços fraternos amigo e um belo final de semana pra ti.
ResponderEliminarEstimado amigo,
ResponderEliminarA dada altura, não está em saber onde erramos, onde é que eles erram,
porque já está feito...
Eles voltam um dia, mais tarde ou mais cedo, mas voltam.
Pena que o tempo que entretanto passa, não se repita e ambos os lados percam com isso.
Um forte e sincero kandando.
Nunca ninguém falou de saudade com tanta emoção. Profundo e belíssimo o seu texto.
ResponderEliminarTorço daqui para que logo, logo, você diga algo igual sobre a alegria.
grande abraço e muito obrigada pelas suas rotineiras visitas ao Quero que você leia.
Adir
é justa a tua inquietação...eu também a sinto..."onde é que eu errei?"...em tudo e em nada...fiz o que pude e o que sabia...às vezes subo o monte à espera que ele volte...ainda não perdi a esperança...os nossos filhos têm os seus espaços individuais que não podem ser forçados...
ResponderEliminarUm abraço
Luís,
ResponderEliminarFica bem psicologicamente para quando ele vier para os teus braços tu estejas ainda mais forte para oferecer o apoio que somente um pai pode dar.
Abração.
Onde errámos e te soltámos as asas para voares tão orgulhosamente livre...esquecendo o nosso esforço para te acompanhar ....sem que nada te faltasse...
ResponderEliminar---------------------------------
Esta parte final diz tudo da realidade neste actual mundo em que vivemos onde tudo aquilo que foi feito e dado por nós sem que nada lhes faltasse, o valor não tem reconhecimento perante uma mentalidade distorcida da realidade.
Um excelente post relatando uma realidade de vida que ecoa por todos os cantos do mundo.
Parabéns por este post tão bem colocado no tempo e no espaço certo.
Abraço e bom fim de semana.
Querido amigo Luís!
ResponderEliminarUm grito contra a solidão e a ostracização que se vai instalando nas vidas de muito casais...
Depois soma-se, muitas vezes, a falta de carinho dos filhos, a sua ausência...então tudo se complica ainda mais.
É preciso manter sempre o diálogo, fazer pontes, criá-las, transpô-las e não baixar os braços.
Ser feliz também depende muito de nós.
Beijinhos
Ná
Meu bom amigo eu acho que faço muito repetir, mas não dá para não me rever em tanta coisa que escreve,
ResponderEliminarpois em cada palavra sua aqui me faz avivar as coisas que neste momento se estão passando comigo e com a minha filha.
É mesmo incrível mas é verdade, onde foi que eu errei.
Deixo meu abraço amigo e dois versinhos do meu ultimo poema.
Onde estás tu lua cheia
Que nos mostras ilusão
Porque não dás claridade
Nas noites de escuridão
Diz-me lua feiticeira
Tu não és uma qualquer
Tu trazes a beleza ao mundo
No ventre de uma mulher
Amigo, que posso dizer para tentar aliviar tanta tristeza no seu coração?
ResponderEliminarNão sei!
Senti a sua dor e fiquei pensando em mim e nos meus filhos.
Não errou em nada, deu-lhe e dá-lhe todo o seu amor. Há uma altura da vida em que como diz e muito bem, eles têm tempo para tudo menos para nós, pais.
Penso que não é por indiferença, é apenas uma fase por que estão a passar e que toca a maioria dos jovens. Temos de ter esperança que logo passa, e que daqui a algum tempo isso serão só recordações menos boas.
Deixo-lhe todo o meu carinho e amizade.
Que Deus ilumine hoje e sempre o seu caminho.
bjs do tamanho do infinito
Maria
Nossa, como é difícil deixar voar, mas, é importante lembramos que também já estivemos no mesmo lugar com as mesmas ansiedades.
ResponderEliminarMas, precisamos voar e deixar voar.
Bjo grande e abraço na alma.
Olá Luís
ResponderEliminarFiquei emocionada com o seu desbafo, que afinal é comum a muitos de nós.
Receitas para vencer o desânimo, infelizmente não tenho. Estou solidária consigo e faço votos para que esta fase passe rápido.
Beijinhos
Lourdes
Onde foi que errei e porque te escondes.....???
ResponderEliminarQuando damos tudo e depois recebemos indiferença algo estará errado.
Essa é uma pergunta que está em nosso conciente. Mas não são só filhos, muitos que se vão e faz da indiferença um véu.
Muitas vezes não somos nós que erramos.
Abraços.
" Quisera eu ...
ResponderEliminarSer o jardineiro de minh'alma.
Formar canteiros de sentimentos
Regar meus sonhos
Podar minhas dores "
Bruno de Paula
Feliz Sábado....Beijos de coração prá coração! M@ria
Venho visitar o amigo e desejar um lindo fim de semana,
ResponderEliminarreceba todas as maravilhas que Deus guardou hoje para você.
Beijinho de luz e paz
O Luís, tal como todas as pessoas sensíveis acima do normal, sofrem com a nova Estação, o Outono, que traz nostalgia e as vozes da Saudade clamando pelo tempo que passaram juntos.
ResponderEliminarA resposta para controlar essas emoções está dentro de cada um, mas tudo fica bem melhor com uma pequena ajuda dos amigos. Que encontre a tranquilidade, é o que desejo de melhor :)
Abraço e excelente fim de semana ^^
OLÁ LUÍS
ResponderEliminarAcabei de ler o que lhe vai na alma.
Também eu me questiono muitas vezes desta forma:
Onde foi que errei...? Quando damos tudo e depois recebemos indiferença algo estará errado???
Profundo sentir...o seu, Luís.
Entendo que, em momentos da nossa vida nos questionemos desta maneira.
Mas, que fazer?
Sigamos a caminhada com fé e esperança que um dia as coisas mudem.
Convido-o a ver o post que fiz sobre a minha participação no "5º Raid Fotográfico da Moita" no blog "Deabrilemdiante".
Abraços outonais.
Bom fim de semana.
É um bonito texto. Muito sentido...
ResponderEliminarOlá, Luís;
ResponderEliminarNão tenho a pretenção de dizer-lhe que sei o que sente porque, infelizmente, não tive essa chance. Mas gostaria de lhe dizer duas coisas:
1º Meu pai sempre dizia que tinha a consciência tranquila com respeito ao modo como me educava e lidava com minhas pequenas "revoltas". Ele afirmava: "- Até ao dia de hoje, sei que fiz e dei o meu melhor como pai."
Acredito que deva ser esse o seu pensamento. Não errou. Deu o seu melhor, sempre.
2º Certo dia, conheci um médico, casado, pai de três filhos que, para além de cuidar da sua própria família, ainda cuidava (e muito bem) de sua mãe. Certa vez, numa amena conversa, alguém disse: "- É bonito ver como o Dr. retribui, com gratidão, todo o esforço que a sua mãe teve em educá-lo."
Ao que ele, prontamente, respondeu:
"Não faço por gratidão. Faço porque quero fazê-lo. Da mesma forma que a minha fez o que fez, porque quis fazer. Eu numca pedi nada. Os filhos não pedem para nescer. Os pais tratam os seus filhos como desejam. Eu cuido da minha porque quero."
Parece cruel, mas é a realidade.
Quanto à relação com meus pais... sempre foram os meus GRANDES COMPANHEIROS.
Acredite que não errou em nada.
Também eu já me questionei com "onde foi que eu errei?", e olhe que passados duas dezenas de anos ainda não consegui resposta.
ResponderEliminarForça e um abrço
Um texto em tom confessional que questiona esta forma de vida pós-moderna em que os laços mais elementares nas relações humanas (familiares e não só) parece terem perdido o seu real significado. Felizmente que há ainda quem repare e se recuse a aceitar tal estado de coisas, protestando como é exemplo este "Vida em movimento"
ResponderEliminarEstou sempre a falar das "ilhas" em que nos estamos a converter.
Um beijo
Luís
ResponderEliminaros filhos deste tempo
são os filhos de todos os tempos
nos recuos e avanços
nas perdas e nos ganhos
o amor é paciente
e as curvas de qualquer rio
estarão sempre onde menos se espera!
desejando o seu reencontro com essa vida em movimento
um abraço
Manuela
Um texto em tom confessional que coloca a questão do ralacionamento humano pós-moderno em que os laços (familiares e outros)parece terem perdido o seu real significado.
ResponderEliminarFelizmente que ainda há quem repare, não se conforme com este estado de coisas e proteste como acontece neste " Vida em movimento"
Eu estou sempre a falar nas "ilhas" em que nos vamos convertendo...
Um beijo
Não sei que dizer, já lhe disseram tudo. Ajuda se lhe segredar que casa de pais é sempre o porto seguro onde se saram as feridas?
ResponderEliminarBjos
MariaIvone
Rios desses são maravilhosos, oxalá a poluição não os ataque...
ResponderEliminarO conflito de gerações sempre aconteceu, bem o sabemos, no entanto quando esse fosso acontece no ceio da nossa família temos a tendência a pensar que erramos mas muitas vezes não erramos, pois se quando decidimos algo para os nossos filhos o ponderamos o fazemos com amor a pensar no seu futuro de certeza que não erramos, no entanto eles são pessoas individuais e por vezes os nossos projectos os nossos sonhos não são os sonhos deles, depois crescem e nós tendo a consciência que queremos o melhor para eles não somos super homens e quando os seus olhos já não se cruzam com os nossos a tristeza apoderasse de nós, , espero que passe logo esta fase pois tera de ser mesmo uma fase.
ResponderEliminarBj
Amigo Luis; A vida é mesmo assim nada pode ter havido de errado, eu próprio ja passei por isso tudo a juventude de agora ganham asas muito cedo e querem logo voar.
ResponderEliminarUm abraço
Santa Cruz
É meu amigo amigo Luís, sei como se sente. Com certeza seu momemnto está parecido com o meu. Mas com certeza vamos superar e voltar a ter animo.
ResponderEliminarAbraço
Belo blog, belos textos.
ResponderEliminarBeijinho