sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

As tintas

Estas tintas que se turvam
Como águas sujas espremidas
Correndo vazias de transparência
Sufocam-me a alma torcida
De desejos puros e demências.
Procuro em vão separar as águas
Formando límpidas correntes
A mais belas e transparentes
Dos dias sem dores nem mágoas
Que se misturam logo nas nascentes.
Estas tintas com que escrevo
Nas folhas brancas de papel
Fazem o fato, a roupa que visto
Nos dias e os anos que resisto
Em meadas simples de letras
Como um fio dobrado de cordel.
luiscoelho

4 comentários:

  1. Boa noite.
    As nossas palavras reflectem muitas vezes a caminhada que fazemos. O livro maior sera aquele em que escrevemos nas paginas da vida. Bom fim de semana para si. Um abraco

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  2. As tintas....
    Pois é em cada dia nunca saberemos
    as cores que a nossa mente capta
    para a vivência desse dia.
    As tintas...bem certo.
    Um bj. BOM NATAL.

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  3. Lindo poema baseado no quotidiano de cada qual!

    Bom Natal.

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  4. Querido amigo Luís, aproveito o espírito natalino para te dizer que és um amigo muito especial, inteligente, atencioso, um amigo nota 1.000.000.000.000.000.000...
    Obrigada pelas visitas aos meus blogs, pelas palavras de carinho e de amizade, pela oportunidade de aprender cada dia mais contigo. Desejo a ti e aos teus um Natal e um ano de 2010 plenos de Amor, Paz, Saúde e muitas Realizações.Que Deus esteja sempre em teu lar e em teu coração. Beijinhos.
    Sylvia Narriman

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