domingo, 27 de dezembro de 2009

rio

Este rio apertado onde navego
Nas correntes furiosas que me levam
Ou nos lagos calmos onde sossego
Transforma a alma se lha entrego.
As margens altas não seguram 
A força das correntes apertadas
Que caindo lentamente já descuram
A violência das quedas em cascatas.
As águas destes rios tem nascentes
Nos montes encostados a pedras cruas
E gemendo se transformam em correntes
De águas límpidas, mansas e nuas.
O leito destes rios onde navego
São pedras afiadas como punhais
São lençóis escurecidos de silêncio
Sufocando a minha dor e os meus ais.
Em enchentes vou fugindo deste pranto
Para noutro muito maior me atolar
Só não sei se correndo irei cantando 
Ou parado estarei sempre a chorar.
luiscoelho 

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